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Origens Intelectuais Da Reforma PDF

299 Pages·2007·62.02 MB·Portuguese
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ALISTER MCGRATH ORIGENS INTELECTUHIS | DA REFORMA Origensintelectuaisda Reforma, deAlisterMcGrathO 2007, EditoraCasa Editora Presbiteriana. Traduzidode TheIntelectualOriginsof.theEuropeanReformation—SecondEdition, ISBN 063122940X, de Alister McGrath, CopyrightO 1987, 2004byAlisterMcGrath, publicado pela BlackwellPublishersLtd—108 CowleyRoad—OxfordOX41JE,UK. Estaediçãofoipublicada em português mediante entendimento com a Blackwell Publishing Ltd, Oxford. Traduzido pelaEditoraCulturaCristãdaversãooriginalemlínguainglesa.Aresponsabilidadepela acuracidadedatraduçãoéunicamentedaEditoraCulturaCristãenãoéderesponsabilidadeda BlackwellPublishers Ltd. Todosos direitos são reservados. Proibida areprodução. 1ºedição—2007 3.000 exemplares Tradução SusanaKlassen Revisão WendellLessaV.Xavier WiltonVidal de Lima Editoração LelaDesign Capa Magno Paganelli Conselho Editorial Cláudio Marra(President), AgeuCirilode MagalhãesJr.,AlexBarbosaVieira, André Luiz Ramos, Fernando Hamilton Costa,Francisco Solano PortelaNeto,MauroFernandoMeister, ValdecidaSilvaSantos e Francisco Baptistade Mello. McGrath, Alister M4780 Origens intelectuaisda Reforma /AlisterMcGrath [tradução Susana Klassen). São Paulo: Cultura Cristã, 2007. 304p. ; 16x23 cm. Tradução de Theintelectual originsoftheEuropean Reformation ISBN; 85-7622-129-2 1. Igreja Reformada - Europa.2. história. |.McGrathA.Il.Titulo. CDD—284.2 EDITORA CULTURA CRISTÃ RuaMiguelTelesJe.,394-CEP01540-040-SãoPaulo-SP CaixaPostal 15.136-CEP01599-970-SãoPaulo-SP Fone:(11)3207-7099-Fax:(11)3209-1255 Liguegrátis: 0800-0141963 -wwwcep.org.br- cepcep.orgbr Superintendente: Haveraldo Ferreira Vargas Editor:CláudioAntônioBatistaMarra Sumário Prefácio.... Abreviações. Introdução!ruebeseeamanconsaenesrepancisienovencibencanersaenesesiiaaacedia Parte 1: O contexto intelectual ... 1/O pensamento religioso na Baixa Ida de Médi A ascensão da religião leiga....... Acrisedeautoridadedentrodaigreja. Odesenvolvimentodadiversidadedout rinári: al Precyrsores da RefONDAseasarasoraia 2 O Humanismo e a Reforma........ Humanismo:oproblemadadefinição..... AspectoscaracterísticosdoHumanismononortedaEurop: O Humanismo as origens da Igreja Reformada. OHumanismoeasorigensdaIgrejaLuterana. 3 A Teologia da Baixa Idade Média e a Reforma. Nominalismo:oproblemadedefinição...... Via moderna. Schola Agostiniana Moderna. ATeologianofinaldoperíodomedieval easorigensda Teologia reformada... ai o ATeologiadaBaixaIdadeMédi aeasorigensdaTeologialuterana...108 Parte 2: Fontes e Métodos. 4 As Escrituras: tradução, textoe tradição. OconsensomedievalacercadaprimaziateológicadasEscrituras.......124 AtraduçãoVulgatadaBíblia. A volta do Humanismo ad fontes. crítica à Vulgata... O conceito de tradição. O princípio de Sola Scriptur: 5 A interpretação das Escrituras... Escolasticismo:osentidoquádruplodasEscrituras. Humanismo:a letra e o espírito. A Hermenêuticae as origens daIgreja Reformada.. A Hermenêutica e as origens da Igreja Luterana. 6 O testemunho patrístico. AaceitaçãoescolásticadeAgostinho. A aceitação humanista de Agostinho. OtestemunhopatrísticoeasorigensdaIgrejaReformad: OtestemunhopatrísticoeasorigensdaIgrejaLuterana..... Conclusão:aheterogeneidadeintelectual doiníciodaReforma. INGaS:sescesnesngestenrt Bibliografia selecionad: f tica RemissivorezarpipaarianoeaRDI,de Prefácio Abuscadasorigensintelectuais daReformaeuropéiado século 16é considerada,hámuito,umadasmaisimportantestarefasnoestudodahistória intelectual. Apesar da tendência de certas escolas de interpretação histórica de destituir a Reforma de qualquer caráterreligioso ou intelectual a fim de facilitarsua análise como umfenômenopuramente social, existe umacom- preensão cada vez maiordapresença de um elemento intelectual irredutível na Reforma que requer e merece umaanálise meticulosa. Deacordocomaargumentaçãodestelivro, talanáliserevelaque,em funçãodassuasorigensintelectuais,aReformanãopode serconsideradaum únicomovimentocoerente,quaisquerquetenhamsidoasconsolidaçõessub- segiientes ocorridas através de acontecimentos em sua segunda fase. As duasprincipais correntes da Reforma — a luterana e a reformada — são de origensintelectuaisbastantedistintaseindependentes.Historicamente,pode- se mostrarcom facilidade que uma surgiu de modo independente da outra. Teologicamente, são resultantes de visões bastante diferentes da natureza e da maneira de interpretar os recursos fundamentais da fé cristã. Apesar de este estudo não tratar das questões complexas relacionadas às origensinte- lectuais daReforma Radical, as divergências claras nesse movimento, tanto emseuscorrelatosreformadosquantoluteranosemváriasconjunturas,refor- çam a conclusão de que, em sua totalidade, a Reforma européia deve ser considerada o resultado de uma série complexa e diversificada de micro- Reformas, cada uma delas com base em visões essencialmente locais de fontesemétodos teológicos,cujas interações subsegiientesviriamadefinira formada macro-Reformacomo um todo. Éimportanteesclarecerdesdeoinícioqueosfatoressociaisnãosão, de modo algum, insignificantes na recepção e transmissão de idéias, quer 8-OrigensIntelectuaisdaReforma religiosas,políticasoucientíficas. Omodocomocertosindivíduosinfluentes compreenderame seapropriaram dasidéias, como comunidades se desenvol- veram em torno delas e publicações foram iniciadas para propagá-las, é um aspectointegrantedahistóriaintelectual,quereconheceaimportânciaintrínse- cadasidéiasnaconfiguraçãodaculturaedahistória,aomesmotempoemque confereumpapelrealaosfatoressociaisemseudesenvolvimento, avaliaçãoe transmissão.?Umexcelenteexemplodasinteraçõescomplexasdosfatoressociais e intelectuais podeserencontrado nacrescente influênciado Humanismo nos círculos acadêmicose literários na década iniciada em 1510. Embora os posicionamentosintelectuaisdoshumanistastenhamprovocadorelativamente pequenasalterações no período entre 1450 e 1530,o respeitocom que foram consideradosnacomunidadeacadêmicateveumcrescimentoconsiderável,com um aumento concomitante do impacto de suas idéias e métodos dentro das universidades européias.” Assim, acondição social de umgrupofoideimpor- tânciacríticaparaadefiniçãodoimpactodesuas idéias. Estelivrotrata,principalmente, deumaquestãocrucial: dequemodo pode-se explicar as idéias religiosas da primeira geração dos reformadores maisnotáveis—especialmenteLutero eZwinglio?Que fatores—intelectuais e, também, sociais — suscitaram essas idéias? A buscapelas origensintelec- tuaisdaReformainclui aanálisedetalhadadasconsonânciasediscrepâncias entreduaserasdahistóriadopensamento, levantandoquestõesderelevância fundamental para o historiador das idéias e o teólogo. Esperamos que, de algummodo,este livro contribuaparaaidentificaçãodessas questões, eofe- reçarespostas, aindaqueprovisórias. Devo meus agradecimentos a várias pessoas por sua gentileza ao longodapreparaçãodestaobra. Oestímuloinicialpartiu dosmeus alunosna UniversidadedeOxford,queexigiramrespostasmaisadequadasàssuasper- guntas sobreasorigensdasidéiasdaReforma,respostasestasque,atéentão, nãohaviamencontrado. A primeiraedição destaobrafoi lançadaem 1987 e teve umaboaaceitação. Porém, diversos acontecimentos ocorridos nos últi- mosanos tornaram evidenteanecessidadede umanovaedição,que aperfei- çoasse aobraoriginal e ampliasse sua abrangência. Umaboa parte da pesquisa por trás da primeira edição desta obra (1987) foi realizada na Zentralbibliothek e Institut fiir schweizerische ReformationsgeschichtedaUniversidadedeZurique. Desdeentão, fui bene- ficiadopelagentilezadeváriasinstituiçõesduranteoprocessodedesenvolvi- mento, expansão e revisãodaobra. Meussinceros agradecimentos àBritish Academy, cujos fundos generosos de pesquisa me permitiram estudar com maior profundidade o início da Reforma suíça; também à Universidade de Oxford, por me conferir em duas ocasiões a bolsa Denyer e Johnson para Prefácio-9 viagensdepesquisa,permitindo-meinvestigarofinaldoRenascimentoeinício da Reforma em diversos centros europeus. Sou particularmente grato às se- guintesinstituiçõesporsuahospitalidadeepelousodeseuspreciososrecursos: aBibliotecaNazionaleCentrale,aBibliotecadellaFacoltãdiLettereeFilosofia e a Biblioteca Medicea Laurenziana (Florença); a Bibliothêque Publique et UniversitaireeoInstitutd'HistoiredelaRéformation(Genebra);oInstituteof Historical Research (Londres); a Bodleian Library (Oxford); a Bibliothêque Nationale (Paris); a Stadtsbibliothek Vadiana (St Gallen); a Ósterreichishe NationalbibliothekeaUniversitátsbibliothek(Viena);oInstitutfiirschweizerische Reformationsgeschichte e a Zentralbibliothek (Zurique). Também reconheço comgratidãoaassistênciaeditorialdeElizabethMcGrath.Porfim,meusagra- decimentos, mais uma vez, à equipe e alunos de Wycliffe Hall, Oxford, por ofereceremumexcelente ambienteparalecionar, estudare pensar. Abreviações ArchivfiirReformationgeschichte BibliothequedhumanismeetRenaissance Corpus Reformatorum EphemeridesTheologicaeLovanienses FranziskanischeStudien FranciscanStudies HarvardTheologicalReview Recherchesde théologieancienneetmédiévale Luthers Werke: Kritische Gesamtausgabe Luthers Werke: Kritische Gesamtausgabe, Briefwechsel Luthers Werke: Kritische Gesamtausgabe, Tischreden ZeitschriftfiirKirchengeschichte Zeitschrififiirkatholische Theologie ZeitschriftfiirTheologie undKirche Introdução AReformaeuropéiadoséculo 16continuaexercendoseufascínioine- rentesobreoshistoriadores,querestes se interessemporsuasdimensõessoci- ais, políticas ou intelectuais. Das muitas questões a serem levantadas pelas intensivas atividades acadêmicas nessa área, talvez a mais intrigante seja a questão das origens intelectuais da Reforma. De que maneira as origens das idéiasdistintivamente religiosasdaReformapodemserexplicadas em termos dodesenvolvimento geral dopensamento no período de 1300-1600?Atéque pontoaReformamarcaumrompimentocomopensamentodeumperíodoan- teriore,atéquepontoécontinuaçãodele?Defato,atéquepontoaReformaem sipodeserconsideradaintelectualmentecoerente—ou seráquedeveservista comoum agrupamentode movimentos menores,relacionadosde modoinfor- malatravésdeaspiraçõeseobjetivoscomuns,aderindo,aomesmotempo,avi- sõesbastantedistintasdaformacomoestesdevemserformuladoseatingidos”? Quatroquestõesmostram-separticularmenterelevantesnessesentido: 1. Emprimeirolugar,épossível falarde“origensintelectuaisdaRefor- ma”?Ousodotermosingular“Reforma”deixaimplícitoumgrausigni- ficativodecoerênciaehomogeneidadedentrodomovimento,demodo quesuasorigenspodem serencontradasnumafontecomum.! Mas,e se,naverdade,trata-sedeummovimentodiversificadoquantoaosseus alicerces intelectuaise,portanto,decarátercomplexocomreferência às suasorigensintelectuais?Nãoserianecessário,então,falar-sedas “origensintelectuaisdas Reformas”? 2. Houve “Precursores da Reforma”? Ou seja, houve precedentes de aspectos do pensamento da Reforma no período medieval imediata- mente anteriores a ela? 12-OrigensIntelectuaisdaReforma 3. Qualarelação entreaReformaeoRenascimento?AReformaconsti- tuiuapenasumaspectodoRenascimentoou apresentaumarelevância especial devido aosseus assuntos, pressupostos, fontes e métodos? 4. Qual a relação entre a Reformaeas escolas depensamento daBaixa Idade Média, especialmente a via moderna e a schola Agostiniana moderna” Essaquestãotem sido assuntodediscussõesintensascom referência aos primeiros progressos teológicos de Lutero, mas tam- bém se mostra importante com relação a Karlstadt, Zwinglio, Pedro Mártir e Calvino, entre outros reformadores mais proeminentes. É esta questão das origens intelectuais — e não políticas, sociais ou institucionais—daReformaquerequer,commaiorurgência,umaanálise crítica mais detalhada. AReformaeuropéiadoséculo 16tratoudasidéiasreligiosas.Encontra- va-sepresenteumelementoinflexivelmentereligioso,apesardehaver,também, dimensõespolíticas,sociaiseeconômicas.Talvezsejainevitávelquemuitoshisto- riadoresmodernos,familiarizadoscomumsistemareligiosoprivado,partamdo pressuposto de que religião não desempenha qualquer papel além da esfera daespiritualidadepessoal.Noentanto,nãoeraesseocasono século 16, sendo essencial, portanto,cultivarumsensodeempatiahistóricacomopapelconferi- do à religião no passado, ao invés de projetar suas características posteriores sobre umperíodo anterior. O fatode as idéias religiosas teremdesempenhado umpapelimportantenaReformapodeserpercebidoemparticularnoscasosde Lutero e Calvino. Não se trata de ser vítima de uma interpretação idealista antiquada— mas de observara importância daTeologia para muitos daqueles queseenvolveramemconjunturascríticasdomovimentodeReforma.Assim,o programa de Reforma de Lutero baseava-se extensivamente em suas idéias religiosas,comosuavisãodanaturezadaigreja,queexerceuumimpactosobre as transformações sociais que ele acreditava serdecorrentes dessas idéias. A preocupação de diversos historiadores da Reforma com questões sociaissedeve,emboaparte,aofatodemuitossociólogosocidentaisdasegun- dametade do século 20 terem adotado abordagens àhistóriaque, em última análise, dependiam da análise marxista das origens das idéias, defendendo que as ideologias — como as teologias da Reforma — não passavam de uma superestrutura conceitual levantada sob uma subestrutura sócio-econômica. ApesardeopróprioMarx ter, aoque parece, um sistema simples de “base— superestrutura”, de acordo com o qual as idéias eram, em últimaanálise, de- terminadas porsuasubestrutura sócio-econômica, essas idéias foram desen- volvidasdemodo maiscompletoporseusseguidores. GeorgePlekhanov de- fendeu o seguintemodelodecinconíveisparaasociedade moderna:

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