Observatório da vida estudantil: estudos sobre a vida e cultura universitárias

300 Pages·3.832 MB·Portuguese

by  coll.

OBSERVATÓRIO DA VIDA ESTUDANTIL
Estudos sobre a vida e cultura universitárias
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Reitora
Dora Leal Rosa
Vice-Reitor
Luiz Rogério Bastos Leal
EDITORA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Diretora
Flávia Goullart Mota Garcia Rosa
Conselho Editorial
Alberto Brum Novaes
Angelo Szaniecki Perret Serpa
Evelina de Carvalho Sá Hoisel
Cleise Furtado Mendes
Caiuby Alves da Costa
Charbel Ninõ El-Hani
Dante Eustachio Lucchesi Ramacciotti
José Teixeira Cavalcante Filho
Maria Vidal de Negreiros Camargo
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Observatório
DA VIDA
estudantil
Estudos sobre a vida e cultura universitárias
GEORGINA GONÇALVES DOS SANTOS
SÔNIA MARIA ROCHA SAMPAIO
organizadoras
Edufba | Salvador, 2012
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2012, Autores.
Direitos de edição cedidos à EDUFBA. Feito o depósito legal.
Projeto Gráfico
Alana Gonçalves de Carvalho Martins
Editoração Eletrônica
Rodrigo Oyarzabal Schlabitz
Revisão
Cida Ferraz
Normalização
Susane Barros
Sistema de Bibliotecas – Ufba
O 14 Observatório da vida estudantil : estudos sobre a vida e culturas
universitárias / Georgina Gonçalves dos Santos; Sônia Maria
Rocha Sampaio (Organizadoras). – Salvador: Edufba, 2012.
296 p.
ISBN 978-85-232-0960-5
1. Estudantes universitários – Condições sociais. 2. Ensino
superior. 3. Cultura universitária. I. Santos, Georgina Gonçalves dos.
II. Sampaio, Sônia Maria Rocha.
CDD – 378.098142
Editora filiada à:
Edufba
Rua Barão de Jeremoabo, s/n, Campus de Ondina
40170-115, Salvador-BA, Brasil
Tel/fax: [phone]
www.edufba.ufba.br | [email protected]
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SUMÁRIO
Apresentação
7
PRIMEIRA PARTE:
O CAMPO DE ESTUDO
O SUCESSO ESTUDANTIL E SUA AVALIAÇÃO:
que política universitária é possível?
19
A QUALIDADE DA APRENDIZAGEM DOS ESTUDANTES
E A PEDAGOGIA NA UNIVERSIDADE
31
O CAMPUS UNIVERSITÁRIO
COMO CAMPO (DE PESQUISA)
61
SEGUNDA PARTE:
TRAJETÓRIAS ESTUDANTIS, VIDA E CULTURA UNIVERSITÁRIAS
FAMÍLIAS E FILHOS NA CONSTRUÇÃO DE
PERCURSOS ESCOLARES POUCO PROVÁVEIS
87
TRAJETÓRIAS DE SUCESSO E LONGEVIDADE ESCOLAR
DE ESTUDANTES DE CAMADAS POPULARES
DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
131
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A UNIVERSIDADE ENTRE AS PALAVRAS
DE JOVENS DE ORIGEM POPULAR
163
DIMENSÕES PSICOLÓGICAS DA EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES
DAS CAMADAS POPULARES EM UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA
187
FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA E O MUNDO
DO TRABALHO NA SAÚDE COLETIVA:
um encontro possível?
205
A EXPERIÊNCIA ESTUDANTIL NA
NOVÍSSIMA UNIVERSIDADE BRASILEIRA
225
OS NOMES DA JUVENTUDE NA RELAÇÃO
EDUCAÇÃO ESCOLAR E ESCOLA DE ESTADO
247
PRÁTICAS DE DIVERSÃO DE ESTUDANTES DE DIREITO NA SÃO PAULO
NO SÉCULO XIX, A PARTIR DA OBRA DE ALMEIDA NOGUEIRA
269
Sobre os Autores
293
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Apresentação
Em junho de 2010, o Observatório da Vida Estudantil (OVE) realizou,
na cidade de Cachoeira – Bahia, o seu primeiro Colóquio Internacional,1
evento intencionalmente planejado para servir como espaço de discus-
são entre pesquisadores, bolsistas de iniciação científica e estudantes
de graduação e pós-graduação. O objetivo desse encontro modesto foi
o de mapear e congregar outros grupos de pesquisa brasileiros, debru-
çados sobre temas relacionados ao nosso campo de observação privi-
legiado – a vida e a cultura de estudantes em universidades e aspectos
relacionados à difícil e perigosa passagem de jovens do ensino médio
para a educação superior.
Reunimos oito trabalhos de sete universidades brasileiras, apre-
sentados e intensamente debatidos por uma plateia atenta e interessada,
ao longo de dois dias. Três conferências abertas ao público ritmaram a
apresentação dos trabalhos dos pesquisadores: uma abertura, proferida
pelo sociólogo francês e autor do livro A Condição de Estudante: a en-
trada na vida universitária, Alain Coulon; na noite do segundo dia, uma
conferência intermediária, apresentada pelo sociólogo iraniano, radica-
do em Paris, Saeed Paivandi, e um fechamento, sob a responsabilidade
1 Este evento foi possível pelo apoio da FAPESB, através do Edital Organização de Evento
Científico/Tecnológico, de 2009.
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do então Reitor da Universidade Federal da Bahia, Naomar de Almeida
Filho. Para confi rmar ainda mais o clima de colóquio, que privilegia-
mos, escolhemos realizar o evento no feriado prolongado de Corpus
Christi, o que facilitou a vinda dos nossos convidados e permitiu a con-
centração necessária à escuta e à troca. Nenhuma correria na procura
de salas, ninguém perdido em corredores, nem espaços vazios ou ou-
tros cheios demais: todos em torno da mesma mesa, de onde fl uíam as
observações, as análises, os diálogos entre escolhas teóricas diferentes
e complementares, a crítica metodológica, a apreciação dos resultados
e os planos e perspectivas de futuro. Exercitamos, nesse curto espaço
de tempo, a ideia da entrevista, do diálogo entre pessoas focadas num
determinado tema, compreensão que habita a etimologia da palavra la-
tina colloquium.
Para o nosso grupo de pesquisa, a experiência foi coroada de êxito
e deixou um saldo de novas ideias e tarefas, entre elas, a publicação dos
textos das apresentações e a organização de um segundo encontro, no
prazo de dois anos. O livro se materializa agora, depois de um ano e
meio de muitas trocas entre os participantes e nós, as responsáveis pela
sua organização, no sentido de que o resultado fosse o melhor possível,
do ponto de vista da qualidade; o segundo colóquio está sendo planeja-
do, no mesmo formato do anterior, e deve acontecer, em maio de 2012,
também na cidade de Cachoeira. Outro resultado positivo para o OVE
foi a vinda de dois dos participantes do primeiro colóquio para estágio
pós-doutoral em nosso grupo de pesquisa,2 o que amplia sua inserção
nacional.
Antes de apresentarmos esta publicação em maiores detalhes,
pensamos que é preciso justifi car, para o leitor, os motivos da escolha
da cidade que abrigou e abrigará, também em 2012, o Colóquio do
Observatório. Em 2006, inicia suas atividades uma nova universidade
2 Entre agosto de 2011 e fevereiro de 2012, recebemos o Prof. Écio Portes da UFSJR/MG
e, tendo sido contemplados pelo Edital da CAPES PNPD 2011, convidamos a recém-
-doutora Rosângela Matos, que já desenvolvia trabalhos de pesquisa, de forma volun-
tária, no OVE, para se apresentar como bolsista desse programa, com duração de três
anos.
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