Copyright © Hugh Laurie, 1996 Título original: The gun seller Revisão: Marta Almeida de Sá Capa: Departamento de Arte da Editora Planeta Conversão em epub: {kolekto} CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ Laurie, Hugh O vendedor de armas / Hugh Laurie ; tradução Cassius Medauar. – São Paulo : Editora Planeta do Brasil, 2014. Título original: The gun seller. ISBN 978-85-422-0357-8. Ficção inglesa I. Título. 09-12122 CDD-823 2014 Todos os direitos desta edição reservados à EDITORA PLANETA DO BRASIL LTDA. Avenida Francisco Matarazzo, 1500 – 3º andar – conj. 32B Edifício New York 05001-100 – São Paulo-SP www.editoraplaneta.com.br [email protected] Sumário Introdução PARTE I um dois três quatro cinco seis sete oito nove dez onze doze treze catorze quinze dezesseis PARTE II dezessete dezoito dezenove vinte vinte e um vinte e dois vinte e três vinte e quatro vinte e cinco vinte e seis Para o meu pai Estou em débito com o escritor e ator Stephen Fry por seus comentários; com Kim Harris e Sarah Williams pelo incrível bom gosto e pela inteligência delas; com meu agente literário, Anthony Goff, por seu incansável apoio e encorajamento; com minha agente teatral, Lorraine Hamilton, por não se importar de eu também ter um agente literário; e com minha mulher Jo, por coisas que encheriam um livro maior do que este. um Vi um homem esta manhã Que não queria morrer; P. S. STEWART Imagine que você precisa quebrar o braço de alguém. Não interessa se é o direito ou o esquerdo. O ponto é que você precisa quebrá-lo, porque se não o fizer... bom, isso não importa também. Vamos dizer que coisas ruins vão acontecer se você não fizer isso. O que quero perguntar é o seguinte: você quebraria o braço da pessoa rapidinho – tipo crack, oops, desculpe, deixa eu ajudar você com esta tala improvisada – ou prefere fazer aquele serviço completo que dura uns bons oito minutos, aumentando a pressão aos poucos, até que a dor fique rosa e verde e quente e fria e tudo isso junto, o que a torna dolorosamente insuportável? Exatamente. É claro. O certo a fazer, a única coisa a se fazer, é resolver a coisa logo, o mais rápido possível. Quebre o braço, ofereça um conhaque e seja um bom cidadão. Não pode haver qualquer outra resposta. A menos que. A menos que, a menos que, a menos que... E se você odiasse a pessoa do braço? Quero dizer, se odiasse muito, mas muito mesmo. Isso era algo que eu tinha que considerar agora. Quando digo agora, quero dizer naquela hora, naquele momento em que eu estava querendo descrever; o momento em câmera lenta, ah, maldita câmera lenta, antes de o meu punho alcançar a parte de trás do meu pescoço e meu úmero esquerdo se quebrar em pelo menos dois, ou muito possivelmente mais, pedaços moloides presos um ao outro. O BRAÇO DO qual estávamos falando, como pode ver, era o meu. Não é um braço abstrato, filosófico. O osso, a pele, os pelos, a pequena cicatriz branca no