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O Sistema Único de Saúde ante as perspectivas da terceirização administrativa PDF

295 Pages·2017·4.26 MB·Portuguese
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Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro Biomédico Instituto de Medicina Social Glaucia Maria de Araújo Ribeiro O Sistema Único de Saúde ante as perspectivas da terceirização administrativa Manaus 2018 Glaucia Maria de Araújo Ribeiro O Sistema Único de Saúde ante as perspectivas da terceirização administrativa Tese apresentada, como requisito parcial à obtenção do título de Doutor, ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Doutorado Interinstitucional (DINTER), do Instituto de Medicina Social (IMS) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em parceria com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Área de Concentração: Política, Planejamento e Administração em Saúde Orientador: Prof. Dr. Felipe Dutra Asensi Manaus 2018 Glaucia Maria de Araújo Ribeiro O Sistema Único de Saúde ante as perspectivas da terceirização administrativa Tese apresentada, como requisito parcial à obtenção do título de Doutor, ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Doutorado Interinstitucional (DINTER), do Instituto de Medicina Social (IMS) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em parceria com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Aprovada em 29 de março de 2018. Banca Examinadora: __________________________________________ Prof. Dr. Felipe Dutra Asensi (Orientador) – UERJ/RJ ___________________________________________ Profª. Drª. Ana Maria Auler Matheus Peres – EARP/RJ __________________________________________ Prof. Dr. Erivaldo Cavalcanti e Silva Filho – UEA/AM __________________________________ Prof. Dr. Sandro Nahmias Melo – UEA/AM ________________________________ Profª. Drª. Roseni Pinheiro – UERJ/RJ Manaus 2018 AGRADECIMENTOS As linhas de agradecimentos que dispenso nesse momento especial de minha vida acadêmica tem nuances de sentimentos que tenho dificuldades de entender. Há um misto de gratidão, de encantamento e saudades que não sei explicar. Nesse dia 2 de março, por uma coincidência feliz, coincide dois momentos ímpares para mim: seria o aniversário de minha mãe, Virgínia Araújo, àquela que além de incentivos e apoio sem medidas, ensinou-me que a vida só é válida se somos úteis aos nossos sonhos. Afinal, de nada valeria sonhar se não houvesse tentativas de acertos e realizações. Aí está o segundo ciclo de minha alegria e não seria completa se a figura de meu pai, Platão Araújo, não fosse tão viva em meus pensamentos. Vejo meus pais juntos lutando para transformar-me um ser humano mais persistente e corajosa a enfrentar todos os percalços da vida em busca do que hoje estou conquistando. Obrigada, meu pai e minha mãe. Lembro de meu primeiro emprego no magistério. Foi meu pai que ajudou a conquistar a essência de minha alma: a pesquisa, a sala de aula, as horas solitárias de meus estudos cada vez mais intrincados e intensos com o Direito Administrativo, sempre estímulo daquilo que estou realizando com árdua e incansável busca. Não se isso não bastasse, uma força humana do José Ribeiro Filho, companheiro de vida, de tantas horas de conversas e de ouvido paciente serviu de acalento às minhas dúvidas, enquanto escrevia a tese. Sabe ele, mais do ninguém, da importância do Direito Administrativo para as relações sociais, mesmo não sendo sua área tal ciência jurídica. Sua sensibilidade foi tanta que serviu de bálsamo para minha ida ao Rio de Janeiro, a fim de cumprir o estágio doutoral, não tão fácil quanto parece. A distância entre nós foi compensada com a chegada de Nina, em meio ao turbilhão de meu processo de qualificação de doutorado. Mas vida que segue quis o destino que eu encontrasse o Professor Dr. Felipe Dutra Asensi, orientador sábio, sempre com as palavras certas que o momento requer. Suas indicações de leituras e prumo à pesquisa que realizava foram o timo certeiro para produzir a tese. Tornamos uma dupla pé quente. Nossas reuniões não eram em vã, de tema e títulos cheios de vicissitudes, com questões legais e sociais, do direito à saúde, de um serviço público voltado à dignidade humana, de um Sistema Único de Saúde e suas dificuldades, da Administração Pública gerencial, ou seja, de diálogos abertos e francos, surgiram participação em congressos, artigos escritos, capítulos de livros publicados e agora a tese. O fruto foi bom, mas a amizade melhor ainda. Muito obrigada, Professor Dr. Felipe Dutra Asensi. Nunca estudei, li, reli, debati tanto quanto nesse período de doutoramento. O sentido prático do Sistema Único de Saúde na vida do cidadão, o Poder Público como titular deste Sistema, os efeitos legais e práticos das parcerias terceirizadas do SUS, acompanharam dia e noite minha vida nesses últimos anos três anos. Mas não foi só isso. O melhor de tudo ficou por conta dos meandros históricos e jurídicos do Direito Administrativo brasileiro, da emblemática terceirização no âmbito do SUS e dos meus amigos. Pode até parecer inusitado envolver pessoas e questões inanimadas, mas meu doutoramento chegou ao ápice com essa intensa mistura. Quantas vezes Lisa Ribeiro, minha filha, me acompanhou em viagens longas para que eu pudesse aperfeiçoar meus conhecimentos em Congressos para defesa de artigos científicos para melhor compreender o sentido e extensão de minha tese. Já não saberia dizer as repetidas ocasiões que Pedro Ribeiro, meu filho, ouviu minhas percepções sobre Direito Administrativo, Administração Pública, SUS e terceirização. Não poupei ninguém. Minha irmã Claudia Avelino, minhas sobrinhas, Taísa Pi e Talita Michiles, minha nora, Tatiane Ribeiro, amigos sinceros e colegas de doutorado não ficaram livres dos relatos de minhas experiências e dúvidas durante meu caminho ao doutoramento. Sobraram muitas alegrias, incentivos constantes, pesquisas intermináveis neste doutorado em Saúde Coletiva, resultado de um convênio entre Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Instituto de Medicina Social (IMS) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) que só de mencionar já vem à tona em minha mente personagens importantes para minha conquista. Obrigada a todos. Carinho especial por vocês. Sei que sem vocês e toda equipe de professores e técnicos destas respeitáveis Instituições meu sonho e minha conquista não seriam os mesmos, pois faltaria o exemplo de esperança que vocês depositaram em minha pessoa. Por fim, meu esforço imensurável, mas valeu a pena a tentativa e, sem dúvida, para mim uma grande conquista e com muita humildade é que hoje estou a contribuir com as linhas a seguir redigidas. A Constituição, com as correções que faremos, será a guardiã da governabilidade. A governabilidade está no social. A fome, a miséria, a ignorância, a doença inassistida são ingovernáveis. Trecho do pronunciamento do deputado Ulysses Guimarães, publicado em Tribuna da Imprensa, Ano XXXVII, n. 11.969, Rio de Janeiro, quinta-feira, 28 de julho de 1988. (grifo meu). RESUMO RIBEIRO, G. M. A. O Sistema Único de Saúde ante as perspectivas da terceirização administrativa. 2018. 261 f. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) - Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. 2018. A garantia do direito à saúde com status constitucional aumentou a demanda à procura de serviços públicos na área da saúde repercutindo na adoção de formas de gestão privada e reforma administrativa do Estado levando à profusão de leis administrativas voltadas à possibilidade de o poder público concretizar parcerias com o setor privado para fins de prestação de serviços públicos de saúde pelo Sistema Único de Saúde. A relação entre as normas de direito público e a inspiração assentada em regras privatísticas deu origem a peculiaridade do mix público-privado presente no sistema de saúde brasileiro, qual seja, parceiras entre poder estatal e setor privado. Com base na noção atual de subsidiariedade constante no artigo 173 da Constituição da República a pesquisa aponta como objetivo questões relacionadas aos entraves enfrentados pelo Estado, sob a ótica da (im)possibilidade fática da Administração Pública realizar “parcerias administrativas” entre o poder público e a sociedade civil a evidenciar o desafio da compatibilização entre a densidade do aparato estatal e a dificuldade de estabelecer formas eficientes e bem planejadas de atuação do Estado na efetivação de direitos. É nessa vertente que este estudo extrai da utilização de análise historiográfica e documental, lei no sentido amplo, livros, artigos científicos, revistas científicas, resenhas, relatórios de gestão e de governança, estudos jurisprudenciais de decisões judiciais, bem como bibliotecas virtuais e bancos de dados, sobre o momento socioeconômico e histórico que influenciou a criação do Sistema Único de Saúde, montando um verdadeiro quebra-cabeça dos pontos positivos e negativos da delegação/terceirização da prestação de serviços públicos de saúde. O resultado do estudo evidencia duas situações incontestes: a terceirização dos serviços de saúde desenvolvido pelo setor privado somente pode ocorrer em atividades complementares, como decidiu o Supremo Tribunal Federal; o ponto de criticidade deste quadro administrativo surge da falha de gestão de governança em traçar metas (eficiência) e resultados (efetividade). Palavras-chaves: Sistema Único de Saúde; Subsidiariedade estatal; Gestão pública e gestão privada; Instrumentos de delegação/terceirização na prestação de serviços de saúde. ABSTRACT RIBEIRO, G. M. A. The Unified Health System before the prospects of administrative outsourcing. 2018. 261 f. Thesis (PhD in Collective Health) - Institute of Social Medicine, State University of Rio de Janeiro. 2018. The guarantee of the right to health with constitutional status increased the demand for public services in the area of health, affecting the adoption of forms of private management and administrative reform of the State leading to the proliferation of administrative laws aimed at the possibility of the public power to enter into partnerships with the private sector for the purpose of providing public health services by the Unified Health System. The relationship between the rules of public law and the inspiration based on private rules gave rise to the peculiarity of the public-private mix present in the Brazilian health system, which between state power and the private sector. Based on the current notion of subsidiarity in article 173 of the Constitution of the Republic, the research aims at addressing issues related to the obstacles faced by the State, from the perspective of the (im) factual possibility of Public Administration to carry out "administrative partnerships" the civil society to highlight the challenge of the compatibility between the density of the state apparatus and the difficulty of establishing efficient and well-planned forms of State action in the realization of rights. It is in this area that this study draws from the use of historiographical and documentary analysis, law in the broad sense, books, scientific articles, scientific journals, reviews, management and governance reports, jurisprudential studies of judicial decisions, as well as virtual libraries and data, on the socioeconomic and historical moment that influenced the creation of the Unified Health System, setting up a real puzzle of the positive and negative aspects of the delegation / outsourcing of the provision of public health services. The result of the study shows two incontestable situations: the outsourcing of health services developed by the private sector can only occur in complementary activities, as decided by the Federal Supreme Court; the point of criticality of this administrative framework arises from the failure of management of governance in tracing goals (efficiency) and results (effectiveness). Keywords: Unified Health System; State Subsidiarity; Public management and private management; Instruments of delegation / outsourcing in the provision of health services. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Conferências nacionais de saúde no período de 1941 a 2011................155 Figura 2 - Fasfil / 100 mil habitantes.....................................................................................................192 Gráfico 1 - Fundações privadas e associções sem fins lucrativos - Fashfil, por 100.000 habitantes - Brasil - 1996/2005..................................................................190 Gráfico 2 - Gráfico 1 - Fundações privadas e associções sem fins lucrativos - Fashfil, segundo as Grandes Regiões e as Unidades da Federação - 2005.......................191 Gráfico 3 - Conta Satélite de Saúde: Consumo final de bens e serviçoes de saúde como percenual do PIB............................................................................................202 Gráfico 4 - Evolução dos vínculos formais de emprego nas atividades tipicamente terceirizadas e tipicamente contratantes. Brasil, 2007-2014 (em milhõs de vínculos). .................................................................................................................................238 Gráfico 5 - Taxa de rotatividade descontada em atividades tipicaente terceirizadas e tipicamente contratantes. Brasil – 2007 – 2014 (em %)..........................................239 Gráfico 6 - Tempo médo de duração dos vínculos formais de emprego nas atividades tipicamente terceirizadas e tipicamente contratantes. Brasil, 2007-2014 (em meses). .................................................................................................................................240 Gráfico 7 – Remuneração nominal dos vínculos formais de emprego nas atividades tipicamente terceirizadas e tipicamente contratantes. Brasil, 2007-2014 (em R$ e %). .................................................................................................................................241 Quadro 1 - Diferenças e semelhanças entre tecnicismo-moralista (reforma administrativa nos anos 30/40) x populismo (reforma administrativa nos anos 50)...88 Quadro 2 – Variação percentual dos elementos de despesa nos anos 2005 e 2010. .................................................................................................................................142 Quadro 3 - Ano de 2014 - Profissionais SUS...........................................................251 Quadro 4 - Ano de 2015 - Profissionais SUS (Fonte: CNES)..................................252 Quadro 5 - Ano de 2016 - Profissionais SUS (Fonte: CNES)..................................253 Quadro 6 - Intenções de parceria na área de Saúde no Estado do Amazonas.......263

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EDUFB : Salvador. FIOCRUZ: Rio de Janeiro. 2008. nov. 2017. REFORM DO MINISTÉRIO D F ZEND E SU METODOLOGI . Relatório. Final.
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