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O rosto do VIH e SIDA em Angola PDF

40 Pages·2013·1.55 MB·Portuguese
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O rosto do VIH e SIDA em Angola 1 O rosto do VIH e SIDA em Angola 2 O rosto do VIH e SIDA em Angola O rOstO dO VIH e sIdA em AngOlA: Porque é que a contribuição dos homens é importante? Os conteúdos presentes na brochura, são os apresentados pelos participantes nos grupos de discussão e não reflectem necessariamente a opinião que o UNFPA ou a ONUSIDA têm sobre o assunto A equipe de trabalho, foi composta pelas Drs. Brigitte Bagnol (Consultora Internacional), Eunice Cid, (Consultora Nacional), Ana Leitão (Oficial Nacional de Programa, Saúde Reprodutiva, UNFPA), Eduardo Juarez Aguirre (Especialista Técnico em População e Desenvolvimento, UNFPA), Rosa Pedro, (Directora da Mwenho), Eva Fidel (Estagiária do UNFPA). Design gráfico: José Meio Dias. Fotos: Acervo ONUSIDA e Mónica Cortês - “Projecto Saber para Reagir em Língua Portuguesa”, Luanda/Angola, 01 a 05 de Agosto, 2011. 3 O rosto do VIH e SIDA em Angola 4 O rosto do VIH e SIDA em Angola Prefácio É actualmente aceite, que o VIH não é somente um assunto de saúde, de vida ou de morte mas, é também um assunto de direitos humanos e de desenvolvimento. Uma abordagem baseada unicamente nos aspectos de saúde, ignora a dimensão social, cultural, económica e a dimensão dos direitos humanos desta infecção. O VIH, não é apenas impulsionado pelas desigualdades de género, como também as acentua. O impacto do VIH e do SIDA sobre as mulheres e as raparigas, incide sobre todos os papéis que lhe são socialmente atribuídos sendo estes os papéis produtivos, reprodutivos e da comunidade. Mulheres e raparigas são afectadas como pessoas, como mães e como encarregadas de prestar cuidados. Para além de poderem ser infectadas pessoalmente, correm também o risco de infectar os seus filhos durante a gravidez, o parto ou a amamentação; realizam ainda, a maior parte dos cuidados aos doentes. Consequentemente, elas suportam a maior parte do impacto social, económico e psicológico da doença. A brochura advoga um novo olhar sobre a dimensão do género na doença e no envolvimento das pessoas e das organizações, numa abordagem sensível ao género e numa perspectiva positiva de transformação das relações de género em prol das mulheres. Esperamos que ela seja mais um instrumento na luta pela conquista da igualdade e da cidadania plena das mulheres angolanas. O êxito das intervenções em prol das mulheres, dependem do compromisso dos gestores, dos profissionais de saúde e da participação activa da comunidade para que as diferentes necessidades das mulheres sejam contempladas na planificação que é realizada a todos os níveis. Camara Bilali Kourtoum Nacro Coordenador da ONUSIDA em Angola Representante do UNFPA em Angola Junho, 2012 5 O rosto do VIH e SIDA em Angola Agradecimentos Agradecemos às pessoas ou representantes das organizações que contribuíram para a elaboração desta brochura dando entrevistas, fornecendo dados ou ajudando na revisão das várias versões do documento. Agradecemos em particular à todos os homens e mulheres vivendo com o VIH e SIDA, na Mwenho em Luanda e outras Províncias, mulheres vivendo com VIH ou SIDA nos CATVs do Huambo e Luena. Agências das nações Unidas • Dra. Kourtoum Nacro, Representante do UNFPA em Angola • Dr. CamaraBilali, Coordenador da ONUSIDA em Angola • Marie Hélène Bonin, (Ex-Oficial de Programa da ONUSIDA em Angola) • Elise Kakam, Oficial Internacional de Operações UNFPA Angola • Nzoi M´Poio Lusaia, Oficial Nacional de Programa, Saúde Reprodutiva, UNFPA Angola • Paola Franchi, ex. Consultora da ONUSIDA em Angola Assembleia nacioanal: • Rodeth Gil, Presidente do Grupo das Mulheres Parlamentares • Maria Sebita, Deputada ministério da saúde • Dra. Adelaide Carvalho, Directora Nacional de Saúde Pública • Dra. Dulcelina Serrano, Directora do Instituto Nacional de Luta Contra a SIDA • Dra. Lúcia Furtado, Directora Adjunta do Instituto Nacional de Luta Contra a SIDA • Luis Santos Kyame, Responsável das organizações das pessoas vivendo com o VIH, Instituto Nacional de Luta Contra a SIDA • Amandio Nalito, Chefe do Departamento Provincial de Saúde Pública do Huambo • Cesário Sapalo, Chefe da Repartição de Assistência Médica, Huambo • Arline Ginga Kaiela, enfermeira da consulta de PTV, conselheira do CATV e activista da Mwenho em Luena • Muchindendo Quinta, enfermeira da consulta de PTV, conselheira do CATV e activista da Mwenho em Luena • Euclídio Arão Chipalavelo, Ponto Focal do VIH e SIDA, Huambo • Martin Monzo, do Instituto Nacional de Luta Contra a SIDA • Sandra Gonzalves, enfermeira, conselheira do CATV e activista da Mwenho em Luena • Rosa Tavares, enfermeira, conselheira do CATV e activista da Mwenho em Luena • Maria Rosa António, Responsável do Planeamento Familiar, Direcção Provincial de Saúde do Luena • Goia Glória, Técnica de Planeamento Familiar da Direcção Provincial de Saúde do Luena 6 O rosto do VIH e SIDA em Angola ministério da Família e Promoção da mulher • Inês Gaspar, Directora Nacional para Política de Género museu nacional de Antropologia • Américo Kwononoka, Director do Museu Nacional de Antropologia Ongs • Rosa Pedro, Directora da Mwenho • Solange Machado, Presidente da Associação das Mulheres de Carreira Jurídica • Ivone Macossa, Representante provincial da Mwenho no Moxico • Rosa João Maria, Representante provincial da Mwenho, no Humabo • Silvério Mendes dos Santos, Membro do Centro de Apoio aos Jovens (CAJ) • Carolina Miranda, Plataforma Mulheres em Acção • Balbina Martins da Silva, Plataforma Mulheres em Acção • Papá Kitoko, Presidente do Fórum de Medicina Tradicional e da Federação Kitoko • Soba da Caála, Huambo • Soba James Muanime, da aldeia de Sacassange Outros • Nicholas Gaffga, Director do CDC em Angola 7 O rosto do VIH e SIDA em Angola Índice Prefácio.................................................................................................................................. 05 Agradecimentos................................................................................................................. 06 Índice..................................................................................................................................... 08 Lista dos gráficos............................................................................................................. 08 Lista dos acrónimos......................................................................................................... 09 Apresentação...................................................................................................................... 10 1- A Situação Geral da Transmissão do VIH.................................................................. 12 2- A Transmissão do VIH nas Mulheres........................................................................ 20 3 - Os Desafios da Feminização da Transmissão do VIH .......................................... 32 Conclusões.......................................................................................................................... 38 Recomendações................................................................................................................ 39 Bibliografia.......................................................................................................................... 40 Lista dos gráficos gráfico 1: Jovens dos 15-24 anos que tiveram pelo menos uma relação sexual antes dos 15 anos de idade gráfico 2: População dos 15-49 anos de idade que tiveram relações sexuais com parceiro/a extraconjugal nos últimos 12 meses (%) gráfico 3: Pessoas com parceiro/a extra-conjugal por área de residência (%) gráfico 4: Estimativa da prevalência de VIH por faixa etária e sexo, em 2009 gráfico 5: Projecções da prevalência estimada da epidemia, em homens e mulheres, até ao ano de 2016 gráfico 6: Prevalência do VIH – Homens e Mulheres entre os 15 e os 49 anos, na região da África sub-sahariana – 2005-2009 gráfico 7: Principais modos de transmissão do VIH (%) gráfico 8: Jovens que conhecem os cinco modos de prevenção da transmissão do VIH, por sexo e faixa etária (%) gráfico 9: Conhecimento de um lugar para fazer o teste do VIH 8 O rosto do VIH e SIDA em Angola Lista dos acrónimos CAJ Centro de Apoio aos Jovens CAtV Centro de Aconselhamento e Testagem Voluntária CedAW Convenção Sobre a Eliminação de Todas as Formas de Descriminação Contra as Mulheres CdC Center for Disease Control and Prevention (Centro para o controlo e a prevenção da doença) em Angola Cd4 Glóbulos brancos que têm um papel importante no sistema imunitário (sistema de defesa do organismo) HAmset Projecto de Intensificação das Acções de Malária, Tuberculose e VIH/SIDA/Banco Mundial/Ministério da Saúde HsrC Human Science Research Council (Organização de Pesquisa em Ciências Humanas) na África do Sul IBeP Inquérito Sobre o Bem-Estar da População, INE, Angola InsIdA Inquérito Nacional Sobre Prevalência, Comportamentos de Risco e Informação Sobre o VIH e o SIDA Its Infecções de Transmissão Sexual Ong Organização Não-Governamental OnUsIdA Programa Conjunto das Nações Unidas para o VIH e SIDA OsIsA Open Society Initiative for Southern Africa (Iniciativa da Open Society para a África Austral) Pen Plano Estratégico Nacional de Resposta às ITS, VIH e SIDA PtV Prevenção da Transmissão Vertical (VIH) sAdC Southern African Development Community (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral) sIdA Síndrome da Imunodeficiência Adquirida UndP/PnUd Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento UnFPA Fundo das Nações Unidas para a População UngAss United Nations General Assembly for HIV/AIDS (Assembleia Geral das Nações Unidas para o VIH e o SIDA). UnICeF Fundo das Nações Unidas para a Infância UsAId United States Agency for International Development (Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional) VIH Vírus de Imunodeficência Humana 9 O rosto do VIH e SIDA em Angola Apresentação Estima-se que existam 2,4 mulheres infectadas por cada homem infectado em Angola. Os riscos que correm especificamente as mulheres, são profundamente ancorados nas relações de género desiguais, que definem papéis masculinos e femininos tanto nas relações sexuais como na vida pública e na sociedade em geral. Se muitas mulheres não são capazes de negociar o seu poder e a sua posição social na vida pública, na intimidade da sexualidade onde muitas vezes se espera que elas paguem pelo tecto ou pelos alimentos que recebem, elas não estão na melhor posição para recomendar o uso do preservativo, o meio mais eficiente na prevenção da infecção pelo VIH. Esta brochura, tem por objectivo fornecer informação sobre as razões da alta prevalência do VIH em mulheres e raparigas. Também explica os direitos sexuais e reprodutivos das raparigas e das mulheres e sugere actividades direccionados a limitar e reduzir a incidência, a prevalência e o impacto do VIH sobre as mulheres. Este instrumento, pretende facilitar a advocacia para líderes e decisores, fornecendo informação para a sensibilização e mobilização e a ampliação de intervenções relacionadas com a proliferação da infecção numa perspectiva multi-sectorial, com particular ênfase nas desigualdades das raparigas e mulheres no contexto do VIH/SIDA. As tarefas para o seu desenvolvimento foram amplamente abrangentes. Por um lado realizou-se pesquisa documental baseada na revisão da literatura sobre direitos sexuais e reprodutivos. A evidência da realidade foi baseada em entrevistas feitas em Luanda, Luena e Huambo, com representantes de várias organizações nacionais e internacionais trabalhando para mitigar o VIH, em prol dos direitos das mulheres ou no âmbito das ciências sociais. Foram também consultados, terapeutas tradicionais, líderes tradicionais e políticos de ambos os sexos. As actividades mais reveladoras das vivências das raparigas e mulheres que vivem com a infecção do VIH, foram as reuniões de grupos focais com mulheres vivendo com VIH nestas três cidades e com homens em Luanda. No Luena, rapazes e raparigas foram ouvidos em grupos focais do mesmo sexo. Foram também realizadas, visitas aos CATVs, no Huambo e Luena. Nas províncias do Moxico e Huambo a Sra Rosa Pedro, Directora Nacional da ONG Mwenho, mapeou com as representantes provinciais e membros locais, a situação das mulheres vivendo com VIH nas respectivas províncias. Uma primeira versão desta brochura foi elaborada sintetizando as informações e os depoimentos recolhidos. Posteriormente, foi distribuída a todas as pessoas consultadas via e-mail, para recolher os seus contributos e enriquecimento do documento. A adequação foi realizada numa reunião para afinar e harmonizar ideias. A brochura reflecte os trabalhos de campo desenvolvidos em estadias curtas nas cidades do Huambo e Luena e sem dúvida outros trabalhos do género podem beneficiar destes resultados e se possível com mais ampla abrangência. 10

Description:
Reagir em. Língua Portuguesa”, Luanda/Angola, 01 a 05 de Agosto, 2011. e que a levam a sentir-se e a comportar-se como um objecto sexual,.
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