ebook img

O que é psicologia social PDF

43 Pages·1991·22.614 MB·Portuguese
Save to my drive
Quick download
Download
Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.

Preview O que é psicologia social

~Qnlh1ü:: Q9A~ ~CYlg~~ 0\. --/'~}.e..''-7,cl,'-C"J7Í')1A'V\An...:.~ <"__..'.·n . .:r.:: ~>'ll H~~tJ-LL 0200 f--.-L LEITURAS AFINS Silvia T. Maurer Lane Dialética da família Coleç!O~i.~~ros Passos ~Iassjmo Canevacci (org.) o que é adolescencia Freud, pensador da cultura 11O J)Jniel Ikcker oJ,,,.,.y Renato ;\1tzan """ ~~~ o que é famíli:l A função do orgasmo \X'ilhelm Rrich D:ll1da í'r:ldo o QUE J3 o mínimo Eu o que é ideologia ,\1:lrilen:1 Ch:1l1i Christ opher L:lsch PSICOLOGIA SOCIAL o que é psicanálise Psicologia social Fábio Herrmann U lJO/IIem em mOl'imellto Sil"i:! T.·!v!.Llile o que é psicanálise \X".Codo (orgs) l~' risÔo OSClr Ces:t[ol! o Repressão sexual ,\!:írcio P. S. Leite Essa I/IJSSfl (rles)collbecida Marilcna Challi o que é psicologi:l ;\!:lrÍ:l I.lIiza Sil\'eir:1 Telles A Vingança da Esfinge Ensaios dejJsiC(fJ/{ílise o que é sociologia Ren:lto Mrz:l/l Carlos B. ,\1:Irrins o queé violcncia i\'ilo Od:ilia editora brasiliense ~./2:':\1 ';1. Copyright ©by Silvia T.Maurer Lane / Nenhuma parte desta publicação pode ser gravada, armazenada emsistemas eletrônicos, fotocopiada, reproduzida por meios mecânicos Oll outros quaisquer t.'~·· .,:/~ sem autorização prévia da editora. Primeira edição, 198/ 22' edição, 1994 4'reimpressão, 2002 Foto decapa: Cor/os Amara Caricaturas: Emílio Damialli Revisão: José E.Alldrade Capa: 123(antigo 27) Artistas Gráficos ÍNDICE Dados Internacionais deCatalogação naPublicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP,Brasil) Lane, Silvia T.Maurer. O que épsicologia social/Silvia T.Maurer Lane. - I' ed. São Paulo: Brasiliense, 1981.- (Coleção primeiros passos; 39) [ Introdução: Psicologia e Psicologia Social .. 7 t,,' Como nos tornamos sociais 12 ISBN 85-11-01039-4 Os outros 12 I. A identidade social 16 Il' ! J. Psicologia social I.Titulo. 11.Série. Consciência de si 22 t: o Como apreendemos o mundo que nos cerca. 25 94-4]29 CDD-301.1 - A linguagem 25 A história via fam ília e escola 38 Índices para catálogo sistemático: - A família 38 1.Psicologia sociaI 301.1 - A escola 46 Trabalho e classe social 55 O indivíduo na comunidade 67 editora brasiliense RuaAiri,]2-Tall/apé-CEP033/0-0/0 -SãoPaulo-SI> A Psicologia Social no Brasil 75 Fone/Fax:(0.<.<11)6198-/488 Indicações para leitura - -- 85 E-moi/:[email protected] Wl\·1V.edi/orabrasiliense.com.br livraria brasiliense :i RuaEmiliaMarengo.]16-Totuapé •• ~j CEP03336-000 -SãoPal/lo-SP-Fone/Fax(Ox.<I/)6675-0/88 €I. fi. , .' i ~---_.•....•.~_.-...-- '"j ~. i r-------------~~--------------.., i i " ~", ';::." ';;~}. INTRODUÇÃO: PSICOLOGIA E PSICOLOGIA SOCIAL Sem entrarmos na análise das diferentes teorias psicológicas, podemos dizer que a Psicologia é a ciência que estuda o comportamento, principal mente, do ser humano. As divergências teóricas se refletem no que consideram "comportamento", porém para nós bastaria dizer que é toda e qualquer ação, seja a reflexa (no limiar entre a psicologia e a fisiologia), sejam os comportamentos conside rados conscientes que envolvem experiências, co nhecimentos, pensamentos e ações intencionais, e, num plano não observável diretamente, o incons ciente. Assim parece óbvio que a Psicólogia Social deve estudar o comportamento social, porém surge uma qu.estão polêmica: quando o comportamerito se torna social? Ou então, são possíveis compor- , ;...) o 9 8 Silvia T Maurer l.ane que éPsicologia Social -....., tamentos não sociais nos seres humanos? deram origem a uma família, a qual convive com Cada organismo humano tem suas caracterís certas pessoas, que sobrevivem trabal hando em determinadas atividades, as quais já influenciam ticas peculiares; assim como não existem duas na maneira de encarar e cuidar di'l gravidez e no árvores iguais, também não existem dois orga nismos iguais. Mesmo que geneticamente sejam que significa ter um filho. Esta influência histórica-social se faz sentir, idênticos, no caso de gêmeos, as primeiras inte rações dos organismos com o ambiente já provocam primordialmente, pela aquisição da linguagem. As diferenças entre eles, assim como: mais ou menos palavras, através dos significados atribuídos por luz, som, enfim, diferentes estímulos que levam um grupo social,. por uma cultura, determinam uma visão de mundo, um sistema de valores e, a difbrentes reações já propiciam uma diferen ciação nos dois organismos. conseqüentemente, ações, sentimentos e emoções decorrentes. APsicologia se preocupa fundamentalmente com As leis gerais da Psicologia dizem que se apreende os comportamentos que individualizam o ser hu mano, porém, ao mesmo tempo, procura leis quando reforçado, mas é a história do grupo ao gerais que, a partir das características da espécie, qual o indivíduo pertence que dirá o que é refor dentro de determinadas condições ambientais, çador ou o que é punitivo. O doce ou o dinheiro, prevêem os comportamentos decorrentes. Como o sorriso ou a expressão de desagrado podem ou exemplo, sabemos que a aprendizagem é conse não contribuir para um processo de aprendizagem, qüência de reforços e/ou punições, ou seja, sempre dependendo do que eles significam em uma dada que um comportamento for reforçado (isto é, sociedade. Assim também aquilo que "deve ser tenha como conseqüência algo bom para o indi apreendido" é determinado socialmente. Da mesma forma, as emoções que são respostas víduo), em situações semelhantes é provável que ele ocorra novamente. Dizemos então que o indi do organismo e, como tais, universais, se submetem I ., víduo aprendeu o comportamento adequado para às influências sociais ao se relacionarem com o que aquela situação. nos alegra, nos entristece, nos amedronta. O se O enfoque da Psicologia Social é estudar o sentir alegre com a vitória do time, triste com o filme ou com uma música, o ter medo do trovão compoi'tamento de indivíduos no que ele é in ;'j fluenciado socialmente. E isto acontece desde o ou do avião, são exemplos que mostram o quanto ~,=i momento em que nascemos, ou mesmo antes do nossas emoções decorrem desta visão de mundo ,. -:.'1 nascimento, enquanto condições históricas que que adquirimos através dos significados das pa- ./ ;'j 10 Silvia T.Maurer Lane o que éPsicologia Social 11 lavras. Num segundo momento, analisaremos como se Assim podemos perceber que é muito difícil forma a nossa concepção de mundo e das coisas encontrarmos comportamentos humanos que não que nos cercam, através da linguagem, e como ela envolvam componentes sociais, e são, justamente, determina valores e explicações, de modo a manter estes aspectos que se tornaram o enfoque da constantes as formas de relações entre os homens Psicologia Social. Em outras palavras, a Psicologia (a ideologia e representações sociais); veremos Social estuda a relação essencial entre o indivíduo ainda a relação entre falar e fazer, a mediação do e a sociedade, esta entendida historicamente, desde pensamento e o desenvolvimento da consciência social. como seus membros se organizam para garantir sua sobrevivência até seus' costumes, val.ores e Em terceiro lugar, uma análise de instituições instituições necessários para a continu idade da como família, escola, levando à reprodução das sociedade. condições sociais, e em que circunstâncias elas Porém a história não é estática nem imutável, podem propiciar o desenvolvimento da consciência social. ao contrário, ela está sempre acontecendo, cada Uma ênfase especial será dada para o trabalho época gerando () seu contrário, levando a socie dade a transformações fundamentalmente qualita humano, na sua relação com as classes sociais, e tivas. E a grande preocupação atual da Psicologia em que condições ele pode gerar consciência de Social é conhecer como o homem se insere neste classe, fazendo dos indivíduos agentes da história processo histórico, não apenas em como ele é de sua sociedade; em seguida, veremos como a determinado, mas principalmente, como ele· se Psicologia Comunitária propõe uma ação educativa e conscientizadora pelo desenvolvimento de rela torna agente da história, ou seja, como ele pode transformar a sociedade em que vive. çõescomunitárias. Por último, veremos como a Psicologia Social ~ o que procuraremos analisar nos próximos tem se desenvolvido como ciência, em outras partes capítulos. Inicialmente, veremos como somos de terminados a agir de acordo com o que as pessoas do mundo e, principalmente, no Brasil de hoje. que nos cercam julgam adequado, e para tanto iremos examinar dois aspectos intimamente rela ~ cionados: os outros, ou seja, o grupo ou grupos a \<•• que pertencemos, e como nós, nesta convivência, vamos definindo a nossa identidàçie ,social. l~ ~_ A'õI"~lil_ S fi @ •. oque éPsicologia Social 13 Assim, desde o primeiro momento de vida, o indivíduo está inserido num contexto histórico, pois as relações entre o adulto e a criança recém nascida seguem um modelo ou padrão que cada sociedade veio desenvolvendo e que considera correta. São práticas consideradas essenciais, e, portanto, valorizadas; se não forem seguidas dão direito aos "outros" de intervirem direta ou indire COMO NOS TORNAMOS SOCIAIS tamente. E, quando se fala em "dar o direito", significa que a sociedade tem normas e/ou leis que institucionalizam aqueles comportamentos que his toricamente vêm garantindo a manutenção desse Os outros grupo social. , Em cada grupo social encontramos normas que I o regem as relações entre os indivrduos, algumas são ser humano ao nascer necessita de outras mais sutis, ou restritas a certos grupos, como as pessoas para a sua sobrevivência, no mínimo de consideradas de "bom-tom", outras são rrgidas, mais uma pessoa, o que já faz dele membro de consideradas imperdoáveis se desobedecidas, até um grupo (no caso, de uma díade - grupo de aquelas que se cristalizam em leis e são pass(veis de doisl). E toda a sua vida será caracterizada por punição por autoridades institucionalizadas. Estas participações em grupos, necessários para a sua normas são o que, basicamente, caracteriza os sobrevivência, além de outros, circunstanciais ou papéis sociais, e que determina as relações sociais: esporádicos, como os de fazer ou aqueles que se os papéis de pai e de mãe se caracterizam por formam em função de um objetivo imediato. normas que dizem como um homem e uma mulher se relacionam quando eles têm um filho, e como ambos se relacionam com o filho e este, no desem (1) Existem relatos de crianças que foram criadas por animais, como penho de seu papel, com os pais. lobos, macacos, etc.• adquirindo comportamentos da espécie que as criou, necessários para a sua sobrevivência. Quando Do mesmo modo, o chefe de uma empresa só traz idas para o convívio humano, as suas adaptações, quando o será, em termos de papel, se houver chefiados ocorreram, foram extremamente difíceis e sofridas. que, exercendo seus respectivos papéis, atribuam ~ '. -~) >:'~ ~.:j fJ4) \'-_/ Silvia T.Maurer Lane oque éPsicoZogUI SOCUIZ 15 ( I um sentido ~ação do chefe. Ou seja, um co~~ Parlamento, desempenha um papel totalmente defi menta o outro: para agir como chefe tem que ter nidQ; qualquer ação ou não ação que saia fora do outros que ajam como chefiados. Esta análise po protocolo gera confusão. Por outro lado, quando deria ser feita em todas as relações sociais existentes Zé da Silva está em um país estranho, se aventu em qualquer sociedade - amigos, namorados, rando por conta própria (sem ser um "turista" estranhos na rua, que interagem circunstancial o que já é um pape!), se passando por um cidadão -em mente, balconista e freguês relação a todos comum, sem ter as determinações daquela socie !Éi~!~~_xp_~-º!atJ~a~_._~_~~rnP<:>rJ9 r:D_~_~!o~_f!!ª___Qis[7 dade e, sabendo que a qualquer momento ele po menos definidos e quanto mais a relação social derá se explicar como sendo estrangeiro, ele se dá for fundamental para a manutenção do grupo e da o direito de fazer como sente, como gosta, "ele sociedade, mais precisas e rígidas são as normas r pode ser ele mesmo" I ou seja; fazer coisas que \;ql,lf:ade.Ui}~J:1:b._: --~ não faria se as pessoas o conhecessem, o identifi _. E a pergunta que sempre ocorre é: e a indivi cassem como filho de "fulano", casado com dualidade? Aque1as-caractt:1 í~tiCàS peettl-iare "sicrana", que trabalha na firma X ... cada indivíduo? Afinál, se nós apenas desempe Agora podemos pensar em toda avariedade de nhamos papéis, e tudo que se faz tem sua deter situações que nós vivemos cotidianamente e reco minação social, onde ficam as características que nhecermos situações em que somos mais deter individualizam cada um de nós? minados e outras em que somos menos determi A resposta é, mais ou menos, como aquela nados, ou seja, "livres". estória do pai dizendo à filha: "Você pode se casar Esta liberdade de manifestarmos a nossa persona com quem quiser, desde que seja com oJoão ... ", lidade2 também tem a sua determinação histó Em outras palavras, podemos fazer todas as va rica: naquelas atividades sociais que não são riaçõesque quisermos, desde que as relações sejam importantes para a manutenção da sociedade, ou, mantidas, isto é, aquelas características do papel às vezes, até o contrário, a contravenção é necessá que são essenciaispara que a sociedade se mantenha ria para reforçar oconsíderado "correto", "normal" tal e qual. - os grupos considerados "marginais" reafirmam Existem teorias que definem os papéis sociais em termos de graus máximos e mínimos, de varia çõespossíveis"e_,exerT"lpl)ficam com fatos. como: a rainha Elizabeth(lnglaterraJ, na abertura do 16 Silvia T.Maurer Lane o que éPsicologiaSocial 17 os sérios e trabalhadores, desde que não ponham Procurem responder esta questão antes de con em risco a ordem da sociedade; então a ordem é: tinuar a leitura, e verifiquem como se define a façam como quiserem, sabendo que o "querer" identidade social. de cada um na seqüência do é limitado; porém, naquelas situações, as quais texto. podem abalar todo o sistema de produção da sobre Uma jovem adolescente respondeu: vivência social, a liberdade se restringe a um "Quem sou eu "estilo" (ser mais ou menos sorridente, mais ou Bem, é um pouco difícil dizer quem sou e como menos sério, mais expansivo ou mais tímido, entre sou. Mas posso tentar: outros). Assim como a rainha Elizabeth na aber Fisicamente sou magra, estatura média, pele tura do Parlamento, o trabalhador se relaciona muito clara, olhosesverdeados, cabelos castanhos com suas ferramentas e máquinas, com seus chefes e compridos, rosto fino, nariz arrebitado, com cara e meIsmo com seus colegas de trabalho segundo de moleca, mas corpo de mulher. um protocolo muito bem definido, pois, afinal, Psicologicamente sou tagarela, brincalhona, ex ~~~; se ele não o fizer, o outro se sairá melhor, ou ele pansiva, briguenta, triste, agressiva e estúpida -; ,''".J: perderá o emprego. (minha mãe que o diga). O viver em grupos permite o confronto entre Estou fazendo pela 4~ vez o primeiro colegial, as pessoas e cada um vai construindo o seu "eu" tenho 17 anos e completo 18, em outubro, dia 31, neste processo de interação, através de constatações sou de 1963. de diferenças e semelhanças entre nós e os outros. Meu signo é Escorpião, geniozinho difícil. Não É neste processo que desenvolvemos a individua sou fanática por estudos, mas estou tentando. lidade, a nossa identidade social e a consciência Faço e adoro ballet assim como artes em geral, de-si-mesmo. leio bastante, vou ao cinema mas são poucos os filmes intelectualmente bons, gosto muito de Wood Alen mas ainda não vi seu último filme A identidade social Memórias. Em literatura, gosto de romances antigos e de autores brasileiros como Mario de Andrade, ,;1 :ji Cecília Meirelles, Graciliano Ramos e Fernando i~, É o que nos caracteriza como pessoa, é o que Pessoa entre outros. ~, 1khd'=.':, er,esvpoocne"d{.e.m" os quando alguém nos pergunta "quem arteGs,ostpool díteica,estaartualsiedmadper,e eacopnaormidae teudtou,docoqmuoe ~ -,.,.. ,. . :..i••:i 19 18 Silvia T.Maurer Lane oque éPsicologia Sodal /--------------------------~ ~I' ocorre ao redor da gente. possivelmente seu grupo preferido de pares não Sou bem complicada, não? está na escola. ~:::; Gosto também de música popular e tenho afei O fazer ballet e as coisas de que gosta dizem "<,".: sobre quais os grupos que são importantes para ção especial por Chico Buarque, Milton Nascimento ela e, sem dúvida, indicam toda uma estimulação e Rita Lee, gosto também de Mozart e Tchaikovsky intelectual que, não vindo da escola, deve estar (isto por causa do ballet). Tenho como ídolo n9 1 Mikhail Baryshnikov, presente no contexto familiar, e no grupo de baBet. bailarino russo, atualmente residente nos EUA; é (Para constatar estas inferêncías precisaríamos diretor do American Ballet Theatre de Nova lorque, também da sua história de vida.) "1, mas também dança com o New York City Ballet; É interessante' observar um certo tom de mis bem, eu estou falando de mim e não do MISHA tério, desde achar difícil dizer "quem é" até se sentir "indecifrável, uma incógnita" - uma forma (seu apelido), chega de ballet. O que mais posso dizer ... de não se comprometer definitivamente com uma Ah! Não tenho namorado, nem sou apaixonada identidade - ela nos dá o seu potencial e guarda "'I.' por ninguém, mas gosto de ter amigos e estar para si os aspectos idealizados para o futuro. Este sempre cercada de gente. aspecto d~ representação de si mesmo parece ser , uma característica de adolescente do qual não é Bem, eu sou assim, uma pessoa que faz o que t1 exigida uma definição precoce e cujo ambiente gosta e luta pelo que quer, sonhadora, mas realista, r:' social deve enfatizar a autodeterminação do jovem acho que sou alguém indecifrável, sou uma incóg ..;, nita para mim mesma". sem impor modelos "bons" a serem seguidos . O relato acima nos permite caracterizar, em Vejam este outro texto como ilustra bem esta ..;~ .' procura de preservação: primeiro lugar: o sexo, a aparência física e .traços "Eu sou um cara simples de personalidade que demonstram como ela se relaciona com os outros e dá "dicas"sobre como Eu .sou feio deve ser o seu grupo de amigos: se estes não forem Eu .sousimpático Eu sou fácil de se encontrar descontra ídos, dificiImente a aceitarão no grupo. Eusol,J diflcilde seentender~ A menção da idade e do curso que faz a localizam numa faixa etária, com determinado nível educa cional, que se complica com a menção. do signo e de "não ser fanática por estudo" ,ou seja, (.) Grifos nossoS. ., o 21 20 Silvia T.Maurer Lane que éPsicologiaSocial Eu sou meio cristão Eu sou extrovertido (tímido em certas ocasiões) Eu sou implicante Eu sou um cara que não sabe o que é ... * Eu sou um cara que gosta de gostar Eu sou um cara que detesta politicagem Eu sou um cara que adora mexer com o desco nhecido Eu sou um cara que odeia racismo Eu sou um cara que não gosta de escrever o que é" Eu sou um cara que gosta de fazer xixi na rua" E notem a última frase que parece dizer: "não ~ me amolem, afinal não gosto de escrever a meu r~ respeito", ou "me deixem ser criança". Estes dois relatos enfatizam características pecu liares que dizem respeito à maneira de cada um se relacionar com os outros, sendo características que foram sendo apreendidas f)as relações grupais; ~i~ i sejam familiares e/ou de amigos, através do desem penho de papéis diversificados. E é nessa diversi dade que eles vão se descobrindo um indivíduo diferente, distinto dos outros. Nossos amigos dei xaram de ser um, entre muitos da espécie humana e passaram a ser pessoas com características próprias no confronto com outras pessoas - eles têm suas identidades sociais que os diferenciam .~ ' ;; Eu ruíagosto de escrever o que sou egosto defazer L ~~ xixi narua. ("I Grilos nossos . ./ i) , ••.•.·•--...T•.·.•••·.-_··-

See more

The list of books you might like

Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.