O primeiro dia da primavera é uma história de tirar o fôlego, que confere à sua protagonista uma autenticidade chocante, movendo o leitor da empatia ao humor, ao horror, à angústia e de volta ao início.
Chrissie tem oito anos e um segredo: acabou de matar um menininho. A sensação fez sua barriga borbulhar como refrigerante. Seus amigos estão tristes, e as mães da vizinhança, aterrorizadas. Mas Chrissie é quem manda por ali — ela é a melhor em plantar bananeira, sabe como roubar doces da loja sem ser pega e agora tem uma sensação de poder que nunca teve em casa, onde a comida é escassa e a atenção, mais ainda.
Quase vinte anos depois, Chrissie agora se chama Julia e vive bem longe do lugar onde cresceu. Julia está tentando ser uma boa mãe para sua filha, Molly, de cinco anos. Ela está sempre preocupada: com o dinheiro para comprar comida e material escolar, com o que as outras mães pensam dela. Acima de tudo, ela se preocupa que o conselho tutelar esteja prestes a levar Molly embora.
É por isso que os telefonemas ameaçadores são tão aterrorizantes. O passado está batendo à sua porta, e Julia teme perder a única coisa com a qual se importa: sua filha. É hora de encarar a verdade: o perdão e a redenção são possíveis para alguém que cometeu o pior dos crimes?