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o preparo do estado norte-americano no processo de PDF

15 Pages·2010·0.24 MB·Portuguese
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O PREPARO DO ESTADO NORTE-AMERICANO NO PROCESSO DE REINTEGRAÇÃO SOCIAL DOS VETERANOS DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL Marcelo Garcia Bonfim Prof. Francisco César Alves Ferraz (Orientador) RESUMO O objetivo deste trabalho é mostrar como se desenvolveu o preparo do Estado norte-americano para a reintegração social dos veteranos da Segunda Guerra Mundial. No caso estadunidense que, já antes mesmo do fim da guerra, foram criadas comissões para estudar os problemas dos veteranos. Esses estudos e projetos culminaram, em 1944, com a aprovação de um projeto de reintegração social dos veteranos de guerra, chamado G.I Bill of Rights, que continha três provisões básicas: educação, emprego e empréstimos. Foram também efetuados em 1944 questionários de opinião (survey) para compreender os desejos e ambições dos veteranos referentes ao que fariam no período pós-guerra. Com bases nesses estudos, em 1945, foram publicados manuais, distribuídos aos soldados, para aconselhá-los e explicar os benefícios que teriam no período pós-guerra. Ao final da desmobilização e retorno dos ex-combatentes, em 1946, cerca de 1,1 milhão de veteranos ingressaram nas universidades, representando 49% de todos os estudantes universitários do país. Em relação aos empréstimos, houve cerca de 5,9 milhões de empréstimos, totalizando cerca de 50,1 bilhões de dólares. Vemos assim que o G.I Bill of Rights foi um divisor de águas na sociedade norte-americana, sendo visto como um investimento e não como um gasto. Palavras-chave: Estados Unidos, veteranos de guerra, Segunda Guerra Mundial 1414 Neste artigo pretende-se apresentar como se desenvolveu o processo de reintegração social dos veteranos da Segunda Guerra Mundial. Para abordar tal temática foram utilizadas duas fontes, que evidenciaram um plano, por parte do governo estadunidense, para a realização da reconversão da vida militar para a civil dos homens que participaram deste conflito. Também foi objetivo desta pesquisa analisar os resultados de tal preparo do Estado, enfatizando os impactos na sociedade estadunidense. Porém antes de nos atentarmos para as questões voltadas a Segunda Guerra Mundial, abordaremos as experiências anteriores voltadas às políticas públicas para os veteranos, enfatizando a Guerra de Independência, o século XIX, e a Primeira Guerra Mundial. Desde a formação dos Estados Unidos houve o interesse de realizar o pagamento de pensões e benefícios aos seus homens que lutaram pela pátria recém-nascida. Dessa forma vemos que no caso da Guerra de Independência (1776-1783), o Estado, com o objetivo que manter a moral e diminuir o número de deserções, aprovou em 16/08/1776, uma resolução voltada a pagamentos de pensões para os soldados e oficiais que foram dispensados do serviço militar. Deve-se lembrar que no período pós-Independência, há um aumento significativo da violência, principalmente em relação à propriedade privada. Contudo ao mesmo tempo em que há esse sentimento de violência há a esperança de melhoras, de que esta seria uma guerra para acabar com todas as guerras (pensamento do qual foi repetido diversas vezes na sociedade norte-americana), havendo um espírito anti-militar e uma apatia que poderia ser encobertada por um pacifismo isolacionista (WECTER, 1944). No século XIX houve um aumento das políticas públicas voltadas aos pagamentos de pensões. Neste período, devido ao aumento do custo de vida da população, em 1816 o Congresso norte-americano aumenta o valor das pensões. Porém o pagamento de pensões se tornou muito 1415 custoso ao Estado, sendo que, entre 1816 e 1820 os gastos saltaram 120 mil dólares para 1,4 milhões de dólares, o que obrigou o governo a sancionar o Ato de Alarme, o qual dizia que os veteranos deveriam provar sua renda para poderem receber o benefício. No conflito seguinte, a Guerra de Secessão (1861-1865), houve diversos problemas no processo reconversão do ex-soldados para a vida civil. A guerra civil, além dos desajustes sociais e econômicos, foram registrados numerosos problemas neurológicos. Outro resultado dessa guerra para a sociedade norte- americana foi o aumento da criminalidade e um forte sentimento de pessimismo. Os Estados Unidos só se envolveram massivamente em uma guerra de grandes proporções na Grande Guerra (Primeira Guerra Mundial). Ao todo, lutaram pelo país, no conflito na Europa, cerca de 4,7 milhões de combatentes. Para lidar com os problemas de desmobilização desses milhões de ex-combatentes, em 1921, foi reformado o sistema de benefícios, sendo constituída uma Comissão para analisar as agências de benefícios dos veteranos. O resultado desta Comissão propôs a criação de uma única agência para cuidar dos veteranos da Primeira Guerra Mundial. No entanto não resolveu todos os seus problemas. No período entre - guerras a população não era muito favorável ao pagamento de algum benefício para aqueles que lutaram, pois acreditavam que os homens não estavam fazendo nada além de seu dever como cidadãos, tendo também o pensamento que nenhum grupo ou cidadão deveria ter privilégios a mais do que outro cidadão. Neste contexto aparecem também as iniciativas de se realizar a reabilitação profissional dos ex-combatentes, para que estes homens pudessem trabalhar nas indústrias e em setores de serviço. Somente em 1923 foi criado o Programa de Reabilitação, do qual resultou em algumas melhorias no processo de reconversão do ex-soldados. Neste período é o momento de criação e consolidação de grandes associações de veteranos de guerra, como a American Legion e a Veterans of Foreign Wars. A primeira, maior e mais extensivamente organizada, teve grande 1416 importância na formulação do plano de reintegração social dos veteranos da Segunda Guerra Mundial. Analisando as experiências anteriores vemos que o Estado norte- americano tinha algumas políticas públicas para a reintegração social dos veteranos de guerra, porém essas políticas só abrangiam pagamento de benefícios e pensões, e não um plano de reconversão destes homens para que pudessem ser inseridos de maneira mais adequada. Dessa forma, na Segunda Guerra Mundial houve uma mudança significativa na forma do Estado olhar para seu ex-soldado, aprovando antes mesmo do término da guerra, em 1944 uma lei de reintegração social para os veteranos de guerra, intitulada como G.I Bill of Rigths. Já antes do fim da guerra, o presidente norte-americano Roosevelt abriu comissões para estudar os problemas dos veteranos e pensar soluções. A Agência Executiva, de Organização de Planejamento de Recurso Nacional, dirigida por Frederick Delano criou pequena comissões para analisar os problemas relacionados com a desmobilização. Dessa forma, em junho de 1943 foi produzido um extenso documento que continha uma série de recomendações para educação, treinamento, e outros benefícios aos veteranos. Em Setembro de 1943 na 25º convenção nacional da American Legion (AL), foi criado um comitê nacional para assinar um programa de reabilitação para os veteranos. Este comitê produziu uma extensa carta com títulos promovendo e protegendo a hospitalização, empregos, empréstimos para casas e negócios, e educação, no dia 9 de Janeiro intitulando o projeto de G.I Bill of Rights. Este plano foi para o Congresso introduzido pelo democrata John Ranki, do Mississipi, e mediador do Comitê de Legislação dos Veteranos da Segunda Guerra Mundial. O plano foi aprovado em 22 de Junho de 1944 contendo três provisões chaves: para educação geral e o treinamento profissional, a lei provia um ano integral de estudo e treinamento para todos os veteranos que serviram por no mínimo 90 dias; o ato provia um 1417 pagamento da mensalidade dos estudos e adicionais para aquisição de livros e despesas familiares no campus; para incentivar a livre iniciativa e a construção civil, o governo tornava-se fiador de empréstimos bancários imobiliários, deixando os veteranos livres do fantasma da hipoteca; por fim, o emprego, para o qual havia uma compensação para os veteranos desempregados, que recebiam $20 dólares por mês durante no máximo 52 semanas; os veteranos tinham que se registrar na Veterans Administration e regularmente ir a uma agência de emprego, e os que fossem autônomos foram intitulados a receber um pagamento se seu imposto anual fosse menos de $ 100 dólares. Nesta guerra vemos que a população era favorável a legislação de ajuda aos veteranos, pois a nação tinha uma dívida de gratidão aos veteranos, expressado pelo Presidente da Comissão das Compensações dos Veteranos, que dizia que “os sacrifícios da guerra deveria ser distribuídos o mais igual possível dentro da sociedade americana” (VOGEL, 1944, p.30). Um dos documentos analisados por esta pesquisa foi um manual produzido em 1945, buscando mostrar para os soldados quais direitos teriam, e como aproveitar as oportunidades fornecidas através da lei de reintegração social dos veteranos da Segunda Guerra intitulada como “G.I Bill of Rigths”595. Esta lei é mostrada como um recomeço para o veterano e enfatiza aos futuros veteranos a importância de não perderem nenhuma oportunidade. O próprio título, “Good-by to G.I : how to be a successful civilian”596, mostra o caráter de “guia” para uma reintegração social bem sucedida. Existia uma realidade e o soldado que retornava deveria adaptar-se a ela. Nada seria questionado – as providências e omissões do governo, o alcance da legislação, a recepção dos não-combatentes nos 595 DROKE, Maxwell. Good-by to G.I.: How to be a sucessful civilian. New York: Abindon-Cokesbury Press, 1945. 596 “Adeus ao soldado: como se torrnar um cidadão de sucesso”. 1418 lares e ambiente de trabalho. O ex-combatente deve imbuir-se do espírito norte-americano, traduzido na idéia do self made man. Nesse sentido, é possível perceber que o governo estadunidense, ao distribuir tal manual aos seus soldados, tinha a intenção de estimular os jovens veteranos a engajarem-se na lógica do mercado, se profissionalizando através da possibilidade de cursar uma faculdade, e mesmo de abrir um próprio negócio, através das facilidades que teriam com a concessão de empréstimos voltada especialmente para os veteranos de guerra. Algo interessante analisar é a relação que o documento faz sobre os veteranos da Primeira Guerra Mundial, pois estes são em alguns momentos utilizados em exemplos para que os soldados da Segunda Guerra pudessem realizar comparações. Dessa forma o documento enfatiza que os veteranos da Primeira Guerra Mundial não foram considerados cidadãos especiais por terem lutado numa guerra, buscando assim afirmar que ao retornarem aos seus lares, não deveriam agir como pessoas especiais, e não esperar que a sociedade os olhassem de outro modo por terem lutado na guerra, pois tanto aqueles que lutaram na guerra quanto os que lutaram no front interno, deveriam agora agir como cidadãos comuns. É notável a importância que o documento dá em relação à parte individual do veterano, enfatizando pontos tradicionais como a família e a escolha de uma religião. Dessa forma criam-se discursos para convencer o ex-combatente a manter uma boa relação com sua família, dando até mesmo dicas de como conversar com sua esposa ao retornar para casa, vejamos algumas dessas dicas: No. 1 – Diga que a ama. Diga novamente. E novamente [...]. 1419 No. 2 – Tente tomar uma atitude razoavelmente realista na discussão sobre outra mulher que você conheceu em meses de abstinência. Ela irá perguntar. [...]. No. 3 – Você mal precisa falar disso, mas atente as histórias de sua experiência. [...]. No. 4 – [...] Mostre-a que você tem interesse pelas coisas da casa. [...]. No. 5 – Façam planos juntos . [...]597 (DROKE, 1945, p.65-66). Em vários trechos do presente manual é sublinhado o interesse de fazer com que estes homens tenham um bom relacionamento com sua família. Porém também, no mesmo manual, há motivações caso o casamento não dê certo, afirmando para estes homens que é melhor se separar do que viver numa mentira. Outra questão que também o documento enfatiza é em relação aos soldados terem uma religião, dizendo que as igrejas mudaram, e que agora, neste novo período, estavam pregando uma vida ao modo de Cristo, e lembrando que o caminho dentro das comunidades religiosas é longo e deve-se ter paciência. Em relação aos planos educacionais, o documento mostra o benefício do qual os veteranos da Segunda Guerra teriam em relação à sua formação, enfatizando que na 2º Guerra Mundial havia cerca de 80% dos combatentes que tinham menos de 30 anos de idade e, em comparação com outras guerras que os Estados Unidos se envolveram, as pessoas tinham uma escolaridade maior. Assim, um plano educacional seria essencial para a reintegração social destes homens. Estruturava-se, portanto, um discurso criado para convencer os homens de que em outros conflitos, como a Primeira Guerra Mundial, os veteranos não tiveram este benefício por causa da situação dos próprios homens que lutaram, e não 597 No texto original: “No. 1 – Tell her that you love her. Tell again. And again. […] No. 2 – Try to adopt a reasonably realistic attitude in your discussion of the other women you have known in your months of absence. She will ask. […]. No. 3 – You will scarcely need to be told this, but soft-pedal the harrowing experience stories. […]. No. 4 – Don’t be afraid to trot out your domestic virtues and show appreciation o hers. No. 5 – Start planning things together”. Traduzido pelo autor. 1420 por causa do interesse do Estado. Dessa forma, para os retornados da Segunda Guerra Mundial, o documento buscava sempre enfatizar que o Estado norte-americano não estava tomando medidas assistencialistas, muito menos privilegiando um grupo social: [...] O governo não irá dar dinheiro para você, mas pagará todas as suas anuidades e livros num valor de $500 dólares ao ano na instituição de ensino que escolher. Além você poderá receber $50 dólares por mês de subsídios se você não tiver dependentes, e $75 dólares por mês caso você tiver um ou mais dependentes [...], por no máximo 4 anos. [...] Para continuar recebendo o benefício é necessário que você mantenha uma média aceitável.598 (DROKE, 1945, p.76). Algo que devemos lembrar para compreender o discurso presente no trecho acima é que dentro dos Estados Unidos havia um receio de que um plano voltado para a reintegração social dos veteranos de guerra pudesse causar na sociedade um sentimento de apatia da população, por conta das pessoas comuns verem que os soldados, ao se tornarem ex- combatentes, fossem privilegiados na sociedade. Este sentimento esteve presente na Primeira Guerra Mundial, havendo grupos que diziam que os veteranos não deveriam receber benefício algum, pois não estavam fazendo nada mais do que seu dever de cidadão. Dessa forma vemos que há uma preocupação do Estado enfatizar tanto para os soldados, através deste manual, como para a população através de filmes, folhetins, etc. de que os veteranos da Segunda Guerra Mundial não eram diferentes do cidadão que lutou no front interno, sempre buscando evidenciar que esta política pública não era 598 No texto original: “The Government will not give you the Money, but Will pay all bills for tuition and books up to $500 a year in the education institution of your choice. In addition you will be allowed $50 a month subsistence if you have no dependents, $75 a month if you have one or more dependents. (…) up to a maximum of four years. (…). To continue receving the benefits it is necessary that you maintain acceptable academic standing.”. Traduzido pelo autor. 1421 assistencialista, mas um plano de reintegração social, do qual todo o corpo social se beneficiaria. Outro documento analisado é o relatório produzido ainda no período da guerra, o qual buscava compreender o que os soldados sentiam durante a vida militar referente desde seus treinamentos até mesmo planos que estavam fazendo para depois da guerra599. Dessa forma para entender as respostas dadas pelos soldados é necessário, primeiramente, entender a metodologia dos estudos. O estudo foi realizado a partir de questionário de opinião (survey), do qual a pessoa escolhia a resposta que considerava adequada. Para confeccionar o questionário eram seguidos seis passos: primeiro era realizada a conferência entre representantes do Exército e centros de pesquisas; após era feita uma observação pré-liminar visitando alguns campos e conversando informalmente sobre problemas relacionados com soldados e oficiais; em seguida o questionário era redigido; logo depois quando permitido o questionário era testado em Washington, em quinto o material era revisado e por fim a pesquisa era realizada (STOUFFER, 1949). Entre 1941 até o fim da guerra foram questionados mais de 500 mil homens, foram realizadas cerca de 200 diferentes questionários com aproximadamente 100 itens. O questionário realizado ainda no período de guerra afirma que no fim do conflito bélico somente 3% dos homens queriam seguir a carreira militar. Grande parte dos soldados tinham planos e se preocupavam com o futuro e as questões de maior preocupação deste homem eram em relação ao emprego e ao estudo. A maior parte da pesquisa realizada no verão de 1944 nos mostra que 64% já tinham planos definidos relacionados com a educação ou trabalho. 599 STOUFFER, Samuel, et aliii. The American Soldier. Vol 1: Adjustment during army life; Vol 2: Combat and its aftermath. Priceton: Priceton University Press, 1949. 1422 Compreendendo as experiências anteriores as da Segunda Guerra Mundial, e o preparo do Estado norte-americano para a reintegração social dos veteranos deste conflito, abordaremos como se deu o resultado das políticas públicas voltadas a reconversão destes homens da vida militar para a vida civil. Todo cidadão transformado em soldado tem desejo de voltar para casa, e vemos que durante a guerra os soldados criaram um ideal de como seria os seus lares. Quando acabou a guerra, cerca de 2/3 dos combatentes acreditavam que as pessoas de suas casas reconheceriam o trabalho e os sacrifícios realizados no campo de batalha Ente as expectativas e a realidade havia uma grande diferença. Com o fim da guerra, uma parte dos soldados ficou descontente e decepcionada com a desmobilização. O Secretário de Guerra Robert Patterson havia prometido reduzir o número de soldados no exterior em um ano, o que não pode ser realizado satisfatoriamente, pois não havia condições logísticas e estratégicas para a desmobilização de 16 milhões de combatentes. Os números, mesmo menores que a expectativa dos G.I.s e suas famílias, ainda assim eram impressionantes. Para se ter uma idéia, entre maio a outubro de 1945, desembarcaram no porto de Nova York 759.715 mil homens. Uma vez em casa, os veteranos, habituados a terem suas necessidades supridas pelas forças armadas, tinham que se preocupar com as incertezas econômicas. Ao mesmo tempo que a grande economia apresentava uma aceleração no pós-guerra, vários novos problemas surgiram, como os blackouts do inverno de 1945-1946 e a crise na construção civil, incapaz de suprir a demanda triplicada por casas. No ano seguinte do término da guerra, 64% dos veteranos casados e 80% dos veteranos solteiros foram morar na casa de amigos ou familiares. A 1423

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