O julgamento de um ditador comunista em um país imaginário serve de pano de fundo para uma reflexão sobre a capacidade humana de resistir e lutar, mesmo em isolamento máximo. O livro nasceu de uma visita de Julian Barnes à Bulgária, em 1991. O questionamento radical dos julgamentos sumários dos déspotas e dos valores hipócritas que compõem a ética de seus sucessores joga água fria nos pensamentos liberais que tomaram conta do mundo, após a queda do Muro de Berlim. O porco-espinho retrata a força do indivíduo diante da vida e da história, relativas por natureza.