ebook img

O marxismo ocidental: como nasceu, como morreu, como pode renascer PDF

228 Pages·2018·13.773 MB·Portuguese
Save to my drive
Quick download
Download
Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.

Preview O marxismo ocidental: como nasceu, como morreu, como pode renascer

Roe NASCEU; domenico a losurdo as RANA domenico losurdo O marxismo ocidental COMO NASCEU, COMO MORREU, COMO PODE RENASCER TRADUÇÃO ANA MARIA CHIARINI E DIEGO SILVEIRA COELHO FERREIRA O desta edição, Boitempo, 2018 O Gius. Laterza & Figli, 2017 Todos os direitos rescrvados Titulo original: // marxismo occidentale. Come nacque, come mori. come puô rinascere Direção editorial Ivana Jinkings Edição Isabella Marcacti Assistência editorial Thaisa Buranie Artur Renzo Tradução Ana Maria Chiarini e Diego Silveira Coclho Ferreira Preparação Silvana Cobucci Revisão Luiz Pereira e Thaisa Burani Coordenação de produção Livia Campos Capa Maikon Nery Diagramação Antonio Kehl Equipe de apoio: Allan Jones, Ana Carolina Meira, Ana Yumi Kajiki, André Albert, Bibiana Leme, Carolina Yassui, Eduardo Marques, Elaine Ramos, Frederico Indiani, Heleni Andrade, Isabella Barboza, Ivam Oliveira, Kim Doria, Luciana Dantas, Marlene Baptista, Maurício Barbosa, Renato Soares, Thais Barros, Tulio Candiotto, Valéria Ferraz CIP-BRASIL.. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ L89m Losurdo, Domenico, 1941. O marxismo ocidental : como nasceu, como morreu, como pode renascer / Domenico Losurdo ; tradução Ana Maria Chiarini, Diego Silveira Coelho Ferreira. - 1. ed. - São Paulo : Boitempo, 2018. Tradução de: Il marxismo occidentale : come nacque, come mori, come puô rinascere Inclui bibliografia c indice ISBN 978-85-7559-613-5 1. Marx. Karl. 1818-1883. 2. Socialismo - História - Séc. XX. 3. Filosoha marxista. 4. Ieoria crítica. |. Chiarini, Ana Maria. 1]. Ferreira, Dicgo Silveira Coelho. [. Título. 18-48777 CDD: 339.409 CDU: 330.89(09) É vedada a reprodução de qualquer parte deste livro sem a expressa autorização da editora. |º edição: junho de 2018 BOITEMPO EDITORIAL Jinkings Editores Associados Ltda. Rua Pereira Leite, 373 05442-000 São Paulo-SP Tel./fax: (11) 3875-7250 / 3875-7285 editorDboitempoeditorial.com.br | www.boitempoeditorial.com.br www.blogdaboitempo.com.br | www.facebook.com/boitempo www.twitrer.com/editoraboitempo | www.youtube.com/tvboitempo SUMÁRIO PrerÁcio — O QUE É O “MARXISMO OCIDENTAL 2 ...........ececeseecereerrese ceero O NOTA DO AUTOR.............. can can ens can can cen cena renan encore rea era ven sea seen censeasoa 15 1— I9I4 E 1917: NASCIMENTO DO MARXISMO OCIDENTAL E ORIENTAL....... I7 1. Á GUINADA DE AGOSTO DE I914 NO O ESTE..........e.eereeerereeeecerenrreeeenaaaa 17 2. ... E A GUINADA DE OUTUBRO DE 1917 NO LESTE.............cccceecerreerrereerrers 20 3. ESTADO E NAÇÃO NO OESTE E NO LESTE.................s.e.ns.e. .ee.eeeerera.aeneaesa 23 4. A “ECONOMIA DO DINHEIRO” NO OESTE E NO LESTE .............................. 28 $. À CIÊNCIA ENTRE A GUERRA IMPERIALISTA E A REVOLUÇÃO ANTICOLONIAL........cceeseecsoreeanca rrenean esceenes r icncra eeaneenae areenans enareereanraacracsacean o 31 MARXISMO OCIDENTAL E MESSIANISMO ........ccccceecereerrenereeeeerseenrencercenaro 35 À LUTA CONTRA A DESIGUALDADE NO OESTE E NO LESTE........................ 39 AS ERÁGEIS ERONTEIRAS ENTRE MARXISMO OCIDENTAL E MARXISMO ORIENTAL.......ee.e reasetreear eccee racre reear ne eraseantea seerenar eare a 41 O DiFÍCIL RECONHECIMENTO RECÍPROCO ENTRE DUAS LUTAS PELO RECONHECIMENTO .......eret.a recar ee iereer raire rereeerereer eaees 44 IT — SOCIALISMO VS. CAPITALISMO OU ANTICOLONIALISMO VS. COLONIALISMO? ...........ecececes eee ese cerer ecra acre recon en racer ancas e raca san en caca ca caes en nasaçes 49 1. DA REVOLUÇÃO “APENAS PROLETÁRIA AS REVOLUÇÕES ANTICOLONIAIS ..49 2. À QUESTÃO NACIONAL E COLONIAL NO CORAÇÃO DA EUROPA............c.... 53 3. Os PAÍSES SOCIALISTAS NA “ÉPOCA DAS GUERRAS NAPOLEÔNICAS ........... SS 4. O DILEMA DE DANIELSON E OS DOIS MARXISMOS ..............cccecescicssecereeeos s9 s. Os DOIS MARXISMOS NO INÍCIO E NO FIM DA SEGUNDA GUERRA DOS TRINTA ÂNOS .......ccccsciscc ces crerceers cena ren era near a rena raa ceara ren ceea aeee ceara ce reernneo 64 [HT — MARXISMO OCIDENTAL E REVOLUÇÃO ANTICOLONIAL: UM ENCONTRO MALOGRADO..........cceceeeeeeeneese ererearraer cra reen enane neaaran cansa sasenas 69 T. CO DEBATE BoBBIO-[OGLIATTI NO ANO DE DiEN BrEN PHU.................... 69 2. O MARX MUTILADO DE DELLA VOLPE E COLLETTL.........esiseeeeneo 72 3. “OPERARISMO E CONDENAÇÃO DO TERCEIRO-MUNDISMO ............cceceeee.s 75 4. ALTHUSSER ENTRE ANTI-HUMANISMO E ANTICOLONIALISMO................... 78 $. À REGRESSÃO IDEALISTA E EUROCÊNTRICA DE ALTHUSSER..............c.......B.2 6. HERANÇA E TRANSFIGURAÇÃO DO LIBERALISMO EM BLOCH ..........ccececces 86 7. HoRKHEIMER, DO ANTIAUTORITARISMO AO FILOCOLONIALISMO............. 89 8. O UNIVERSALISMO IMPERIAL DE ÁDORNO.............cecceccssesesiceessereraeos 93 9. QUEM NÃO QUER FALAR DO COLONIALISMO DEVE CALAR-SE TAMBÉM SOBRE O FASCISMO E O CAPITALISMO .....ceeeeecerreerreeeessertreeeaneneseanasinacreraso 97 10. MARCUSE E A PENOSA REDESCOBERTA DO “IMPERIALISMO .................... 10] 11. O 4 DE AGOSTO DA “TEORIA CRÍTICA E DA “UTOPIA CONCRETA ........... 104 12. 1968 E O EQUÍVOCO GENERALIZADO DO MARXISMO OCIDENTAL............ 107 13. O ANTICOLONIALISMO POPULISTA E IDEALISTA DE SARTRE.......ccceesere II 14. TIMPANARO ENTRE ANTICOLONIALISMO E ANARQUISMO .........cccsssssssesees IIS 19. O ISOLAMENTO DE LUKÁCS ....................... reeerrreea rena rena renc ren ea sean ttea so 117 [V — TRIUNFO E MORTE DO MARXISMO OCIDENTAL.........cceseeresserensanaes 119 1. Ex OCCIDENTE LUX ET SALUS!.....ceecereeerereeeertererieareeee reei eeatataneaneieina 119 2. O cuLTO A ARENDT E O RECALQUE DA RELAÇÃO COLONIALISMO-NAZISMO .........ccciseeneeenecreeencerrerereeearanaesrnerereeaaracasnasaaata 122 3. O TercEIRO REICH, DA HISTÓRIA DO COLONIALISMO A HISTÓRIA DA LOUCURA ........c.eccicesseseseseressra eeeereaseermenaan srrernaesceereanncesnt o 130 4. No BANCO DOS RÉUS: O COLONIALISMO OU SUAS VÍTIMAS?................... 136 Com ARENDT, DO TERCEIRO MUNDO AO “HEMISFÉRIO OCIDENTAL .... 139 6. FoucAULT E O RECALQUE DOS POVOS COLONIAIS DA HISTÓRIA ......c... 142 7. FOUCAULT E A HISTÓRIA ESOTÉRICA DO RACISMO... ........csescceccrreceeeees 144 8. ... E DA BIOPOLÍTICA.........cecceccamae rrenaenesneemaneeseeseinrec raree creneirceceesernceatcan a ISO 9. DE FOUCAULT A ÁGAMBEN (PASSANDO POR LEVINAS)........ccccccseeeeseeserses 156 10. NEGRI, HARDT E A CELEBRAÇÃO ESOTÉRICA DO ÍMPÉRIO.............cce.... 161 V — RECUPERAÇÃO OU ÚLTIMO SUSPIRO DO MARXISMO OCIDENTAL?....... 16S 1. O ANTI-IMPERIALISMO DE Z/ZEK ...ccccicicseeiietaaceearenieos eemecerreeraaços 165 2. ZI2EK, O DESPREZO DA REVOLUÇÃO ANTICOLONIAL E A DEMONIZAÇÃO DE MAO ..........ccccesesseseseseesererereeneernenererrearenareceaecenasrenaato 169 3. HARVEY E À ABSOLUTIZAÇÃO DAS “RIVALIDADES INTERIMPERIALISTAS .172 4. AH, SE BADIOU TIVESSE LIDO TOGLIATTIL..........ecciceceiseeseeeicerercereneaeos 174 “TRANSFORMAÇÃO DO PODER EM AMOR”, “TEORIA CRÍTICA”, “GRUPO EM FUSÃO, RENÚNCIA AO PODER .......ceseeeeseerrereseeserreeasmaneestoa 179 6. ÁÀ LUTA CONTRA A FRASE, DE ROBESPIERRE A LÊNIN.................ssssee... 183 7. À GUERRA E A CERTIDÃO DE ÓBITO DO MARXISMO OCIDENTAL.............. 186 VI - Como O MARXISMO NO (OCIDENTE PODE RENASCER ..............cese 191 1. MARX E O FUTURO EM QUATRO TEMPOS .......ccceceeseesereeeeereeerenserenserensseo I9I 2. À LONGA LUTA CONTRA O SISTEMA COLONIALISTA-ESCRAVISTA MUNDIAL ....cceseereeeeensoeerreos rcaniecaasc seeenr seeenn csoree arnner aan rascerr reaceera racsar a 194 3. Dois MARXISMOS E DUAS DIFERENTES TEMPORALIDADES ....................... 200 4. RECUPERAR A RELAÇÃO COM A REVOLUÇÃO ANTICOLONIALISTA MUNDIAL .......cccceecececereeeereecesn ceeeear nre rnenea reerraenenraareencreeerncacrercarseeeneasaoo 203 4. A LIÇÃO DE HEGEL E O RENASCIMENTO DO MARXISMO NO OCIDENTE ...........c. rsrsrsrs ereaseecereresanaeeacaeeacacrnacesaaeenaacenacesnaaceneeces 206 6. ORIENTE E OCIDENTE: DO CRISTIANISMO AO MARXISMO..................... 210 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........cccceceseesesereeeeesensecnensteennasc eecsreranreedo 215 ÍNDICE ONOMÁSTICO ..........ccciercrae asracnenrcenccaencessesaceescrreneeneeenneaescaesencsa s 227 PREFÁCIO O QUE É O “MARXISMO OCIDENTAL? A expressão que dá título a este trabalho deve sua sorte ao livro com o qual, em 1976, um filósofo inglês, marxista e comunista (trotskista) militante, con- vidava o “marxismo ocidental” a finalmente declarar seu total distanciamento e sua independência em relação à caricatura de marxismo dos países oficial- mente socialistas e marxistas, situados no Leste. O alvo era particularmente a União Soviética. Aqui, não obstante a Revolução de Outubro e a lição de Lênin, o marxismo era, áquela altura, uma “lembrança do passado”; Stálin e “a coletivização” tinham dado “fim a todo trabalho teórico sério”. A “China popular” não ia muito melhor: vê-la como um “modelo alternativo” significa- va confirmar “a heteronomia política do marxismo ocidental”. Essa crítica se dirigia também aos próprios partidos comunistas do Ocidente, caracterizados pela “absoluta fidelidade às posições soviéticas” e, portanto, de fato orientais ou orientalizantes!. A acusação não poupava sequer o partido que, com Gramsci e Togliatti, constantemente conjugara a afirmação do valor universal da Revolução de Outubro com a ênfase nas profundas diferenças políticas e culturais entre Leste e Oeste — e, logo, com a teorização da necessidade de elaborar uma via nacional para o socialismo, adequada às exigências de um país firmemente estabelecido no Ocidente. O filósofo inglês era implacável: “Os intelectuais (assim como os trabalhadores, não seja por isso) filiados a um partido comunista de massa, a menos que fossem cooptados pelo grupo dirigente, não podiam | Perry Anderson, /! dibastito nel marxismo occidentale (trad. Franco Moretti, Roma/Bari, La- terza, 1977 [1976]), p. 28, 131 e 61 [ed. bras.: Considerações sobre o marxismo ocidental / Nas trilhas do materialismo histórico, trad. Fábio Fernandes, São Paulo, Boitempo, no prelo). 10 O MARXISMO OCIDENTAL se permitir a minima opinião pessoal sobre os problemas políticos decisivos”. E, assim, “Gramsci tornou-se a referência ideológica oficial do PCI: não dei- xava de ser invocado em todas as circunstâncias possíveis, mas seus escritos foram manipulados e ignorados”*. De que maneira os obtusos guardiães de um horrendo deserto cultural conseguiam atrair uma massa de intelectuais aguerridos e sofisticados, exercer uma extraordinária influência e hegemonia na cultura italiana e gozar de grande prestígio no cenário internacional, tudo isso era um mistério. Perry Anderson não foi o primeiro a notar a lacuna entre o marxismo ocidental e o oriental. Escrevendo nos primeiros anos da Guerra Fria, um eminente filósofo francês, Maurice Merleau-Ponty, observava: A política revolucionária, que, na perspectiva de 1917, deveria suceder historica- mente a política “liberal” — pressionada por dificeis problemas de organização, defesa e desempenho —, tornou-se, no entanto, cada vez mais uma política de pai- ses novos, o modo como economias semicoloniais (ou civilizações paralisadas há séculos) podiam passar para os modernos modos de produção. O imenso aparato erguido por essa política, com suas regras e seus privilégios, ao mesmo tempo que se demonstra eficaz para implantar uma indústria ou fazer trabalhar um prole- tariado ainda virgem, debilita a posição do proletariado como classe dirigente e deixa sem herdeiros o mistério civilizacional que, segundo Marx, o proletariado ocidental carregava [consigo]. Um ano antes, em Dien Bien Phu, o poderoso e experiente Exército da Fran- ça colonialista fora fragorosamente derrotado pelo movimento e pelo Exército popular vietnamita, guiados pelo Partido Comunista. Em toda a Ásia reverbe- rava o eco da vitória estratégica do anticolonialismo que levara à fundação da República Popular da China. Sim, o comunismo se revelava a força dirigente das revoluções anticoloniais e, uma vez conquistado o poder, do desenvolvimento acelerado de que urgentemente necessitavam as “economias semicoloniais”. Os resultados e sucessos eram inegáveis, mas — perguntava-se o filósofo francês — e * Ibidem, p.59€e 55. * Maurice Merleau-Ponmy, Umanismo e terrore | Le avventure della dialerrica (trad. Andrea Bonomi, Milão, Sugar, 1965), p. 431 [ed. bras.: Humanismo e terror: ensaio sobre o problema comunista, trad. Naume Ladosky, Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 1968; As aventuras da dialética, trad. Cláudia Berliner, São Paulo, Martins Fontes, 2006). O QUE É O “MARXISMO OCIDENTAL? 1 quanto ao comunismo que o “proletariado ocidental” tinha a tarefa de erguer, ao menos aos olhos de Marx e do “marxismo 'ocidental'"*? Defrontamo-nos aqui pela primeira vez com a expressão “marxismo 'oci- dental”, Mas este não era positivamente contraposto ao marxismo oriental. Na verdade, mesmo no âmbito de uma critica abrangente de Marx e do comunismo, o alvo principal era justamente o marxismo “ocidental”. Uma vez dissipadas as esperanças iniciais de uma sociedade radicalmente nova e do “declínio do aparelho estatal”, impunha-se uma conclusão: “o comunismo, hoje, caminha ao lado do progressismo”, e o progressismo não podia ignorar as condições concretas do país ou da área em que ocorria a ação política. Rompendo com a perspectiva messiânica da regeneração completa da humanidade, era preciso se orientar caso a caso: “Onde a escolha se dá entre a fome e o aparato comunista, a decisão [a favor deste último] é óbvia”, e provavelmente, para o filósofo francês, a decisão também era óbvia quando se tratava de escolher entre a submissão colonial e a revolução anticolonial (normalmente dirigida pelos comunistas). O Ocidente, porém, apresentava um quadro bem diferente: a revolução comunista era realmente necessária e benéfica? E quais seriam seus resultados concretos”? Vários eram os aspectos frágeis dessa tomada de posição. Em primeiro lugar, a tim de melhor refutá-la, o filósofo francês acentuava a tendência messiânica presente em Marx e Engels. Não levava em conta que eles ora falam da “extin- ção do Estado” enquanto tal, ora da “extinção do Estado em sua atual acepção política”, somente a primeira formulação pode ser tachada de messiânica (e anarquista)”. Em segundo lugar, Merleau-Ponty evitava se interrogar sobre a possível relação entre a liquidação do colonialismo em todas as suas formas e a edificação da sociedade pós-capitalista. Em terceiro lugar, e principalmente: podemos considerar a luta anticolonialista um problema exclusivo do Oriente? Seria inadmissível apoiar a luta contra a submissão colonial ou neocolonial e, ao mesmo tempo, absolver os responsáveis por tal política. E não apenas por razões éticas: as duas guerras mundiais demonstraram que o expansionismo colonial desembocava em desastrosas rivalidades interimperialistas de impacto global; o incêndio provocado poucos anos antes por Hitler na tentativa de erguer na * Ibidem, p. 238 c seg. * Ibidem, p. 430 e 432. * Domenico Losurdo, Antonio Gramsci dal liberalismo al “comunismo critico” (Roma, Gambe- recti, 1997), cap. 5, S 1-2 [ed. bras.: Antônio Gramsci: do liberalismo ao “comunismo crítico , trad. Teresa Ottoni, Rio de Janeiro, Revan, 2011].

See more

The list of books you might like

Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.