ebook img

O mal-estar na civilização: as obrigações do desejo na era da globalização PDF

115 Pages·2011·0.7 MB·Portuguese
Save to my drive
Quick download
Download
Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.

Preview O mal-estar na civilização: as obrigações do desejo na era da globalização

Copyright © Nina Saroldi, 2011 Capa e Projeto gráfico de miolo Gabinete de Artes/Axel Sande Diagramação da versão impressa Abreu's System CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ. Saroldi, Nina S257m O mal-estar na civilização: as obrigações do desejo na contemporaneidade/ Nina Saroldi. - Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012. -(Para ler Freud) Inclui bibliografia Formato: ePub Requisitos do sistema: Adobe Digital Editions Modo de acesso: World Wide Web ISBN 978-85-200-1141-6 [recurso eletrônico] 1. Freud, Sigmund, 1856-1939 - Crítica e interpretação. 2. Psicanálise e cultura. 3. Civilização. 4. Livros eletrônicos. I. Título. II. Série. 12- CDD: 150.1952 1890 CDU: 159.964.2 Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução, armazenamento ou transmissão de partes deste livro, através de quaisquer meios, sem prévia autorização por escrito. Texto revisado segundo o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Direitos desta edição adquiridos EDITORA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA Um selo da DISTRIBUIDORA RECORD DE SERVIÇOS DE IMPRENSA S.A. Rua Argentina, 171 - 20921-380 Rio de Janeiro, RJ - Tel.: 2585-2000 Seja um leitor preferencial Record. Cadastre-se e receba informações sobre nossos lançamentos e nossas promoções. Atendimento e venda direta ao leitor: [email protected] ou (21) 2585-2002. Produzido no Brasil 2012 Para Marcelo AGRADECIMENTOS A Luciana Villas-Boas, pela coleção Para ler Freud. A Andreia Amaral, pelo entusiasmo no trabalho editorial. À Academia Europeia de Tradutores (Europäisches Übersetzer-Kollegium) em Straelen, na Alemanha, pelas generosas temporadas que me permitiram, nas melhores condições possíveis, escrever este livro e trabalhar na coleção Para ler Freud. A meus pais, por terem se encontrado, criado uma pequena família e até hoje, como no primeiro dia, cuidarem bem de mim. A Silvia Pimenta, pela telepática amizade, pela Sofia e pela leitura e discussão do livro. A Marcelo Backes, pelo amor, pela ajuda constante e preciosa na coleção Para ler Freud, e pela teimosia em fazer com que os nossos projetos se realizem. SUMÁRIO Apresentação da coleção Prefácio Introdução Primeiro capítulo: O mal-estar na civilização e seus arredores Segundo capítulo: Um resumo do livro de Freud Terceiro capítulo: O mal-estar melhorou? A pertinência do livro hoje Conclusão Bibliografia Cronologia de Sigmund Freud Outros títulos da coleção Para ler Freud APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO Em 1939, morria em Londres Sigmund Freud. Hoje, passadas tantas décadas, cabe perguntar por que ler Freud e, mais ainda, qual é a importância de lançar uma coleção cujo objetivo é despertar a curiosidade a respeito de sua obra. Será que vale a pena ler Freud porque ele criou um campo novo do saber, um ramo da psicologia situado entre a filosofia e a medicina, batizado de psicanálise? Será que o lemos porque ele criou, ou reinventou, conceitos como os de inconsciente e recalque, que ultrapassaram as fronteiras do campo psicanalítico e invadiram nosso imaginário, ao que tudo indica, definitivamente? Será que devemos ler o mestre de Viena porque, apesar de todos os recursos farmacológicos e de toda a ampla oferta de terapias no mercado atual, ainda há muitos que acreditam na existência da alma (ou de algo semelhante), e procuram o divã para tratar de suas dores? Será que vale ler Freud porque, como dizem os que compartilham sua língua-mãe, ele é um dos grandes estilistas da língua alemã, razão pela qual recebeu, inclusive, o prêmio Goethe? Será que seus casos clínicos ainda são lidos por curiosidade “histórico- mundana”, para conhecer as “bizarrices” da burguesia austríaca do final do século XIX e do início do XX? Será que, em tempos narcisistas, competitivos e exibicionistas como os nossos, é reconfortante ler um investigador que não tem medo de confessar seus fracassos e que elabora suas teorias de modo sempre aberto à crítica? Será que Freud é lido porque é raro encontrar quem escreva como se conversasse com o leitor, fazendo dele, na verdade, um interlocutor? É verdade que, tanto tempo depois da morte de Freud, muita coisa mudou. Novas configurações familiares e culturais e o progresso da tecnociência, por exemplo, questionam suas teorias e põem em xeque, sob alguns aspectos, sua relevância. Todavia, chama atenção o fato de, a despeito de todos os anestésicos — químicos ou não — que nos protegem do contato com nossas mazelas físicas e psíquicas, ainda haver gente que se disponha a deitar-se num divã e simplesmente falar, falar, repetir e elaborar, extraindo “a seco” um sentido de seu desejo para além das fórmulas prontas e dos consolos que o mundo consumista oferece — a partir de 1,99. Cada um dos volumes desta coleção se dedica a apresentar um dos textos de Freud, selecionado segundo o critério de importância no âmbito da obra e, ao mesmo tempo, de seu interesse para a discussão de temas contemporâneos na psicanálise e fora dela. Exceção à regra são os três volumes temáticos — histeria, neurose obsessiva e complexo de Édipo —, que abordam, cada um, um espectro de textos que seriam empobrecidos se comentados em separado. No volume sobre a histeria, por exemplo, vários casos clínicos e artigos são abordados, procurando refazer o percurso do tema na obra de Freud. A cada autor foi solicitado que apresentasse de maneira didática o texto que lhe coube, contextualizando-o na obra, e que, num segundo momento, enveredasse pelas questões que ele suscita em nossos dias. Não necessariamente psicanalistas, todos têm grande envolvimento com a obra de Freud, para além das orientações institucionais ou políticas que dominam os meios psicanalíticos. Alguns já são bem conhecidos do leitor que se interessa por psicanálise; outros são professores de filosofia ou de áreas afins, que fazem uso da obra de Freud em seus respectivos campos do saber. Pediu-se, na contramão dos tempos narcisistas, que valorizassem Freud por si mesmo e encorajassem a leitura de sua obra, por meio da arte de escrever para os não iniciados. A editora Civilização Brasileira e eu pensamos em tudo isso ao planejarmos a coleção, mas a resposta à pergunta “por que ler Freud?” é, na verdade, bem mais simples: porque é muito bom ler Freud. Nina Saroldi Coordenadora da coleção PREFÁCIO Para desenvolver sua reflexão sobre o mal-estar na cultura contemporânea a partir de O mal-estar na civilização, de Freud, Nina Saroldi faz uma leitura rigorosa dos textos freudianos, demonstrando a familiaridade com que percorre os vários caminhos, entroncamentos e encruzilhadas do percurso do mestre de Viena. Essa leitura é articulada a uma indicação sempre precisa do pensamento dos grandes filósofos — Sócrates, Platão, Aristóteles, Kant, Nietzsche, Adorno, Horkheimer, dentre outros —, que é fundamental para que se possa contextualizar as ideias de Freud (e concatenar as nossas) no panorama mais amplo do pensamento ocidental. E isso em uma escrita de estilo peculiar, com muita clareza e bom-humor: aqui aparece a “manha” de sua profissão de ensinar. Logo de saída a autora puxa o seu fio de Ariadne, que não larga até o fim da argumentação: o da retroação, interação, mútuo pertencimento entre o indivíduo e a cultura em que vive. Sua questão, reiterada inúmeras vezes ao longo do livro, é tanto a de saber — mesmo que demonstrando como O mal- estar na civilização se vincula à modernidade, à época em que foi elaborado — se as considerações de Freud sobre a relação entre o sofrimento dos indivíduos e a cultura em que vivem ainda se sustentam, quanto perguntar se tais considerações podem nortear uma avaliação crítica de nossas vidas, de nossos sofrimentos e de nossa cultura nos dias atuais. A resposta da autora é que a reflexão dos tempos de Freud é, sim, muito importante para pensarmos também sobre os tempos que vivemos. Segundo Nina Saroldi, o texto de Freud contém uma hipótese plausível sobre o que faz uma cultura avançar e sobre as ameaças que podem destruí-la. Uma ideia sintetizaria todo o texto freudiano: a civilização resulta da renúncia à satisfação direta das pulsões. Essa ideia coloca uma grave questão para a

Description:
Segundo Nina Saroldi, em O mal-estar na civilização de Freud, a renúncia à satisfação pulsional, pressuposta como estrutural à constituição do processo civilizatório, é o que nos retira do estado-de-natureza e o que nos faz ingressar no estado-de-cultura. A autora acrescenta que o pensar
See more

The list of books you might like

Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.