O LEGADO DOS CONGRESSOS BRASILEIROS DE ARQUIVOLOGIA (1972-2000) Mariza Bottino O LEGADO DOS CONGRESSOS BRASILEIROS DE ARQUIVOLOGIA (1972-2000) Uma contribuição para o estudo do cenário arquivístico nacional Copyright © 2013 Mariza Bottino Direitos desta edição reservados à Editora FGV EDITORA FGV Rua Jornalista Orlando Dantas, 37 22231-010 — Rio de Janeiro, RJ — Brasil Tels.: 0800-021-7777 — (21) 3799-4427 Fax: (21) 3799-4430 [email protected] [email protected] www.fgv.br/editora Impresso no Brasil | Printed in Brazil Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação do copyright (Lei no 9.610/98). Os conceitos emitidos neste livro são de inteira responsabilidade da autora. 1a edição – 2014 Preparação de originais: Fernanda Villa Nova de Mello Revisão: Fatima Caroni e Cecília Moreira Capa, projeto gráfico e diagramação: Letra e Imagem FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA MARIO HENRIQUE SIMONSEN/FGV Bottino, Mariza O legado dos congressos brasileiros de arquivologia (1972-2000) / Mariza Bottino. – Rio de Janeiro : Editora FGV, 2014. 302 p. Inclui bibliografia. ISBN: 978-85-225-1312-3 1. Arquivologia. 2. Arquivologia – Congressos. I. Fundação Getulio Vargas. II. Título. CDD – 025.171 Quando as dificuldades são terríveis, os desafios são apaixonantes. Dom Hélder Câmara Aos meus pais, Paolo e Lida, in memoriam, pelo muito que contribuíram para minha formação intelectual, moral e espiritual. À arquivista Maria Hilda Pinto de Araújo, nossa querida Mara, in memoriam, por toda a disponibilidade em colaborar com os colegas da área e em especial pelo apoio dado à Associação dos Arquivistas Brasileiros (AAB), como membro do Conselho Deliberativo durante a gestão 1997-2001, e, sobretudo, pela grande ajuda na organização do acervo da AAB, o que possibilitou iniciar o levantamento das fontes de pesquisa do projeto e a troca de informações a respeito do tema. sumário Nota prévia 9 Prefácio 11 Agradecimentos 15 Introdução 17 O saber e o fazer: primórdios do ensino e da profissionalização da arquivologia no Brasil 21 I Congresso Brasileiro de Arquivologia – 1972 29 II Congresso Brasileiro de Arquivologia – 1974 49 III Congresso Brasileiro de Arquivologia – 1976 57 IV Congresso Brasileiro de Arquivologia – 1979 75 V Congresso Brasileiro de Arquivologia – 1982 87 VI Congresso Brasileiro de Arquivologia – 1986 99 VII Congresso Brasileiro de Arquivologia – 1988 111 VIII Congresso Brasileiro de Arquivologia – 1990 119 IX Congresso Brasileiro de Arquivologia – 1992 129 X Congresso Brasileiro de Arquivologia – 1994 141 XI Congresso Brasileiro de Arquivologia – 1996 153 XII Congresso Brasileiro de Arquivologia – 1998 163 XIII Congresso Brasileiro de Arquivologia – 2000 173 Considerações finais 183 Referências 241 Anexos 261 Apêndices 271 nota prévia Reza a lenda que, para se realizar, o sujeito deve plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. A partir da imersão em minha memória, histórias, imagens, recordações, emergem lembranças do tempo em que cursava o ensino fundamental, à época chamado de curso primário, na Escola Municipal Affonso Penna. Era uma escola respeitada pela qualidade de ensino, pela qualifica- ção dos professores, pela preocupação com o meio ambiente e a preserva- ção da natureza, que não estavam presentes apenas nas comemorações do Dia da Árvore, em 21 de setembro, mas também em outras ocasiões, quando muitas árvores eram plantadas pelos alunos como parte da for- mação curricular e cidadã. Essa escola ensinava aos alunos o respeito aos símbolos nacionais, cultivando e preservando o civismo, formando o homem civiliza- do, comunitário, o verdadeiro cidadão. Ali, nós, estudantes, antes de entrarmos em sala de aula, cantávamos os hinos comemorativos do Brasil e hasteávamos nossa bandeira ao som do Hino Nacional. Boas lembranças! Quanto ao segundo pilar, ter um filho, posso dizer com segurança que foi minha obra-prima: a minha filha Thais, que representa meu bem maior, meu amor, minha alegria, minha realização, minha descendência e tudo de bom que possa existir. 10 O legado dos congressos brasileiros de arquivologia (1972-2000) No que concerne a esses três supostos pilares da realização humana, posso afirmar que, até o momento, cumpri a primeira e a segunda tare- fas, ou seja, plantei árvores e tive uma filha. Agora, passados alguns anos, acabo de unir esses pilares escrevendo este livro, fruto de anos de experiência na área arquivística, na qual sem- pre acreditei e à qual me dediquei. Este trabalho foi concebido com muito empenho e dedicação, embora esteja longe de ser perfeito, pois nós, seres humanos, ainda estamos muito aquém da perfeição. Espero que sua lei- tura possa trazer informações que contribuam para o engrandecimento da arquivologia e que abram caminhos a serem trilhados pelos arquivis- tas e estudiosos da área. Como os leitores poderão observar, a obra apresenta características distintas que antecedem cada capítulo do livro, como frases e pensamen- tos de vários autores, bem como relatos pessoais inseridos ao longo do período dos 13 congressos brasileiros de arquivologia. (Mas o que esperar de uma autêntica aquariana que não seja a esco- lha de caminhos diferenciados, deixando à margem o rigor de padrões preconcebidos e usando de sua liberdade para expandir ideias?) Espero que frutifique. prefácio Heloísa Liberalli Bellotto Universidade de São Paulo Uma das mais frequentes queixas dos arquivistas brasileiros, não só dos profissionais graduados, mas também dos aspirantes, é a falta de bibliografia pertinente à área, sobretudo de obras em língua portu- guesa originadas em nosso país. Também nesse sentido, esta obra de Mariza Bottino preenche de maneira enriquecedora um espaço dessa imensa lacuna. Este espaço se refere à contribuição técnica e científica gerada por conferências, comunicações livres, mesas-redondas e deba- tes apresentados nos congressos brasileiros de arquivologia, promovi- dos pela AAB entre os anos de 1972 e 2000 e realizados em diferentes estados. Esclareça-se que este trabalho não se propõe incluir os resultados dos congressos posteriores ao ano de 2000 nem os daqueles chamados congressos nacionais de arquivologia, iniciados em 2004, realizados tam- bém em vários estados e patrocinados pelas diversas associações regio- nais de arquivistas, e não pela AAB. A AAB, como agremiação profissional pioneira no Brasil, foi fundada em 1971 pelo grupo empreendedor de arquivistas liderados por José Pe- dro Pinto Esposel. Desde o início, o movimento associativo teve a organi- zação e a promoção de congressos como duas de suas mais importantes metas, pois reconhece nelas uma inigualável oportunidade para troca de experiências profissionais e para a aquisição e a atualização, tão neces-