ISAAC í í A R I E L I S A R B O Ã Ç A Z I L I V I C O JUDEU NÃO-JUDEU e outros ensaios Coleção PERSPECTIVAS DO HOMEM Volume 61 Série Política Direção de MOACYR FELIX ISAAC DEUTSCHER O Judeu Não-Judeu e outros ensaios Apresentação e Introdução de TAMARA DEUTSCHER Tradução de MONIZ BANDEIRA civilização brasileira TÍTULO DO ORIGINAL INGLÊS: The Non-Jewish Jew And Otlier Essaijs © Oxford Universitij Press 1968. Desenho de capa: MARIUS LAURITZEN BERN Diagramação: RENATO BASTOS Direitos para a língua portuguesa adquiridos pela EDITORA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA SA. Rua 7 de Setembro, 97 RIO DE JANEIRO, que se reserva a propriedade desta tradução. 19 7 0 Impresso no Brasil Printed in Brazil índice Apresentação 1 In Memoriam — Isaac Deutscher (1907-1967) 3 Introdução — A educação de uma criança judia 7 I — O judeu não-judeu 27 II — Quem é judeu? 41 III — A revolução russa e a questão judaica 57 IV — Remanescentes de uma raça 77 V — O clima espiritual de Israel 83 VI — Décimo aniversário de Israel 107 VII — A guerra entre árabes e judeus de junho de 1967 115 VIII — Marc Chagall e a imaginação judaica 139 IX — A tragédia judaica e o historiador 149 Apresentação publicação dêste volume ocorreu, pela primeira vez, depois da morte de Isaac Deutscher. Se êle ainda vivesse, talvez fizesse uma revisão completa de seu trabalho. Resolvi, porém, tocar o menos possível nesses ensaios que, vez ou outra, a imprensa publicou. Aqui e ali, Isaac Deutscher fazia uma anotação ao pé da página ou, então, cortava alguma coisa. Quanto à conferência sôbre a Revolução Russa e a Questão Judaica, que ficou incompleta, coube-me a responsabilidade de publicá-la. Já o ensaio Quem é um judeu? exigiu um trabalho mais rigoroso de filtragem e condensação. Numa coletânea de conferências, artigos e entrevistas, dedicadas a um só assunto, mesmo quando tratado de diferen tes ângulos, algumas repetições se tomam inevitáveis. O leitor não ficará na dúvida sôbre a coerência de Isaac Deutscher 1 quanto ao destino trágico e ao complexo papel dos judeus na Europa e no seu próprio Estado nacional. Creio que consegui preservar, fielmente, seu pensamento em todos os pontos, nesses ensaios. Agradeço ao Dr. R. Mi- liband e a D. Singer que leram êste volume antes de sua publicação; aos senhores John Bell e Dan M. Davin, da Edi tora da Universidade de Oxford, pela assistência c sugestões que apresentaram. Gostaria, ainda, de agradecer aos meus amigos e vizinhos, Sr. e Sra. E. F. C. Ludowyk, pelo apoio e encorajamento. Londres, janeiro de 1968 In Memoriam ISAAC DEUTSCHER ( 1 9 0 7 1 9 6 7 ) .A l reputação de Isaac Deutscher firmou-se, antes de mais nada, como poeta, quando, aos dezesseis anos, seus pri meiros poemas foram publicados em revistas literárias da Po lônia. Alguns leitores daquela época ainda se lembram de seus versos, que revelavam forte influência do misticismo ju daico, versando sôbre temas da história e mitologia do povo judeu, e mesclavam 0 romantismo polonês com o rico folclore dessa cultura, numa tentativa de unir as tradições polonesa e iídiche. Também traduziu para o polonês muitas poesias do hebraico, latim, alemão e iídiche. Isaac Deutscher assistiu, como ouvinte, conferências sôbre literatura, história e filosofia, na medieval Universidade de Yagellon, na Cracóvia. Na vida artística dessa culta cidade 3 da Polônia, os serões dedicados à leitura dos seus poemas se tornaram notáveis acontecimentos. Ató aos dezoito anos de idade, viveu em Cracóvia, indo depois para Varsóvia. Deixou também a poesia pela crítica literária e por um mais profundo estudo da filosofia, da eco nomia o do marxismo. Por volta de 1927, filiou-se ao Partido Comunista da Polônia, então proscrito, e logo se tomou reda- tor-chefe da imprensa comunista clandestina e semiclandestina. Viajou, em 1931, por tòda União Soviética, conhecendo as condições econômicas do país na época do primeiro Plano Qüinqüenal e recusou o oferecimento de cargos acadêmicos Universidades de Moscou e Minsk, como professor de História do Socialismo e da Teoria Marxista. No ano seguinte, @^ubr«nHK) do Partido Comunista. O motivo oficial da expulsão foi o de que “êle exagerava ® praig® oaaista e espalhava o pânico nas fileiras comunistas”. TDàss tesga voltou da URSS. Isaac Deutscher fundou, com très «pata» eanmdás, a primeira oposição anti-stalinista no (M m Owmmwista da Pcmoia. Seu grupo protestou contra a HA* «to jMaitisfcx sumido a qual a social-democracia e o twasiarí®) “tóa temanau «típroJas, mas gêmeos*. E. certo dia «psnucefo a iMjfswtasai eswumiista dlamdlestiina estampou a man- dtóte «Sr IbiMMjriK' sàilwe a Ekiiopm’", o ledator-cfaefe Saü « o^smomigcsfito, A jmtór dkqmdle tfa, Isaac Den- IttfcJbfír tese «Hmua; sfimrJbflas a sfí£jmS-fc:: rnimiTm.. da pdSriia pofcraxesa. ee a «fe uram wfflBmm&amim <ijk íeWk <áb panrtóáúí sRafemista- Etrn uíbriJl «fe MM* Hsnac Dtetmtbidiüfir totacram V^mwrxiji psnr jpuaa fflimaftc (foi (ramim xünnnísjMxmÉenilS' dg' mnn jjsarmial jjatoih^TffllkjBÍSi, «jpjf ® (OTçntfSjiBra «IkmifflDtlíf qjnmfinnrsfe1 ama» osomio WCWiífJJ];. T«W Sfoute; «JpmUíttfi, mm Ümaiffl (fill gmnqnrB irmTTm jptrmal inflclbe c& ILímíálití»; mannaíiin sobíi ffanalliriíbnniçiia!) e éle fkiaxm de1- aejn^pwigííáb}, jasfe; nrito) ® (íBunupiílIim a ;«]pJlíitr;mr-w zslbgtE e enèirgi- coamnittí' a® asUmál® «Sn I&BgiDa Kaságada de díciontiimcis. gEamitócasi <e aaifcBÍbajiaR. (fsanesíraii swm priinmiim® artigjo> n imgjlès © ®> ©nraOTi a® TTUíe EfiiomíimnM.. 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