Por que, entre tantos músicos, atletas, cientistas, poucos alcançam aquilo que costumamos chamar de “genialidade”? O que diferencia Mozart, Albert Einstein e Michael Jordan de tantos que, na mesma época, compunham, desenvolviam teorias científicas ou jogavam basquete? Quem aposta que é alguma qualidade genética, ainda não conhece as teorias defendidas por esse livro. Em contestação à tendência de explicar o surgimento desses indivíduos excepcionais por meio de um determinismo genético, David Shenk desenvolve, em O gênio em todos nós, um brilhante argumento a favor da capacidade humana de moldar suas próprias habilidades. Segundo o autor, os genes apenas desenham as possibilidades de cada pessoa, que serão impulsionadas ou desestimuladas pelo meio em que vive e pelo trabalho individual. O resultado é uma visão otimista do ser humano, não mais destinado à grandeza ou à mediocridade por fatores que não pode controlar. De maneira clara e persuasiva, Shenk faz um apanhado dos mais recentes estudos científicos que explicam como desenvolvemos nossas habilidades e como os genes interagem com o ambiente para nos tornar quem somos. Demonstra também como podemos cultivar nossos potenciais — ou arruiná-los. Não somos prisioneiros do nosso DNA e está nas nossas mãos transformar, por meio do esforço, nosso potencial em grandes realizações.