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O Éter, Deus e o Diabo PDF

174 Pages·2003·35.271 MB·Portuguese
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Wilhelm Reich O ETER, DEUS E O DIABO seguido de A SUPERPOSIQAO COSMICA Mart/ns Fontes Wilhelm Reich O ETER, DEUS E O DIABO SEGUIDO DE A SUPERPOSICAO COSMICA Tradutao MAYA HANTOWER Revisao tecnica RICARDO AMARAL REGO Martins Fontes Sao Paulo 2003 Esta obrafoi publicoda originatmente cm ingUs com o iliulo ETHER. GOD AND DEVIL por Farrar. Sira us and Giroux, Nova York. Tradu^do portuguesa (BrasilI © 2003 by Mary Boyd Higgins at Truster of the Wilhelm Reich Infant Trust. Troduztdo de ETHER. GOD AND DEVIL por Wilhelm Reich. Copyright © 1949. renovado 1977 by Mary Boyd Higgins as Trustee of the Wilhelm Reich Infant Trust Fund Capltulos I a 4 de ETHER. GOD AND DEVIL com nova tradufdo do original alemdo. Orgonomischer Funktionnliimus, Teil 1. copyright © 1972 by Mary Boyd Higgins as Trustee of the Wilhelm Reich Infant Trust Fund A prtmeira rdi^ao de ETHER. GOD AND DEVIL foi publicada O amor, o trabalho e o conhecimento sao as fontes originalmenie como Volume 2 de The Annals of the Orgonc Institute em 1949. Todos os direitos resenvdos. Publicada por acordo com Farrar, Straus and de nossa vida. Devem tambem govema-la. Giroux. LLC. New York Copyright © 2003. Livraria Martins Fontes Editora Lida . Sao Paulo, para a presrnic edtfdo. WILHELM REICH 1* «»(io outubro de 2003 Tradufao MAYA HANTOWER Revuuu ttcnica Ricardo Amaral Rego Acompanhamrnto editorial Luzia Aparecida dot Santos Rfvijots graficus Renato da Rocha Carlos Maria Fernanda Alvares Dinarir Zorzanelh da Silva Prudu^ao grAfica Geraldo Alves Pagiaacuo/Fololitas Studio 3 Desenvoisimenio Editorial Dados Inlernabonais de Catalog*?*) iu PuMkac*o (CIP) (Camara Brauletra do Uvro, SP. Brasil) Reich. Wilhelm, 1897-1957. 0 filer. Deiu e o Diabo . A jupcrposivSu cdsmico / Wilhelm Reich : tradufio Maya Hantower; revivio tCcnica Ricardo Amaral Rego - S3o Paulo : Marlins Fontes. 2003. Tftulo original Ether. God and Devil. Cosmic supenmposition. Bibhografu. ISBN B5-336-I90I-4 I. Enctgu vital 2. Oigonomia 3. Reich. Wilhelm. 1897-1957. A su- pc rposnio c6smica 4. Vida (Biologia) l. Tftulo. II. Tftulo: A super- pasifio c6smica. 03-4555________________________________________CDD-150.195 Indices para catllogo sistemitlco: I. Funcionalismo orgonfimico : Sistemxi psicanailucos : Psicologia 150.195 Todos os direilos desia ediqau para o Brasil reservados d Livraria Martins Fontes Editora Lida. Rua Conselheiro Ramalho. 330)340 01325-000 Sao Paulo SP Brasil Tel. (JJ) 324JJ677 Fax (II) 3105.6867 e-mail: [email protected] htip:llwww.martinsfonies.comJ>r Indice O eter, Deiis e o diabo I. O laboratories do funcionalismo orgonomico........ 3 II. Os dois pilarcs basicos do pensamento humano: "Deus"e o"eter"...................................................... 15 III. A sensa<;ao de orgao como um instrumento de pesquisa natural...................................................... 57 IV. Animismo, misticismo e mecanicismo................. 83 V. O reino do diabo...................................................... 133 VI. A energia orgone cosmica e o "eter"................... 153 A superposifao cosmica I. O palco e a campina................................................ 181 II. Investigaqao sobre as raizes do homem na natu- reza........................................................................... 191 aA fun^ao de superposigao....................................... 201 3O orgonoma vivo..................................................... 213 <: A superposi<;ao em sistemas galacticos................ 247 $ O anel da aurora boreal R-76................................ 261 a 2 O significado de R-76............................................ 271 VIII. O enraizamento da razao na natureza........ 301 Bibliografia das obras de Reich sobre energia orgone 325 Glossario.................................................................. 329 tndice analitico........................... 331 Os capitulos 1-4 em 0 eter, Deus e o diabo bem como o capftulo 4 em A superposi^do cosmica foram recentemente tra- duzidos para o ingles por Therese Pol, a partir dos originais em alemao. Todas as outras partes dessas obras foram escri- tas em ingles por Reich. Nesta edi^ao, foram feitas pequenas revisoes editoriais. Mary Higgins, Curadora Wilhelm Reich Infant Trust Fund Nova York, 1973 O ETER, DEUS E O DIABO Qual e a coisa mais dificil que existe? Capitulo I A que parece mais facil Aos seus olhos ver. O laboratorio do Aquilo que esta diante do seu nariz. funcionalismo orgonomico Goethe A descoberta da energia orgone cosmica resultou da apli- ca<;ao consistente da tecnica funcional de pensar. Foram es­ ses processos dc pensamento metodicos e submetidos a rigi- do controle que levaram de um fato a outro, relacionando - ao longo de cerca de vinte e cineo anos - fatos aparentemen- te d[spares a fim de formar um quadro unificado da fungao da natureza; um quadro que e apresentado ao veredicto do mundo como a estrutura doutrinaria ainda incompleta da Or- gonomia. Por esse motivo, e necessario descrever a "tecnica funcional de pensar". £ util nao so permitir ao estudante serio das ciencias na- turais ver o resultado da pesquisa, mas tambem inicia-lo nos segredos do laboratorio em que o produto final, apos grande labuta e esforgo, recebeu forma. Considero um erro na comu- nicagao cientffica que, na maior parte do tempo, sejam expos- tos meramente os resultados bem acabados e impecaveis da pesquisa natural, como numa mostra de arte. Uma exposigao apenas do produto acabado apresenta muitas desvantagens e perigos tanto para seu criador quanto para seus usuarios. O 3 criador do produto estara excessivamente disposto a demons - uma so vez e nao ultrapassei meus limites em termos cientf- trar perfei^ao e corre^ao, ao mesmo tempo em que oculta la­ ficos. Ninguem foi tao ferido por essa acusato do "excesso" cunas, incertezas e contradi^oes discordantes de sua investi- quanto eu. Eu nao fui buscar os fatos. Foram os fatos e inter­ gagao da natureza. Assim, avilta o significado do verdadeiro relates que vieram na minha direto em volumes assober- processo de pesquisa natural. O usuario do produto nao dara bantes. Foi diffcil trata-los com a devida atengao e po-los em o devido valor as rigorosas exigencias impostas ao cientista ordem. Inumeros foram os fatos de grande importancia que da natureza quando este ultimo tiver de revelar e descrever se perderam desse modo; outros permaneceram incompreen- os segredos da natureza de umaforma pratica. Ele nunca apren- didos. No entanto, os fatos basicos e essenciais sobre a des­ dera a pensar por si mesmo e a lidar sozinho com situates coberta da energia orgone cosmica parecem-me suficiente- dificeis. Pouqufssimos motoristas tern uma ideia precisa da mente seguros e sistematizados para que outros continuem a soma de esforgos humanos, dos complicados processos de erguer a estrutura que eu nao pude completar. A infinidade pensamento e das operates que sao necessarios para a fa­ de novos fatos e in ter-relates, em especial o relacionamen- bricate) de um automovel. Nosso mundo estaria muito me- to do animal humano com seu universo, pode ser explicada lhor se os beneficiarios do trabalho tivessem maior conheci- por meio de uma analogia muito simples. mento do processo do trabalho e da experiencia dos trabalha- Colombo descobriu a cidade de Nova York ou Chicago, a dores, se nao colhessem de modo tao irrefletido os frutos do industria pesqueira no Maine, os latifundios no sul, os enor- trabalho realizado por outros. mes sistemas de abastecimento de agua ou os recursos natu­ No caso da orgonomia, uma olhada no canto do labora­ ral da Costa Oeste dos Estados Unidos? Ele nao descobriu tory tern pertinencia especial. A principal dificuldade para a nada disso, nao construiu nada disso, nem calculou nenhum compreensao da teoria do orgone reside no fato de que a desses detalhes. Colombo apenas descobriu um trecho de li­ descoberta do orgone resolveu de uma so vez uma quantida- toral que ate entao era desconhecido dos europeus. A desco­ de enorme de problemas, e problemas que eram muitfssimo berta desse trecho de costa no Oceano Atlantico foi o aconte- amplos: a fundamentagao biologica de doengas emocionais, cimento decisivo que veio a dar origem a tudo aquilo que, ao a biogenese e, com ela, a biopatia do cancer, o eter, o anseio longo de varios seculos, se tornou a "America do Norte". O cosmico do animal humano, um novo tipo de energia fisica, feito de Colombo consistiu nao em construir a America, mas entre outros. Sempre houve muita coisa acontecendo no la­ em superar dificuldades e preconceitos aparentemente ina- boratory; fatos em demasia, novas conexdes causais, corre- balaveis, preparar sua viagem, realiza-la e aportar em praias des- goes de pontos de vista obsoletos e imprecisos, associates conhecidas, perigosas. a diversos ramos da pesquisa especializada nas ciencias na- A descoberta da energia cosmica ocorreu de modo se- turais. Por esse motivo, precisei com freqiiencia me defender melhante. Na realidade, fiz apenas uma unica descoberta: a da crftica de ter ultrapassado as fronteiras da ciencia, de ter fungao da pulsagao orgastica do plasma. Ela representa o trecho me sobrecarregado com um excesso de questoes de uma so de litoral a partir do qual tudo o mais se desenvolveu. Foi vez. Nao me sobrecarreguei com um excesso de questoes de muito mais diffcil superar o preconceito humano referente a 4 5 lidar com a base biofisica das emo^oes, que sao a maior preo- de sua fungao natural fundamental, apesar de todos os obs- cupaqao do homem, do que efetuar as observances relativa- taculos e ataques pessoais, comecei a perceber que havia mente simples sobre os bions ou citar o fato igualmente sim­ transcendido o arcabougo conceitual da estrutura do carater ples e obvio de que a biopatia do cancer tem como base a de- humano existente e, com isso, nossa civilizanao durante os composinao e encolhimento geral do organismo vivo. ultimos cinco mil anos. Sem que fosse essa minha vontade, "Qual e a coisa mais dificil que existe? / A que parece mais descobri-me do lado de fora de seus limites. Por isso, fui tor­ facil / Aos seus olhos ver, / Aquilo que esta diante do seu na- nado a prever que nao seria compreendido mesmo que apre- riz", como disse Goethe. sentasse os fatos e in ter-relates mais simples e de verifica- O que sempre me deixou pasmo nao e o fato de que o nao mais facil. Encontrei-me numa esfera de pensamento orgone exista e funcione, mas de que durante mais de vinte nova e diferente que eu precisava investigar antes de poder milenios ele tenha sido ignorado de modo tao radical, ou en- prosseguir. Esse esfor^o de Iocalizar-me e orientar-me dentro tao desconsiderado sempre que alguns poucos estudiosos da nova esfera funciona! de pensamento, em contraste com a voltados para a afirmanao da vida o detectavam ou o descre- esfera mecanicista e mistica da civilizaqao patriarcal, deman- viam. Sob um aspecto, a descoberta do orgone difere da des- dou cerca de quatorze anos, aproximadamente de 1932 ate a coberta da America: a energia orgone funciona em todos os elabora<;ao deste livro, 1946 e 1947. seres humanos e diante de todos os olhos. A America primei- Meus escritos foram com freqiiencia criticados por serem ro teve de ser encontrada. extremamente comprimidos, for^ando o leitor a um extenuan- Uma parte essencial e abrangente das minhas atividades te esfor^o de concentra<;ao. Ja se disse que as pessoas prefe- no laboratorio consistiu em aprender a entender por que as rem apreciar um livro importante de uma forma semelhante pessoas em geral, e os cientistas da natureza em especial, re- a que apreciariam uma bela paisagem enquanto passeiam cuam diante de um fenomeno tao basico quanto a pulsa^ao sem pressa num automovel confortavel. Elas nao querem dis- orgastica. Outra parte do meu trabalho, que fez cair sobre parar na dire<;ao de um destino especifico, em linha reta, com mim muita maledicencia, humilhagao e pura baboseira, con­ a velocidade de um raio. sistiu em sentir, experimentar, compreender e superar o odio Admito que eu poderia ter apresentado A fungao do or­ acirrado, tanto entre amigos quanto entre inimigos, que le- gasmo em mil paginas em vez de trezentas; e a terapia da bio­ vantou por toda parte uma barreira a minha pesquisa sobre o patia do cancer pelo orgone em quinhentas paginas, em vez orgasmo. Creio que a biogenese, a questao do eter, a fun$ao de cem. Admito ainda que nunca me dei ao trabalho de fami- da vida e a natureza humana teriam ha muito sido domina- liarizar completamente meus leitores com os metodos con- das por numerosos pesquisadores cientificos se essas ques- ceituais e investigates em que se baseiam os resultados da toes basicas da ciencia natural nao tivessem tido apenas um orgonomia. Sem duvida, isso causou muitos problemas. Em unico caminho de acesso: a pulsaqao orgastica do plasma. minha defesa alego circunstancias atenuantes na medida em Quando consegui me concentrar nesse unico problema que ao longo de decadas abri diversos campos cientificos que por tres decadas, dominando-o e me orientando no interior primeiro precisei fixar em forma sistematica e condensada 6 7 Como tudo na natureza esta interligado de uma forma para poder acompanhar o desenvolvimento de minha pes- ou de outra, o tema do "funcionalismo orgonomico" e prati- quisa. Sei que nao construf nada mais que o esqueleto e os camente inesgotavel. Foram essenciaimente as realizagoes hu- alicerces de minha estrutura, que janelas, portas e importan- manistas e cientfficas do seculo XIX e do inicio do seculo XX tes caracterfsticas intemas estao faltando em muitos lugares, que se aliaram a meus interesses e estudos das ciencias natu- e que ela nao proporeiona um abrigo confortavel. rais para formar o corpo vivo do trabalho que acabou assu- Pego que isso me seja desculpado em considera<jao a na- mindo forma util e aplicavel como o "funcionalismo orgono- tureza pioneira dessa pesquisa basicamente diferente. Foi-me mico". Embora a tecnica funcional de pensar seja descrita nes- preciso coletar meus tesouros cientificos com rapidez, onde ta obra de modo sistematico pela primeira vez, ela, entretanto, quer e como quer que eu os encontrasse. Isso se deu durante foi aplicada por muitos estudiosos de modo mais ou menos os breves intervalos entre seis mudan^as de domicflio a que fui consciente antes que superasse definitivamente, na forma da for^ado em parte por circunstancias "pacificas", mas em par­ orgonomia, os ate entao ngidos limites da pesquisa natural. te por transformaqoes soriais de extrema violencia. Alem dis- Gostaria de mencionar os nomes daqueles a quern devo aci- so, precisei constantemente recomegar do zero para ganhar ma de tudo meu reconhecimento: Coster, Dostoievsky Lange, meu sustento: primeiro na Alemanha (1930), depois em Co- Nietzsche, Morgan, Darwin, Engels, Semon, Bergson, Freud, penhague (1933), na Suecia e na Noruega (1934, duas vezes Malinovski, entre outros. Quando disse anteriormente que me no mesmo ano) e nos Estados Unidos (1939). Em retrospec- descobri "numa nova esfera de pensamento", isso nao quer tiva, pergunto a mim mesmo como consegui chegar a reali- dizer que o funcionalismo orgonomico estivesse "pronto", zar algo de essencial. Por quase duas decadas, vivi e trabalhei meramente a minha espera; ou que eu pudesse simplesmen- "com o pe na estrada", por assim dizer. Tudo isso excluia a te me apropriar da tecnica conceitual de Bergson ou Engels e possibilidade de uma atmosfera segura e propicia, sem a qual aplica-la sem trope^os a area do meu problema. A formagao e impossivel fomecer descrigoes extensas e adequadas das des- dessa tecnica de pensamento foi em si uma tarefa que preci­ cobertas. Devo repudiar outra critica, ou seja, a de eu ter desne- sei realizar em meio a atividade pratica como medico e cien- cessariamente provocado o publico com a palavra "orgasmo" tista em luta contra as interpretagoes mecanicistas e mfsticas no tftulo de um livro. Nao existe absolutamente nenhuma ra- da materia viva. Dessa maneira, eu nao desenvolvi uma "nova zao para sentir vergonha dessa fun^ao. Os que se sentirem filosofia" que, ao lado de ou em conjunto com outras filoso- melindrados com isso nao precisam prosseguir com a leitura. fias, procurasse tomar os processos da vida mais proximos da Nos, os restantes, nao podemos permitir que outros determi- compreensao humana, como acreditam alguns amigos meus. nem os limites da pesquisa cientifica. Nao, nao ha absolutamente nenhuma filosofia envolvida. Pelo Quando comecei este livro, planejava compensar o que contrario, estamos lidando com uma ferramenta de pensa­ neguei a mim mesmo e a outros por tanto tempo em termos mento que devemos aprender a aplicar antes de investigar a de amplitude e de apresenta<;ao mais expkcita. Espero que ago­ substancia da vida. O funcionalismo orgonomico nao e algum ra me poupem a crftica de eu ter levado minha pesquisa de- tipo de artigo de luxo a ser portado ou despido a criterio de masiadamente a serio por dedicar-lhe espa^o excessivo. 9 8

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