ebook img

O Direito no Brasil PDF

303 Pages·1949·7.724 MB·Portuguese
Save to my drive
Quick download
Download
Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.

Preview O Direito no Brasil

Ir OBRAS COMPLETAS DE JOAQUIM NABUCO VIII JOAQUIM NABUCO O DIREITO DO BRASIL INSTITUTO PROGRESSO EDITORIAL S. A.^SIo SÀO PAULO íSibliHtom DIREITOS AUTORAIS PARA O PORTUGUÊS: IPÊ - INSTITUTO PROGRESSO EDITORIAL S. A. Impresso no Brasil — Printed in Brazll PREFÁCIO DOS EDITORES C/ « Direito do Brasil», que agora publicamos na edição uniforme das obras de Joaquim Nabuco, foi o primeiro volume da série de MEMÓRIAS, CONTRA-MEMÓRIAS e DO CUMENTOS ANEXOS que, com a tradução francesa da presente obra e um grande atlas, perfazem um total de dezoito volumes apresentados em defesa da causa do Brasil ao Rei da Itália, árbitro na questão de limites com a Guiana Britânica, em virtude do Tratado de 6 de novembro de IQOI. A discussão teve, de acordo com o tratado, três fases. Assim a presente Memória, única a ser incluída nesta série e única redigida em português, limita-se a indicar os fundamentos e a apresentar a prova do direito do Brasil; não entra ainda o autor no exame da pretensão inglesa ao território, então em litígio, o que faria depois na segunda Memória: I. La Préten- tion Anglaise, II. Notes sur Ia partie historique du Premier Mémoire Anglais, III. La Preuve Cartographique, e na terceira Memória: I. La Construction des Mémoires Anglais. II. His- toire de Ia Zone contestée selon le Contre-Mémoire Anglais. Para facilitar a leitura suprimimos aqui muitas notas e referências a fontes de documentação que não são de interesse imediato para os leitores desta coleção. Os estudiosos que quiserem aprofundar o assunto, encontrarão a obra completa nas principais bibliotecas do Brasil. OBSERVAÇÕES PRELIMINARES A demonstração principal deste livro será que em 1840 (1), quando primeiro a Inglaterra adotou a pretensão à fronteira do Cotingo e Tacutu, isto é, quando o conflito foi suscitado, tais territórios pertenciam ao Brasil desde o século anterior. A invasão dos direitos do Brasil pelos empreendimentos de Schomburgk, seguidos da ocupação inglesa de Pirara, não entra no plano desta primeira Memória. Como esses fatos foram de iniciativa inglesa e obedeceram a uma política da qual por enquanto não conhecemos todas as razões é preferível que a primeira exposição deles seja feita pela parte contrária que as conhece melhor, e assim nos reservamos para estudá-los mais tarde. O campo da segunda Memória será o ataque ao nosso Direito e a defesa que opusemos. O desta é a sua formação; mostrar como êle foi criado e como se achava definitivamente constituído quando a Inglaterra fez sua a idéia de Schomburgk, e surgiu a questão que dura há mais de sessenta anos. Um dos pontos suscitados pelo Brasil na discussão do Tra tado foi que o Árbitro não levaria em conta o ocorrido desde 1842, data em que o conflito material entre as duas Potên cias foi resolvido pela neutralização do território, e desde a qual portanto a questão ficou à espera de uma solução que não podia mais ser a força. A Inglaterra recusou a inserção de semelhante cláusula, c o Brasil reservou-se o direito de a sustentar perante o Árbitro. Esta Memória, parando a sua (1) A primeira nota em que a Inglaterra manifesta pretensão à linha Schomburgk é de 20 de fevereiro de 1841; pode-se entretanto dizer que a questão data de 1840, que é a data da aceitação da linha Schom burgk (Cotingo-Tacutu) pelo Governo inglês e das ordens para reclamá-la. A linha mesma aparece pela primeira vez num sketch map de 1839; nesse mapa a pretensão brasileira é traçada pelo Burro-Burro, foz do Siparuni e curso do Essequibo até a nascente (British Atlas, 1898). O DIREITO DO BRASIL XI demonstração na data em que se travou o conflito, conforma- se à posição assumida em Direito pelo Brasil de que, uma vez levantada entre duas nações a questão de limites, enquanto não fôr resolvida, nenhuma das Partes pode avançar as suas fronteiras na região litigiosa. A sustentação de que assim deve ser prende-se ao estudo e à crítica dos fatos ocorridos, e por tanto só poderá ser feita em seguimento àquela crítica. Nesta Memória limitamo-nos ao que não depende do exame de fatos estrangeiros recentes, ao ponto que para o historiador não oferece dúvida: a extensão gradual do domínio português no Amazonas, Rio Negro e Rio Branco, até ter envolvido pelo meado do século XVIII os territórios em litígio, de modo tão perfeito como se se tratasse da confluência de qualquer da queles rios.

See more

The list of books you might like

Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.