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O Direito entre os Kaingang no Oeste de Santa Catarina: um olhar a partir da antropologia jurídica PDF

168 Pages·2017·0.48 MB·Portuguese
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO O DIREITO ENTRE OS KAINGANG NO OESTE DE SANTA CATARINA: UM OLHAR A PARTIR DA ANTROPOLOGIA JURÍDICA JOÃO FRANCISCO KLEBA LISBOA Florianópolis 2010 JOÃO FRANCISCO KLEBA LISBOA O DIREITO ENTRE OS KAINGANG NO OESTE DE SANTA CATARINA: um olhar a partir da Antropologia Jurídica Dissertação apresentada como requisito à obtenção do título de Mestre em Direito ao Curso de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Santa Catarina. Orientadora: Profa. Dra. Thais Luzia Colaço Florianópolis 2010 Catalogação na fonteelaborada pela biblioteca da Universidade Federal de Santa Catarina L769d Lisboa, João Francisco Kleba O direito entre os Kaingang no Oeste de Santa Catarina [dissertação] : um olhar a partir da antropologia jurídica / João Francisco Kleba Lisboa ; orientadora, Thaís Luzia Colaço. - Florianópolis, SC, 2010. 168 p.: mapas Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Jurídicas. Programa de Pós- Graduação em Direito. Inclui referências 1. Direito. 2. Indios Kaingang - Direitos civis - Santa Catarina, Oeste. 3. Antropologia jurídica. I. Colaço, Thais Luzia. II. Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de Pós-Graduação em Direito. III. Título. CDU 34 João Francisco Kleba Lisboa O DIREITO ENTRE OS KAINGANG NO OESTE DE SANTA CATARINA: um olhar a partir da Antropologia Jurídica Esta Dissertação foi julgada adequada para obtenção do título de Mestre em Direito e aprovada em sua forma final pela coordenação doCurso de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Santa Catarina. BANCA EXAMINADORA: _________________________________________________________ Presidente: Profa. Dra. Thais Luzia Colaço (UFSC) _________________________________________________________ Membro: Prof. Dr. Ricardo Cid Fernandes (UFPR) _________________________________________________________ Membro: Profa. Dra. Danielle Annoni (UFSC) _________________________________________________________ Suplente: Prof. Dr. Rogério Portanova (UFSC) COORDENADOR DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO: ________________________________________________________ Prof. Dr. Antônio Carlos Wolkmer Dedico este trabalho a meus pais, por tudo o que são e tudo o que me ensinaram. AGRADECIMENTOS Esta Dissertação é o resultado do esforço e da ajuda de muitas pessoas que contribuíram para sua realização. Começo agradecendo à minha orientadora, professora Thais Luzia Colaço, por esses mais de dois anos de convivência, reuniões e trabalho em conjunto, pela dedicada leitura e revisão do texto e, sobretudo, pela total confiança em mim depositada para este empreendimento. Agradeço também aos colegas do Grupo de Pesquisa de Antropologia Jurídica – GPAJU da UFSC, pelas calorosas discussões, pela troca de saberes e experiências e pelo convívio. Agradeço aos colegas de Mestrado do CPGD com os quais compartilhei aulas e discussões, além de festas e cantorias, aos que comigo compuseram, durante um ano, a Representação Discente (2008- 2009), às novas amizades e às que já existiam, aos que não deixaram as nossas divergências teóricas e o stress acadêmico suplantarem o interesse e o respeito mútuo. Agradeço ao professor Rafael José de Menezes Bastos pela abertura e motivação a mim concedidas, pela participação em minha banca de qualificação do projeto de Dissertação assim como pelas brilhantes aulas, que tive a oportunidade de compartilhar com os demais integrantes da turma de Etnologia Indígena (2008/1), que me receberam compreensivamente e com os quais aprendi muito, pelo que agradeço a todas e todos. Agradeço à professora Ana Lúcia Vulfe Nötzold, que me ensinou muito, não apenas sobre os Kaingang do Oeste catarinense, sendo para mim um verdadeiro exemplo de integridade pessoal e profissional. Agradeço assim a toda a equipe do Laboratório de História Indígena – LABHIN da UFSC, um ambiente ao mesmo tempo agradável e sério para trabalho e pesquisa. Agradeço à pesquisadora Maria Dorothea Post Darella, do Museu Universitário da UFSC, pelas sábias orientações, como sempre, sobre a questão indígena em nosso estado, pela amizade assim como pela inspiração que me proporciona, ética e profissionalmente. Agradeço ao professor Rogério Portanova, que me orientou na graduação e que também participou da minha banca de qualificação do projeto de Dissertação, pelas ideias sempre instigantes e pelo estímulo que recebi. Quero deixar aqui também meu agradecimento ao professor Sílvio Coelho dos Santos (In memoriam), que me auxiliou no início de meus estudos sobre os povos indígenas e que me honrou com sua participação em minha banca de defesa de Monografia quando me graduei em Direito. Agradeço à minha companheira, Emilia Juliana Ferreira, antropóloga incansável, pela compreensão e pelo carinho, por tudo que passamos juntos e também por sua contribuição neste trabalho, ouvindo- o com paciência e atenção antes mesmo de ser escrito, apresentado-me a muitas pessoas incríveis de seu meio e confiando sempre em mim e no resultado final de nossos esforços. Agradeço aos meus tios, Maria Elizabeth Kleba e Nemésio Carlos da Silva, professores da UNOCHAPECÓ, e também ao meu primo, Francisco Carlos Kleba da Silva, por terem me recebido tão bem em Chapecó, possibilitando assim que eu conhecesse melhor a região e desse início ao trabalho de campo, pelas ricas conversas que tivemos e por me apresentarem a seus colegas professores que também trabalham com os Kaingang. Agradeço também ao meu tio e padrinho, John Bernard Kleba, professor do ITA, por ter encontrado tempo para ler com atenção o primeiro capítulo deste trabalho, pelas sugestões claras e precisas, pelas conversas agradáveis e por compartilhar comigo sua sabedoria. Agradeço ao antropólogo e professor Vilson Cabral Júnior, que me recebeu em sua casa em Chapecó e deu inestimável ajuda para a realização de meu trabalho, seja fornecendo materiais preciosos seja abrindo os caminhos para minha pesquisa de campo, mas sobretudo pelas conversas, que valeram mais do que muitos livros. Agradeço aos funcionários da Funai de Chapecó, pela abertura e pelo apoio dados à realização deste trabalho, tornando-o possível. Agradeço ao CEOM – Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina – e a seus funcionários, pela atenção e auxílio recebidos, além de proporcionarem acesso ao valioso material sob seus cuidados. Agradeço a meus irmãos, Cristiane e Leonardo, pela união e companheirismo que ainda temos, por estarem junto comigo mesmo à distância e por acreditarem em mim. Agradeço especialmente aos Kaingang do Toldo Chimbangue, Toldo Imbu e Terra Indígena Xapecó, por terem me recebido de forma tão hospitaleira – chegando a abrir suas casas e suas vidas para alguém completamente estranho e que não deu garantia nenhuma de que ganhariam algo com isso –, com quem aprendi muito em rodas de chimarrão, comendo à mesma mesa, conversando e jogando bola ou baralho, mas sobretudo observando seus modos de ser e compreender o mundo. O etnólogo se interessa sobretudo pelo que não é escrito, não tanto porque os povos que estuda são incapazes de escrever, como porque aquilo por que se interessa é diferente de tudo o que os homens se preocupam habitualmente em fixar na pedra ou no papel. (Claude Lévi-Strauss) É lamentável que jornalistas, ou pessoas que fazem parte da imprensa brasileira, se abalancem a escrever em jornaes de vasta circulação sobre os nossos Indios, sem terem estudado,lido alguma cousa ou ao menos manifestado algum interesse em conhecer o que significou, e ainda hoje representa, esse importante fator na constituição da nacionalidade brasileira. (Antonio Selistre de Campos) RESUMO Este trabalho aborda o tema dos Direitos Indígenas a partir do estudo de um povo indígena específico, os Kaingang, em uma determinada região, o Oeste do Estado de Santa Catarina, parte de seu território tradicional. Busca, além disso, contribuir para a pesquisa na área da Antropologia Jurídica, ao verificar como se dá o funcionamento do poder político e de instituições e regras do Direito entre a sociedade estudada, bem como a interferência de tais elementos na vida social desta. Parte-se da hipótese de que o Direito estatal, através de seus diversos mecanismos de expressão, influencia a dinâmica interna das comunidades Kaingang no Oeste catarinense sendo, ao mesmo tempo, por estas apropriado em defesa de suas reivindicações e na busca pela solução de conflitos. Busca-se, nesse aspecto, questionar a separação absoluta entre o interior e o exterior dessas comunidades indígenas, seja no que diz respeito a sua cultura em geral, seja na questão do poder político e dos sistemas jurídicos, uma vez que se percebe um permanente processo de incorporação e ressignificação das formas estatais e globais enquanto estratégia de sobrevivência e desenvolvimento em um sistema de relações interétnicas. A pesquisa, portanto, assume um caráter interdisciplinar e busca conceitos de fora do Direito para auxiliar a compreender essa dinâmica, ao mesmo tempo que inclui o método da pesquisa de campo como contribuição original para sua área de conhecimento. Palavras-chave: Kaingang; Direitos Indígenas; Antropologia Jurídica; Relações Interétnicas. ABSTRACT This paper approaches the issue of Indigenous Rights from the study of a specific indigenous people, the Kaingang, in a given region, the West of the State of Santa Catarina, part of their traditional territory. It searches also contribute to research in Legal Anthropology, verifying how political power and legal institutions and rules operate in-with the studied society, besides the interference from such elements in social life.It starts from the hypothesis that the state Law, through its various mechanisms of expression, influences the internal dynamics of Kaingang communities in West of Santa Catarina, being at the same time appropriated in defense of their claims and the pursuit of conflicts resolution.It searches itself, in this respect, to questioning the absolute separation between the Inner and Outside of these indigenous communities, whether concerning its culture in general, whether the subject of political power and legal systems, since it realizes a continuous process of incorporation and redefinition of state and global forms as a strategy of survival and development in an inter-ethnic relations system.The research, therefore, takes an interdisciplinary character and searches concepts outside from Law to help understanding this dynamic, the same time that includes the method of fieldwork as an original contribution for this area of knowledge. Keywords: Kaingang; Indigenous Rights, Legal Anthropology; Interethnic Relations.

Description:
mais do que simples capricho meu, constitui elemento fundamental da. Dissertação ora .. aquele recebido dos índios Apapocuva-Guarani dentre os quais viveu,. Nimuendajú, que .. 11 555 a 8640 anos AP. (GUIDON, 1998, p.
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