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O conflito de interesses como ato de improbidade administrativa PDF

167 Pages·2017·1.04 MB·Portuguese
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FELIPE DUDIENAS DOMINGUES PEREIRA O conflito de interesses como ato de improbidade administrativa MESTRADO EM DIREITO Dissertação apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como exigência parcial para obtenção do título de MESTRE em Direito Administrativo, sob a orientação do Prof. Dr. José Roberto Pimenta Oliveira. SÃO PAULO 2018 BANCA EXAMINADORA ________________________________________ ________________________________________ _________________________________________ Ao meu pai, Elcio Domingues Pereira, meu maior incentivador, que me mostrou o horizonte, incentivando-me a voar mais alto e a alcançar o que jamais cogitei ser capaz. À minha mãe, Christina Dudienas, que sempre foi meu ponto de equilíbrio, fonte de amor, paciência e renovação de minhas energias e esperanças nos momentos de exaustão. À minha irmã, Raíssa, por todo carinho, cumplicidade e pela calorosa torcida. À minha avó, Norberta Mônica Dudienas (in memoriam). AGRADECIMENTOS Aos meus pais, Elcio Domingues Pereira e Christina Dudienas, pelo exemplo de dignidade e perseverança, pelo apoio incondicional, pela confiança na minha capacidade e pela sólida formação que me proporcionaram a continuidade dos estudos e, por conseguinte, a conclusão deste trabalho. Ao meu orientador, Professor Doutor José Roberto Pimenta Oliveira, pela dedicação e paciência ao longo do desenvolvimento deste estudo. Aos Professores Doutores Maurício Zockun e Ricardo Marcondes Martins, pelas valiosas contribuições oferecidas durante a banca de qualificação e que foram de grande valia à conclusão deste trabalho. À Carolina Bisson de Souza, minha namorada, que esteve ao meu lado desde os primeiros passos dessa longa caminhada, pelo carinho e apoio incondicionais em todos os momentos. Aos meus amigos, pela coragem que me transmitiram nessa jornada e por toda a compreensão e apoio, mesmo em meus momentos de ausência. Aos meus colegas de Mestrado da PUC-SP, pelo incentivo, pela troca de conhecimentos e aprendizado ao longo do curso. À Isa e à Marcela Maracaípe, pela hospitalidade acolhedora nas inúmeras vezes que precisei viajar a São Paulo para cumprir as atividades acadêmicas. “Com a corrupção morre o corpo, com a impiedade morre a alma.” (SANTO AGOSTINHO) RESUMO Este trabalho tem por escopo analisar a Lei no 12.813/2013 (Lei de Conflito de Interesses – LCI), instrumento de relevante utilidade à Administração Pública no combate e prevenção à corrupção. Para tanto, enfoca especialmente os conceitos de moralidade e de improbidade, bem como apresenta o cenário em que se desenvolveu o arcabouço jurídico nacional, pautado pelas ideias concebidas em Tratados Internacionais dos quais o Brasil é signatário. A LCI é um exemplo. Adveio de compromissos firmados pelo Brasil em tratados internacionais à colaboração e combate à corrupção e ampliou o rol de atos tipificados como ilícitos funcionais na Lei no 8.429/1992, a Lei de Improbidade Administrativa (LIA), inserindo condutas caracterizadoras como conflitantes entre os interesses privados do agente público e aqueles da Administração Pública, em específico, o órgão a que ele integra, como atos de improbidade administrativa. O estudo demonstra que a prevenção e a repressão ao conflito de interesses são formas de o direito objetivar as exigências de moralidade modeladas na Constituição Federal, na vertente fundamental de impor lealdade no exercício da função pública, valor que somente se viabiliza quando essa função é movimentada exclusivamente pelo exercício da atividade de agentes públicos norteados e comprometidos com a realização exclusiva dos interesses públicos, cuja guarda e tutela o Direito lhes assinala. Palavras-chave: Conflito de Interesses, Atos de Improbidade Administrativa. Moralidade Administrativa. Agentes Públicos. ABSTRACT The present thesis aims at analyzing the regulatory treatment of the conflict of interests as an act of administrative improbity, for the specific purpose of Article 37, Paragraph 4, of the 1988’s Brazilian Constitution. The requirement for a systematic discipline on conflict of interests within the sphere of corruption prevention and enforcement actions emerges with the Inter-American Convention Against Corruption (Decree No. 4,410 of 7 October 2002), which emphasizes the duty of each State to create, maintain and strengthen codes of conduct for the correct, honorable, and proper performance of public functions to prevent conflicts of interests, so as to maintain confidence in the integrity of employees in both direct and indirect Public Administration as well as in the public management. The International Convention Against Corruption (Decree No. 5,687 of 31 January 2016), in its turn, also highlights the legal discipline of the conflicts of interests, which sets forth that each State Party, according to the principles of its internal legislation, shall adopt systems capable of promoting transparency, as well as preventing conflicts of interests, or capable of maintaining and strengthening such systems. The Brazilian Federal Union’s legislative and institutional response to these international commitments was formalized under the Conflict of Interests Law (Federal Law No. 12,813 of 16 May 2013). This thesis, therefore, provides an analysis of the aforementioned legal order underneath the aegis of the constitutional systematization of the liability of public officers under Brazilian Law, with the main purpose of contributing to the interpretation and application of legal arrangements as relevant supervisory instruments of the administrative probity. Keywords: Conflicts of Interests. Acts of Administrative Improbity. Administrative Morality. Public Officers. SUMÁRIO INTRODUÇÃO.......................................................................................................................11 1 DA MORALIDADE ADMINISTRATIVA.......................................................................15 1.1 Moral e Direito................................................................................................................15 1.2 Moralidade administrativa...............................................................................................19 1.3 Moralidade administrativa e sua autonomia....................................................................26 1.4 Moralidade administrativa e probidade administrativa...................................................33 2 DA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA......................................................................36 2.1 Noção geral......................................................................................................................36 2.2 Autonomia constitucional da Lei no 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa – LIA).......................................................................................................................................40 2.3 Das modalidades de improbidade administrativa............................................................46 2.3.1 Dos atos de improbidade administrativa que importam em enriquecimento ilícito.51 2.3.2 Dos atos de improbidade administrativa que causam prejuízo ao erário..................55 2.3.3 Dos atos de improbidade administrativa decorrentes de concessão ou aplicação indevida de benefício financeiro ou tributário....................................................................58 2.3.4 Dos atos de improbidade administrativa que atentam contra os princípios da Administração Pública.......................................................................................................61 2.4 Do quadro normativo de combate à improbidade administrativa...................................67 3 DO CONFLITO DE INTERESSES...................................................................................81 3.1 Conceito...........................................................................................................................81 3.2 Do conflito de interesses no exercício de cargo ou emprego público.............................87 3.3 Do conflito de interesses decorrente da divulgação ou utilização da informação privilegiada............................................................................................................................88 3.4 Do conflito de interesses em razão da prestação de serviços ou da manutenção de relação de negócio com pessoa física ou jurídica que tenha interesse em decisão do agente público...................................................................................................................................91 3.5 Do conflito de interesses decorrente do exercício de atividade incompatível com as atribuições do agente público.................................................................................................93 3.6 Do conflito de interesses em razão da atuação do agente público em atendimento a interesses privados perante órgãos da Administração Pública...............................................95 3.7 Do conflito de interesses decorrente da prática de ato que beneficie pessoa jurídica de que participe agente público ou parentes......................................................................................97 3.8 Do conflito de interesses em razão do recebimento de presentes......................................99 3.9 Do conflito de interesses decorrente da prestação de serviços à pessoa jurídica fiscalizada pelo agente público..............................................................................................................102 3.10 Do conflito de interesses após o exercício de cargo ou emprego público......................103 3.11 Do conflito de interesses decorrente da divulgação ou utilização de informação privilegiada a qualquer tempo..............................................................................................105 3.11.1 Do período de quarentena de seis meses................................................................106 3.12 Do conflito de interesses em razão da prestação de serviços com quem o agente público tenha estabelecido relacionamento durante o exercício da função pública...........................108 3.13 Do conflito de interesses decorrente da aceitação de cargo de administrador ou conselheiro ou do estabelecimento de vínculo profissional com pessoa física ou jurídica que desenvolva atividade relacionada à função pública exercida...............................................110 3.14 Do conflito de interesses em razão da celebração de contratos de serviço, consultoria, assessoramento ou atividades similares vinculados ao órgão em que tenha exercido função pública.................................................................................................................................111 3.15 Do conflito de interesses decorrente da intervenção de interesse privado perante órgão que tenha ocupado cargo ou emprego.................................................................................113 316 Do processo administrativo de consulta.......................................................................115 3.17 Do processo administrativo de monitoramento permanente de prevenção.................116 3.18 Dos elementos subjetivos do dolo e da culpa à configuração do conflito de interesses como ato de improbidade administrativa............................................................................119 3.19 Da aplicação da Lei de Conflito de Interesses nas esferas municipal, estadual e distrital.................................................................................................................................124 3.20 Da conciliação em ação de improbidade administrativa decorrente do conflito de interesses.............................................................................................................................128 3.20.1 A colaboração premiada e a improbidade administrativa......................................130 3.20.2 O acordo de leniência e a improbidade..................................................................133 3.20.3 O Termo de Ajustamento de Conduta e a improbidade..........................................135 3.20.4 Da não vinculação do Ministério Público aos pareceres dos órgãos de fiscalização e avaliação do conflito de interesses...................................................................................140 3.21 Das causas e efeitos do ato de improbidade administrativa..........................................146 CONCLUSÃO.......................................................................................................................149 REFERÊNCIAS....................................................................................................................155

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Palavras-chave: Conflito de Interesses, Atos de Improbidade Administrativa. Moralidade. Administrativa. 282 BRASIL. Supremo Tribunal Federal.
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