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O Conde Negro PDF

490 Pages·2015·2.78 MB·Portuguese
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© 2012 by Tom Reiss Esta tradução foi publicada mediante acordo com a Crown Publishers, um selo do Crown Publishing Group, uma divisão da Random House, Inc. Todos os direitos desta edição reservados à EDITORA OBJETIVA LTDA. Rua Cosme Velho, 103 Rio de Janeiro – RJ – Cep: 22241-090 Tel.: (21) 2199-7824 – Fax: (21) 2199-7825 www.objetiva.com.br Título original The Black Count Capa Adaptação de Marcos Davi sobre design original de Eric White Imagem de capa Sam Weber Mapas David Lindroth Inc. Revisão Cristiane Pacanowski Rita Godoy Ana Grillo Coordenação de e-book Marcelo Xavier Conversão para e-book Freitas Bastos CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ R316c Reiss, Tom O Conde Negro : glória, revolução, traição e o verdadeiro conde de Monte Cristo / Tom Reiss ; tradução Cássio de Arantes Leite. - 1. ed. - Rio de Janeiro : Objetiva, 2015. recurso digital Tradução de: The Black Count Formato: epub Requisitos do sistema: adobe digital editions Modo de acesso: world wide web 468 p. ISBN 978-85-390-0648-9 (recurso eletrônico) 1. Dumas, Thomas Alexandre, 1762-1806. 2. Dumas, Alexandre, 1802-1870. 3. Generais - França - Biografia. 4. França - História - 1789-1815. 5. Livros eletrônicos. I. Título. 14-17273 CDD: 923.1 CDU: 929:320 Para Diana e Lucy, que sabem o que significa esperar e ter esperança, e Melanie, que sabe por que eles explodiram a ponte. SUMÁRIO Capa Folha de Rosto Créditos Dedicatória Prólogo, parte 1 • 26 de fevereiro de 1806 Prólogo, parte 2 • 25 de janeiro de 2007 LIVRO UM 1 • O engenho 2 • O Código Negro 3 • Conquista normanda 4 • “Não há escravos na França” 5 • Americanos em Paris 6 • O Conde Negro na Cidade Luz 7 • Um dragão da rainha LIVRO DOIS 8 • Verões de Revolução 9 • “Regeneração pelo sangue” 10 • “O coração negro também bate pela liberdade” 11 • “Sr. Humanidade” 12 • A batalha pelo topo do mundo 13 • A Revolução no fundo do poço 14 • O cerco 15 • O Demônio Negro LIVRO TRÊS 16 • Líder da campanha 17 • “O delírio de seu republicanismo” 18 • Sonhos inflamados 19 • Prisioneiro do Exército da Santa Fé 20 • “A cidadã Dumas […] preocupa-se com o destino de seu marido” 21 • A masmorra 22 • Esperar e ter esperança Epílogo – a estátua esquecida Agradecimentos Nota do autor sobre nomes Notas Bibliografia selecionada PRÓLOGO, PARTE 1 26 DE FEVEREIRO DE 1806 E ra quase meia-noite do dia 26 de fevereiro de 1806, e Alexandre Dumas, futuro autor de O conde de Monte Cristo e Os três mosqueteiros, dormia na casa de seu tio.1 Ainda não completara 4 anos de idade. Fora para lá porque o pai estava gravemente enfermo e a mãe achou que era melhor ele não ficar em casa. Quando o relógio soou, foi acordado por uma pesada batida na porta. À luz de uma lamparina que ardia junto à cabeceira, viu sua prima se levantando, visivelmente assustada. Alexandre desceu da cama. Ele recordou em suas memórias, cerca de quarenta anos mais tarde: 2 Minha prima exclamou: “Onde vais?” “Já verás”, respondi baixinho. “Vou abrir a porta para papai, que veio se despedir.” A pobre garota pulou da cama, muito alarmada, agarrou-me quando levei a mão à maçaneta da porta e me forçou a voltar para a cama. Lutei em seus braços, gritando com toda a minha força: “Adeus, papai! Adeus, papai!” Na manhã seguinte, os adultos vieram acordar as crianças, e um deles deu a Alexandre a notícia de que seu pai morrera durante a noite.3 “Meu pai morreu”, eu disse. “O que isso quer dizer?” “Quer dizer que não voltarás a vê-lo outra vez.” “Como assim, não voltarei a ver papai outra vez?… por que não voltarei a vê-lo?” “Porque Deus o levou consigo.” “Para sempre?” “Para sempre.” “E estás dizendo que nunca mais o verei outra vez?… nunca mesmo?” “Nunca mesmo.” “E onde Deus mora?” “Mora no céu.” Refleti sobre isso concentradamente por um minuto. Mesmo sendo uma criança pequena, mesmo privado de razão, compreendi que alguma coisa irreversível acontecera em minha vida. Então, tirando vantagem do primeiro momento em que pararam de prestar atenção em mim, fugi da casa de meu tio e corri direto para a casa de minha mãe. Todas as portas estavam abertas, todos os rostos, assustados; era possível sentir que a Morte estava ali. Entrei sem que ninguém me notasse ou me visse. Encontrei o quartinho onde as armas eram guardadas; pendurei no ombro uma arma que pertencia a meu pai e que ele muitas vezes prometera me dar quando eu fosse mais velho. Então, assim munido, subi a escada. No segundo andar, encontrei minha mãe no patamar. Ela acabara de deixar o quarto do defunto […] seu rosto estava banhado em lágrimas “Onde vais?”, ela me perguntou, surpresa em me ver ali, quando pensava que eu estava na casa de meu tio. “Vou para o céu!”, respondi. “Como assim, vais para o céu?” “Deixa-me passar.” “E o que vais fazer no céu, minha pobre criança?” “Vou lá para matar Deus, que matou papai.” Minha mãe me tomou em seus braços, apertando-me com tanta força que quase sufoquei. Alexandre Dumas escreveu essas linhas quando acabara de completar 45 anos e decidira que era hora de refletir sobre sua vida. Seu relato nunca foi além dos 31 anos — que era bem antes de ter publicado uma única palavra como romancista —, e contudo ele passou mais do que as primeiras duzentas páginas numa crônica que é tão fantástica quanto qualquer um de seus romances: a vida de seu pai, o general Alexandre — Alex — Dumas, um homem negro das colônias que sobreviveu por pouco à Revolução Francesa e chegaria a comandar 50 mil homens. Os capítulos sobre o general Dumas são extraídos de reminiscências de sua mãe e dos amigos de seu pai, além de documentos e cartas oficiais que ele obteve com sua mãe e o ministro da Guerra francês. É uma tentativa crua e tocante de escrever uma biografia, cheia de lacunas, omissões e recriações de cenas e diálogos. Mas é sincera. A história de seu pai termina com essa cena de sua morte, no ponto em que o romancista começa sua própria história de vida. Para qualquer um que se mostre cético de que um menino tão jovem possa recordar tantos detalhes, Dumas respondeu pelos lábios da personagem Haydée, uma escrava branca, em O conde de Monte Cristo. O pai de Haydée morreu quando ela estava com 4 anos, traído e assassinado por um dos principais vilões do romance. Após falar de forma comovente do pai, ela diz ao conde: “Eu tinha 4 anos de idade, mas como os eventos foram de suprema importância para mim, nenhum detalhe deixou minha mente, nenhum acontecimento escapou de minha memória.” 4 Lembrar-se de uma pessoa é a coisa mais importante nos romances de Alexandre Dumas. O pior pecado que se pode cometer é esquecer. Os vilões de O conde de Monte Cristo não matam o herói, Edmond Dantès — eles o atiram numa masmorra, onde fica esquecido do mundo. Os heróis de Dumas nunca esquecem nada nem ninguém: Dantès guarda uma lembrança perfeita dos detalhes de cada campo do saber humano, da história do mundo e de todas as pessoas que conheceu na vida. Quando ele as confronta uma a uma, descobre que os assassinos de sua identidade esqueceram o mero fato de que ele existia, e assim o próprio crime que cometeram. Executei o projeto de reconstruir a vida do herói esquecido que foi o general Alexandre Dumas graças a essa passagem nas memórias de seu filho, que li quando era criança e nunca mais esqueci.

Description:
Existe uma história real por trás da obra-prima de Alexandre Dumas. Um homem de carne e osso inspirou o escritor francês a criar o personagem Edmond Dantès, de O conde de Monte Cristo, e também os três mosqueteiros. Seu nome era Alex Dumas, um fascinante e destemido cavaleiro mulato e pai de A
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