I ! Coleção HISTÓRIA&HISTORIOGRAFIA v S? I Coordenação ElíanadeFreífosDutra % V. s ! Reinhart Koselleck Christian Meier \ I Horst Günther Is Odilo Engels ;(cid:127) O conceito de História Tradução . :(cid:127) Rene E Gertz !: Revisão técnica Sérgio daMata autêntica - ;^v(cid:127);^(cid:127);\-:V?/^%í>:::.y^:Jvj ^ ^\-\¿rto^:Vv;;v;:::¿-?::|Vf.(cid:127)-...>L.-:;;.;>;:(cid:127)>;:¿>.:V=:.:(cid:127)/v;-yj^/::'?(cid:127)-y?^.^.-.;. ',(cid:127):(cid:127)’> l* cU- :'ftsch9f7o5lg.KélreytGtôCrbotfút;S>tTuGttg;Carot^tta'scih^eVO.u*.:chharn*d.;lung *j(cid:127) NOTADOTRADUTOR '*’' ' W0M0i:MsM v' .. .. René R.Gertz* ?J¥sv?W--:j:-v^.:'’'&r(cid:127):gVi(cid:127)'v^'(cid:127)v‘(cid:127);-:‘(cid:127)^¥-í;:(cid:127)(cid:127)>r&(cid:127)::i;’-:(cid:127).’i->'(cid:127)VTTÈ<'í^.tTà|iiaIÒ‘.S-r'RsAAiçÒ-^WôA».-c*fW-ftYéí.rA»GtiáWwF.Mtr..A»èAVRi.iC*Át(cid:127)(cid:127);â(cid:127)O\SVA;DC.::Ou;.It>EraÇ(cid:127)À(cid:127).O'>HI\ST"Ó(cid:127)RIA.fHISTORIOGRAFIA (TCTSAeeoPccAboordeeimSaoguezamdeChaosdna) 1.1*1 V;ÇTft&AO<UbÇiÀ.cOhte,Historie CDIoAnGRraAdMoAçEâsOteves Estelivroapresentaatraduçãodoverbete“ Geschichte,Historie” RenéE Gertz fitvísAo da obra GeschichtlicheGrmdbegrijfe:historisches Lexikonztirpolitisch- REVISÃOTÉCNICAfD£TRADUÇÃO Di!aBragançadeMendonça sozialenSpmche in Deutschland,editadoporOttoBrunner, Werner Sé/g/oo'aMata EOfTOPARESPONSÁVEL - RafanaMac ConzeeReinhartKoselleck,epublicadopelaeditoraKiett Cotta, de Stuttgait/Alemanha, em 1975 (volume 2, p. 593-717). Na re- produção dos nomes próprios da Antiguidade e da Idade Média, ReviwdoconformeoAcordoOrtográficodaLínguaPortuguesade1930, fez-se umaportuguesamento na medida em quese constatou que emvigornoBrasildesdeJaneirode2009. sTeojdaopsoorsmdiereioitsosmreecsáernviacdoos,sepfeeltaròArufctêons,ticseajaEdviitaorcaó.pNiaenxheuromgarápfaícrat,esdeemstaapauubtloicriazçaãçoãpoopdreérváiasedrareEpdriotodruaa.da, ecsiasalizvaedrsoãsonéocroersrpeenctteiveonttreemhai.stQoruiaanddoroesnadoeffoaliappoossrítvueglueenscaoenstprea-r BAeUloTHÊoNriTzoICnAteEDITORALTDA. ! nreafeforêrmncaiaesma uqmueasveeernsãcoonatproarmtunguoeosraidgain,aolsanloemmãeos.foNraasmremfearnêtnicdioass T3Re0u!.1a:4A(50i5*m03o7r11é)s.3,B29e18l4o1,H587o®0ria0znodnatre..FMuGncionários TM0ASe1ãvol..3oríP1s(Pa1a5a1u-5u9l.il14s2ot10a3),°.32aS0.nã03do74a3Pr4a..4uCC6loo8on.njSju.Pn2t3o0N1a.cCioenraqluelraCésar .? pfbooibrsmlsiíovageelrámrfeiacqlaiusz,earmsueamnetnaivcpoeernsaqtmruai-mssaepnoaosranoaorpimgreienssaednlotaaslreaemuvtãeoonr,etuspaeoisrdqpauusebolnbicraaaoçsõfnoeasi wTewlewv.eanudtaesn;t0kQa0ed0i2to8r3a.1c3om22.br com traduçõesparaoportuguês.Osistemaalemãodereferenciação bibliográficaé diferentedobrasileiro, nãocitando, viaderegra,as editoras que publicaram os respectivos textos, restringindo-se ao DadosInternacionaisdeCatalogaçãonaPublicação(CIP) localdeedição.Também nãofoi possívelsanaressa lacuna. —— (CâmaraBrasilei—ra-d—oLivro—,—SP—,Brasil) — Duas pessoas foram fundamentais na realização desta tradu- eE.HGiOestroctzroi.on-gcreSaifetoilao,dH1e0oH)riizstoónrtiea:/ARuetiênnhtaicrtaKEodsietollreac,k2..0.(1e3t.a-f.J(C;otrlaedçãuoçãHoiRsóterniaé ) Mçãoa:taT(eUmFíOstoPc).leOs AprmiméreiicroopCoorrtreêrainCseisztaidro(UduFrRanGteS)aneosSépragraioqudae a tradução fosse feita; o.segundo, por ter feito uma minuciosa e Outrosautores:ChristianMeier,HorstGünther,OdifoEngeís Títulooriginal:Geschichte,historie. enloquecedorarevisão.Seotextonaversãoaquiapresentadapossui ISBN978*85*8217-150*9 algum mérito, ambossãocorresponsáveis. Pelos erros, o tradutor, 1.Conceitos2.História-Filosofia 3.História-TeoriaI.Koselieck, evidentemente, respondesozinho, Reinhart.II.Meier,Christian.III.Günther,Horst.IV.Engels,Odilo.V.Série. 13*06383 CDD-901 * RenéGetlxhdoutorcmCiênciaPolíticapelaFrcieUniversityBerlin(1980),ondetambémfez - índic1e.sHpiastróarciaa:táFliologsoosfiiaste9m0á1tico: cGdsortsaignvtdooeluddneote$psuóA$l-(dnPooUvuaCtohRirsaStod)roieo(gp1rr9aof9liae5s)aí,foePrmr-oãafs(esUsosPdoRardGtoitSu(a,lpa1or9s8ne7an)t,PaModnoa)tixdfiaWciUeabFeUrRn&GivSKe,raésritodMragdaaernxCi(zaHatduóoclritctôaetcdr,ao1d9uR9tio7o)r eHtuoírcgnifiaalemãpfamuro:experiênciastperspectivas(UPF/EDUNISC,2007). 3 '1 i; S SUMÁRIO I (cid:127)-L- ! i i $ I Prefácio Arthur AlfaixAssis 5: ^ è SérgiodoMolo i OCONCEITODEHISTÓRIA * I.Introdução 37 í I II.Antiguidade 41 . 1 Terminologia 41 í ;; 2,Conceitodehistoriaeconcepçõesde"História" 49 ti V HL Compreensãodoconceito naIdadeMédia 63 I 1.Sobreosignificadodaspalavras s 1 "historia" e"res gesta" 63 V 2. A escritada História,suaclassificação e \y ohorizonteemqueela éexperimentada óó 3 . 3 Lugarefunçãoda Historienarededosaber. 80 I IV.PensamentohistóriconoiniciodaIdadeModerna 85 I 1.Pressupostos 85 2.Darite eoHumanismo 88 i 3.OséculoXVI 92 4.O desafiodanovaciência 101 '? 5. Arespeitoda alteração no topos 1 de"Historia" e"Geschichte 109 V.AconfiguraçãodomodernoconceitodeHistória 119 I 1.0percursohistóricodotermo 119 1 2. "AHistória"como Filosofia da História 135 i. . ‘1. 3 A"História"sedefinecomoconceito 165 Ai I(cid:127)I' 1 (cid:127) Ví . VI '"História"como conceito mestre moderno 185 'k PREFÁCIO f 21.. FRuenlçatõievsidsaodceiahiissteórpicoaliteictoesmdpoorcaolnidcaediteode História 119815 i O conceito de história e o lugar 3.Airrupçãododistanciamento entre experiência 1 dos Geschichtliche Grundbegriffe e expectativa 202 I na história da história dos conceitos* . 4 "História"entre ideologia ecrítica da ideologia 209 % í Vil. Perspectiva ArthurAlfaix Assis 223 Sérgio da Mata VII. Referências 227 en := % | Oprofundoprocessodereconfiguraçãovividopelahistóriados 1 conceitosa partir de meadosdoséculoXXfoi motivado, emlarga s% medida, pelo desejo daquelesquea elase dedicavam de construir uma alternativa à antiga história das ideias. Meio século depois de I iniciadososprimeirosgrandesempreendimentosnaAlemanha,não i"F] há quem ignore a grandiosidade dos resultados obtidose a virtual. globalização desse gênerode pesquisa histórica ede historiografia - % Chega-se,assim,como é natural,ao momento emquesãoprodu I zidos os primeiros retratos retrospectivos, os primeiros esboços de 1 um gênero que, na ausência de melhor palavra,se poderia chamar V . “história da história dos conceitos” De modo algo embaraçoso, porém, a história da história dos conceitos talvez esteja condenada asecolocarmuitomaisnasproximidadesdahistóriadasideiasedos (cid:127)4fl intelectuais queda disciplina que toma porobjeto.Ela devesituar e reconstruir trajetórias individuais, constelações intelectuais e um S ! Osautoresdesteprefirió,bemcomootradutor,gostariamdeexpressarsuagratidãoparacom oProtTemístoclesAméricoCorrêaCezar(UPRGS)eaProfa,ElianaReginadeFreitasDutra i (UFMG)peloentusiasmocomqueincentivarameabraçaram,desdeoinício,arealização desteprojetoeditorial. - bí JodpAouoerhtnltahorsonugasnrima,AGedAjnufaasttíoetHxaoivhrsAiiatDssótsdróiroasiray6ihscneiodsant,oóUacurnointadomivrdtheepêerJensólFfiatdaunsanUedcRnteeíifiomdvsneeesntrB:eosmfirudaHmaasisdaísleteioíanrda.tieuErocgtsWodrptareqepicdtshtioyeaan(l(lieEBsm(td2ea.ãr0egeU0msh9Fad)ThCoeen,osp,é2rrncio0aouf1eld0posa}rseXohelrioIsWdX)t.óeh,raTipateueoibsrlHiiHacioisesuttóoM,rreiyeanfttdoorroe? SérgiodaMaladoutorou-seemhistóriapelaUmversitatzuKolncm2002.ProfessordeTeoria 3 eMetodologiadaHistórianaUniversidadeFederaldeOuroPreto(UFOP),foipesquisador convidadodoInstitutoMaxWeberparaCiênciasdaCulturaeCiênc-iasSociaisdaUnivorsitát Erfurt(2008)ebolsistadaFundaçaoAlexandervonHumboldt(20092010),Éautordoslivros ChàodeDeus(WissenschaftlicheVerlag.Berlin,2002),História&uUgUio(Autêntica,2010)e Afa*(ind(2ôweberhtta(FinoTtaço,2013) 9 f I OCONCEHODêHSTOâIA PttfÁOO : VV-- (cid:127) W30^o& altamente complexo de interconexões disciplinares, teóricas “ Geschichte,Historie”-éesteotítulooriginaldoverbetequeora i - WÊÊZ&é'á&ünopolíticas.Numapalavra:oaparatoteórico-metodológico § seapresentapelaprimeiravez,emsuaextensãointegral,aoleitorbra eòs problemas perseguidos pela história da história dos conceitos I sileiro.Trata-sedosdoistermosalemãesqueequivalemàpalavrapor- «ão se confundem com os da história dos conceitos.Se uma per- !(cid:127)b: tuguesa“história”.Eéprecisamenteumaexcelentehistóriadocon- í '' segue as mutações de termos esignificados emsua relação com o ceitodehistóriaoqueoconjuntodostextosdosquatroautoresnos (cid:127) invólucro sociocultural, a outra se ocupa com o$ atores sociais e oferece.Oseufiocondutoréa transformaçãoquepreparaa redede suas respectivasideias e práticas científicas, assim como os grupos 3 significadoscaracteírsticadamodernautilizaçãodessetermo.Apalavra einstituiçõesem tomodosquaisseorganizam.Senumaosujeito 1 história,cujoprimeiroregistroconhecidoremontaaHeródoto,no 1 eventualmentenaoépersonagemprincipal, na outraelefaztodaa T século Va.C.,é um patrimóniodediferentesculturasocidentais, diferença.Seumaaindanaologrouestabelecerumamploconsenso que há quase 2.500 anos é cultivado, expandido e ressignificado. I arespeitodoqueéoseu objeto,naoutra taldificuldadenemsequer O verbeteacompanha depertoessa longa trajetória,analisando os seapresenta.Casoseja verdadeque todoconfrontocomopróprio i usosdo termoeasconcepçõesdehistória vigentesnaAntiguidade passadotrazconsigo umganhodereflexividade,olentosurgimento clássica,osrearranjossemânticosdecorrentesdaabsorçãodotermo de uma Geschichte der Begriffsgesckichte poderá significar um ganho nohorizonteculturalcristão,osdiferentesgêneroshistoriográficos i - substancial nãoapenas para a história dasideias e da historiografia, :í medievais,asreconfiguraçõesdopensamento históricosobo$influ devendoseestender à própria Begriffsgeschichte. :> xosdo Renascimento eda Reforma, entrediversosoutros temas. Oargumentoconfluipara umexamedagestaçãodomoderno I. I conceitode história,oquese teriadadoentre1750 e1850,peíro- - doqueKoselleckjá havia caracterizadocomoa Sattel Zeit,a erada Ao contrário do que muitas vezes acontece com o estudo (cid:127)rV passagem.1Poressaaltura,Iluminismo,ascensãosocialdaburguesiae de manuscritos antigos e medievais, na interpretação histórica de industrializaçãosecombinampara,apartirdoespaçoculturalalemão, textoscontemporâneosasquestõesrelativasà atribuiçãodeautoria I estimularumaalteraçãosemprecedentesnosignificadodosdiversos costumamserponto pacífico.Masesse nãoéexatamenteocasodo conceitos políticosfundamentais a partir dos quaisse organizava a I textoquequeremosaquiapresentar.Formalmentefalando, trata-se experiência no mundo ocidental.2Dessas transformações históricas de um verbete de obra de referência. Cada uma das suas quatro 1:> nãoescapao próprioconceitodehistória.Antesutilizadopredomi- grandesseçõespossuiumautorindividual:ChristianMeier(1929), 1 nantementeou naforma plural(“ashistórias”)ou comoindicador especialistaemculturaspolíticasda Antiguidadeclássica;OdiloEn- :*:Í acgeloeénlnmsah(1eddc9iene2aRd8so-eti2rian0ddh1aoa2ss)r,mtHmKooedohdseeierennlvlsaeatscalkiutsetf(*o1erne9is;a2ps3He-pco2iora0sllí0titzi6Gca)ad,üsohneietshmtfoeilrrhoiais(s1odtf9óoi4arris5aq)dud,aeafiEhslóeissspdtoóaefnrodihia-ea; i1 1 "dKmAiprOTaaesusShsontEovdLJtideíuLlrer-mEsBmoCoeaoKfcitnrur,ltajnRafdfnhsuoghaçiedanãs”coho,hanpf"irahoctdu.ro,aRlKoveio”ovc,sloh.e"ctl1alplie1tonic,vrlktepaotn."a”8tfmefo8lmbur-9édp"9maop,sdosL1cer9ctsea6xesl7liasak”o"(o..ccniiDTfa.preaaopftUB.aaet-t8oWrs2g,e)ucS.htjaUu-Ntsseletolo,alzsqmBiiuagerlneaenissrtfeieiBlcpdaeeogelierdtiumeeflmrrfaieoaalmdutpotreraarnoldNatsuevezpr"uiaasrzíeqscplaeuio"ste.r,, couaoestudoda trajetóriadosconceitosformadoresdalinguagem ruemmaeàteoauotrtae.rrOenpor,óepmjioreKgioãsoemlleocnktaenschloasraec,seiotusaidgoneifnictraeddoudaosetelervmaçoõ,eaosemqeusemseortveemdpeopqasuseagcehmamdae ptrpreaoasrlbttíaeatisldchdeooce-isvedoseiccrcirasiotleonmetpasoortedrcevoqremunraabotereoutecmaoduanetoetvenremetsrspae,drooarruâeinfsneeedra,ei.vanniAcdtieouasad,“lo.cuascduoáamruioom”uadmdoaústensxuicatoos (cid:127)>(cid:127)\(cid:127):>(cid:127) 1 EamKddeneaOusttJnrerSaeendBnvñçoeiiLãdsimoLtrlaooEop:scdCa:oCredKamroen,abnoasRRt.trseeeCausiipanfne:oshhRpnlaaeitemrrrotsti;n.piKteEhFacodauçtisrtõ.veutaePlrsKlseUe.poecRaCsnkse.íq-uolluIRsendadci;onekoJ.tJJA,Coaa2Socnv0oMnei0enitr6rIrcoiN,ebF:pi,ueEt.orMidnç1oã.a0aornP1rgc.dàUaeesnlzCeoiSm;z-aeRFâbdEniaootRsrit,ciEdapáaS.nd1iJo&n3RstJ5et.ure-,ap1mJnr6oep9iFtooar(scaç(iãnhOto.cisriptgshó.csi.sor1)it.0cóFo2Hruis)eci.,snatRtóderiisooa. V 10 V: 11 '! r . OCOtKUK>D£HlSTÓUA i PflfActO derelatosparticulares,o termo historiaganha, à luzda experiencia 1í dehistóriaea prática daliistoriografiapassaramportransformações moderna,umgraudeabstraçãoegeneralidadetãoelevadoquepassa fundamentaisentreofinaldoséculoXV11Ieaprimeirametadedo a ser capaz de se referir a todas as histórias particulares possíveis. século XIX. Na verdade, nos anos 1820, Hegel, na introdução à Em consequência disso, na variante alema do moderno conceito I sua Filosofiadahistória jáfalava naentãocontemporâneatransição de história passa a predominar a formasingular Geschichtccm lugar da “história refletida”^ para a “história universal filosófica”, cujo . » da flexãoplural die Geschichíe(n)-Ea talcircunstânciaquese refere fundadorseriaelepróprio.5NoinfluenteMamaidométodokÍstÔricoy a categoria gramatical “singular coletivo” (Kollektivsingulat), com I deErnstBernlieim,publicado pela primeiravezem1889,sugere- queoverbetequalificaonovoconceitodehistoria.Paralelamente, f se que a transição de uma concepção “pragmática ou instrutiva a generalidadedoconceito tambéméreforçada emdecorrênciade n (lehrhafi)” dehistória para umahistória“genética ou evolutiva (en- uma outra transformação semântica, através da qualo termo Ges- I twickelnd)” só hápoucose havia consolidado, coma adesão a esta chichte passa a absorver ossignificadosanteriormente reservadosao 's§ por parte da imensa maioria dos grandes representantes da ciência termodeorigemlatina Histoíre, que desde a Idade Média tendia a I histórica alemã oitocentista.6 Em 1936, Friedrich Meinecke des- serassociadoprimariamenteànarrativadeacontecimentosenãoaos $ tacava que por volta dofmaldo séculoXVIII teriase dado “uma acontecimentospropriamenteditos.Nomodernocamposemântico 4 dasmaioresrevoluçõesespirituais” jávivenciadaspelopensamento do termo Gcschichtese encontra,porisso, tantoa noçãode história ! ocidental.7 Alista de registros poderia serestendida, masserá sufi- comorealidade ou síntesedo processo deconstituição do mundo I ciente para ilustrarapreexistência da percepçãode que, ao menos humano,quantoareferênciaàhistóriacomoformadeconhecimento 1 no espaço cultural alemão, modificações no conceito de história dopassadodossereshumanos,istoé,como historiografia.3 .* similares às descritas no verbete tiveram lugar ao início do que O verbetefoiescrito nocontextode umdosprojetosdepes- I4 chamamos de Idade Contemporânea, Ainda assim é importante quisa coletivosquemaisfortementemarcou acena historiográfica % sublinhar a originalidade das interpretações de Koselleck acerca alemãdasegunda metadedoséculoXX, os Conceitoshisíóírcosfun- 1 da modernização do conceito de história, que são marcadas pela damentais: Léxico histórico da linguagem político-social na Alemanha.4 preocupação em entrecruzar contextos intelectuais, políticos e Editado entre 1972 e 1997 pelo próprio Koselleck em parceria 1 sociais;pela distribuiçãobem balanceadadeatençãoanalítica entre comoutrosdoisimportanteshistoriadores,OttoBrunnereWemer 1 os grandese os não tão grandesautores que lheservem defonte; Conze,o léxicoabrigaria no seu segundo volume overbetesobre js bemcomopeloempregoinovadordedicionárioseenciclopédias, oconceitodehistória. í anteslargamenteignoradosna históriadasideias.s QuandodapublicaçãodoverbetedeAóter,Engels,Günther eKoselleckem1975,jánaoerainéditaatesecentraldequeaideia 1 . 5 HEGEL,GeorgWilhelmFriedrich.Fiiosojiadahistória Brasilia:Ed.UnjB,1999p,13-21, 6 BERNHEIM,Ernst.HandbudiderhistoriuhenMethodc l.Auft.Leipzig:DunckcrundHumblot, 3 ancAuoifntniotcceraeirdaiitooodrsmeddeeKonhotteisesretmalóloeroicvakHec,risobptemoutrbeoieldiucpomaesdlooGtetepersmerdlmraoldop“itrsGliiimdneisgceduiCmrlaarhrutv-necedjozb$leeehgmtariivvffoi1ea"9,m6tqa7ua.npatVonaertaeor:ccaiaKdttoaOecjnSeteuEdrmLiazLafaEaçbmCasoooKrdsç,ooãRoemendoisonadshieosarindrgtoe-. 57 1MD8eE8s9IdNepEm.C1e5Ka-dE2o1,s.Fdraieddériccahd.aEdiehi1st9oí5r0n,sHmaynssuFgereneyseisH.MnséUxtiícao*:nFesotnadaomdpeliCauçãtiourdaoErceopneormtóirciso,d19as43f,opn.te1s1.. HFuistutororipaomstaadgoi*storpa.vciatta.e,.p.So4b1-re60a.disjoluçJodotoposnahistóriamodernaemmovimento.In: dEelefsaetoq,useãioxarveaprdeasehnitsattóivriaasdmasasidqeuiaessqeueele“vgaemralmmucintoteasceimdeatédmasmcaubietoçaes"m.gFrraenyderestoombraascoqmueo, 4 BHiRstUorNisNchEeRs-L,Oextitkoo;nCzOurNpZolEk,isWche-rnsoezr;laKleOnSSEpLraLcEhCeKin,DReeuintshcahrlta.nGde,u8hvUohhtl,iSdittuGttrguairtdt:bKtgl/eiftfte-. edxeemmupnlodoasbeurrgseugeusatdnoaoFreaíntiçida,oodqeu1e9e2l7edcaeraBceternrihzaarcdoGmrooeutmhuay“sehois,tósoribaredoaefosprmíriatçoãaondóanivmisoã"o CCoonttcae,p1tu9a7l2H1i9s9to7;riaHnO.GFeFnMtiaAnNHNis,toSrtye,fva.n2-4L,und.w3j,gp..R47d5n-h4a78tt,2K0o0s6el(lceictk.p(1.942763)-.2006):The cbaassueaadlmaeenmte"osbetrimdoõse’s*.,FliRvrEoYsdEiRdá,tHicaons,s.c7a>r<tmas<í,dliatetpraixtauraaturaelc.rReaiotivdae,Jdauoeciurmo:eZnatohsard,o19c6o5ti,dpi.a7n4o. 12 13 I OcoNcerooçHíSTóíL\ B PMJÁ.QQ * Salta aos olhos, em todo caso, que o segmento moderno da ao longo do século XVIII mudanças fundamenta.is ocorreram nas história do conceito de história parte de urna perspectiva alema ytS? formasdeexperiência e representação do tempo Tais mudanças, destes problemas, o que nao é de espantar, posto que o verbetese evocadas pela palavra-chave "temporalizaçao” (Verzeitlichung), se insere numa obra de referência dedicada a darconta da história da «* relacionam, porexemplo,à crescente disjunção entre experiências linguagemsociopolítica noespaçoculturalalemão.Recentemente, e expectativasalimentada pela difusão da percepçãoda aceleração tal orientação deu azo aosurgimento de uma consistente círtica à a£ dotempo;àaberturadofuturo,dantesfechadonosquadrosdeuma tese-chave de que nas décadas finais do século XVIII o conceito (cid:127)Jf concepçãoescatológicadehistória;aoreconhecimentodanatureza de história teria ganhado a forma de um singular-coletivo, com a %êt perspectivística da apreensão da experiência; à ênfase no caráter absorçãopelotermogermânicoGeschichtedasprincipaiscamadasde 4i individual dossujeitos históricos;à admissão da "produtibilidade” significadorelacionáveisao termo história. Uma importantematriz * (Machbarkeit)doprocessohistórico;aoenfraquecimentodopadrão dessacírticaéademonstraçãofeitaporJanMarcoSawilJadequeno exemplar de justificação da historiografia.11 Todos esses e muitos espaçolinguísticofrancêso termohistoirejáera, no último terçodo X outrosprocessossãomuitobemapresentadoseanalisadosnoverbete, séculoXVII,comumentemobilizadonaformasingularparaconotar, :$s ecomumaabrangênciaeprofundidadeque,parece-nos,aindanão àsvezesaté mesmosimultaneamente, tantooconhecimento histó- .M têm rival naliteratura especializada. rico como a realidade dos acontecimentos passados. Com base em (cid:127)s . citações de autorescomoJean Bossuet,Jean Racine, Saint-Real e II Fontenelle,SawilJabuscarefutarainterpretaçãodeKoselleckdeque :s I ovelhoconceitodehistóriateriaadquiridoocaráterdeumconceito (cid:127) Projetos coletivos das dimensõesdo léxicodos conceitos po- coletivo-singular apenas no bojo das transformações da Satteízeit9 A> líticossó podemser realizadoscom umaincomum disposição para A partirdessese de outrosargumentos,Sawillasugere que oselos o trabalho em conjunto, abdicando o$ envolvidos de veleidades entre a história da palavra história e a história da ideia de história, "autorais”.12 Isso não significa que na confecção de cada uni dos tãobemamarradosnotextodeKoselleck,"precisamserdesfeitos”.10 .u cr impoDrteacnetertdoa, ateseídtiecaKdoseeSllaewckil,lnaocmoleoacdaamemenqteu,eostdãoequumeaaslípnegcutoa 1 ,l JJUraN1G8.,uTnhdeofi.uZheelnch1en9.dJeashrVh.trufanUdsc,rtS.eGmíattnttíinsgchenc:SVtuadnide.cnnhzouercBkn&tstRehuupnrgecdhctr,2K0u1l2tu,rpk.ri6ti8k; valoe-msiangteurliaarsdideohpisiotónreiiar.aMnaasdaisqpuoinsiebriilaizsaeçmãoddúevuidmaacpornecsesaitdoocdoeleittai-r £.5 SdmeTertOhVoCedKreznHekiOtrliitRcishScuhTne,gcSdPteecirfsaGpneeikcstcihvNiec.ohIvtnsub:seJvOo/rAudBSot;setVeímOmGpdoTurtu(cHmh.rsdgiRe.)eABintughfrakifrlfetánreuKnoGgstsculliJhicsktchoktrseío,Tgohprea.spcehitk.v,oipnn. foraobebejuntocoma águadobanhoesimplesmenteafirmarque :i I3n5‘9M-3i8n6na(cvito.np.B3a7r9n)h;dFrUn*L.DDAas,aDchatnzeiehln.tRcJeaxhrehximhdisetroi,riva.3K0,onm.o2d,ipe.n1z7e9i-t1u9n2d,2v0er0z6ei(tcliite.hpt.e1Z8e2)it: a tesecentraldoverbetenãomaisdispõedepotencialexplicativo. “VonSawilUsKritikbcuoflcnistnichedieTemporalisieruugsth.escInsgesamt,sondem'mu’ Afinalde contas, continua, hoje como ontem,sendoinegávelque iUhmredSetuptoziumnegndtoudtcohsoKcoióselollgeockísraKncoêllsejuktliivesninFgrueulanrd',Gpeojcrhoiccahsciaeo'”doaparecimentodoprimeiro J volumedoléxico,nosdáumavagaideiadomodusoperatuilestabelecidopeloseditores.Depois depresenciaralgumasdasreunitesdetrabalhodogruponaAlemanha,Freundescreveque 150 SMSaHtFanAAoamarWWncRsbcsheh;IIébLLuimVannLLrfh:OkrAAaeSGv,r,i.AttJjT.3aaWKO,ntno,PIbLsMMpeee.Ltrleaall3Areert8ccge,(1koouHJ-.,sna4rB‘gn‘s2GGgee8.engeM),srsz2iccBafu0hhFre0cisiRgcc4otdhhe.ic(jtticfeeGnst’i*:m:hte'.KaBsKGprcoi.ithnnnl3Kiltce8PPhohk8rristttoo-eemh3ddlll9uuueit.n4ckkn)gkBttd.sucddSlGieacterrrremassddgcaGeeehnuueitzttcsissukchccrhthhhoeieeicnsWnnhtotzAAecrw’ri.uuskicfsfZlkhcRechclileátarosirrneZnuuhhnenPtiagjgtrfre??tot,fnivElK.peii.dInohne4seh:ne1tJKclz9Olr.eirAcusViektnShiesdk,er. (cid:127)!i!>i Jcscmadvuooilieenaalcmrirsciibeooó.oenoàrlAtoes.pepssgCpea,sooseiroibsmsstnome,qtg,ea,fulpsifreeil)oioóms.scraesa(md.sourm.,ofe.ma)ofrnirresSodae,vserunueoegenccnnlueuoúidcisõmnmuaeeeors-o'esrms,Gesrdeiogoeitesauasdptdltcmoaiorohassasssní,bsgciíjodarêuhvaselertch,nliloriosededcmttedaehccsmpi.cddg,,oeGacicserbditrqeoqaoounutusnvdetieipedeeserorbtttubraureqadseegmtuticapretehavoiofPoaspltcoís,Vedotdlifr.oniceomtroRfetc"rosrieoote,ácminnstorretttaicpaeaoómeivçsPlaiaoStodtaomgaooocnodqsifraseoadeu,unUueeesttnoeétídpcfcirdiid.ouccedod(oilecSosoisesao"nhirXc.gcsáiiseFanrcVtihaRoodbIgdrsaeEaiioselavaeU,ndptiavooinaNr.nsr,rtaso1eeDno5ssoeas,,,, FrankfurtamMain:Suhrkamp,2011,p.387-422. n.2 p.287-289,1974(aquip.287-288). t 14 15 !.;i'; i r i OCONCHO02H-4T0S.'A PfcEfÂOO (cid:127)' i ví ; £ lrBrcKépmvaioxserzeoteunliõrasocnbcnseeoseetnsíteltpêeeeceqmçdrceosuãilkmeiteaos,mosiWlgirdKeinpeenovrdsroeae-aalirsdefcslrneeaavchdíerslmuaeoeer,fdtnsceinCovecksGessieo,atmeetlneessmpsccztoeihqeoeldrilnu.coméaohtepmOietshlça,inc,acõhqauiahveniuepisisdfdgetelGioiounsmnsrmêtodeiruonanriimbdadvc-drueiionbadviaroepçuegespeãrasieoroiaaiffaasrgjtelcrdoeitd,iiatebrlmiioesannvusphitieúcdareaoqomrixmrcuermteeefiâaarrlnsnícosaitbecidsrlderidgaoaicxauilootiesdm.dosmcieoamrSuaidbeOsaetpnaerldedtédtetnaaasooas-aa-s í&(cid:127)S(cid:127)3rTvTlr-: pevdeitnnesrueoãpsosnroeatpopdiçtõapesoNuoenee,ires,uçdeppsaõa.sesromsepeeOsrsetsesietimojneatmcuopntv,oíoortpaundidsodnmceifioaçcoeqãca,suieotuissfmooseoe,eqnaiadauasspoeeeoltna-rmcasr“oeeitonsnaaçnicsctiãotesiieuoeavçnvldnlãaadidoaodsreEeltmiuIameudd.t“epiareaBenvoodnntocrpHeettuaiaogtMioln*rn*aminndfpégealEoeaduarrurinheatoparnhii,dosrttaeetaeepró:sraaeprGe“i”naafa:oarotnaeednret,çtioaolhgaadfea,locaéns,doxEosmBeneiuscâtrereoiaumonnnonapoevbnanssodiuet”talooe-ra,s arquitetura geraldoprojeto. Dostrês,Brunnerera,nocomeçodadécada de1970,o mais -P “era limítrofe” (Schwellenzeit) e “sociedade moderna*'. Reinhard dpcooranltéhicxeaiccmiode,ont.etenOdnojeánaspheouprmttuaaadgotaeurnemáfariúoonrmigcaoendviizeeavrbcaieloitsnet:aa"laFimuesuptídoraarlctiaosnmntoeã”on.'aa3sSesdeuimeçsãsioua 4*íV BaGleaãsnncthkiigncaheíriEchauecrroGepdriaimtaddbseeegrBrerifusfsenanpaeordceo[.rn.i.ca]mepnçesãemor pdaeenSsafautdtneodlszo”eí.td1,5onleémxicoo:lé“xsiecmo muito modestaparticipaçãosedeveuàidade,aalgumaidiossincra- :Pr: AoladodeKoseíleck,o grandeanimador do léxico de con- séiaupmeassqoaulesotuãoaauimndapoesmsívaeblecroton.stEramngtiomdeontcoasdoe, anaitmurpeozratâpnocliíaticdae, (cid:127)31=4Í pceoirtoasmfiugnodsaemaelnutnaoiss,éCWonezrenevrinChoandzee.uPmearsfoanmaílliidaaddeo acdhmamiraaddoa Brunner se dá em outro plano, Seu livro Tena e dominação (1939) Bildungsbiirgeríum ~ o segmento da burguesia alemã mais direta- ccéoournpmsoidrcaelrráasodsiopceoundmsaaammdeaonsdtoeprrpniomalíehtiiircsaotsó-rjteiuanírtddaoitcisvoacdsoenbcCeemairt-olsSsucechepmdoididtatesàtdhaelivstseoezriisone--r VSsS.Ü..: xKmaoensndeteíelreacCfkeo,tnoCzoàen,ezdteiunclhuaatçoãsuoideoefàaolicuufnelotruiddraoe.nLSaeeoSupeaogvludôn,dvoaonGaruRqeuarenróakleom.guoCnodAmilaelo-. Sgparoabrféeia-ms.e,Àqeuindeoedvefaosçdrãmeo1at9ei3ón7driicBsasrouecnmináveeertole,dsutoamlvóaageiicnnateragesásovismeqlpuBreeoalmacsrotemvdigidtaapvosaelmíltiigcnaao., (cid:127).‘3AD4- heAmimstaóbnorciscipati.antPhóaarrimaa aqCiunoednaazeegmearcagçorãmaonuddmeorsmueupatciuoertaidcemis1mo9do6e8ermnaatrrseibelauçdíãaeoràaàccfiuoênmnçcãiooa adventode uma “novarealidade” naAlemanhaapósaascensãodo aparecimento de uma cesura e uma crescente polari.zação entre onaecsigoontaalm-seonctioaldisomsoc.oEncmeitcoosnfsuonndâanmcieanctaoimsaStécehnmtãitot,veigleenctoenss.1t4atEasvsaa í. Eumstandãooesesodcisiesdocaidaevaanpiatirdtiarmdeenfteindsodooustércou.lCooXmVIaIISclAnvtéelleennztãeoit,, convicçãoé projetada em Terra e dominação,ondeseafirma que o á 3 aparatoconceituaidoséculo XIX deveriaser “destruído” porque 1(cid:127)3$ IFnrfeeylcizrmemenptreegnoüuoononseofoloigpiossmsíoveZltivteecrfiafivctalUr*qpuraaltdicoasmdeonisteaiudtêonretisctoeàveStphrweecleUdnêzneciliadeneBssreuncnaseor.. Cf.BLÃNKNER,Reinhard.BcgriffsgeschkhteinderGcschichmvissenschaft OttoBrunner M11GWWODdZDereiieithesi1rontstkpe’0eteGlorn0snisec.wespdhocsIiáknc?hsughe:at“aimJifinuntcrOarodh—osvAvit.ralNoaeiA$frcsuer;heluqnuVieaseuniltGOmeiadWdrGeéaunDisderTncae/knrcid”lte(chbitHvaecéenebh1rgaresk9nRargçe3imaeaf.i)3litidiá.V,BsvaDa.Ieepnd1grVeo:bo9ruoite3jHptntCf3uetonA-ndsor1egenpU9OrjGaz4mSErBe5oaMu.XeetoshMgLKAtriletiéBoürNhfxsln,lsueiNtcOcgUn,hoe,dotee,stcpFnPeoak.:hrpmGac(iOecnnídnethekl,airdst-ghsepteRmaa.vnzruo2ibuedntr9nur.gdt7ekrTWee.garmch,miocr2()nko.Hp0tlrDf0rriiccise2JbghPi,du.nk)Ppeíed.rrEiDaet1hRmr-/-ied,s2cKetC0Roou.iohrmtiilsrssliceecsmhhdtdocaeeenifnrr.s :§íii$ê zWeaPmt1uhulur0niueere1rdspnro-ps1ne1dpd,o9er0oe1iHs5re79ae;0t.mn9gi’GKs2s4uoc.h0e,Oihdi1dsIps-eSnc2o.tsrh:oE4on(eir0cLzLcori.iiohaL”tEaN.g.tlEolHerpiKaCanc.dMiphOmK1eSheS0Apryi6ERonGrNa)fvdL;ercrNeuuLiSohnsnçmEéC,thJdiCgHHoiabntarKaheaUtroDgre.,cLorp(Re1miZH"ruf9eiiutEdm3eristsne.0,c;ges’hhWF$.Mia)laropaotriGEtonatnnvr.deLfmoteucE,hTclhiuovlieiOntnm.mddt1l1Nii.eere9i,tdiGn5,tdiSictu0sJoeoltz’atnurseilmmd.pgtétUx.CoCegaisInnancamndrwom:(trheu,:deBdibKnisKser8dtRo.igo)ldoeserUrgegitlPraíotfeNli-fanejg:cftCtcshN:rCigkasogHeEpaotaostmhhdfRfa\ciytcrib,o,(moforh2rOrnitia0doesst*i0ttmgcuqnt4heoruvug,.e,eittUhispyoCIme..,nLoOeCx1inebvnv9.Nexjeti3enol.2rZkt0st,iroidvEattpnoyool,. l 16 i 17 'li- w li ? fj:. OcONanoD£Hsór^A M PíEfÁOO vV surge a “sociedade”. Conze pretendia compensar analiticamente 1 Écomrazãoquesecostumasublinharaascendênciadasocio- I . jji:.;i hesissatódriivcaisãeosoacoioplroogmíao.ver uma aproximação radical entre ciência I lCougriaiodsaoms ceonntec,epitoouscdoeteCmarslidSochemscirtittosofobrraedoasAedleimtoarenshadsoolbérx—eicuom1a8 Sua carreira se inicia na chamada Ostforschungy campo de I figura não menos influente que Sclnnitt naquele contexto o já pesquisas dedicado ao leste europeu e sobre o qual pairou, por I citadoPlansFreyer.Daobradessebrilhantesociólogoehistoriador, j muito tempo, a pecha de ser urna especie de ciencia auxiliar do I Brunner assimilou o princípiosegundoo qualosconceitos usados : expansionismoalemão.Estudasociologia em Leipzig,tendocomo por um campo do conhecimento sempre estão “historicamente mestresohistoriador Hans RothfelseossociólogosHansPrcyer impregnados”, de que “mesmo. os conceitos mais gerais (...] têm e Gunther Ipsen.16 Conzese tornou assistente de Ipsen e escreve I$ emsi este elemento histórico” De suma importância para Conze seudoutoradosobre uniacomunidadedelínguaalemãnaLivônia. I foi a tese de Freyer (desenvolvida em obras da década de 1930 e Depoisdeaprender russo e polonês, prepara sua tese de acesso à 1950)a respeitodosurgimentomodernoda oposiçãoentreEstado (cid:127)< - cátedra (Habilitation) sobre a estrutura agrária e populacional da 1 esociedade,assimcomoda“ruptura histórico-universaldeprimei Lituânia eBielorrússia.Esses trabalhos não acompanham a tradi- - ra grandeza” ocorrida na passagem entre osséculos XVIIl-XIX.19 çãodealta contaminaçãoideológicaegeopolíticada Ostforschung. 5 ApontadoporWinfHedSchulzecomoumdosmaisinfluenteslivros Em1938 Conze chega a ter um artigo vetado pela Zeitschrift fiír sp alemãesdadécada de1950,a Teoriadaépocaatual(1955)deFreyer Volkskundeporque haviasidodemasiadoisentoemsuasanálises.17 I(cid:127) foi adotado por Conze comoo ponto de partid.a dos trabalhos do Mesmo num ambiente intelectual poucofavorável, elese abriu à GrupodeTrabalhoemHistóriaSocialModerna Nessaobra,Freyer influência dasociologia norte-americana eposteriormenteà obra subscreveinteiramente a visão de Karl Lõwithsobre a filosofia da de Fernand Braudel. Em 1965 funda o Grupo de Trabalho em % históriacomoumaformadeescatologiasecularizada,equesabemos . História Social Moderna, no qual Koselleck tomará parte entre :4 terexercido forte influênciasobre Koselleck20 1960e1965.Tendomarcadoépocanahistoriografiaalemãdopós- Não resta dúvida, contudo, de que foi Reinhart Koselleck o -guerra,essegrupopublicanada menosque43livrosentre1962e :(cid:127)v grande propulsor do empreendimento de organização do léxico 1986. Aprimeiraincursãode Conzepela história dosconceitosse S£ de história dos conceitos na Alemanha ao qual o textodo verbete dera antes, numartigode1954: “Vom‘PobeP zum ‘Proletariat”, “Geschichte, Historie” foi originalmente destinado. Por isso, será em que mostra quais processossociaisestão por detrásda gradual 1 importante considerar, com especial atenção, a sua trajetória bio- substituição do termo “ralé” (Pòbel) pelo de “proletariado”« A s* gráfica eacadêmica. históriadosconceitosabrepara Conze um acesso novoaoestudo Segundo oprópriotestemunho, Koselleck cresceu num con- da dinâmica histórico-social; ela possibilita um controle lexical 1 texto familiar em que se valorizavam a leitura, a música, as visitas que, com oauxílio da hermenêutica, deveriafundamentarhisto- ricamente a análise científico-social. Koselleck viu nesse estudo -i* lí Aslinhasbásicasdecalabordagemforamdesenhadasaindanadécadade1920.Cf,SCHMITT, de Conze uma verdadeira “obra de mestre”. Cari.Teohgfapolítica.BeloHorizonte:DelRey,2006,p.42-43. i; l) FREYER,Hans.Lasociología,cienciadelarealidad.BuenosAires,1944,p.23,108;FREYER, (cid:127)i Teoriadatpocaaluai,p.73. . n Tr¿$tiomesqueKoielteckclassificoucomo“.conservafloresenacionalistas” KOSELLECK. il 10 S29C5H-2U9L7.ZAE,imWpionrftrâicndci.aDdeautvsicshteoCdrescLhõUwhtistwhispsaernascKhao/steililaeechk1e94a5sdMifiUcuwldhaedne:sDdaTíVr,es1u9lt9a3n,teps. Reinhart.VomStnnundUnsinnderGesehichte FrankfurtamMain:Suhrkamp,2010,p.324. sloanalisadas porJOAS, Hans. DieKonlingenzderSâkubrisicrung. Überlegungen 2urn 11 SwCisHjen1EscDhaEfRtli,chWcoLlefbgcannsgw.oSrkozWiaelrgneesrchCiocnhztees.zsGveisscchhieehnteSuonzdloGleosgcliiescluunftd,vG.1e3s,cnhi,e2h,tpe..2D44a-s GPresocbhliecmhted,eorpS.ãkciutl.,arpi.si3e1r9u-n3g3i8m.WVeorrktaRmebinémha;rOtKLoSsEelNle.ckHsi.stlonr:yJOinA/ASc;VPlOurGalT.A(HnrIsng.t)roBdcguncftfieonnc 266,1987(p.254). totheWorkofReinhartKoselleck.NewYork:Berghahn,2012,p.21-23. 18 19 mm " m: OccNO/rootHSTó.íIA i- ' PFE/ACK) iji a museus, a escrita de cartas, Oseu pai foi professor ginasial e de # a queda do HI Reich havia se tornado “maldito”, o jurista Carl instituiçõesdeformaçãodeprofessores. Amãe,deabastadafamilia f Schmitt.22 E com a persona de Schmitt e com o diagnóstico do jfj hbiusrtgóurieasae.dgeeoogrirgaefima,haulégmendoete,tefrezseesftourdmosadsoupceorimoroesveiomlinfirsatnacédse, f$:§ mo uglnadnodepodliiátilcoogodoinstéecleucltouaXlXqupeoersetrleutduersoeunvaotlevsiedodequdeousetotrraadvoa concerto Nascido em1923,Koselleck não escaparia de vivencia* I defendida por Koselleck em outubro de1953eintitulada Crítica ; ddoireetxaémrceinttoenaacIiIoGnaul-esroraciaMlisutnadeimal.mFaoiiordeecr1u9ta4d1oepeanraviaadaortiplharaariaa %kf ecriseE:susemtreasbtuadlhoosoébmreuaitpoamtogaéisnedsoeqduoemuumndaoerbuudrgituaése.2d*esinteressada frenteleste de batalha, mas um pequeno acidente na marcha para ?% investigaçãodopensamentopolíticomodernocomfoconodesen- Stalingrado ensejou asua transferência para operações de suporte fA volvimento da crítica iluminista à ordem absolutista. É também, na Alemanha e na França, Em maio de 1945, foi capturado pelo * na expressão do próprio Koselleck, urna tentativa de “explicar a exército soviético e, depois de um curto período de trabalho na 1 formação da utopia coma qual asociedade burguesase rompe”.?4 > desmontagemdeinstalaçõesdaplantada IG-Farben nosarredores Ir Trata,assim,tantodopassadosetecentistaquantodocenáriopresente docampodeconcentraçãodeAuschwitz,foienviadoparaumCulag que se desenhou com o final da II Guerra Mundial. Partindo de dneouCmazmaqéudiisctlooq,udeefoonrdaeaemscigapoadriea,udmepdooisssdeeu1s5tímo$e~saevsô,sc.oKmosaealljeucdka 13H£$S qpuosetualasdoobsertaenóiaricéosodpeosdeenrvodleviddeocsidpiorrsoCbarrelSocqhumeitcto~nsctoitmuiooocsadsoe teve a vida fortemente marcada pela experiência da guerra e da derrocada da Alemanhaem1945.Oseu irmãomaisvelho I excepcionaledequeapolíticaéumaarenamarcadaporumeterno inorreu conflitoque não podeseranuladopelasupressão doinimigo,Ko- em combate, enquanto o mais novo faleceu em decorrência de :á?.s- selleck pretendechamaraatençãoparaa nocividadedosconceitos um bombardeio. Umadesuas tias, que sofria de esquizofrenia,foi IS estmturantesdasideologiaspolíticasmodernas.Asuacriticaincide vitima doprograma nacional-socialista deeutanásia.21 i não somente sobre o nacional-socialismo, mas também sobre os Com essa dupla bagagem fornecida pelo universo cultural doispolosideológicosdaentãoemergenteGuerraFria;liberalismo da burguesia educada e pela experiência da guerra e da prisão- i ecomunismo.ParaKoselleck,avulnerabilidadepropiciadapelaafir- KveorsseidllaedcekdieniHcieairdiaelobsersge.uFsreesqtuudeonstoeumcu1r9s4o7s,daeoism2p4oartnaonst,ensafigUunrais i maçãodetodosesses“-ismos” configuraumacrisepolíticadedifícil da vida acadêmica de então, tais como o sociólogo Alfred We- n eremsooluraçlãioza.nTtaeldcerilsiedsaerrciaomodaesscdooisbarsampoelníttiocadse,iunmicaiamdaanceoimraauctóírptiiccaa ber, ojurista Ernst Forsthoff, o médico Viktor vonWeizsáckcr, * políticanocontextodoUuminismoecristalizada nasmodernasfilo- os filósofos Hans-Georg Gadamer, KarlJaspers e Karl Lõwith si . f sofiassubstantivasdahistória Nodiagnósticoschmittianoassimilado e os historiadoresJohannes Kiihn e Hans Rotlifels, Contudo, a porKoselleck,liberalismo,comunismoenacional-socialismoseriam principal influencia sobre o jovem Koselleck não seria exercida por nenhum desses professores; ao contrário, por um acadêmico 1:# que no contexto da desnazificação operada imediatamente após 22 Schmittatuou, naprática,comoumorientadordatesedoutoralde Koselleck,ainda que if formalmenteaorientaçãotenhasidoassumidaporJohannesKiihn.Sobre3relaçãoentre I KojelleckeSchmitt,venMEP1RÍNG,Reinhard.BegrifFsgeschichtemitCarlSchmitt.In: * BBKcüOrrrSgteEdrfLlHicLrhEskgCe.)iKcB.E,ilriRgneeGtliunemshpnararactchh;1mH94iEl5RTHeTmaLmhIabNtuGtrKg,;oMHsealalmencbfkrue.rdIgn;e:rHUEELdiTRtiToILnC,IHN20G,0B,5M,epra.nn4df0r.e-d6F0;oUr(cmLitRe.npI.C4dH6e-r, IAà J2KO0o8As,eSl2l;0eVc1kO1.aGnTd,t(hHerFsgo.)unBdeagtriiofnfesnoefGHeisscthoircyhaten,doPpo.dlitti;cOs.LHSisBtoNr,yNofikEluarso.pCeaanrlISdceahsm,nit.t3,7R,epi.n1h9a7r-t 52);OLSEN,Niklas.HistoryinthtPlural,op.cit,,p.10-16;MEYER,Christian.Gedenhredeauf 11 KOSELLECK,Reinhart.Criticaecrise.Umacontribuiçãoàpatogênesedomundoburguês. Reinh-artK.oselleck.In:BULST,Neithard;STEINMETZ,Willibald(Hrsg.).RchiWfKosdkck RiodeJaneiro:Contraponto;Ed.PUC-Rio,1999. 19252006 RedenzurGedenkfeieram24.Mat2006.Bielefeld,2006,p.7-34(cit.p.H-I2). j 24 KOSELLECK;HETTLING;ULRICH,FormenderBiugerlkhkeit,op.cit.,p.54. W 20 21 $