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o clítico se e a variação ênclise/próclise do português médio ao português europeu moderno PDF

195 Pages·2007·0.64 MB·Portuguese
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O CLÍTICO SE E A VARIAÇÃO ÊNCLISE/PRÓCLISE DO PORTUGUÊS MÉDIO AO PORTUGUÊS EUROPEU MODERNO André Luis Antonelli Dissertação de Mestrado Orientadora: Profa. Dra. Charlotte Marie Chambelland Galves Departamento de Lingüística Instituto de Estudos da Linguagem Universidade Estadual de Campinas Campinas, 17 de janeiro de 2007 Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca do IEL - Unicamp Antonelli, André Luis. An88c O clítico se e a variação ênclise/próclise do Português Médio ao Português Europeu Moderno / André Luis Antonelli. -- Campinas, SP : [s.n.], 2007. Orientador : Charlotte Marie Chambelland Galves. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem. 1. Língua portuguesa. 2. Mudanças Lingüísticas. 3. Sintaxe (Gramática). 4. Gramática Comparada e Geral - Clíticos. 5. Gramática Gerativa. I. Galves, Charlotte Marie Chambelland. II. Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Estudos da Linguagem. III. Título. Título em inglês: The clitic se and the enclisis/proclisis variation from Middle Portuguese to Modern European Portuguese. Palavras-chaves em inglês (Keywords): Portuguese Language; Linguistic change; Syntax (Grammar); Grammar, Comparative and general - Clitic; Generative Grammar. Área de concentração: Lingüística. Titulação: Mestre em Lingüística. Banca examinadora: Profa. Dra. Charlotte Marie Chambelland Galves (orientadora), Profa. Dra. Maria Clara Paixão de Sousa e Profa. Dra. Maria Aparecida Corrêa Ribeiro Torres Morais. Data da defesa: 17/01/2007. Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Lingüística. BANCA EXAMINADORA .... , elland Galves .- "-'--" ' ' "---'---"--"'" ---.. ('-'Pro!!~'M~a~~V [llwj~J(A-C:«'~ profj" Dra.Maria AparecidaCorrêa RibeiroTorres Este exemplar e a redaJão fin~l da tese d~~. / ~ e aprovada pela Comissão .Julgadora en . O~ /0) / O,*- [i-. ~ ~ Prefa.IWI.SllVAt~ MABELSfRRANI CoordenadoraGeraldepós-Gr~duaçãe IEUUNICAMP (t"" Matr.06440-8 & Agradecimentos Durante o período de realização desta dissertação, tive a oportunidade de entrar em contato com pessoas que foram decisivas para o encaminhamento do trabalho. Tem sido um prazer enorme desfrutar do convívio delas. Aqui, enfatizo o meu agradecimento a essas pessoas brilhantes, que têm enriquecido, de maneira incalculável, a minha jornada acadêmica, social e espiritual. De uma maneira especial gostaria de deixar o meu agradecimento à professora Charlotte Galves. Desde os tempos da graduação, quando recebi o seu convite para participar do projeto temático Padrões Rítmicos, Fixação de Parâmetros e Mudança Lingüística, a professora Charlotte tem se mostrado atenta e disposta para discutir as questões que lhe apresentei. Além disso, a sua maneira de analisar criteriosamente aquilo que lhe é submetido tem me ensinado muito, ao longo desses anos em contato com ela, da postura que se espera de um pesquisador diante de seu objeto de estudo. Tenho sido um admirador do trabalho das professoras Maria Clara Paixão de Sousa e Sonia Cyrino. Aprendi muito com suas aulas e com seu espírito científico. A ambas, portanto, o meu muito obrigado. Agradeço ainda à Maria Clara por ter aceitado participar tanto do meu exame de qualificação quanto da banca examinadora da defesa da dissertação. Nessas duas ocasiões, suas orientações foram de enorme valor. De outras universidades, agradeço à professora Maria Aparecida Torres Morais (USP), que gentilmente aceitou participar da banca examinadora desta dissertação, e à iv professora Ilza Ribeiro (UFBA), que, por ocasião do exame de qualificação, deu sugestões muito importantes para o desenvolvimento do trabalho. Muito obrigado aos meus colegas de Unicamp, e de um modo muito especial aos participantes do projeto Padrões Rítmicos, Fixação de Parâmetros e Mudança Lingüística com os quais tive a oportunidade de me relacionar. O corpo de funcionários do IEL é marcado por um espírito de grande prestatividade. A eles a minha gratidão também. O meu obrigado à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo pela bolsa de estudos outorgada. Minha família também teve um papel importante durante o tempo de realização deste trabalho. Agradeço imensamente aos meus pais, João e Lucinha, que sempre me apoiaram nas atividades acadêmicas que empreendi. Não posso me esquecer do Rafa, que é um irmão bastante compreensivo comigo. Agradecimentos especiais vão para os amigos Cleiva, César e Ricardo Palmeira. À Ellen também expresso a minha enorme gratidão. Por meio dela, conheci pessoas muito simpáticas, tais como Elcio, Lene, Felipe e Evelyn. Não me esqueço das inúmeras vezes em que ela, procurando me ajudar a esclarecer questões da pesquisa que ainda eram um tanto obscuras, mostrou o maior interesse possível em me ouvir e me questionar. Além disso, a sua simpatia e ternura têm se constituído num profundo apoio emocional para mim. E, por fim, registro o meu agradecimento a Deus. Primeiro, pelos conselhos de vida recebidos durante o período deste trabalho. Segundo, pelas muitas oportunidades inimagináveis que se abriram. v “Acaso, para o SENHOR há coisa demasiadamente difícil?” (Gênesis 18:14) A meus pais. vi Sumário Resumo ix Abstract x Apresentação 1 1. A Alternância Ênclise/Próclise e o Clítico SE: Estado da Arte 5 1.1. Introdução 6 1.2. A história da alternância 7 1.2.1. Os contextos de alternância 7 1.2.2. A dinâmica da alternância ênclise/próclise e as gramáticas envolvidas 11 1.2.3. A correlação entre a ênclise e se 13 1.2.4. Uma explicação para a correlação: a hipótese de Galves, Britto & Paixão de Sousa (2005) 18 1.2.4.1. A derivação de clíticos no PM e no PE 19 1.2.4.2. Se passivo e a derivação da ênclise 24 2. A Documentação para Análise 33 2.1. Introdução 34 2.2. O contexto da pesquisa 34 2.3. O corpus de análise 35 2.4. A periodização dos textos 43 2.5. Contextos sintáticos de investigação 44 3. Construções com Se: Descrição do Percurso Diacrônico da Alternância Ênclise/Próclise 53 3.1. Introdução 54 3.2. Os padrões de evolução da alternância ênclise/próclise 55 3.2.1. O quadro geral 55 3.2.2. A ênclise versus a próclise com se e os diferentes constituintes pré-verbais 62 3.2.3. Conclusões preliminares 68 4. A Ênclise e a Próclise com Se: uma Análise Alternativa 70 4.1. Introdução 71 vii 4.2. Uma revisão da hipótese de Galves, Britto & Paixão de Sousa (2005) 72 4.2.1. A ordem “sujeito da passiva + verbo”: um contexto relevante para o desencadeamento da ênclise? 72 4.2.2. Periferia à esquerda da oração: a posição do sujeito de passiva com se 79 4.3. A ênclise e o efeito de contrastividade 94 4.3.1. O clítico se e o uso de tópicos contrastivos 95 4.3.2. A passagem para o século 18 e o fim da correlação entre a ênclise e se 107 Considerações Finais 113 Referências Bibliográficas 115 Apêndices 118 Apêndice I. Sentenças do corpus analisado 118 Apêndice II. Tabelas 181 viii Resumo No Português Europeu, do século 16 ao 19, é atestado em textos escritos que a ênclise e a próclise podem co-ocorrer no contexto sintático das orações afirmativas finitas não-dependentes XP-V, sendo XP um sintagma de natureza [+ referencial]. Galves, Britto & Paixão de Sousa (2005) já observaram que, até por volta de 1700, o uso da próclise é quantitativamente maior que o da ênclise. No entanto, a partir do início do século 18, começa a haver uma inversão nessa proporção, de tal modo que, no Português Europeu Moderno, os mesmos contextos que outrora admitiam a colocação proclítica apresentam agora a ênclise de maneira categórica. Em textos escritos antes do século 18, Galves, Britto & Paixão de Sousa já notaram que a opção pela ênclise está fortemente associada ao uso do clítico se. Elas mostram que, em textos dos séculos 16 e 17, um alto percentual de ênclise em sentenças sujeito-iniciais tipicamente traduz-se em uma alta proporção da ordem “sujeito + verbo + clítico se”. Esse mesmo paradigma, porém, não é observado para os textos dos séculos 18 e 19, já que, nos textos escritos por autores nascidos após 1700, a distribuição da ênclise com se e com os outros clíticos é muito mais balanceada. Dada essa particularidade no fenômeno da colocação de clíticos do Português Europeu envolvendo o pronome se, procuro investigar, dentro do quadro teórico da gramática gerativa, a dinâmica da alternância ênclise/próclise especificamente em sentenças com esse clítico entre os séculos 16 e 19, buscando entender melhor em que circunstâncias a ênclise aparece e como isso se relaciona com o clítico se. ix Abstract In European Portuguese, from the 16th to the 19th century, it is noticed that, in written texts, enclisis and proclisis may co-occur in non-dependent affirmative sentences XP-V, XP being a [+ referential] phrase. Galves, Britto & Paixão de Sousa (2005) already observed that, up to about 1750, the use of proclisis is quantitatively higher than that of enclisis. However, from the beginning of the 18th century on, an inversion of this proportion started to occur in such a way that, in Modern European Portuguese, enclisis is categorical in all those contexts where the proclitic placement was allowed earlier. In texts written before the 18th century, Galves, Britto & Paixão de Sousa already noticed that the enclitic choice is strongly correlated with the use of the clitic se. They show that, in 16th and 17th century texts, a high rate of enclisis in subject-initial sentences typically translates into a high proportion of the word order “subject + verb + clitic se”. However this same paradigm is not observed in relation to the 18th-19th century texts since, in the texts written by authors born after 1700, the distribution of enclisis with se and with other clitics is much more balanced. Given such particularity of the clitic-placement phenomenon in European Portuguese involving the clitic se, I try to investigate, within the theoretical framework of the generative grammar, the dynamics of enclisis/proclisis variation specifically in this kind of sentence between the 16th and 19th century, trying to improve the understanding about the circumstances in which enclisis arises and how it relates to the clitic se. x

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A Alternância Ênclise/Próclise e o Clítico SE: Estado da Arte. 1.1. Introdução. 1.2. A história da alternância. 1.2.1. Os contextos de alternância. 1.2.2.
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