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O caso Pedrinho PDF

452 Pages·2014·1.57 MB·portuguese
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Copyright © 2012 by Renato Alves 1ª edição — setembro de 2014 Grafia atualizada segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, que entrou em vigor no Brasil em 2009 Editor e Publisher Luiz Fernando Emediato Diretora Editorial Fernanda Emediato Produtora Editorial e Gráfica Priscila Hernandez Assistentes Editoriais Adriana Carvalho Carla Anaya Del Matto Capa Alan Maia Projeto Gráfico e Diagramação Preparação de Texto Hugo Almeida Revisão Josias A. Andrade Daniela Nogueira Livro Digital Obliq DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Alves, Renato O caso Pedrinho / Renato Alves. – 1. ed. – São Paulo : Geração Editorial, 2012.) ISBN 978-85-8130-119-8 1. Caso Pedrinho 2. Investigação policial 3. Reportagem investigativa 4. Repórteres e reportagens 5. Sequestro – Brasil 6. Sequestro – Investigação I. Título. 12-14377 CDD-070.433 Índices para catálogo sistemático: 1. Reportagem policial : Jornalismo investigativo 070.43 GERAÇÃO EDITORIAL Rua Gomes Freire, 225/229 - Lapa CEP: 05075-010 – São Paulo – SP Telefax.: (+ 55 11) 3256-4444 E-mail: [email protected] www.geracaoeditorial.com.br À Eliane, aos meus pais e a todos que tiveram ou têm filho desaparecido. Sumário 1 — Os telefonemas 2 — À espera do DNA 3 — O resultado 4 — Morte incomum 5 — Silêncio e choro 6 — As primeiras declarações 7 — Pedrinho some de novo 8 — O reencontro 9 — A versão de Vilma 10 — Registro falsificado 11 — Lia desabafa 12 — O cerco se fecha 13 — Vilma indiciada 14 — Mais um sequestro? 15 — A denunciante 16 — O choro de Lia e Ana Maria Braga 17 — De volta a Brasília 18 — Domingão em família 19 — Cada vez mais enrolada 20 — A mãe de Aparecida Fernanda 21 — Contraditórios e comprometedores 22 — A farsa, segundo Vilma 23 — Passaportes falsos 24 — Natal, réveillon, férias 25 — Resistência ao exame de DNA 26 — A prova em uma ponta de cigarro 27 — Uma família sob suspeita 28 — Pais ameaçados 29 — Mais suspeitas 30 — O show de Vilma 31 — De bem com a vida 32 — Procura-se 33 — De Pedrinho para Lia 34 — A casa caiu 35 — Na cela comum 36 — A protagonista 37 — Roubo, beijinhos e versões 38 — A indignação dos Borges 39 — Jogatina e barraco 40 — Um brasiliense 41 — Isolamento 42 — A primeira sentença 43 — Um ano depois 44 — Pena reduzida 45 — Drama revivido na tela 46 — Recuar para ganhar 47 — Casa nova 48 — Tudo para sair 49 — De volta à cadeia 50 — Pescaria e bebedeira 51 — Liberdade Epílogo Entrevista com Pedrinho Agradecimentos Referências Caderno de Fotos 1 — Os telefonemas B rasília, 6 de novembro de 2002. A capital da República vive a ressaca de uma das mais acirradas disputas da política local. A campanha para governador do Distrito Federal havia chegado ao segundo turno com Joaquim Roriz e Geraldo Magela. O azul do peemedebista e o vermelho do petista tomavam conta de muros, postes, carros. Repórter novato do maior jornal da cidade, o Correio Braziliense, me meto na cobertura política. Mas, como vinha fazendo no periódico havia dois anos e meio, acabo enveredando pelo universo policial. Política e polícia em Brasília andam juntas, em todas as esferas. Há uma semana eu e colegas da editoria de Cidades publicamos reportagens sobre o envolvimento da Polícia Civil na campanha para reeleição do governador Joaquim Roriz. Entre outras irregularidades, delegados são suspeitos de montar um comitê pró-Roriz. O lugar, uma espécie de bunker, seria uma central de grampos telefônicos. Policiais pagos pelo estado estariam fazendo escutas clandestinas nos telefones dos adversários do governador. Em troca, tais delegados ganhariam cargos de chefia e outros benefícios no caso de uma reeleição, que acabara por se concretizar por meio das urnas. Também há denúncias de distribuição de dinheiro e de cestas básicas a eleitores, com a proteção de equipes da Polícia Civil. Nem eu e nem ninguém nunca provou o esquema de grampos criminosos por parte de policiais. Tanto, que tal história não chegou a ser publicada. Mas policiais ganharam bons cargos e a Polícia Civil recebeu generosos aumentos salariais nos oito anos seguidos de administração rorizista, transformando-se na mais bem remunerada e equipada do país. Nos governos seguintes delegados e agentes seriam pivôs de escândalos nacionais, que incluiriam grampos ilegais, dossiês, vídeos, chantagens, dinheiro na meia. Ainda em novembro de 2002, por causa de outras reportagens de menor gravidade, também envolvendo policiais civis e o governador Joaquim Roriz, recebo um telefonema anônimo na redação do jornal, instalada no ainda pouco movimentado Setor de Indústrias Gráficas — então ocupado praticamente apenas por gráficas e frequentado quase que somente por gráficos, jornalistas e alguns advogados, juízes, promotores de Justiça e servidores do Tribunal de Justiça e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, com sede às margens do Eixo Monumental. Passa das 5 horas da tarde quando tiro o telefone do gancho. — Aqui é um delegado amigo. Não vou me identificar, mas quero te fazer um pedido. Você e o jornal estão pegando muito pesado com a Polícia Civil nessa cobertura. Tão colocando todos na vala comum. Nem todo o mundo aqui é rorizista ou petista. Pô, pega mais leve. Desconfiado, até então eu não sabia ter amigo na Polícia Civil, pergunto seu nome. Ele recusa-se a dar. Nem sequer diz em que delegacia trabalha. O telefonema soa como ameaça. Mais tarde descobrirei que o anônimo me dará pistas daquela que se transformará em uma das mais emocionantes histórias do jornalismo brasileiro, a mais instigante cobertura que fiz. — Doutor, não me instruíram a perseguir policial algum ou a denegrir a imagem da Polícia Civil do Distrito Federal. As matérias mostram uma realidade que o senhor conhece melhor do que eu. Policiais civis usaram a máquina na campanha do governador. Caso tivessem feito o mesmo para o Magela eu iria atrás e escreveria uma matéria. O senhor tem alguma história melhor para me contar? — Tenho sim. A Polícia Civil do Distrito Federal encontrou o Pedrinho. — Quem? Aquele menino roubado na maternidade em 1986? O senhor está de brincadeira. Só pode ser uma estratégia para desviar o foco da cobertura

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