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O Capelão do Diabo PDF

308 Pages·2014·1.66 MB·Portuguese
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Para Juliet, em seu décimo oitavo aniversário Sumário Introdução do autor Introdução da organizadora I. CIÊNCIA E SENSIBILIDADE 1. O capelão do Diabo 2. O que é verdade? 3. Lacunas na mente 4. Ciência, genética e ética: memorando para Tony Blair 5. Tribunais de júri 6. A verdade cristalina e as bolas de cristal 7. O pós-modernismo desnudado 8. O prazer de viver perigosamente: Frederick William Sanderson, da Oundle School II. A LUZ SERÁ LANÇADA 1. A luz será lançada 2. Darwin triunfante 3. O “desafio da informação” 4. Os genes não somos nós 5. A filha da Lei de Moore III. A MENTE INFECTADA 1. A barcaça chinesa e o telefone sem fio 2. Os vírus da mente 3. A grande convergência 4. Dolly e os porta-vozes da religião 5. Hora de nos levantarmos IV. DISSERAM-ME, HERÁCLITO 1. Lamento para Douglas 2. Tributo a Douglas Adams 3. Tributo a W. D. Hamilton 4. Falsos remédios V. MESMO OS EXÉRCITOS DA TOSCANA 1. Exultando com a natureza multiforme 2. A arte do desenvolvível 3. Hallucigenia, Wiwaxia e seus amigos 4. Chauvinismo humano e progresso evolutivo 5. Correspondência inconclusa com um peso-pesado darwiniano VI. TODA A ÁFRICA E SEUS PRODÍGIOS ESTÃO DENTRO DE NÓS 1. A ecologia dos genes 2. Dentro da alma africana 3. Falo da África e de alegrias preciosas 4. Heróis e ancestrais VII. ORAÇÃO PARA MINHA FILHA 1. Boas e más razões para acreditar Notas Introdução do autor Este livro é uma compilação de textos, selecionados por Latha Menon dentre todos os artigos e conferências, reflexões e discussões, resenhas e prefácios de livros, homenagens e elogios fúnebres que publiquei (e, em alguns casos, não publiquei) ao longo de 25 anos. Muitos temas são abordados aqui, alguns originários do darwinismo ou da ciência em geral, outros relativos à ética, à religião, à educação, à justiça ou à história da ciência, e outros ainda que são simplesmente pessoais. Embora eu reconheça a presença ocasional de lampejos de irritação (inteiramente justificáveis) na minha escrita, gosto de pensar que a maior parte dos textos é bem-humorada, talvez até mesmo divertida. Onde sou passional, é porque há boas razões para a paixão estar presente. Onde há raiva, espero que seja uma raiva controlada. Onde há tristeza, meu desejo é que ela não transborde para o desespero, mas, ao contrário, mantenha a esperança no futuro. A ciência é para mim uma fonte contínua de alegria, e espero que estas páginas transmitam isso. Minha contribuição ao livro propriamente dito foi escrever os preâmbulos a cada uma das sete seções, fazendo uma reflexão sobre os ensaios escolhidos por Latha e sobre as relações entre eles. A ela coube a tarefa mais difícil, e eu a admiro pela paciência com que percorreu uma quantidade muito maior de textos do que aquela reproduzida aqui, e pela sua habilidade em alcançar um equilíbrio mais sutil entre eles do que imaginei que fosse possível. A introdução escrita por Latha descreve o raciocínio por trás de suas escolhas e da organização dos ensaios em sete seções, cada uma delas com uma seqüência de capítulos cuidadosamente concebida. Mas, evidentemente, a responsabilidade pelo conjunto de textos a partir dos quais ela fez sua escolha é minha. Não é possível mencionar todas as pessoas que me ajudaram em cada um dos textos, pois eles foram escritos ao longo de um período de 25 anos. Sou grato a Yan Wong, Christine DeBlase-Ballstadt, Anthony Cheetham, Michael Dover, Laura van Dam e Catherine Bradley pela ajuda em relação ao livro em si. Minha gratidão a Charles Simonyi é inesgotável. E minha esposa Lalla Ward continua a me incentivar, a me aconselhar e a me emprestar seus ouvidos sensíveis à musicalidade da língua. R. D. Introdução da organizadora Levei um tempo considerável para concluir minha leitura de O gene egoísta. Sempre gostei da elegância da física, de sua profundidade filosófica, da refinada simplicidade do mundo que ela nos revela. A química sempre me pareceu caótica e, quanto à biologia — bem, meu breve contato com essa disciplina na escola havia produzido a impressão de um campo árido, de uma monótona coleção de fatos, cujo ensino privilegiava mais a memorização que o entendimento de seus princípios organizacionais. Eu estava enganada. Como muitas outras pessoas, pensei que eu compreendesse a evolução, mas foi por intermédio dos livros de Richard Dawkins que fui apresentada à profundidade e à grandeza extraordinárias da idéia formulada por Darwin (e por Wallace), ao seu espantoso poder explicativo e às suas profundas implicações no que diz respeito a nós e à nossa visão do mundo. Os muros estreitos e familiares entre os diversos campos da ciência erigidos por força do hábito, da tradição e do preconceito vieram abaixo. Assim, fiquei muito feliz quando fui convidada pelos editores a organizar esta coletânea dos escritos de Richard, pois isso me permitiria saldar ao menos uma pequena parte dessa minha dívida. Este livro não inclui os escritos acadêmicos de Richard, mas reúne alguns de seus artigos mais curtos e de suas colunas dirigidos a um público mais amplo. A tarefa não foi fácil. A composição deste volume envolveu algumas escolhas difíceis e exigiu que se deixassem de fora muitos textos que infelizmente terão que aguardar uma coletânea futura. Na seleção dos ensaios incluídos aqui, procurei exprimir a diversidade dos interesses e das preocupações de Richard, e também alguns elementos de sua vida. Na verdade, há algo quase inevitavelmente autobiográfico neste livro. O volume se divide em sete seções, abrangendo desde a ciência até as relações pessoais e as recordações de Richard. As primeiras seis seções combinam textos de extensão e de atmosfera variados, escritos em diferentes contextos. Como seria de esperar, boa parte do livro é dedicada à evolução e, de modo mais geral, à natureza da ciência e ao seu poder incomparável de perseguir a verdade, em contraste com o pensamento desorientado do misticismo e da espiritualidade da Nova Era, com a “metatagarelice” aparentemente superior do pós-modernismo e com as crenças religiosas, estreitas, autoritárias e fundamentadas na fé. Este não seria um livro representativo sem alguns dos ensaios de Richard acerca da religião. Tenho um motivo pessoal especialmente pertinente para compartilhar da urgência e da paixão de suas palavras sobre o assunto: eu nasci na Índia — país cujo progresso foi fortemente tolhido pela sua bagagem de superstições, e onde os rótulos religiosos tiveram efeitos amplos e terríveis. Mas chega de falar das obrigatórias posições e princípios. Ser um cientista e operar com o raciocínio não equivale a uma vida de trabalho duro e sem alma, desconsolada e desprovida de sentido, mas a uma vida imensamente mais rica, mais preciosa. Por essa razão, este livro reúne também uma seleção de recordações afetuosas — de uma infância vivida na África, de mentores que foram fonte de inspiração e de amigos muito queridos que já partiram. Os livros e o amor pela ciência se entrelaçam nesse conjunto, com os prefácios, as resenhas e os comentários críticos (incluindo uma seção sobre os trabalhos do falecido Stephen J. Gould). A seção final, “Oração para minha filha”, retoma de muitas maneiras os temas-chave do livro. Ela expressa uma esperança sincera de que as gerações futuras continuarão a se empenhar em compreender o mundo natural por meio da razão e fundamentando-se nas evidências. É um apelo apaixonado contra a tirania dos sistemas de crenças que entorpecem a mente. Minha principal incumbência foi a seleção e a organização dos textos. Os artigos mantiveram em grande medida a sua forma original, com supressões ocasionais e pequenas mudanças de termos para adequá-los ao contexto da coletânea e com o acréscimo de notas de rodapé explicativas. Richard foi um exemplo de paciência e de generosidade, e inspiração constante, durante toda a preparação do volume. Meus agradecimentos vão também para Lalla Ward, por seus comentários e sugestões valiosos, Christine DeBlase-Ballstadt, por sua ajuda com os textos, e Michael Dover e Laura van Dam, pelo incentivo e pelo apoio ao projeto. Uma palavra final. Como editora, foi uma experiência muito especial trabalhar nesta coletânea, em virtude da proximidade entre meus próprios pontos de vista e os do autor a respeito de muitas questões. O livro fala, acima de tudo, da riqueza do universo quando o vemos à luz do entendimento científico. A ciência revela uma realidade extraordinária que vai muito além do que imagina a tradição. Olhe de novo para aquele intrincado formigueiro. L. M.

Description:
O Capelão do Diabo, coletânea de ensaios escritos ao longo de 25 anos de carreira, reúne textos provocantes sobre assuntos extremamente atuais, como as heranças do darwinismo, ética na ciência, semelhanças e diferenças entre macacos e humanos, alimentos transgênicos, medicinas alternativas,
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