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O Brasil de Amaral Netto, o Repórter PDF

411 Pages·2016·5.27 MB·Portuguese
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Universidade Federal Fluminense – UFF Instituto de Ciências Humanas e Filosofia Área de História Programa de Pós-Graduação em História Social - PPGH KATIA IRACEMA KRAUSE O Brasil de Amaral Netto, o Repórter – 1968-1985 Niterói, Rio de Janeiro 2016 KATIA IRACEMA KRAUSE O Brasil de Amaral Netto, o Repórter – 1968-1985 Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em História Social da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial à obtenção do grau de Doutor. Orientadora: Profª Drª DENISE ROLLEMBERG Niterói, Rio de Janeiro 2016 Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Central do Gragoatá K91 Krause, Katia Iracema. O Brasil de Amaral Netto, o Repórter - 1968-1985 / Katia Iracema Krause. – 2016. 411 f. ; il. Orientadora: Denise Rollemberg Cruz. Tese (Doutorado em História Social) – Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de História, 2016. Bibliografia: f. 391-411. 1. Televisão. 2. Amaral Netto, o Repórter (Programa de televisão). 3. Publicidade. 4. Ditadura Militar, 1964-1979. 5. Brasil. 6. Rede Globo de Televisão. I. Cruz, Denise Rolemberg. II. Universidade Federal Fluminense. Instituto de Ciências Humanas e Filosofia. III. Título. KATIA IRACEMA KRAUSE O Brasil de Amaral Netto, o Repórter – 1968-1985 Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em História Social da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial à obtenção do grau de Doutor. BANCA EXAMINADORA ______________________________________________________________________ Profª Drª Denise Rollemberg Cruz- Orientadora UFF _______________________________________________________________________ Prof. Dr. Paulo Knauss de Mendonça - Arguidor UFF _______________________________________________________________________ Prof. Dr. Carlos Fico - Arguidor UFRJ ______________________________________________________________________ Prof. Dr. Marcos Napolitano – Arguidor USP ______________________________________________________________________ Prof. Dr. Igor Pinto Sacramento - Arguidor FIOCRUZ ______________________________________________________________________ Profª Drª Gisele Venâncio - Suplente UFF ______________________________________________________________________ Prof. Dr. Francisco Carlos Palomanes Martinho - Suplente USP AGRADECIMENTOS Sou profunda e eternamente grata a minha orientadora Profª Denise Rollemberg sem cujo estímulo e confiança eu não teria sonhado alcançar um mestrado e um doutorado. Ainda mais numa fase da vida onde a maioria das pessoas já está no limite de suas conquistas. Obrigada, Denise! Por ter mudado minha vida quando acreditou no meu potencial naquele curso de lato senso em 2007. Obrigada, pela dedicação e disponibilidade, pelo interesse e incentivo, pelo carinho e amizade, sem descuidar do rigor acadêmico e da firmeza. E sempre serei grata ao Prof. Paulo Knauss que me orientou no mestrado com delicadeza, firmeza e elegância, iluminando com paciência minhas lacunas acadêmicas e culturais. Para minha surpresa e satisfação, acabei recebendo o Prêmio Franklin Delano Roosevelt de Estudos sobre os Estados Unidos da América (Melhor Dissertação 2012), da Comissão Fulbright. Agradeço imensamente ao Prof. Carlos Fico cujo trabalho Reinventando o Otimismo inspirou esta tese, durante uma disciplina cursada no PPGHIS-UFRJ, ainda no mestrado, quando percebi uma possibilidade de pesquisa na temática da propaganda que tanto me interessava. Agradeço também pela sua presença na Banca de Qualificação, juntamente com o Prof. Rodrigo Patto de Sá Motta, contribuindo ambos com valiosíssimas sugestões. O caminho da pesquisa é uma incansável busca na qual fui ajudada de inúmeras formas, às vezes das maneiras mais inusitadas como quando completos desconhecidos se voluntariaram com depoimentos, sugestões, informações, contatos que facilitaram, de alguma forma, a descoberta de fontes, a realização de entrevistas, e o acesso a materiais e pessoas. Por isso, minha gratidão por esse auxílio é constante e imensa. Assim encontrei muitas das seguintes pessoas e instituições a quem também muito agradeço: À Srª Angela Adnet Amaral por ter me recebido calorosamente, compartilhado suas lembranças pessoais, concedido entrevistas e informações extras, além do incentivo e da torcida. Ao Sr. Tito Vasconcelos e esposa Srª Neide, por terem gentilmente me recebido e compartilhado lembranças, longas conversas, fitas, discos, e material gráfico. Ao Sr. Marco Narvaez por ter me concedido entrevistas e pela disponibilidade de assistir comigo aos vídeos do acervo da Família Narvaez, sanando dúvidas e repassando informações tanto sobre os filmes quanto sobre seu pai, o Sr. Chucho Narvaez. À Srª Maria Alice Quilelli pela gentileza e disponibilidade em me conceder entrevista. Ao Sr. Carlos Tourinho e ao Sr. Rogério Linhares pela disponibilidade em me concederem entrevistas. Ao Prof. Delfim Netto, por ter me recebido e contribuído com entrevista. Ao Sr. Roberto Irineu Marinho por ter atendido ao meu pedido e facilitado o acesso ao Projeto Memória Globo. Às Srªs. Silvia Fiuza e Ana Paula Goulart Ribeiro, do Projeto Memória Globo, pela gentileza da recepção e pelo material disponibilizado. Ao Sr. José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, por ter me atendido e contruibuído com a entrevista. Ao Sr. Francisco Sérgio Amaral, pelas informações em conversas telefônicas em várias oportunidades. Agradeço aos sempre prestativos funcionários do Arquivo Nacional do Rio de Janeiro e de Brasília; do Arquivo Edgard Leuenroth, na UNICAMP, em Campinas; do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro-IHGB e do Centro Técnico Audiovisual do Ministério da Cultura- CTaV, no Rio de Janeiro; e do Arquivo Histórico José Ferreira da Silva, em Blumenau-SC. E aos colegas e professores que me indicaram fontes e bibliografia específica sobre Comunicação, Televisão, Publicidade e Censura. À impecável equipe de funcionários e coordenadores do Programa de Pós-graduação em História da UFF, que consegue ser acolhedora e profissional desde o momento da seleção até a pós-defesa. Muito obrigada! Fora do universo acadêmico, agradeço aos amigos e família a paciência e a compreensão nos últimos quatro anos. Aos meus tios Edeméia e Carlos Georg, e à prima Natacha, agradeço o apoio e a acolhida amorosos no processo de mudança de residência para outro estado, durante o doutorado. Sem vocês, eu não teria tido a tranquilidade e a segurança emocional para terminar a tempo. Às minhas amadas e lindas filhas, Iris e Livia, agradeço pela confiança, pela admiração e pela presença nesta vida. Um agradecimento todo especial às presenças felinas de Yumi e Sebastian, no Rio, e de Pérola, em Blumenau, sempre ronronando suavemente e fazendo carinhos de bigodes de gatos. RESUMO Este trabalho analisa a narrativa audiovisual sobre o Brasil elaborada nas reportagens da série televisiva Amaral Netto, o Repórter. Criada e produzida pelo jornalista e deputado federal brasileiro Amaral Netto, os programas em formato de reportagem-documentário começaram a ser exibidos em 1968, na hoje extinta TV Tupi, e, a partir de 1969, foram transmitidos pela TV Globo até 1985. Enormemente popular, Amaral Netto, o Repórter foi uma das faces civis da ditadura. Na memória construída, Amaral Netto é lembrado – quando lembrado – como porta- voz da ditadura ou como o titular de um programa de televisão imposto à TV Globo. Com reportagens que significaram, à época, inovação, ineditismo e pioneirismo temático e técnico, o projeto era sustentado por dinheiro e apoio civis, embora contasse com infraestrutura logística e outros apoios de setores do regime militar que o programa ajudava a divulgar. Exibido e mantido num canal comercial civil até bem depois da Abertura e da Anistia, esses filmes mostram a mentalidade de uma elite sobre desenvolvimento, modernização, progresso, ordem, educação, segurança nacional, natureza, ecologia, entre outros. A tese mostra como, em Amaral Netto, o Repórter, convergiam interesses distintos como o do jornalista-deputado em mostrar um Brasil então desconhecido em suas reportagens, enquanto defendia a política do regime, os interesses da TV Globo em promover uma integração nacional via televisão, os do regime autoritário nessa unificação, os dos empresários patrocinadores, e os de um projeto de propaganda não oficial (porque não abraçado pela Aerp/ARP). Palavras-chaves: Amaral Netto; Amaral Netto, o Repórter ; Propaganda; Ditadura brasileira; TV Globo. ABSTRACT My research investigates an audiovisual narrative about Brazil as presented in the journalistic television series Amaral Netto, the reporter. Created and produced by journalist and Brazilian federal deputy Amaral Netto, the show followed a traditional documentary/reportage format. It first aired in 1968 on the now extinct Tupi channel, and was later picked up by Globo TV for nation-wide transmission through 1985. Enormously popular, Amaral Netto, the reporter was one of the most recognizable civilian faces during the period of the Brazilian military dictatorship. In constructed memory, Amaral Netto is remembered - when remembered at all - as a spokesman for the dictatorship or the holder of a television program imposed by it upon the Globo Channel. In a style that was synonymous (in its day) with innovation, originality and pioneering subject matter and technology, the project was funded by civilian money, even though its logistical infrastructure was provided by government sectors that the program helped to disseminate. Broadcast as the mainstay of a commercial channel until well after Brazil's periods of political Abertura (opening) and Amnesty, these films record/reflect the mindset of the country's elite with regard to modernization, development, progress, order, education, national security, nature, and ecology, as well as other issues. The doctoral dissertation shows how distinct agendas converged in Amaral Netto, the reporter: that of the journalist/congressman who exposed an unknown Brazil in his reports even as he defended the regime's policy; Globo TV’s promotion of national integration via television; the regime’s agenda in this unification; the sponsors' in advertising their products; and finally, the agenda of an unofficial propaganda project (not embraced by the official propaganda agency Aerp/ARP). Keywords: Amaral Netto; Amaral Netto, the reporter; Propaganda; Brazilian dictatorship; Globo TV. SUMÁRIO ÍNDICE DE TABELAS ÍNDICE DE SIGLAS E ABREVIATURAS INTRODUÇÃO 15 CAPÍTULO 1 – Meninos, eu vi! 56 1.1 Televisão no Brasil, TV Globo 56 1.2 Amaral Netto, o repórter – o jornalista e o conceito do programa 73 1.3 Amaral Netto, o deputado 105 CAPÍTULO 2 – O futuro já está aí! 133 2.1 Urubupungá 133 2.2 Política, televisão, propaganda 149 CAPÍTULO 3 – Brasil Grande, Brasil Maior 164 3.1 Amaral Netto, o Repórter aos domingos à noite 167 3.1.1 Baleias 172 3.1.2 Índios do Xingu 181 3.1.3 Guerra na Selva 189 3.1.4 Alemanha 193 3.1.5 SUDECO 197 3.2 Amaral Netto, o Repórter aos sábados à noite 212 CAPÍTULO 4 – Abertura de quê? 235 4.1 Amaral Netto, o Repórter às segundas-feiras à noite 235 4.1.1 SELETRON 245 4.1.2 Brasil ontem, hoje e amanhã 253 4.2 Amaral Netto, o Repórter – os últimos anos 270 CAPÍTULO 5 - O Brasil não tem povo, tem público 284 5.1 Amaral Netto, o Repórter segundo o IBOPE 284 CAPÍTULO 6 - A memória é uma ilha de edição 307 6.1 O lugar de Amaral Netto no passado mítico da TV Globo 307 6.2 Resistência, Adesão, Pedágio? – uma discussão 318 CONSIDERAÇÕES FINAIS 355 ANEXOS 365 FONTES E BIBLIOGRAFIA 391 ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1: 1969 - faixa de horário 22-24h - medições realizadas no Rio de Janeiro 293 Tabela 2: 1970 - faixa de horário 22-24h - medições realizadas no Rio de Janeiro 294 Tabela 3: 1974 - faixa de horário 22-24h - medição realizada no Rio de Janeiro 301 Tabela 4: 1975 - faixa de horário 22-24h - medição realizada no Rio de Janeiro 302 Tabela 5: 1976 - 22:30 às 23:30h - TV Globo, medição realizada no Rio de Janeiro 303

Description:
no Rio de Janeiro; e do Arquivo Histórico José Ferreira da Silva, em . CAPÍTULO 6 - A memória é uma ilha de edição. 307 Ebooksbrasil, 2008.
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