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O assassinato de Roger Ackroyd PDF

188 Pages·2015·1.26 MB·Portuguese
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DADOS DE COPYRIGHT Sobre a obra: A presente obra é disponibilizada pela equipe Le Livros e seus diversos parceiros, com o objetivo de oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem como o simples teste da qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura. É expressamente proibida e totalmente repudíavel a venda, aluguel, ou quaisquer uso comercial do presente conteúdo Sobre nós: O Le Livros e seus parceiros disponibilizam conteúdo de dominio publico e propriedade intelectual de forma totalmente gratuita, por acreditar que o conhecimento e a educação devem ser acessíveis e livres a toda e qualquer pessoa. Você pode encontrar mais obras em nosso site: LeLivros.link ou em qualquer um dos sites parceiros apresentados neste link. "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível." Agatha Christie O assassinato de Roger Ackroyd um caso de Hercule Poirot Tradução Renato Rezende The Murder of Roger Ackroyd Copyright © 1926 Agatha Christie Limited. All rights reserved. AGATHA CHRISTIE, POIROT and the Agatha Christie Signature are registered trade marks of Agatha Christie Limited in the UK and/or elsewhere. All rights reserved. Translation entitled O assassinato de Roger Ackroyd © 2001 Agatha Christie Limited. Copyright da tradução © 2001 by Editora Globo Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta edição pode ser utilizada ou reproduzida — em qualquer meio ou forma, seja mecânico ou eletrônico, fotocópia, gravação etc. — nem apropriada ou estocada em sistema de bancos de dados, sem a expressa autorização da editora. Texto fixado conforme as regras do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (Decreto Legislativo n0 54, de 1995) Título original: The Murder of Roger Ackroyd Editor responsável: Ana Lima Cecilio Editores assistentes: Erika Nogueira Vieira e Juliana de Araujo Rodrigues Editor digital: Erick Santos Cardoso Revisão da presente edição: Tomoe Moroizumi Capa e ilustração: Rafael Nobre / Babilônia Cultura Editorial Diagramação: Jussara Fino cip-brasil. catalogação na publicação sindicato nacional dos editores de livros, rj c479a Christie, Agatha, 1890-1976 Assassinato de Roger Ackroyd/Agatha Christie; tradução Renato Rezende. – 4. ed. São Paulo: Globo, 2014. Tradução de: The Murder of Roger Ackroyd isbn 978-85-250-5765-5 1. Ficção inglesa. 2. Ficção policial inglesa.i. Rezende, Renato. ii. Título. 14-10785 cdd: 823 cdu: 821.111-3 Direitos de edição em língua portuguesa para o Brasil adquiridos por Editora Globo s.a. Av. Jaguaré, 1485 — 05346-902 — São Paulo — sp www.globolivros.com.br Sumário Capa Folha de rosto Créditos Dedicatória 1 - dr. sheppard à mesa do café da manhã 2 - quem é quem em king’s abbot 3 - o homem que cultivava abobrinhas 4 - o jantar em fernly 5 - o assassinato 6 - a adaga tunisiana 7 - descubro a profissão de meu vizinho 8 - o inspetor raglan está confiante 9 - o lago dos peixinhos dourados 10 - a copeira 11 - poirot faz uma visita 12 - ao redor da mesa 13 - a pena de ganso 14 - mrs. ackroyd 15 - geoffrey raymond 16 - uma noite de mahjong 17 - parker 18 - charles kent 19 - flora ackroyd 20 - miss russell 21 - o parágrafo no jornal 22 - a história de ursula 23 - a pequena reunião de poirot 24 - a história de ralph paton 25 - toda a verdade 26 - e nada mais que a verdade 27 - apologia Para Punkie, que aprecia uma história policial clássica com assassinato, inquérito e suspeitas que recaiam alternadamente sobre todos! 1 dr. sheppard à mesa do café da manhã mrs. ferrars morrera na noite de 16 para 17 de setembro, uma quinta-feira. Mandaram me buscar às 8 horas da manhã da sexta--feira, 17. Não havia nada mais a ser feito. Ela estava morta fazia algumas horas. Pouco depois das 9 horas eu já estava em casa novamente. Abri a porta da frente com a chave que sempre tinha comigo e parei intencionalmente, alguns instantes, no corredor de entrada enquanto pendurava o chapéu e o leve sobretudo que eu havia levado, sábia precaução contra a friagem do início de uma manhã outonal. Para ser sincero, estava bastante perturbado e preocupado. Não vou dizer que naquele momento eu previa os eventos das próximas semanas. Eu certamente não previ. Porém meu instinto avisava que momentos agitados estavam por vir. Da sala de jantar à minha esquerda vieram o ruído das xícaras de chá e a tosse curta e seca de minha irmã Caroline. — É você, James? — ela perguntou. Uma pergunta desnecessária, pois quem mais poderia ser? Para dizer a verdade, foi precisamente minha irmã Caroline a razão dos meus minutos de atraso. O lema da família mangusto, como nos diz mr. Kipling, é: “Vá e descubra”. Se Caroline algum dia adotar um brasão, eu certamente sugeriria um mangusto rompante. Pode-se omitir a segunda parte do lema. Caroline pode descobrir muita coisa apenas permanecendo placidamente sentada em casa. Não sei como ela o faz, mas o faz. Minha suspeita é que os empregados e os comerciantes constituam seu “Serviço Secreto”. Quando ela sai, não é para coletar informação, mas para distribuí-la. Nisso, também, ela é extraordinariamente esperta. Era justamente essa última característica que me causava essa angústia e indecisão. O que eu dissesse a Caroline nesse momento com relação à causa da morte de mrs. Ferrars se tornaria de conhecimento público por toda a cidade num espaço de tempo de hora e meia. Como médico, eu naturalmente prezo a discrição. Assim, desenvolvi o hábito de continuamente ocultar informação de minha irmã o máximo possível. De qualquer modo ela acaba descobrindo, porém tenho a satisfação moral de saber que de nenhuma forma fui responsável por isso. O marido de mrs. Ferrars morrera há cerca de um ano e Caroline tinha constantemente afirmado, sem base nenhuma para isso, que sua mulher o havia envenenado. Ela zomba da minha resposta invariável de que mr. Ferrars morrera de gastrite aguda, auxiliado por sua indulgência habitual com bebidas alcoólicas. Os sintomas de gastrite e envenenamento por arsênico não são, eu concordo, diferentes, porém Caroline baseia sua acusação em assertivas bem diferentes. — Basta olhar para ela — eu a ouvi comentar. Mrs. Ferrars, embora não mais uma jovem, era uma mulher bastante atraente, e suas roupas, apesar de simples, pareciam sempre lhe cair muito bem; no entanto inúmeras mulheres compram suas roupas em Paris sem que por isso tenham envenenado seus maridos. Enquanto hesitava de pé no corredor de entrada, com tudo isso passando em minha mente, a voz de Caroline se fez ouvir novamente em um tom mais agudo. — Afinal, James, o que você está fazendo aí? Por que não entra e toma seu café da manhã? — Estou chegando, minha querida — apressei-me em responder. — Estava pendurando meu sobretudo. — Você já poderia ter pendurado uma dúzia de casacos. Ela estava certa. Eu poderia mesmo. Entrei na sala de jantar, beijei de leve o rosto de Caroline como de costume, e sentei-me diante de ovos e bacon. O bacon estava um tanto frio. — Você teve um chamado cedo — observou Caroline. — Sim — eu disse. — De King’s Paddock. Mrs. Ferrars. — Eu sei — disse minha irmã. — Como você sabia? — Annie me contou. Annie é a copeira. Uma boa moça, porém uma tagarela inveterada. Houve uma pausa. Continuei a comer os ovos com bacon. O nariz de minha irmã, que é longo e fino, estremeceu na ponta, o que sempre acontece quando ela está interessada ou excitada com alguma coisa. — Bem? — ela inquiriu. — Um caso muito ruim. Nada a ser feito. Deve ter morrido durante o sono. — Eu sei — disse novamente minha irmã. Dessa vez me irritei. — Não tem como você saber — respondi bruscamente. —Eu mesmo não sabia até chegar lá, e não mencionei o fato a nenhuma alma até o momento. Se essa moça Annie sabe, ela deve ser clarividente. — Não foi Annie quem me contou. Foi o leiteiro. Ele soube pela cozinheira dos Ferrars. É como eu digo, Caroline não precisa sair para se informar. Ela se senta em casa e a informação chega até ela. Minha irmã continuou: — De que ela morreu? Ataque cardíaco? — O leiteiro não lhe contou isso? — perguntei com sarcasmo. Sarcasmo é perda de tempo com Caroline. Ela leva a sério e responde de acordo. — Ele não sabia — explicou. Caroline iria saber afinal, mais cedo ou mais tarde. Ela podia, portanto, ouvir de mim. — Ela morreu de uma dose excessiva de Veronal. Ela o vinha tomando recentemente para insônia. Deve ter tomado em excesso. — Bobagem — disse Caroline imediatamente. — Ela tomou de propósito. Não precisa nem dizer! É engraçado, quando se tem uma crença secreta, que não se quer reconhecer, quando alguém a expressa em voz alta, isso nos leva a negá-la veementemente. Eu explodi de pronto em um discurso indignado. — Lá vai você de novo — eu disse —, precipitando-se sem pé nem cabeça. Por que cargas d’água mrs. Ferrars iria querer cometer suicídio? Uma viúva, ainda bastante jovem, bem de vida, sem nada a fazer exceto divertir-se. É absurdo. — De jeito nenhum. Até você deve ter reparado como ela estava diferente nos últimos tempos. Já faz uns seis meses. Ela parecia inteiramente atormentada. E você acaba de admitir que ela não conseguia dormir. — Qual o seu diagnóstico? — perguntei com frieza. — Um romance infeliz, suponho? Minha irmã balançou a cabeça. — Remorso — ela disse, com muito gosto. — Remorso? — Sim. Você nunca acreditou em mim quando eu dizia que ela tinha envenenado o marido. Estou ainda mais convencida disso agora. — Não acho que você esteja sendo muito lógica — objetei. — Se uma mulher comete um crime como assassinato, com certeza ela teria sangue-frio suficiente para desfrutar dos resultados sem nenhum sentimentalismo bobo como arrependimento. Caroline balançou a cabeça. — Existem mulheres, certamente, que são assim — mas mrs. Ferrars não era uma delas. Ela era um monte de nervos. Um impulso incontrolável a levou a livrar-se do marido porque ela era o tipo de pessoa que simplesmente não consegue suportar nenhum tipo de sofrimento, e não há dúvida de que a mulher de um homem como Ashley Ferrars deve ter sofrido muito... Assenti com a cabeça. — E desde então ela tem sido assombrada pelo que fez. Eu só posso ter pena dela. Não acredito que Caroline tenha alguma vez sentido pena de mrs. Ferrars enquanto ela estava viva. Agora que ela se foi para onde (presumivelmente) os vestidos de Paris não podem ser usados, Caroline estava pronta para as emoções mais brandas de piedade e compreensão. Eu lhe disse com firmeza que toda essa sua ideia era uma bobagem. Eu estava ainda mais firme porque no íntimo concordava em parte, pelo menos, com o que ela dissera. Mas não era certo que Caroline chegasse à verdade simplesmente através de um tipo de sexto sentido. Eu não encorajaria esse tipo de coisa. Ela irá por toda a cidade revelando suas ideias, e todos irão pensar que ela está se baseando em informação médica fornecida por mim. A vida é muito difícil. — Bobagem — disse Caroline, em resposta a minha censura. — Você vai ver. Aposto que ela deixou uma carta confessando tudo. — Ela não deixou nenhuma carta — disse asperamente, sem perceber aonde essa afirmação iria me levar. — Oh! — disse Caroline. — Então você perguntou sobre isso, não foi? Eu acredito, James, que, bem lá no fundo, você pensa como eu. Você é um doce velho hipócrita. — É praxe sempre se considerar a possibilidade de suicídio — eu disse seriamente. — Haverá um inquérito? — Talvez haja. Tudo depende. Se eu puder me declarar completamente satisfeito com a conclusão de que uma dose excessiva foi tomada por acidente, talvez um inquérito seja desnecessário. — E você está inteiramente convencido? — perguntou-me minha irmã com malícia. Levantei-me da mesa sem responder.

Description:
Assassinato de Roger Ackroyd/Agatha Christie; tradução Renato Rezende. – 4. ed. São Paulo: Globo, 2014. Tradução de: The Murder of Roger
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