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O arsenal da Marinha em Mato Grosso projeto político de defesa nacional e de disciplinarização do PDF

340 Pages·2010·2.52 MB·Portuguese
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SAULO ALVARO DE MELLO O ARSENAL DA MARINHA EM MATO GROSSO Projeto político de defesa nacional e de disciplinarização do trabalho. Do planalto à planície pantaneira (1719-1873). Dourados - 2009 SAULO ALVARO DE MELLO O ARSENAL DE MARINHA EM MATO GROSSO Projeto político de defesa nacional e de disciplinarização do trabalho. Do planalto à planície pantaneira (1719-1873). Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em História da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Federal da Grande Dourados, para obtenção do título de Mestre em História. Orientadora: Profª Drª Maria do Carmo Brazil Dourados - 2009 1 Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central – UFGD 981.7 Mello, Saulo Álvaro M527a O arsenal da marinha em Mato Grosso : projeto político e defesa nacional e de disciplinarização do trabalho : do planalto à planície pantaneira (1719-1873). / Saulo Álvaro de Mello. – Dourados, MS : UFGD, 2009. f. 340 Orientadora Profª. Drª. Maria Do Carmo Brazil Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal da Grande Dourados. 1. Marinha – Mato Grosso – História – Séc. XVIII e XIX. 2. Moura, Rolim de. (Antonio Rolim de Moura Tavares). 3. Ladário, MS – História militar naval. 4. Índios paiaguá – Contribuição naval – Século XIX. I. Título. 2 SAULO ALVARO DE MELLO O ARSENAL DA MARINHA EM MATO GROSSO Projeto político de defesa nacional e de disciplinarização do trabalho. Do planalto à planície pantaneira (1719-1873). COMISSÃO JULGADORA DISSERTAÇÃO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE Presidente e Orientadora: _____________________________________ 2º Examinador: _____________________________________________ 3º Examinador: _____________________________________________ Dourados, MS, _____ de ______________________de 2009. 3 DADOS CURRICULARES SAULO ALVARO DE MELLO NATURALIDADE: CORUMBÁ/MS DATA NASCIMENTO: 24 de março de 1965 FILIAÇÃO: Anísio Sabino de Mello Aldenora de Oliveira 1990-1994 CURSO DE GRADUAÇÃO: Licenciatura Plena em História Centro Universitário de Corumbá – UFMS/CEUC 2004-2005 Curso de Especialização em História Regional Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Campus de Aquidauana 4 Resumo Capitão General da Capitania de Mato Grosso entre 1751 e 1765, Antonio Rolim de Moura Tavares, utilizando-se do cabedal do nativo nas construções navais, criou a flotilha de canoas artilhadas, para conter as investidas castelhanas e a resistência paiaguá, contra a ocupação lusa do rio Guaporé na fronteira do sul de Mato Grosso. Após a ocupação dessa região, a Coroa Portuguesa elaborou um projeto político de defesa para consolidar sua presença, baseado na militarização da fronteira e construção de fortificações militares. Os fortes de Nossa Senhora da Conceição e Príncipe da Beira, bem como os Presídios de Miranda e Coimbra, foram construídos com essa finalidade. Nessas construções militares e na tripulação das canoas artilhadas, foram utilizadas a mão de obra de trabalhadores escravizados. Este segmento foi submetido à extenuante jornada de trabalho e à penúria provocando deserções e resistências. O alvorecer do século 19 trouxe com ele transformações políticas no Brasil, como o processo da Independência, e na América Espanhola, a fragmentação territorial e política, que exigiram do Governo Imperial maior capacidade de mobilização de tropas, estabelecimento de linhas de suprimentos e patrulhamento fluvial. As canoas monóxilas, usadas desde as monções, já não atendiam mais a essas necessidades. Em 1825, o Império Brasileiro adotou política de construção naval na província, autorizando a construção de seis barcas canhoneiras. As barcas de caverna substituiriam as canoas de um pau só. No porto de Cuiabá foi construído um pequeno arsenal de Marinha, destinado às construções navais. No entanto, a falta de pessoal especializado, material e recursos financeiros, atrasaram as construções navais. Diante dessas dificuldades, a primeira barca só teve sua quilha batida em 1827, e a construção das demais se arrastou por quase vinte anos. A partir de 1850, as deficiências do Arsenal de Marinha de Cuiabá, motivaram estudos visando sua transferência. Os locais apontados para receber o Trem Naval de Mato Grosso foram respectivamente, Vila Maria, Corumbá e Ladário. As discussões internas, desdobrando-se nas sucessivas mudanças de ministros a esse respeito apontaram a instabilidade na Pasta da Marinha. O projeto de transferência só foi concretizado em 1873, quando parte da estrutura do arsenal foi deslocada para o Porto de Ladário. Essa mudança determinou a criação do Arsenal de Marinha de Ladário e a extinção do o Arsenal de Marinha de Cuiabá. 5 Abstract Antonio Rolim de Moura Tavares, General Captain of Mato Grosso (1751-1765), taking advantage of the skills of the natives in naval construction, created a small fleet of canoes equipped with artillery, at the Brazilian far west, as defense and security instruments of the Captaincy. At that time there were intense opposition from the invading Spanish and the paiaguá against the Portuguese invasion of the Guaporé River at the border of Baixo Paraguai. The Portuguese invasion involved occupation, militarization and construction of military fortresses. Enslaved labor was widely used for the military construction work and for maneuvering the artillery equipped canoes. This social segment, submitted to exhausting working conditions, rigid discipline and extreme privations held out especially by deserting and abandoning. The dawn of the XIX century brought with it innumerable transformations in Brazil through the process of Independence. In Spanish America, territorial and political fragmentation demanded of the Imperial government greater capacity of troop mobilization, establishing subsidy lines and fluvial patrols. The dug-out canoes, in use since the monsoons, no longer served the necessities of the border garrisons. In 1825, the policies of the Brazilian Empire regarding naval constructions reached the province of Mato Grosso, establishing the construction of six gunboats. The cavern boats would substitute the old one-oar canoes. There was a navy dockyard at Cuiaba port for the purpose of naval construction. However, the lack of skilled personnel, material and financial resources delayed the naval constructions. Faced with these difficulties, the first boat had its hull baptised only in 1827, and the construction of the others dragged on for nearly twenty years. From 1850, the deficiencies of the Cuiaba navy dockyard motivated studies seeking its transference. The places indicated for the Naval Train of Mato Grosso were respectively: Vila Maria, Corumba and Ladario. However, the discussions regarding this subject would take more than twenty years. The reasons for this included the instability of the Marine Cabinet with successive minister changes. The transference project was made concrete only in 1873 when the naval dock was transferred to Ladario Port giving rise to the creation of the Ladario Navy Dockyard and the extinction of the Cuiaba Navy Dockyard. 6 Dedicatória A Rosemere, cumplicidade e inspiração; Aos meus pais, in memórian, Anísio e Benedita; Aos meus filhos, Anísio Reyes e Lourdes Benedita. 7 Agradecimentos Ao apoio incondicional, constante e seguro de minha orientadora, Profa. Dra. Maria do Carmo Brazil. Aos professores do Curso de Mestrado em História da UFGD, sobretudo, aos que tive o prazer da companhia em sala de aula, Dr. Cláudio Alves de Vasconcelos, Dr. Eudes Fernando Leite, Dr. Jérri Roberto Marin, Dr. João Carlos de Souza e Dr. Paulo Roberto Cimo Queiroz. Aos servidores da UFGD, Cleber e Kelly (Secretaria do Mestrado), Carlos Barros e Rodrigo, (Centro de Documentação), pela amizade e dedicação. Aos amigos do Curso de Mestrado, Turma/2007, pelos momentos inesquecíveis, generosidade e solidariedade. À Célia, Cristina, Fernanda, Marineize, Márcia, Priscila, Bruno, Carlos Barros Gonçalves, Matias Belido, Jean e Marcus Túlio, pelo companheirismo, amizade e por dividirmos angústias e esperanças. À Universidade Federal da Grande Dourados, sobretudo, a Pró-Reitoria de Ensino de Pós-Graduação e Pesquisa, na pessoa do Professor Dr. Cláudio Alves de Vasconcelos, pela seriedade na condução da pesquisa na UFGD. Ao Professor Dr. Mario Maestri, pela simplicidade do mesmo quilate de sua grandeza, ao apontar caminhos. À Professora Elaine Cancian, pelo carinho, apoio e discrição. Aos Professores Paulo Pitaluga Costa e Silva e Elizabeth Madureira Siqueira, pelo carinho e atenção. Aos funcionários do Arquivo Público de Mato Grosso pela dedicação e carinho com que tratam e acolhem pesquisadores, professores e comunidade. Aos amigos, Hilário e Luzinete, do Arquivo Público de Mato Grosso, cujo apoio e logística foi fundamental a minha pesquisa. Ao Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso e a Casa Barão de Melgaço, principalmente a Débora, pela acolhida e apoio. 8 Aos amigos da Escola Estadual Antonio Pinto Pereira (Jardim-MS). À Profa. Anna Zinna, Diretora da EE Antonio Pinto Pereira, cujo apoio foi decisivo para tornar sonho em realidade. Aos amigos da Escola Girassol (Jardim-MS). À Profa. Marlene Cabral Peixoto, Diretora da Escola Girassol, sempre pronta a me acolher com generosidade infinita, indispensável para esta jornada. À Carla e Nair, ( Escola Girassol) tornando possível minha ausência, sempre conciliando meus compromissos docentes com a pesquisa, carinho e admiração. À Bia, Lucia e Maria Neize, amigas da Escola Girassol, gratidão eterna. Aos meus alunos da Escola Girassol, juntos construindo caminhos, transpondo desafios, realizando sonhos, sempre marcantes em meu coração. A minha família, pelo carinho, incentivo, sacrifício e ausência que lhes proporcionei. Famílias Tomichá e Mello, a primeira me adotou como filho e me legou filhos maravilhosos, a segunda, me ensinou o amor e a generosidade. Aos operários-alunos do Arsenal de Marinha de Ladário, Affonso Spíndola, Aristides Vilalva, Erval Suzano, Evandir Arruda, Julião Assad e Lino de Castro, por deixarem como legado a esperança, e a inspiração para transformar sedução em palavra. De todos os agradecimentos, certamente a presença de Deus guiou as mãos que me ajudaram nesta caminhada. 9

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Marinha de Ladário e a extinção do o Arsenal de Marinha de Cuiabá. entre o Oriente e o Ocidente, ajudam a interpretar as narrativas relativas
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