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O Abastecimento da Capitania das Minas Gerais no Século XVIII PDF

126 Pages·1990·48.843 MB·Portuguese
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Estudos Históricos (•1 ^ Mafalda P. Zemella * . m r** ^.través desta coleção, visa-se a dar maior divulgação ~ N O ABASTECIMENTO DA jís mais recentes pesquisas realizadas entre nós, nos do- w Cç Ínínios de Clio, bem como, através de cuidadosas tradu- CAPITANIA DAS MINAS GERAIS :òes, pôr ao alcance de um maior público ledor as mais z Significativas produções da historiografia mundial. No 5 NO SÉCULO XVIII primeiro caso, já foram publicadas várias teses univer- jitárias, que vinham circulando em edições mimeogra- ^das; no segundo, traduções de autores como aul Mantoux e Manuel Moreno Fraginals. Entre uns outros, isto é, entre a historiografia brasileira e a es- Irangeira, a coleção também procurará divulgar traba­ lhos de estrangeiros sobre o Brasil, isto é de “brasilianis- ^ps”, bem como estudos brasileiros mais abrangentes, ^pte expressem a nossa visão do mundo. Em outras eta- nas, projetam-se coletâneas de textos para o ensino su­ perior. A metodologia da história deverá ser devida- ínente contemplada. Como se vê, o projeto é ambicioso, 0 se destina não apenas aos aprendizes e mestres do jpfício de historiador, mas ao público cultivado em geral, *jue cada vez mais vai sentindo a necessidade e impor­ tância dos estudos históricos. Nem podería ser de outra rorma: conhecer o passado é a única maneira de nos libertarmos dele, isto é, destruir os seus mitos. EDITORA HUCITEC EDITORA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO HUCITEC-EDUSP • • • • • • • • A Estudos Históricos 19 direção de O Abastecimento da Capitania das Minas Fernando A. Novais ™ iera is no Século XVIII é lima das contri­ buições mais originais dadas à historiogra­ fia brasileira por um de seus doutores. uTiblicada originalmente em 1951 pela Fa­ culdade de Filosofia da USP, em edição de Jirculaçào acadêmica, esgotou-se rapida- anente e não foi até hoje republicada, tal­ vez por ter a autora optado pelo Direito, Jirea na qual se notabilizou como procura­ dora do Estado. Esta primeira edição comercial vem Jtonalmente colocar à disposição da comu- jpidade acadêmica e do público em geral aim livro tanto citado como tão pouco Tido. Trata-se de trabalho de grande rigor )ientífico, apoiado em material então dis­ ponível e em documentação inédita en­ contrada pela autora em arquivos do Esta- Jo de São Paulo, do Rio de Janeiro e de ^linas Gerais. Este é um dos méritos de Mafalda Zemella: o pioneirismo na substi- miição do padrão descritivo vigente pelo )so do embasamento documental nos tra­ balhos historiográficos produzidos pela universidade. C Como diz José Jobson de Andrade Jrruda no prefácio desta edição, a autora nem a virtude da simplicidade do estilo, Mo desapego aos excessos conceituais, ou Qa teorizaçâo sem fundamento. É um bom gjxemplo de apego à documentação, à pesquisa direta, que dá ao leitor a sensa- í^io de uma história bem real”. — B I B L IO T E C A — Vustraçào da capa: Comlx>io de diamantes, apud Johann Moritz Jgcnd.is Viagem Pitoresca Através do Brasil. Itatiaia-EDUSP. 1989. _?4m/cio Çmiíio cia òtlva PcAdoa m ir-za /// ar io Bofp 'PclltccicHa l estudos históricos TÍTfLOS EM CATÁLOGO Portugal e Brasil tia (. '.rise do Antigo Sistema Colonial (1777-180S), Fernando A. Novais. As Ferrovias de São Paulo (1870-1940), Flávio A. M. de Saes História e Tradições da Cidade de São Paulo (3 vols.), Ernâni Silva Bruno A Condição Feminina no Rio de Janeiro no Século XIX, Míriam Moreira Leite Metamorfoses da Riqueza, Zélia Maria Cardoso de Mello História da Guerra do Peloponeso, Tucídides O ABASTECIMENTO DA Trabalho, Progresso e a Sociedade Civilizada, Iraci Galvão Salles Vieira e a Visão Trágica do Barroco, Luís Palacin CAPITANIA DAS MINAS GERAIS A Conquista da Terra no Universo da Pobreza, Luiza Rios Ricci Volpato O Tempo Saquarema: a Formação do Estado Imperial, Ilinar Rohloff de Mattos NO SÉCULO XVIII A Revolução Industrial no Século XVIII, Paul Mantoux O Engenho, vol. I, Manuel Moreno Fraginals Cocheiros e Carroceiros (Homens Livres no Rio de Senhores e Escravos), Ana Maria da Silva Moura Negro na Rua (A Nova Face da Escravidão), Marilene Rosa Nogueira da Silva Pré-Capitalismo e Capitalismo: a Formação do Brasil Colonial, Sedi Hirano O Engenho, vols. II e III, Manuel Moreno Fraginals Peregrinos, Monges e Guerreiros (Feudo-Clericalismo e Religiosidade em Costela Medieval), Hilário Franco Júnior As Raízes da Concentração Industrial em São Paulo, Wilson Cano / " f / 0 í, ' $ — BIBLIOTECA — jÁnç/do Gmiiio da Silva Pc^^ca m irvfj Filaria P f jp 'PclhccicHa Reitor: Roberto Leal Lobo e Silva Filho Vice-reitor: Ruy Laurenti Obra co-cditada com a EDITORA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Presidente: João Alexandre Barbosa Comissão Editorial: Presidente: João Alexandre Barbosa. Membros: Celso Lafer, José E. Mindlin, Luiz Bernardo F. Clauzet e Oswaldo Paulo Forattini. — B I B L IO T E C A — sÂngclo Pzmiiio da Silva Pe^oa ffjinza Pilaria Ba}-ft 'pdlicctcHa MAFALDA P. ZEMELLA O ABASTECIMENTO DA CAPITANIA DAS MINAS GERAIS NO SÉCULO XVIII — BIBLIOTECA — sÃngclo C milic da Silva Pe^soa ///ir’Z.a Jf[aria B o}}i'Pclliccictta EDITORA HUCITEC EDITORA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO SÃO PAULO, 1990 © Direitos autorais 1990 de Mafalda Zemella Vianna. Direitos de pu­ blicação reservados pela Editora de Humanismo, Ciência e Tecnologia “Hucitec” Ltda., Rua Geórgia, 51 - 04559 São Paulo. Brasil. Telefone: (011) 241-0858. Foi feito o depósito legal. A primeira edição deste livro foi apresentada como tese de doutoramen­ to à Cadeira de História da Civilização Brasileira da Faculdade de Filoso­ Dedico este livro a meus filhos fia, Ciências e Letras da USP, em 1951. Dr. Ruy Cesar de Mattos Vianna e poetisa Ana Vianna Dados de Catalogação na Publicação (C1P) Internacional (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Zemella, Mafalda P. O abastecimento da capitania das Minas Gerais no século XVIII / Mafalda P. Zemella. — 2. ed. — Sao Paulo : HUCITEC : Editora da Universidade de Sao Pau­ lo, 1990. — (Estudos históricos ; v. 19) Bibliografia. ISBN 85-271-0138-6 1. Minas Gerais — Comercio - Historia 2. Minas Gerais - Condiçoes econômicas - Século 18 3. Minas Gerais — Condiçoes econômicas — Século 18 I. Titulo. II. Serie. CDD-981.5102 -330.9815102 90-2293________________________________________________________-380.09815102 indices para catálago sistemático: — B I B L I O T E C A — 1. Minas Gerais : Comercio : Historia : Século 18 380.09815102 singelo Czmiiio da Silva PeAAca 2. Minas Gerais : Economia : Historia : Século 18 330.9815102 FFltr^a Filaria Bajp 'Pclhccictta 3. Minas Gerais : Historia : Século 18 981.5102 4. Século 18 : Minas Gerais : Historia 981.5102 A meus Mestres Aos meus alunos uma menção especial, Dentre tantas e tão ilustres personalidades, destaco: pelo amor que sinto por cada um e por todos eles Prof. Jean Gagé (Universidade de Estrasburgo, França) Prof. Emil Leonard (Sorbonne, França) Prof. Paul Vanorden Shaw (Universidade de Columbia, EUA) Prof. Roger Bastide (Universidade de Besançon, França) Prof. P. Arbousse Bastide (Universidade de Besançon, França) Prof. Dr. Braz de Souza Arruda (USP, Arcadas) Prof. Ministro Alfredo Buzaid (USP, Arcadas) Prof. Ministro L. A. da Gama e Silva (USP, Arcadas) Prof. Dr. Eduardo D ’Oliveira França (USP) Prof. Acadêmico e Editor Odilon Nogueira de Mattos (USP e PUC) Prof. Ministro Cândido Motta Filho (USP, Arcadas) Prof. Monsenhor Emilio José Salim (PUC) Prof. Acadêmico Miguel Reale (USP, Arcadas) Prof. Deputado Alfredo Ellis Jr. (USP) — BIBLIOTECA — jÁ nricio tznuito da Silva PeAAoa n p rv a /// aria B a}}I 'Pcllicciotia PREFACIO DA SEGUNDA EDIÇÃO JL ese de doutoramento apresentada à Cadeira de Histó­ ria da Civilização Brasileira da antiga Faculdade de Filosofia da USP em 1951, este trabalho merece por todos os títulos o rótulo de pioneiro e atual, considerando-se as preocupações recentes com a história do abas­ tecimento, ou do que modemamente chamamos economia mercantil de subsistência. A excessiva preocupação com o mercado externo explica-se pelo caráter extrovertido da nossa economia colonial, dominada pelo setor exportador e, por decorrência, pela concentração da massa documental nessa fissura do registro histórico. Inversamente, os registros documentais relacionados com a circulação interna são escassos e exigem prodigiosos sacrifícios dos pesquisadores para resgatá-los e fazê-los falar, muitas vezes, o que nem pretendiam ou intencionavam dizer. Um exemplo bastante evidente é a utilização dos livros das barreiras, alfândegas secas, para a recomposição do fluxo dos alimentos básicos, os gêneros de miunças, ou mesmo a recom­ posição da história dos preços e dos salários na Província de São Paulo, isto é, um fragmento da história visceralmente integrado na história do processo de trabalho que, ao lado da temática do imaginário, domina hoje parcelas substanciais da historiografia brasileira. E notável como o olhar acurado da historiadora Mafalda Zemella que, infelizmente, deixou a carreira acadêmica para, com muito brilho, seguir a trilha da jurisprudência, pôde cantar, nas pegadas de Monções de Sérgio Buarque de Holanda, a temática da produção e do consumo internos, do abastecimento do grande núcleo populacional das Gerais no século XVIII. 14 PREFÁCIO DA SEGUNDA EDIÇÃO Com muita perspicácia, a autora chama a atenção para pontos essen­ ciais da história econômica de Minas Gerais que somente os estudos mais recentes, lastreados em pesquisa exaustiva, viríam consolidar. Assim é quando se refere à produção têxtil em Minas Gerais ao afirmar “em cada fazenda um tear", assertiva esta sobejamente confirmada pelas pesquisas de Douglas Libby sobre a mão-de-obra escrava na indústria têxtil de Ali­ nas Gerais no século XIX. Assim é quando opta pelo tema do abasteámen- to e prepara o terreno para as conclusões de Roberto Borges Martins na SUMÁRIO sua tese sobre a economia de autoconsumo em Minas Gerais na tese Growing in Silence. Ou então, quando fala da inversão de Minas que, de abastecida no século XVIII, passa a abastecedora no século XIX. A célebre inversão da rota dos muares que levaram subsistência para Minas no século XVIII e, no século XIX, abastecem o mercado da Corte do Rio de Prefácio da segunda edição, José Jobson de Andrade Arruda.... 13 Janeiro. De fato, o texto de Mafalda Zemella prenuncia a inversão que Prefácio, Alfredo Ellis Jr. .................................................................... 17 hoje se sabe foi ampla e profunda e que se lastreia na fazenda mista, que Introdução .............................................................................................. 29 consorciava agricultura de subsistência e pecuária, subsistência com extra­ Cap. I — A descoberta do ouro e do diamante na Capita­ ção aurífera, subsistência com extração de diamantes, subsistência com a nia das Minas Gerais................................................. 33 produção de ferro em forjas, subsistência com a produção manufatureira Cap. II — O povoamento das Gerais............................. 45 têxtil e, no limite, a gestação de uma nova sociabilidade, de uma cultura Cap. Ill — Os mercados abastecedores das Gerais............... 55 específica como se lê em Mitologia da Mineiridade. Cap. IV — Os transportes dos gêneros, utensílios e escra­ Por todas estas razões, pelo pioneirísmo e pela atualidade, O Abas­ vos ........................................................... 115 tecimento da Capitania das Minas Gerais no Século XVIII merece a Cap. V — O comércio das minas .............................................. 143 recuperação que hoje recebe da memória hisloriográfica e editorial. Um Cap. VI — O consumo das populações das Gerais............... 169 texto imediatamente lembrado quando, no contexto do programa editorial Cap. VII — Crítica do abastecimento das Gerais.................... 191 comemorativo do centenário da abolição desenvolvido pelo CNPq na gestão Cap. VIII — Os núcleos de produção nas minas...................... 209 do Prof. Crodowaldo Pavan, a Comissão de Eventos Históricos relacionou- Cap. IX — Conclusões...................................................................... 237 o entre os textos indispensáveis para a recuperação de nossa formação Bibliografia............................................................................ 239 social, num momento decisivo do processo colonizador. Faz-se justiça com o livro de Mafalda Zemella. Ele tem a virtude da simplicidade de estilo, do desapego aos excessos conceituais, ou da teori- zação sem fundamento. E um bom exemplo de apego à documentação, à pesquisa direta, que dá ao leitor a sensação de uma história bem real. José Jobson de Andrade Arruda.

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