Nº102 | outubro 2017 www.portugalglobal.pt Portugalglobal AICEP NOVO PLANO ESTRATÉGICO 2017/2019 APOSTA NO DIGITAL ENTREVISTA // LUÍS CASTRO HENRIQUES PRESIDENTE DA AICEP MERCADOS // EGITO EMPRESAS // A LDECO, CORIANT PORTUGAL E TÊXTEIS J.F.ALMEIDA sumário Portugalglobal nº102 outubro 2017 6 Entrevista [6] Luís Castro Henriques, presidente da AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal. Destaque [12] O novo Plano Estratégico da AICEP, com artigos dos administradores António Silva, João Dias, Madalena Oliveira e Silva e Maria Manuel Serrano. 12 Mercados [20] Oportunidades de negócio para as empresas portuguesas no Egito, mercado em análise pela embaixadora de Portugal no Cairo, Madalena Fischer, e pelo embaixador egípcio no nosso país, Ali Elashiry. Testemunhos das empresas NRV|NORVIA e WeDo Technologies. 20 Empresas [34] Aldeco, Coriant Portugal e Têxteis J.F.Almeida. Notícias AICEP [40] Análise de risco por país – COSEC [42] Veja também a tabela classificativa de países. 34 Estatísticas [45] Investimento e comércio externo. AICEP Rede Externa [48] Bookmarks [50] 4 EDITORIAL Portugalglobal nº102 Aposta no digital vai alargar oferta da AICEP Nesta edição da Portugalglobal apresentamos dagem ao mercado externo, com recurso quer as linhas gerais do Plano Estratégico da AICEP aos nossos serviços em Portugal quer à rede de para o triénio 2017/2019, que encerra um con- escritórios de que dispomos em cerca de meia junto de medidas que visam aproximar ainda centena de mercados. mais a agência dos seus clientes – as empresas – através da prestação de novos serviços, no- No âmbito deste novo plano – que poderão vos produtos e novos mecanismos de apoio. É conhecer com mais detalhe à frente, nesta no relacionamento com as empresas que mais revista – gostaria ainda de referir que iremos iremos inovar, procurando chegar, sobretudo, também focar a nossa atividade comercial em àquelas que ainda não são acompanhadas ações com impacto transversal e de maior es- pela agência. cala, visando aumentar a notoriedade de Por- O projeto, já lançado, de criação de uma plata- tugal como destino de negócios e de investi- forma digital a implementar ao longo dos pró- mento no mercado internacional. ximos três anos é o passo fundamental que nos permitirá acompanhar um maior número de Por fim, quero ainda destacar o dossier sobre empresas exportadoras e com processos de in- o mercado do Egito, um país empenhado na ternacionalização. Sem prejuízo, as que neces- implementação de reformas estruturais e eco- sitam de um acompanhamento mais próximo, nómicas que podem constituir novas oportuni- continuarão a ter um contacto personalizado dades de negócio para as empresas nacionais. com a nossa área comercial. Contamos, para tal, com as análises da embai- xadora de Portugal no Cairo, Dra. Madalena Queremos, com este novo plano, continuar Fischer, e do embaixador do Egito em Portugal, a apoiar cada vez mais e melhor as empresas Sr. Ali Elashiry, aos quais agradeço a sua exce- que connosco contam para o desenvolvimen- lente colaboração. to das suas estratégias de internacionalização e/ou de investimento, disponibilizando novas LUÍS CASTRO HENRIQUES ferramentas que contribuam para a sua abor- Presidente do Conselho de Administração da AICEP Revista Portugalglobal Conselho de Administração Fotografia e ilustração Colaboram neste número Av. 5 de Outubro, 101 Luís Castro Henriques (presidente), ©Pixabay, Rodrigo Marques. Ali Elashiry, António Silva, 1050-051 Lisboa António Silva, Direção Comercial da AICEP, Tel.: +351 217 909 500 João Dias, Paginação e programação Direção de Produto da AICEP, Fax: +351 217 909 578 Madalena Oliveira e Silva, Rodrigo Marques Direção Internacional da COSEC, Maria Manuel Serrano (vogais). [email protected] João Dias, Luís Castro Henriques, Madalena Fischer, Madalena Oliveira e Silva, Propriedade Diretora Projeto gráfico Maria Manuel Serrano, Mona Zobaa. Ana de Carvalho aicep Portugal Global Rodrigo Marques - aicep Portugal Global [email protected] Rua Júlio Dinis, 748, 9º Dto 4050-012 Porto Redação Publicidade Tel.: +351 226 055 300 Cristina Cardoso Cristina Valente Almeida Fax: +351 226 055 399 [email protected] [email protected] NIFiscal 506 320 120 Rafaela Pedroso [email protected] Secretariado Anabela Martins Cristina Santos ERC: Registo nº 125362 [email protected] [email protected] As opiniões expressas nos artigos publicados são da responsabilidade dos seus autores A aceitação de publicidade pela revista Portugalglobal não implica qualquer e não necessariamente da revista Portugalglobal ou da aicep Portugal Global. compromisso por parte desta com os produtos/serviços visados. AF_ImprensasNB_PortugalGlobal_21x29,7cm.pdf 1 10/03/17 16:53 As PME são uma referência para o país. E há um banco que é a referência para as PME. As PME são o motor do tecido empresarial português e sabem que podem contar com o NOVO BANCO para as apoiar. Se ambiciona alcançar resultados no futuro, fale com o banco de referência das empresas portuguesas e conheça a oferta especializada e a equipa de gestores dedicados, que irão ajudá-lo a levar o seu negócio mais longe. Apoio ao Oferta Soluções de Tesouraria Investimento Seguros Especializada Recursos Humanos Criar valor para as empresas. Esta é a nossa marca. novobanco.pt/empresas 6 ENTREVISTA Portugalglobal nº102 LUÍS CASTRO HENRIQUES Presidente da AICEP Plataforma digital vai apoiar “ mais empresas e oferecer novos serviços e produtos ” outubro 2017 ENTREVISTA 7 A transformação digital da AICEP, com uma nova abordagem comercial no relacionamento com as empresas, é um dos pilares essenciais da estratégia da agência para os próximos três anos, visando apoiar melhor um leque mais alargado de empresas com processos de internacionalização e/ou de investimento. Luís Castro Henriques, presidente da AICEP, revela, em entrevista, as principais linhas do novo Plano Estratégico e aponta metas e objetivos que gostaria de ver concretizados para que a agência seja cada vez mais o parceiro-chave das empresas e do tecido associativo. Pode descrever, em traços gerais, euros, teremos de seguir um caminho como vamos desenvolver a nossa ati- as principais linhas do novo Plano orientado para o que tem maior impac- vidade comercial. Neste pilar, foram Estratégico da AICEP? to. Dou-lhe um exemplo: 5 por cento considerados dois aspetos relevantes. O Plano Estratégico da AICEP para o do aumento de exportações em França O primeiro é que há um conjunto alar- triénio 2017/2019 assenta em quatro pi- representa um aumento de 300 milhões gado de empresas que exportam e que lares: três orientados para a nossa opera- de euros na balança comercial, mas 5 não estão a ser acompanhadas pela ção fora de portas da Agência, ou seja, por cento de aumento de exportações AICEP, quase 10 mil que temos de “tra- tudo o que respeita à ação da AICEP jun- na Indonésia, outro mercado de dimen- zer a bordo”, alargando a base expor- to das empresas, e um pilar estritamente tadora. Um segundo aspeto tem a ver interno que é transversal e fundamental com as necessidades das empresas e a para o desempenho da nossa missão. “Uma plataforma sua segmentação. As empresas que ne- cessitam de um acompanhamento pró- digital eficaz irá Existem três aspetos da nossa ativi- ximo e regular têm de ter um interlocu- permitir personalizar dade que terão abordagens diferen- tor dentro da agência que tenha uma muitos serviços e tes. Primeiro, iremos ter um enfoque visão global sobre a sua operação até geográfico assente sobre as potencia- oferecer cada vez mais para, por vezes, conseguir antecipar o lidades dos mercados e sobre a com- produtos às empresas apoio que possam precisar. Ou seja, te- petitividade dos setores e das empre- nossas clientes, por mos de fazer duas coisas: temos de ter sas portuguesas. No âmbito do plano exemplo através algo que nos permita apoiar mais clien- estratégico fizemos um estudo sobre tes e que os clientes sejam segmenta- de novos portais o conjunto de geografias onde temos dos consoante as suas necessidades. para a exportação e escritórios, e a outros mercados, e a O que se decidiu foi ter uma segmen- conclusão foi que estamos bem nos investimento.” tação de acompanhamento comercial locais onde nos encontramos. No en- personalizado e, em paralelo, um aten- tanto, teremos de ponderar quais são dimento mais geral que não está de- os mercados onde vamos necessitar são relevante, representa apenas dois pendente de uma só pessoa mas que de maior capacidade de resposta. milhões de euros. Por outro lado, a nos- permite dar uma resposta mais rápida sa ação tem de ser, em parte, balizada e eficaz a um leque mais alargado de Temos de priorizar os nossos recursos pela própria necessidade das empresas empresas o qual, esperamos, seja cada à medida que o tempo vai evoluindo. e vamos ter de jogar com esse equilíbrio. vez maior. Se tivermos de colocar recursos numa geografia que represente milhares de Este é o primeiro pilar e o segundo… De que forma poderemos alargar a milhões de euros de exportações e outra Um segundo pilar visa definir como nos base exportadora? que represente dezenas de milhões de relacionamos com as empresas, isto é, Se queremos alargar a base exporta- 8 ENTREVISTA Portugalglobal nº102 dora temos de ter ferramentas e me- canismos de apoio às empresas que tenham um custo marginal adicional de serviço muito reduzido. É neste âm- bito que surge a criação de uma pla- taforma digital, que será a ferramenta primordial para desenvolvermos uma nova abordagem no relacionamento com as empresas. Uma plataforma digital eficaz irá igualmente permitir personalizar muitos serviços e oferecer cada vez mais produtos às empresas nossas clientes, por exemplo através de novos portais para a exportação e investimento. Através do digital pas- saremos também a ter muito mais informação das próprias empresas, o que é uma vantagem no acompanha- mento que fazemos. Mas para que a nova abordagem comercial seja um su- cesso é fundamental que as unidades de atendimento e acompanhamento personalizado andem a par e passo e que tenham absoluto controlo sobre os seus segmentos de clientes. Quero frisar que para a AICEP todas as empre- sas e todos os clientes são importantes. E quanto ao terceiro pilar? setorial, segmentada para ser o mais tir redefinir produtos e processos, bem O terceiro pilar está relacionado com eficaz possível e de maior valor acres- como esclarecer como poderemos ter a tipologia de produtos e é também centado para as empresas. um contacto mais próximo com os clien- resultado de um trabalho iniciado an- tes. Se a nossa prestação de serviços for teriormente. A agência já tinha iden- O último pilar assenta sobre a mudan- melhor, os nossos clientes não sentirão tificado a necessidade de prestar ser- ça interna que será necessária fazer que se trata de um canal remoto. viços diferentes às empresas, nomea- para desenvolver e implementar este damente na área da formação. Con- plano. É necessário tomar medidas in- É muito importante que se perceba sideramos que é importante termos ternas que capacitem a agência para que a plataforma digital não consis- uma base alargada de formação geral esta transformação a vários níveis, te em fazer um site novo e bonito; é às empresas para estas ganharem as seja o digital, seja a diferente abor- muito mais do que isso! Estamos a fa- competências de gestão necessárias dagem comercial aos clientes, seja a lar de uma alteração de paradigma de ao desafio que representa um proces- tipologia de novos produtos. Assim, serviço às empresas, com ramificações so de internacionalização. teremos uma componente transversal a todos os níveis, seja a nível de pro- relevante e inteiramente dedicada às cessos, de produtos ou de abordagem Neste domínio, a agência irá celebrar capacidades internas. aos clientes. O produto digital tem de parcerias com universidades para ga- ser bom o suficiente para garantir que rantir que há programas de formação Falou na transformação para o digi- tem a adesão dos nossos clientes por adaptados às necessidades das nos- tal. Que importância terá esta me- si só, incluindo os que têm apoio per- sas empresas. Iremos funcionar como dida no funcionamento da agência, sonalizado da área comercial. unidade agregadora que, em conjun- nomeadamente no apoio às empre- to com as universidades, oferece às sas portuguesas? Como será projetada e executada empresas mais uma ferramenta para Em termos gerais, lançámos há duas se- esta plataforma? o processo de internacionalização, manas um processo exaustivo e intenso A execução tem início com o exercí- nomeadamente formação com foco de design thinking que nos irá permi- cio de design thinking, para definir o outubro 2017 ENTREVISTA 9 Como, no âmbito da nova estraté- mento, a estratégia geral mantém-se gia, irá a AICEP promover o aumen- idêntica à dos dois últimos anos, com to das exportações e a captação de resultados extremamente positivos mais e melhor investimento? Que nesta área. A taxa de captação de meta gostaria de ver atingida em investimento, assim como a taxa de termos do contributo das exporta- projetos concretizados nestes últimos ções para o PIB? anos é significativamente superior à média histórica dos anos anteriores – A agência tem dois objetivos estatu- cerca de 300 milhões de euros em mé- tários: captar investimento para Por- dia superior – e queremos manter este tugal e promover as exportações e a nível de captação de investimento. internacionalização das empresas por- Ainda assim, o plano estratégico con- tuguesas. No âmbito do plano não só tém algumas medidas novas e abor- há uma abordagem comercial diferen- dagens em que pretendemos envol- te, mas também há tarefas e objetivos ver quadros/pessoas com experiência novos, embora continuemos a poten- relevante em determinados setores, ciar o que já fazemos bem. ajudando a potenciar o investimento nessas áreas de negócio. Além disso, Quanto a metas, nesta fase em que a nossa equipa de FDI Scouts, espe- o país está numa nova rota de cres- cialistas na captação de investimento, cimento, temos de garantir coletiva- também será reforçada em geogra- mente – a sociedade civil, os empre- fias específicas: Europa, Brasil e Costa sários, as associações –, que vamos Oeste dos EUA. atingir os 50 por cento das exporta- ções no PIB. É fundamental atingirmos Há novos projetos de investimento essa meta entre 2020 e 2025 para ni- em carteira? Esperamos que 2017 seja um ano bom e queremos manter este novo “A taxa de captação que vamos querer da plataforma, os patamar de investimento. Temos mui- de investimento, serviços a oferecer e como é que a tos projetos em pipeline e gostaria de vamos operar. De seguida, virá a im- assim como a taxa de destacar que há uma tipologia cres- plementação desta nova ferramenta projetos concretizados cente de projetos, além do investi- digital que se espera vir a ocorrer nestes últimos anos mento industrial que temos captado, no início do próximo ano para que, é significativamente que são os centros de serviços de alto se tudo correr segundo o plano, se superior à média valor acrescentado, como a engenha- possa ter o seu primeiro release entre ria, o desenvolvimento de software ou histórica dos anos setembro e outubro de 2018, ou seja, I&D e que, estou convencido, se irá anteriores – cerca de o primeiro lançamento junto dos nos- manter no futuro. 300 milhões de euros sos clientes. Posteriormente, e à me- dida que se forem concretizando as em média superior – e Voltando às exportações, a agência diversas etapas, vamos tendo novos queremos manter este irá privilegiar os mercados ditos tra- releases, novos serviços, novos pro- nível de captação de dicionais ou voltará a sua estratégia dutos e novos mecanismos de con- investimento.” para uma maior diversificação? tacto junto das empresas. Vamos olhar para a nossa balança de bens: temos mais de 70 por cento ex- Este será um investimento muito rele- velarmos com os países europeus que portados para a União Europeia e 25 vante e fundamental para que a Agên- se comparam com Portugal. Gostaria a 30 por cento para outros países. É cia esteja na linha da frente no apoio de frisar que a saída da crise foi quase óbvio que temos de operar em deter- prestado às empresas. Representa um toda feita pelo aumento das exporta- minados mercados nos quais ganhar investimento de quase um milhão de ções e pelo esforço dos empresários. 1,0 por cento de quota tem um im- euros ao longo destes três anos, valor pacto enorme na nossa balança co- que vai ter uma grande concentração E no que diz respeito ao investimento? mercial. Nesse sentido, é fundamen- neste primeiro ano e meio. Em termos de captação de investi- tal continuar a apostar e continuar a 10 ENTREVISTA Portugalglobal nº102 ganhar quota nos nossos mercados que Portugal é um bom destino de uns com os outros. Um terceiro aspeto tradicionais. Por outro lado, a manu- negócios e um bom destino para o a reter é que irá ser uma semana in- tenção da presença da rede da AICEP investimento. Não somos só nós que tensíssima porque o nosso objetivo é em 33 mercados de aposta significa o dizemos, o Banco Mundial também estarmos em todos os momentos-cha- que damos uma atenção muito re- o diz: somos o 25º melhor destino ve do Web Summit no que respeita à levante a estes mercados de diver- para fazer negócios no mundo. captação de investimento. sificação. De facto, verificamos que antes da crise houve um efeito muito Este ano a nossa abordagem será li- Que grandes ações os empresários positivo de diversificação que agora a geiramente diferente. A agência esta- portugueses podem esperar da está a ser retomado. rá dedicada a um conjunto alargado AICEP nos próximos tempos? Que de investidores que já estão no nosso marca gostaria de deixar no final As empresas têm, em primeiro lugar, radar, e iremos aproveitar o Web Sum- do triénio? de conseguir entrar nos mercados mit para reforçar a partilha da men- Gostaria que esta nova estratégia co- onde é mais fácil entrar, e esses mer- sagem das vantagens competitivas do mercial tivesse um impacto tangível cados estão na União Europeia que é país, mostrando que devem colocar no relacionamento das empresas com o nosso verdadeiro mercado interno. a agência e que fosse alargada a base Tendo dado esse primeiro passo, e a de empresas que acompanhamos. partir do momento em que se sintam preparadas, as empresas devem pro- Gostaria também que um leque cada curar outros mercados, onde existam vez mais alargado de empresas pu- oportunidades para os seus produtos desse reconhecer a AICEP como um ou serviços. Primeiro, dar um passo parceiro-chave, seja em momentos de sólido; segundo, garantir que à medi- decisão de investimento, seja em mo- da que se vai conquistando mercado, mentos de decisão de internacionali- também se tem uma estratégia de zação. E que podem e devem contar diversificação. com o nosso apoio. Aproxima-se a realização em Por- Vamos focar a nossa atividade comer- tugal de mais uma edição do Web cial em ações com impacto transversal Summit. O que se lhe oferece di- mantendo estreita articulação com as zer sobre este importante evento associações empresariais às quais cabe e qual o envolvimento da AICEP a promoção de âmbito setorial. Iremos no mesmo? realizar alguns eventos de larga escala A AICEP esteve envolvida, desde o que julgamos serem importantes para primeiro momento, na vinda do Web aumentar a notoriedade de Portugal Summit para Portugal. E objetivamen- como destino de negócios e de inves- te, com o que vimos no ano passado, timento. Queremos que Portugal seja penso que podemos dizer “missão cada vez mais conhecido e reconheci- cumprida”. O Web Summit corres- do, como um país moderno onde vale pondeu a tudo aquilo que esperáva- Portugal no mapa das suas intenções a pena investir, onde existem empresas mos: colocou Portugal nas “bocas do de investimento. com produtos e serviços de grande mundo” tecnológico, o que é fantás- qualidade, inovação e design. tico, e trouxe a Portugal milhares de Iremos ter também um programa de pessoas que não conheciam o país formação que visa preparar as em- Há um último aspeto que vale a pena e que assim puderam ver o Portugal presas para perceberem como é que destacar que é a organização, pela agên- moderno que se reinventou e que tão devem interagir no âmbito do Web cia, da participação de Portugal na EXPO bem os soube receber. Summit e como é que podem apro- 2020 no Dubai. A AICEP é atualmente veitar ao máximo o evento para me- responsável por gerir a implementação Acredito que o Web Summit este lhorar a sua abordagem de inovação. dos projetos e a presença de Portugal ano irá ser uma repetição do suces- No fundo, iremos fazer a ponte entre nestes eventos internacionais. Estou so do ano passado, com milhares de empresas já estabelecidas no mercado confiante que a EXPO 2020 Dubai vai pessoas novas a virem a Portugal, e as startups. São dois universos dife- ser um enorme sucesso e um momento milhares de pessoas a perceberem rentes mas que têm imenso a ganhar marcante da história do século.
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