NOTAS GENEALOGICAS DE PROEMINENTES FAMtLIAS LUSO-AFRICANAS NO SECULO XIX NA GUINE George E. BROOKS(*) Origem e evolufiio dasJamflias mais influentes Aspaginasdedadosgeneal6gicosapresentadasaseguirforamcom piladasapartirdefontesprimariasesecundariasportuguesas,francesas, inglesaseamericanas.Seleccionei0 quemepareceupresentementeuma amostragemdasfamfliasmaisinfluentesetenhoaindaurnmlmerocon sideravelde verbetesquepodereiconfrontarnofuturo. Antecipo-mea informar que espero encontrar mais dados na continua~ao do meu trabalho acerca do comercio da Africa Ocidental. Entretanto, ficaria muito grato por quaisquer adi~oes, correc~oes e pareceres que me pudessem seroferecidos. Pretendo encorajar os leitores desta revista, especialmenteosdescendentesdasfamfliasconstantesdalista,aenvia rem-me 0 seucontributo. Trata-se de «notas de trabalho» e, portanto, nao se espere delas a perfei~aoestilfstica.Paraeconomizarespa~oetempo,useiabreviaturas (.)OsmeusagradecimentosaoPadreHenriquePintoRemapormeincentivaradivulgaros meus resultados preliminares. pela tradu~iio do texto do ingl~s para 0 portugu~s e pela sua contribui~iiocomdadosdassuaspr6priaspesquisas.Tambemagrade~oaoseditoresdaSoronda pelasuavaliosaajuda. 53 paraasfontes consultadas: «XI9», porexemplo,refere-se aCaixa 19, Guine (1807-1809), do Arquivo Hist6rico Ultramarino; «SB, III, 87» representaapagina87,volumeIIIdeChristianoJosedeSennaBarcellos, SubsfdiosparaaHist6riadeCaboVerdeeGuine;«Remac»seguidada data refere-se as cartas que me foram enviadas pelo Padre Henrique Pinto Rema contendo informa~oes colhidas de lapides funerarias de cemiterios da Guine, etc. Usar-se-a urnformato fixo nas anota~oes ao apresentar os dados em forma definitiva parapublica~aoe,. natural mente,ficareimuitoreconhecidoporinforma~oesesugestoesrecebidas dequemquerque sedignarformular comentarios aestesesquemas de trabalhopreliminares. Osdadosapresentadosestao sujeitosamuitosproblemasdeanalise ehamuitaslacunasnosdadosquenaopuderamsertrabalhados.Nomes demembrosmasculinosdefamiliaspodemsercoligidosdeumavarie dade dedocumentos,inclusive listasde oficiaise soldados, correspon denciaoficial,testemunhasdetratados,evidencianotarialcoligidapara investiga~oesoficiaisque usualmentetrazem0 nomedapessoa,idade, lugardenascimento,residencia,ocupa~aoe,acidentalmente,seeletrado ounao.Mulheressaoraramentemencionadasemtaisdocumentos,anao sermulheresdereconhecidaposi~aoeinfluencia,porexemplo,nharas echefesdefamilia.Nomesdemulheres,juntamentecomosdoshomens, encontram-se bastante facilmente em pedras funerarias, passaportes e documentosdeviagememencionadosemultimasvontadesetestamen tos. Nem sempreosnomes saolidoscomfacilidade enosdocurnentos eramutilizadasdiversasabreviaturas.Muitosindivfduoserarnanalfabe tose,assim,hapoucoounadaadizeracercadecomoosfuncionariosdo Governoreproduzemos seusnomes. Muitos nomes de familias luso-africanas da Guine, por exemplo, Pereira,Silva,Gomes,etc.saoapelidoscomunsportuguesestornadosde comerciantes,oficiaisdoExercitoeoutrosque vieramaGuinetempo rariamente ouporperfodosrnais oumenos longos de tempo, tornando assim diffcil a positiva identifica~aodos indivfduos mencionados em documentos. Outroproblemaequealguns indivfduos usaramformas abreviadas dos seus nomes nalgumas ocasioes; por exemplo, Jose Louren~o da CostaAlvarengapodiaassinar0 seunomeJ;L daCosta; taisusosnao tinhamconsequencias em pequenas comunidades onde cada qual era bern conhecido, mas e uma fonte·de confusao para oinvestigador moderno. Outroproblemaeque muitos luso-africanosnao contrafram nuncamatrim6niosregistadosnaigrejaounocivil;asrela~oes sucessi- 54 vascomdiversasmulheresouhomenscomplicamextraordinariamente a identifica~ao. Aindaoutrafonte de confusaoparahistoriadores e 0 problemados grumetes.Aparentementemuitos/amaiorparte(?)dosgrumetesdosexo masculinoealguns(?)dosexofeminino ligadosa umafamiliaadopta ram-Ihe 0 nome e e evidente que em tais casos eram descendenciado senhordoagregadofamiliar. Estepodetersidomuitas vezes0 casode escravos,pelomenosrelativamenteacrian~asadoptadasporurnsenhor, ou talvez aqueles que cresceram numa familia (?). 0 uso de adoptar nomes«europeus»porrazoesdeprestfgio-paraalemdousode0registar paraemprego- parecetercrescidodurante 0 seculoXIX, Brooks,2941296. Apnlticade urnescravotomar0 apelidode urnsenhor/proprietlirio eracomumnoArquipelagodeCaboVerdeMeintel,C"14,7,72.Seindivfduosna Guine seguiram a pnitica dos cabo-verdianos segundo a qual urn in divfduopodiaassinardocumentoscom0nomedequalqueroutrafamilia como urn nome «intermedilirio» que julgava ter 0 «direito» de usar, requerulteriorinvestiga~ao. Pelas razoes acima apontadas e, indubitavelmente, por outras des conhecidaspormim, os dados geneal6gicos apresentados a seguirsao fragmentarios eincompletos.Emsemelhantescasos,penseiempossfveis parentescos familiares, indicando tais possibilidades com pontos de interroga~ao; do mesmo modo, incluo referencias a indivfduos que viveramnaGuinenosseculosXVIIeXVIIIequepodemserantepassa dosdosindivfduosconstantesdaslistasaseguir.Gostariaquealgunsdos seusdescendentes me ajudassem e que me respondessem as seguintes perguntas: Qual era a pratica predominante do uso do nome familiar da mae comournnomeintermedilirio?Porexemplo:QuerepresentaMendesem VicenteMendesGomesnonomefamiliardamaedeVicente?Comque amplitudeoshomensusavam0 nomefamiliardasuamaeemvezdodo pai? Seguiramasfamfliasluso-africanasdaGuineapniticacabo-verdiana de casarem com outros euro-africanos e europeus paraevitar a «ra~a mista»epreservarapigmenta~ao«branca»?Raviafrequentescasarrien tosentreprimosdireitos? Quandournnomedemulhernaoincluiapelido,porexemplo,«Rosa Maria»,ounaousaurnnomefamiliar, significaissoqueelaenecessa E riamente umagrumete ou umamulherafricana? muitoprovtivelque sejaeste0 caso?E/ouistosugerequeelanaoeracasadalegalmentecom ohomemcom0 qualpode seridentificada? 55 Comoescreviatras, YOUentaoapresentarosdadosparainfonnac;ao dos leitores e para deles receber conselhos. Espero ser ajudado neste projecto. BARRETO / Cacheu JotioPereiraBarreto,fundadordefamosafamiliadeCacheu,eraurn luso-africano,nascidoemSantiago, onderecebeu 0 sacerd6cio.X21 Foi transferidoparaaGuinepOl'1770(?),provavelmentepOl'causadassuas relac;oes com uma escrava de que the nasceram dois (?) filhos: Jotio PereiraBarretoX21;SB,III.224 e(?)AntonioTeixeiraBarreto(?).0 Padre BarretoadquiriuconsideravelinfluenciaemCacheu,aopontodeservir de comandanteem 1785-1786.SB,III,95A seguiraestadatafaltam infor mac;oes acercadasuacarreira. Hapoucos pormenores a respeito deAntonioTeixeira Barreto. Foi apontado como capitao de milicias de Cacheu pelo comandante Jose JoaquimdeSousaTrovao,masnaoencontramosreferenciassubsequen tes. Naoapareceasuaassinaturanapetic;aocontraTrovaodeMarc;ode 1803XI?,nemfiguranalistadasfamiliasdeCacheuemMarc;oeAbrilde 1804.XI?Podeserquetenhaperdido0 lugarquandoTrovaofoi deposto de comandanteem Novembro (?)de 1803. Muito mais informac;oes ha a respeito de Jotio Pereira Barreto (1772?-1829?).Jaeracapitao-mordeCacheuem 1804:Ullidocumento de 14de Julho deste ana traz a suaassinatura,Joao PereiraBarretto, e inclui a informac;ao de que tinha 29 anos deidade, era casado e tinha nascidonoArquipelagodeCaboVerde.XI8 Adatadoseucasamentocom Rosa de Carvalho de Alvarenga nao e apontada, nem as datasfjdJe nascimentodos seusfilhos saoconhecidas COllicerteza: oC\ Maria PereiraBarreto (1808-18); Honorio PereiraBarreto (18 \% 14~1859). (c. X22 . HonorioPereiraBarretonaocasoununca,maseconhecidocomopai de variosfilhos,inclusive: ErnestoAugustoPereiraBarreto(1847-1894),casadocomGenove vadaCosta,meiairmadeEdwigesPereiraBarreto,filhadeHon6rioe de Ines da Costa, mulherdo comercianteJose Mariada Costa; Rufino PereiraBarreto,falecidoesepultadoemBolamaa25deMarc;ode1897, com63anosdeidade,filhodeChristinaGomesBaiao;EdwigesPereira Barreto casou com Richard Turpin,comerciante franco..:africano de Saint-Louis (Senegal). Rem., c.9.5.72 Rosa, casada com Francisco Jose Benicio. 56 Joao Pereira Barreto; Pedro, Maria, Catarina, Ludgero, Heitor, Antonio,Amadeo,Rosalia,Leonor, Clementina,Balbina. BARRETO / Cacheu etc. Antonio Pereira [Silva?] Barreto foi alferes em Farim em 1828, solteiroe nascidoemAfrica. X22 JoaquimSousaBarretoassinouem 1837emZiguinchorumprotes to contraa usurpa9aofrancesa de Casamansa. SB.IV.186 Francisco de Salles Barreto (tenente) era0 comandante militar de CacheuemOutubrode 1855. SB.IV.65/6 a Carlos Honorio BarretO'assinou 0 tratado dacessao coroaportu guesadaaldeiadeBianga,noriodeBassarel,emOutubrode 1855 SB.VI. Filho de Hon6rio Barreto e de Cristina Gomes Baiao, falecido em 66 1869. Numa PompilioBarreto,queassinou0tratadodeVarelaemMar90 'J a II de 1857, e descrito como «pertencente casa de D. Rosa Carvalho Alvarenga, e filho de Cacheu». Em 1860 trabalhava a feitoria«Ponta \1 Cacheu», rta margem esquerda do Rio Grande., Filho de SB.VI. 187;265 Hon6rioBarreto ede IsabelGomes. CARDOSO / Bissau PedroCardosoeraadministradordaCompanhiadoGraoParaeMa ranhaoem 1760. SB.III.29 Mauricio Jose Silva Cardoso era administrador da Companhia do GraoParae Maranhaoem 1770. SB.III.52 Jose da Silva Cardoso era urn dos «principais comerciantes» de Bissau em 1792,quando Philip Beavere outros colonos britanicos es tiveram em Bolama. Beaver.43passim. Eraassociado com afirma de Lisboa Pedro NolascoGaspar& Irmaosquandomorreuem 1805 (?). XI8 Gonr;aloCardosoeconsideradocunhadodeJosedeAraujoGomes em 1803. Podeserpai (?)de: XI7 ManoeldaSilvaCardosoacompanhouJoaodeAraujoGomesnasua viagemaoParaeaPortugalem 1804.13descritocomo«homempardo», de 20anosde idade, solteiroe nascidoemBissau. X17 JoseGomesCardosoassinou0seunomecomocapitaoestacionado emGebaemMar90de 1806,de40anose nascidoemGeba. XI8 AlbinoSemedoCardoso,tenenteajudante,assinoutratadosemBis sauem 1837e 1838. SB.IV.205;250 57 FilipeSemedoCardosoeraporta-bandeirapresentenaassinaturade urntratadoemBissauem 1838. SB,lV,250 Antonio da Silva Cardoso era govemador interino de Bissau em Outubrode 1843. SB,V.16 MartinhodaSilvaCardosoassinoutratadosemBissauem1837eem 1838eaproc1ama~aodeBo1amade1837;SB.IV.204/5;250eraproprietariode BissassemaemAgostode 1858, ondeentrouemconflitocom SB,VI,141 DavidJamesLawrence,queseestabeleceraemBissassemaem1850. SB, VI,171/2 lolioCardoso estavaemBissassemaemAbrilde 1860. SB,VI,173 PedroSemedo Cardoso eracasadocomMariaGomes; os seusdois filhosforamAugustoSemedo Cardoso (1859-1904) eDomingosAlves Cardoso.0 ultimoeratenentedesegundalinhaejuizdopovo. Remac.30.1.74 CARVALHO / Bissau-Geba Manoel Henriques de Carvalho era urn soldado da Bata, donde desertou. Foi enviado para Bissau, onde em Junho de 1801 foi XIS promovidoa tenente. EmJulho-Agostode1804eracapitaodeartilharia,quandoobteve.um passaporte para fazer uma convalescen~ana Bata, levando com ele a mulher, umafilha e urn criadochamadoJoaquim. Apassagempor XIS Lisboa,pediuinsistentementeaoConselhoUltramarinoque0 nomeas semcomandantedaPra~adeGeba, aondevoltouemfinsdeMaiode XI7 1805. VoltouaoseucomandodeGebaem 10deFevereirode 1806. XIS XI9 CARVALHO / Cacheu lolioPereiradeCarvalhofoitransferidodaPraiaparaCacheuefeito capitao'-morde Cacheuem 1734. Barrelo,273 Manuel Antonio de Carvalho era tenente da Pra~ade Cacheu em Janeiro de 1803; tinha40 anos e era solteiro. Numa!istade Mar~o de 1803 aparece como tenente e tesoureiro da Real Fazenda e homem branco. Em Mar~o de 1804, urn Manoe1 Carvalho, capitao-mor, XI9 aparece numalista como proprietario de uma casa de Cacheu habi tada «pellas suas famflias». XI7 Parece provavel (?) que fosse 0 pai de: AntonioMiranda de Carv(llho, tenente de ordenan~as. Foi urn dos cabecilhas (juntamente com 0 sacerdote do forte, ManoelGomes de 58 Oliveira,eJoaoPereiraBarreto,sargento-mor)darevoltabernsucedida contra 0 comandante de Cacheu, em Agosto de 1814. Era «filho dum homemdecordoArquipelagodeCaboVerdeedumapretagentia». X21 Erapai (1)de: Pedro Lopes de Carvalho, primo de Hon6rio Pereira Barreto. Foi mortodurante urn ataque aFarimem Novembrode 1846. SR,V,82 GuilhermeMirandadeCarvalho,proeminentecomerciantedeCacheu contribuiucomconsidenivelsomadedinheiroparafinanciaraex SR.VI.77, pedi~aodaretomadadeFarimemNovembrode1846. Foiurndos SR,VI,81 comerciantesentrevistadoseITlCacheuem 1850pelacomissao. SR,V,I89 Antonio Pereira e Venceslau de Carvalho foi urn dos grumetes acusadosdeassassinar0 GovernadorCaldeira,daGuine,emCacheuem 1871. SR,VI.287 CARVALHO /Bolama AntonioEzequieldeCarvalhofoi urn residentedeBolamaem 1837 quando assinou tratado desse ana Em Dezembro de 1838 0 SR, IV, 204 a assinou0 protestolavradoap6saincursaodotenenteKellet ilha.SR.IV. 255 edepoisdasegundaincursaoemAbrilde1839,Rarrelo.251duranteaqual a algunsdosseustrabalhadoresforam levados for~aparaaSerraLeoa. Seus filhos (1) / grumetes (1) Thome de Carvalho e Florencio de Carvalho foram dois dosquatro soldados feitos prisioneiros pelos inglesesem Col6nia,noRio grande,emJunhode 1868.SR,VI.253 VictorMartins de Carvalhoestevepresentenodia 1deOutubrode 1870natomadadeposseoficialportuguesade Bolama. SR,VI,272 CARVALHO / Ziguinchor CarlosdeCarvalhoeracapitao-mordeZiguinchorem 1766quando levou51 escravosparaBissauafimdeajudaremnaconstru~aodonovo forte. SR.Ill.48 ManoelCarvalhoera0 capitaodeZiguinchorem1804eurnproemi nentecomerciante. XI7 AmbrozioGomesde Carvalho eraajudante napra~adeZiguinchor, queserviu«maisde70anos»sempagamento;foi-lheconcedidareforrna com «todas as honras» por especial decreta assinado no Palacio da Bempostaem20deDezembrode1822.X21 Asuareformadehonrapode tertidoinfluencia5anosmaistarde,quandoa24deJulhode1827pediu paralevar36escravosdomesticosparaSantiagoafimdealifazeruma planta~ao.X22 59 E 0 pai (?) de Ambrosio de Carvalho, importante mercador cabo -verdianoem 1840(?). SB,V,93 ThomasLopesCarvalhofoi umdossignatariosdoprotestode 1837 emZiguinchorcontraaintromissaofrancesanoRioCasamansa. SB.IV,186 CARVALHO / marinheiros IgnacioCorreia(?)Carvalho(?)foimestredobrigueSenhorinha(?) em 1820. NA,CVI,RolI1 AgostinhoJozeCarvalhofoicomandantedonavioConceiqaoEspe ran~'a,destinadoa1evardegredadosdeLisboaparaCacheuemDezem- brode 1819. X21 . ....................Carvalhofoimestredaescunalnocente,quevelejoude CacheuparaBoaVistaem 1826/27. X22 .. Carvalho e descrito como sendo 0 tinieo negreiro a operarnoRio Nunezem 1840. Buxlon,381 CARVALHO ALVARENGA /Ziguinchor· Inquestionavelmente, afamilialuso.:afrieanamaisinfluentenaarea de Ziguinchor-Casamansa na primeira metade do seculo XIX foi a familia Carvalho Alvarenga, proeminente no comercio, controlando a administrac;aoe0 exercitoeligadapOl'lac;osinatrimoniaiseecon6micos aos Carvalhos, Costas e outras famfliaseuro:-llfricanas na regiao de Cacheu-Casamansa. . ofundador(?)dafamiliafoiCarlosdeCarvalhoAlvarenga,capitao -cabodeZiguinchorem1766.Walter,II Nasdecadasseguintes,numerosos membros dafamiliateriamconsolidado a suaposic;ao. Alexandre Carvalho Alvarenga foi designadocapitao':'mor do Ba luartedeNossaSenhoradaLuzdeZiguinchbrem2deAbrilde1802pOl' J.1. de SousaTrovao,comandante de Cacheu. XlS ManuelCarvalhodeAlvarenga(1753/6-1827)foidesignadocoman dantedeZiguinchorem1800. Em2deAbrilde18020seufilho SB,lIl,162/3 (?) Alexandre de Carvalho Alvarengafoi nomeado comandante do BaluartedeNossaSenhoradaLuzdeZiguirtchbtpotJ.deSousaTrovao, comandantedeCacheu. Aindanaoerapassadoumano,a3deMarc;o XI8 de 1803, Manuel Carvalho de Alvarenga era signatarioduma petic;ao contraTrovao juntamente com os oficiais da guarnic;ao e chefiava os habitantes deCachell. XI7 60 Assinou outro documento em Cacheu em Julhode 1804, onde se afirmater51 anos de idade, sersolteiroenascidoemAfrica. XI8 MateusdeCarvalhoAlvarenga,filhodeManuelCarvalhoAlvaren ga, foi promovido a alferes em Maio de 1806 pelo comandante de Cacheu,JoseAnt6nioPinto,queafirmouterservido13anosnapra~ade Ziguinchorcomo soldadoe sargentoequeerafilho do capitao-morde Ziguinchor,queserviu0reimaisde30anos.XI9 OConselhoUltramarino promoveu-o a seguir a sargento de Cacheu em 17 de Dezembro do mesmoano,denovoporrecomenda~aodeAnt6nioPinto.XI8 Pode (?) ser0 paideRosade Carvalhode Alvarenga(?). Manuel Carvalho de Alvarenga enviou uma mensagem de Ziguin chorem 27 de Outubro de 1808 ao comandante britclnicoemGoree a solicitar 0 envio para Lisboa duma declara~aode acusa~oes contra 0 comandantedeCacheu,JoseAnt6nioPinto.SB,II1,186Seisanosmaistarde, estavaimplicadonadestitlli~aodocomandantedeCacheu,Josefiguei redo de G6is, em Agosto de 1814, ate se tomar genro de Ant6nio de MirandadeCarvalho,urndostrescabecilhas.X21 Apesardisso,reteve0 comandode Ziguinchorefoipromovidoatenente-coronelde 2l!liriha, a como e atestado pela sua pedra tumular, que agora estci porta da BibliotecaNacionalde Bissau. Remac.lO.3.72 RosadeCarvalhodeAlvarenga,«DonaRosadeCacheu»,comoera conhecidapelos seus contemporaneos, era uma mulherde enorme in fluencia pessoal em Cacheu. As datas do nascimento e do casamento com Joao Pereira Barreto sao desconhecidas, como desconhecida e a datado nascimento do seu filho Hon6rio PereiraBarreto (Verfamilia Barreto). losefade Carvalho Alvarenga, mulherdo coronel Manuel Dias de Moura, de Santiago de Cabo Verde, e provavelmente irmade Rosade CarvalhodeAlvarenga.Mouramorreuem1818e0maridodeRosa,Joao Pereira Barreto, durante uma sua visita a Lisboa em Mar~ode 1823, auxiliou-aaadquirirumaheran~aavaliadaem 1.070$000 reis. X21 Quatromembrosdafamiliaassinaram0 protestode 17deMar~ode 1837 contraa intromissao do navio de guerrafrances Aigle d'Or, que subiu o·Casamansa para cima de Ziguinchor e assinou tratados com regulos africanos: Francisco de Carvalho Alvarenga, 0 «delegado da provedoria»,ordenou0 protestolevantadopeloseuirmao(?)Antoniode Carvalho de Alvarenga, 0 «tabeliao». 0 protestofoi tambem assinado porEstewiodeCarvalhodeAlvarengaeporAlexandredeCarvalhode Alvarenga.SB,IV,185/6 61 FranciscodeCarvalhodeAlvarenga,tiodeHon6rioBarreto,eraco rnandantedeZiguinchorern1844,SB,V,201845,sB,v,55e1849.SB,v,16819 Foi norneado Delegado Adrninistrativo em Abril de 1861 pelo Govema dor Zagallo a seguira urnas desordens civis em Ziguinchor. Nesta al tura adquiriu 0 grau de tenente-coronel de 2!l linha. SB,VI,192 Todavia, eracornandante em 15 de Seternbro de 1865 quandoconcluiu urn tra tadocomosafricanosdeJameedeNhamol,vizinhosdeZiguinchor.SB. VI,243/4 Lourem;oCarvalhodeAlvarengafoitarnbernurndossignatariosdo tratadoacirna. SB.VI,243/4 CORREIA / Bissau FranciscoCorreianasceunaareadeGeba,filhodeportuguesernan dinga;eraurnrnestrequeteveurnapor~ao depequenosbarcosevisitou nurnerosasvezes0ArquipelagodeCaboVerdeePortugal.Barreto,171 Corn prournercadoriasaPhilipBeaverquandoafeitoriabritanicadeBolarna foi desfeitaemNovernbrode 1793,agindocomointermediariodosco rnerciantesestabelecidosemBissau. Beaver,275/6;407 AntonioJoze Correia tinha 18anosde idade, nasceraem Lisboae serviacomocapitaoemBissauemAbrilde 1806. XI8 AmaroCorreiaeraurndosgrurnetesdeCaetanoNozoliniacusadode assassinar0 cornerciantefrances DurnaigeemBissauemFevereirode 1835.sB,lv,98 ClaraCorreiaviuasuacasaroubadaporgrurneteseafricanoslocais duranteas desordens de Bissauem 1844. SB,v,34 Manuel Correia acornpanhou a rnissao de Bissau a Bandirn em Outubro-Novernbrode 1844.SB~V,35/6 Domingos Correia tinha urn estabelecirnento no Rio Grande em Abrilde 1860,quandofoiemauxiIiodeMartinhodaSilvaCardosoem Bissasserna. SB,VI, 173 CORREIA / Cacheu Supriiio Correia tinha 44 anos de idade em Seternbro de 1802; nasceraemCacheu. XI7 e ManuelCorreiatinha50anosdeidade,eracasado tillhallascidono ArquipelagodeCaboVerde,quandoapareceunurnalistadeCacheuem Janeirode 1803. XI7 62
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