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“Nossa história que consiste quase só em calamidades”: a memória e o esquecimento na obra PDF

114 Pages·2015·3.27 MB·Portuguese
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Marcos Eduardo de Sousa “Nossa história que consiste quase só em calamidades”: a memória e o esquecimento na obra “Os anéis de Saturno” de W. G. Sebald Mariana – Minas Gerais – Brasil Outubro de 2014 Marcos Eduardo de Sousa “Nossa história que consiste quase só em calamidades”: a memória e o esquecimento na obra “Os anéis de Saturno” de W. G. Sebald Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Letras, Mestrado em Letras: Estudos da Linguagem da Universidade Federal de Ouro Preto. Orientador: Professor Doutor Carlos Eduardo Lima Machado Linha de pesquisa: Linguagem e Memória Cultural. Mariana – Minas Gerais – Brasil Outubro de 2014 S725n Sousa, Marcos Eduardo de. "Nossa história que consiste quase só em calamidades" [manuscrito]: a memória e o esquecimento na obra "Os anéis de Saturno" de W. G. Sebald / Marcos Eduardo de Sousa. - 2014. 112f.: il.: color. Orientador: Prof. Dr. Carlos Eduardo Lima Machado. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Ouro Preto. Instituto de Ciências Humanas e Sociais. Mestrado em Letras. Área de Concentração: Estudos da Linguagem. 1. Memória. 2. Narrativa (Retórica). 3. Esquecimento. I. Machado, Carlos Eduardo Lima. II. Universidade Federal de Ouro Preto. III. Titulo. CDU: 82-311.6 Catalogação: www.sisbin.ufop.br 4 Dedicatória Dedico esse trabalho a todos aqueles que durante os últimos três anos tiveram que tolerar minhas chatices e reclamações! 5 Agradecimento Minha não tão longa lista de agradecimentos tem que começar, obviamente, com aqueles que mais do que quaisquer outros sempre me incentivaram e fizeram o que foi possível, ou mesmo necessário, para que eu pudesse estar na Universidade e me manter aqui: meu pai, também Marcos; minha mãe, Delma; e minha irmã, Flávia. A eles, meu mais profundo agradecimento, a compreensão pelas minhas ausências – por morar em outra cidade –, o apoio incondicional nos momentos de turbulência, nas decisões tomadas por mim (errôneas ou acertadas) e o carinho recebido nos poucos momentos que pudemos ficar juntos nos últimos anos. Muito obrigado por tudo e minhas sinceras desculpas por minhas ausências!!! Se hoje eu me insiro dentro da Universidade como pesquisador, considero que o início dessa trajetória iniciou-se antes da atual dedicação plena à Literatura (assim mesmo, com capitular, pela sua importância!). Em virtude disso, meu primeiro agradecimento no campo acadêmico vai para a minha primeira orientadora, a professora Érika Lourenço, por acreditar no meu trabalho; agradeço também a professora Elzira Divina Perpétua, minha primeira orientação no campo das Letras; agradeço ainda ao professor Marco Antônio Torres, pela orientação e pelas discussões no que diz respeito à inter- relação entre educação e religião (um campo que talvez me interesse mais na questão ativista do que acadêmica, propriamente dita); por fim, agradeço ao meu atual orientador, Duda Machado (retomarei esse agradecimento mais a frente). Agradeço aos meus antigos colegas e amigos da República Rocinha, afinal, a perspectiva de mundo que eu construí até hoje não é fruto somente das pesquisas e aulas no ambiente institucionalizado, mas também, discussões e embates realizados na hora do café! Agradeço os meus colegas e amigos que entraram no Mestrado junto comigo, são eles (em ordem alfabética): Andiara Pinheiro, Débora Mendes, Estefânia Costa, Fernando César, Maria Emília, Nárllen Advíncula, Sávio Lopes. Passamos momentos bons e 6 sofridos juntos, sempre lamentando a dor da escrita (seria uma dor do parto!?)! Além das pessoas que entraram junto comigo no Mestrado, quero agradecer ainda às amizades que foram consolidadas ou mesmo criadas com alunos das turmas seguintes do Mestrado: Mariana Figueiredo, Gabriele Flausino, Verônica Barçante, Helen Ferreira. Tenho muito a agradecer a todos os meus colegas e amigos de trabalho (tanto atuais quanto os que passaram pela Biblioteca do ICHS), pela paciência e incentivo na continuidade dos meus estudos, cito alguns deles (em ordem alfabética também): Ana, Bento, Dona Conceição, Fia, Graça, Geraldinho, Jesus, João Renato, Joberto, Juarez, Marcus Valério, Maurílio, Paloma, ‘Seu’ Clovis, Thiago, Valmir. Além disso, agradeço a compreensão e paciência de todas as minhas atuais e ex-chefes (em ordem alfabética também): Luciana de Oliveira, Luciana Matias, Michelle, Sônia. Para mim, a Biblioteca do ICHS foi e é, muitas vezes, mais do que um local de trabalho, talvez a minha primeira casa em Mariana! Um muito obrigado a todos. Tenho a agradecer ainda aos professores do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) da UFOP, em especial, mas não exclusivamente, do curso de Letras e do Mestrado em Letras, mas não somente esses, como também do Departamento de Educação e de História. Dos professores que de alguma forma contribuíram de modo significativo na minha formação acadêmica e não foram citados ainda, e que merecem especial destaque são (em ordem alfabética também): Emílio Maciel, Glícia Gripp, José Luiz Vila Real, Leina Jucá, Marco Antônio da Silveira, Margareth Diniz, William Menezes. Agradeço colegas e amigos que ao longo do meu trajeto contribuíram, senão academicamente, nas relações do dia a dia (em ordem alfabética também): Clélia (ex- funcionária da seção de ensino), Gleydson, Lúcia (secretária do Pós-Letras), Marcelo Rangel (professor do Departamento de História-UFOP), Pedrão Eduardo, Otávio Xavier, ‘Seu’ Toninho. Retomo o agradecimento ao professor Duda Machado, à dedicação, paciência, compreensão apresentada ao longo de todo nosso processo de orientação. Sei que não 7 deve ter sido fácil, pois houve muitos momentos de turbulência na minha vida pessoal que acabaram por impactar no andamento do meu trabalho acadêmico. Por isso, um agradecimento especial a você! Agradeço ainda à Nayara Ferreira pelo companheirismo durante todo o tempo em que estivemos juntos, muitas das conquistas feitas nos últimos anos foram motivadas por você ou mesmo para você. Devido ao impacto e importância tão grande que você teve em minha vida, agradeço-lhe. Por fim, reforço o agradecimento a todas as pessoas mencionadas acima e já peço desculpa por um ou outro esquecimento que possa ter ocorrido, mas se alguém acha que deveria ter sido lembrado acima e não foi, me conhece o suficiente para poder me perdoar por mais esse esquecimento... 8 Resumo A presente dissertação visa contribuir para o fomento da discussão sobre a obra do escritor alemão W. G. Sebald, a partir de uma análise de Os anéis de Saturno: uma peregrinação inglesa, que tem por foco a construção narrativa, sustentada pela tensão entre memória e esquecimento. Neste sentido, enfatizamos principalmente, mas não exclusivamente, os eventos nos quais o elemento da destruição atua de forma mais significativa. Para atingir tal objetivo, abordamos três temáticas de grande relevância na construção narrativa: a peregrinação, as paisagens e a intertextualidade. O caráter altamente digressivo da obra é feito da concatenação de histórias dentro de histórias ou mesmo de emaranhamentos de histórias. Aparentemente destituídas de elementos de ligação, as histórias revelam uma estruturação sutil e feita de minúcias, conquistada pelo narrador sebaldiano. Nesta construção, nada é arbitrário ou sem unidade. Um efeito de melancolia deriva da concatenação de infindáveis narrativas de caráter destrutivo. Palavras-chave: memória, esquecimento, narrativa, destruição, melancolia, literatura alemã 9 Abstract The present dissertation aims at fostering discussion about the work of the German writer W. G. Sebald, by means of an analysis of The rings of Saturn: an English pilgrimage, centered on its narrative construction, which is supported by a tension between memory and forgetting. This way we mostly, but not exclusively, emphasize the events in which the element of destruction acts most significantly. To achieve this goal, we approach three very relevant narrative themes for the structure of the book: the pilgrimage, the landscapes, and the intertextuality. The work’s highly digressive aspect is made up of the concatenation of stories within stories, or even of the interweaving of stories. Apparently deprived of links, the stories reveal a structure, accomplished by the Sebaldian narrator, which is at the same time subtle and extremely detailed. In this structure, nothing is either arbitrary or without unity. A melancholy effect derives from the concatenation of countless stories of destructive character. Keywords: memory, forgetting, narrative, destruction, melancholy, German literature

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A eles, meu mais profundo agradecimento, a compreensão pelas minhas ausências – por morar em outra cidade –, o apoio incondicional nos momentos de turbulência .. 1 Escrito que o narrador da Divina comédia de Dante Alighieri se depara ao chegar na entrada do inferno Christopher Hitchens.
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