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No 3º milénio ane, o sítio de São Pedro e as dinâmicas de povoamento no Alentejo Médio PDF

606 Pages·2017·7.08 MB·Portuguese
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UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE LETRAS No 3º milénio a.n.e., o sítio de São Pedro e as dinâmicas de povoamento no Alentejo Médio Volume I Catarina Isabel dos Reis Costeira Orientador: Prof. Doutor Victor Manuel dos Santos Gonçalves Tese especialmente elaborada para obtenção do grau de Doutor no ramo de História, na especialidade de Arqueologia 2017 UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE LETRAS No 3º milénio a.n.e., o sítio de São Pedro e as dinâmicas de povoamento no Alentejo Médio Volume I Catarina Isabel dos Reis Costeira Orientador: Prof. Doutor Victor Manuel dos Santos Gonçalves Tese especialmente elaborada para obtenção do grau de Doutor no ramo de História, na especialidade de Arqueologia Júri: Presidente: Doutor António Adriano de Ascenção Pires Ventura, Professor Catedrático e Director da Área de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa Vogais: Doutor Michael Ernest Theodor Kunst, Professor Convidado da Goethe Universitat - Frankfurt am Main, Alemanha; Doutor António Manuel Monge Soares, Investigador Principal Aposentado do Centro - de Ciências e Tecnologias Nucleares do Instituto Superior Técnico; Doutora Maria Joaquina Coelho Soares, Directora do Museu de Arqueologia e - Etnografia do Distrito de Setúbal; Doutor Victor Manuel dos Santos Gonçalves, Professor Catedrático Jubilado da - Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, orientador; Doutora Mariana Teodósia de Lemos Castelo Branco Diniz, Professora Auxiliar da - Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; Doutora Ana Catarina de Freitas Alves Bravo de Sousa, Professora Auxiliar da - Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (Bolsa de Doutoramento SFRH/BD/76693/2011) 2017 Ao Afonso No 3º milénio a.n.e., o sítio de São Pedro e as dinâmicas de povoamento no Alentejo Médio – Volume I For what is it you look? (…) I look for aged pots of prehistoric days, And then I measure them in lots And lots of different ways. And then (like you) I start to write, My words are twice as long As yours, and far more erudite. They prove my colleagues wrong! (…) Come, tell me how you live! And when, and where, and why? (…) Five thousand years ago Is really, when I think of it, The choicest Age I know. And once you learn to scorn A.D. And you have got the knack, Then you could come and dig with me (…) Come tell me how you live? And what it is you do? (…) I hunt for objects made By men where’er they roam, I photograph and catalogue And pack and send them home. These things we do not sell for gold (Nor yet, indeed, for copper!), But place them on Museum shelves As only right and proper. (…) ‘tis not the way of wealth. But archaeologists live long And have the rudest health. (A – Siting on a Tell. With apologies to Lewis Carroll) Agatha Christie, 1946 [2010]. Na Síria No 3º milénio a.n.e., o sítio de São Pedro e as dinâmicas de povoamento no Alentejo Médio – Volume I AGRADECIMENTOS A realização deste longo trabalho, não obstante o seu carácter individual, contou com o apoio e incentivo de diversas pessoas e instituições. Nas linhas que se seguem pretendo expressar-lhes o meu profundo agradecimento. Ao Professor Doutor Victor S. Gonçalves, orientador desta dissertação e de tantos meus outros trabalhos académicos, agradeço todo o apoio e encorajamento, mas acima de tudo a liberdade para trilhar o meu próprio caminho. Ao Rui Mataloto, que comigo partilhou o sítio de São Pedro e com quem conheci o Alentejo médio, e visitei muitos dos sítios emblemáticos do Calcolítico do Sul peninsular, agradeço a disponibilização dos materiais, do registo de campo e da sua biblioteca (em papel e digital). Agradeço igualmente a leitura rigorosa e critica deste texto, as longas conversas telefónicas, o alento e a amizade em todos os momentos – principalmente nos mais sombrios, e a inabalável convicção de que seria capaz. Ao Rui Boaventura agradeço a amizade, a partilha de múltiplos livros e artigos, e o entusiasmo que sempre demonstrou pelo estudo da tecelagem calcolítica, um dos temas mais desenvolvidos neste trabalho. Lamento profundamente a ausência física do Boaventura na fase final deste projecto! À Ana Catarina Sousa, a primeira arqueóloga que conheci e com quem pela primeira vez escavei num povoado Calcolítico no longínquo verão de 2002, agradeço a amizade e o apoio demonstrados. Às professoras Ana Margarida Arruda, Catarina Viegas e Mariana Diniz agradeço todo o apoio e interesse demonstrados ao longo dos anos de realização deste trabalho. Ao Professor Doutor João Carlos Senna-Martínez agradeço a disponibilidade na cedência de bibliografia e todos os incentivos para que este trabalho fosse avançando. À Diana Nukushina agradeço todo o entusiasmo, dedicação e rigor que imprimiu ao estudo da indústria de pedra lascada do sítio de São Pedro. Sem a sua mestria não teria conseguido incluir esta categoria artefacual nesta fase do trabalho. Agradeço igualmente toda a amizade e as muitas palavras de incentivo que oralmente ou por escrito me ajudaram a superar os momentos mais solitários e menos luminosos. À Inês Conde e à Conceição Roque agradeço a disponibilidade e o entusiasmo na realização dos desenhos de artefactos cerâmicos, em particular dos fragmentos de recipientes com decorações, bem como a sua convicção de que este trabalho chegaria a bom porto. À Elsa Luís, minha amiga de longa data, que compreende o meu gosto pelos cacos, e que me lembra que a História continua depois de 2000 a.n.e. e que há mais mundo para Norte do Tejo. Agradeço todos os momentos partilhados no telhado da Faculdade de Letras e as muitas conversas e discussões que tornaram os meus dias menos solitários. À Catarina Alves – que conheci no cabeço de São Pedro, com quem escavei em diversos sítios v Catarina Costeira arqueológicos alentejanos e com quem partilhei múltiplas “categorias” sociais: aluna, precária, bolseira… Agradeço a presença constante desde a notícia que tínhamos conseguido uma bolsa de doutoramento, passando por todos os processos burocráticos de renovação de contratos, atrasos de pagamento, inscrições na faculdade, visitas às Finanças e Segurança Social, ou seja em todos os momentos difíceis mas menos conhecidos da realização de um projecto como este. Agradeço igualmente a partilha de bibliografia, a paciência na discussão de muitos dos critérios de análise dos materiais e a crença inabalável de que chegaríamos ao fim! Ao César Neves, com quem partilhei a sala de trabalho na FLUL, agradeço a companhia, a amizade e as críticas sempre pertinentes. Ao Marco Andrade agradeço a constante disponibilidade para o esclarecimento de dúvidas, as múltiplas conversas presenciais e telefónicas, e o desenho das placas de xisto gravadas do sítio de São Pedro. Ao André Pereira agradeço as muitas palavras de alento e todo o apoio prestado, principalmente na fase final deste trabalho. Gostaria também de agradecer o apoio e companheirismo dos meus amigos “bolseiros” Carolina Grilo, Andrea Martins, Susana Estrela, Teresa Pereira, Francisco Gomes, Rui Soares, Victor Filipe e Vincenzo Soria, com quem partilhei muitos almoços e cafés, e que melhor do que ninguém compreendem as tristezas, angústias, ansiedades, mas também os sorrisos e o brilho no olhar de quem segue um sonho. Devo igualmente uma palavra de gratidão a todos os que participaram nas equipas de escavação e no tratamento dos materiais do sítio de São Pedro desde o Verão de 2004 ao Inverno de 2009. O sítio de São Pedro foi um espaço de aprendizagem, trabalho e investigação, mas também de amizade! À Carla Antunes, à Cristina Ramos, à Mariana Nabais e ao José Inverno agradeço todos os momentos partilhados no São Pedro. Ao Sr. Vicente agradeço o acolhimento, a boa disposição e os muitos petiscos com que sempre nos presenteou durante as campanhas de escavação e nas muitas visitas e reuniões que realizei ao longo destes anos ao Redondo. À família Mataloto agradeço o acolhimento nas diversas viagens que efectuei ao Redondo. Expresso a minha gratidão a todos os investigadores que me cederam artigos e comigo partilharam informações inéditas sobre os seus sítios e projectos arqueológicos. Em particular agradeço a António Valera, António Monge Soares, Artur Rocha, Cláudia Costa, Eduardo Porfírio, Filipa Rodrigues, João Luís Cardoso, Jessie Cauliez, Lídia Baptista, Manuel Calado, Miguel Serra, Roland Gauss, Rosa Vidigal, Thomas Tews e Vera Pereira. À Carla Ribeiro, a minha vizinha da Faculdade de Ciências, agradeço as intermináveis conversas ao café e a partilha das angústias e sorrisos de quem era investigadora e mãe de primeira viagem. À minha amiga Jéssica Reprezas agradeço a amizade e o encorajamento no presente, e a lembrança dos muitos trabalhos e debates que realizámos num tempo mais distante. vi No 3º milénio a.n.e., o sítio de São Pedro e as dinâmicas de povoamento no Alentejo Médio – Volume I Às minhas amigas do “Oeste” Ana Sara Tomás, Ana Sofia Castelão, Laura Alexandre e Sónia Paula agradeço todo o apoio e o orgulho que sentem pelo meu percurso. À Filipa Neto, Filipa Bragança, Sofia Gomes, Ana Vale, Isabel Inácio e Catarina Oliveira, que na recta final deste trabalho me acolheram num novo desafio, agradeço todo o apoio e compreensão demonstrado. À Fundação para a Ciência e Tecnologia, que me concedeu uma Bolsa de Doutoramento e permitiu a minha dedicação exclusiva, durante quatro anos, à realização deste trabalho, garantindo alguma estabilidade num tempo incerto de crise. Em termos pessoais, esta oportunidade foi fundamental para conseguir conciliar o papel de arqueóloga/investigadora com os primeiros anos da maternidade. Este apoio, enquanto resultado de um esforço colectivo, impõe uma palavra de reconhecimento a todos os cidadãos portugueses e europeus que o tornaram possível. À Uniarq e à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa agradeço o acolhimento ao longo de todo o meu percurso académico e a disponibilização de um espaço para o estudo dos materiais do sítio arqueológico de São Pedro. À Câmara Municipal do Redondo agradeço o acolhimento e a autorização para estudar o sítio de São Pedro. À Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian, o meu refúgio nos longos meses de escrita deste texto, agradeço o conforto e a simpatia de toda a sua equipa. À equipa do Centro de Educação Infantil “Os Letrinhas”, da Associação de Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, agradeço o profissionalismo, o carinho e a dedicação com que cuidaram do Afonso nos seus primeiros três anos de vida. A proximidade física entre esta instituição e a minha sala de trabalho, a disponibilidade de horário e a compreensão pelos desafios académicos tornaram possível harmonizar a vida profissional e familiar. À minha mãe, que soube compreender e incentivar o meu percurso e que me ensinou a não desistir dos sonhos, mesmo daqueles que nos parecem impossíveis. Ao meu pai, que sempre partilhou o meu fascínio pela arqueologia e me incutiu o gosto por viajar e por viver rodeada de livros, sempre mais do que aqueles que seria capaz de ler! Ao meu irmão Miguel por todo o companheirismo desde sempre. Ao Tomé e à Maria por todas as palavras e gestos de apoio e incentivo, que a distância física não esmoreceu. À minha professora de História Elsa Penalva, que foi capaz de ver numa menina de catorze anos uma futura investigadora. Ao Xil, o meu companheiro, com quem há dez anos subi ao topo do São Pedro na esperança que compreendesse o que eu fazia. Agradeço o apoio incondicional em todos os momentos sombrios e luminosos, a força para não desistir, a perseverança com que aceitou os contentores de materiais e os livros de arqueologia que invadiram a nossa casa. As fotografias dos materiais e a formatação do vii Catarina Costeira trabalho contaram com a sua intervenção directa. Ao meu Afonso, que tornou a minha vida mais complexa, mas incomparavelmente mais completa. Espero que um dia leia e se orgulhe destas páginas, que tantas vezes tornaram a mãe ausente mesmo que fisicamente presente. Ao gato Faísca agradeço a companhia calma e silenciosa, e o olhar expressivo e profundo, nos momentos mais solitários da escrita deste trabalho. A todos – especialmente aos que injustamente não mencionei, os que me apoiaram e que me fizeram acreditar que era possível, expresso aqui o meu mais sentido agradecimento. Catarina Costeira Lisboa, 2017 viii

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Figura 8-5: Quantificação dos diferentes tipos de orientação do bordo e forma 4152±36. 2878-2623. A complexidade estratigráfica e a longa diacronia de locais, que combinavam o seu conhecimento tecnológico com outros
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