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Nem Anjos Nem Demônios (Papirus Debates) PDF

181 Pages·1.329 MB·Portuguese
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Você pode ajudar contribuindo de várias maneiras, enviando livros para gente postar Envie um livro ;) Ou ainda podendo ajudar financeiramente a pagar custo de servidores e obras que compramos para postar, faça uma doação aqui :) "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível." eeLLiivvrrooss ..lloovvee Converted by ePubtoPDF NEM ANJOS NEM DEMÔNIOS: A HUMANA ESCOLHA ENTRE VIRTUDES E VÍCIOS MARIO SERGIO CORTELLA MONJA COEN Papirus 7 Mares >> A coleção Papirus Debates foi criada em 2003 com o objetivo de trazer a você, leitor, os temas que pautam as discussões de nosso tempo, tanto na esfera individual como na coletiva. Por meio de diálogos propostos, registrados e depois convertidos em texto por nossa equipe, os livros desta coleção apresentam o ponto de vista e as reflexões dos principais pensadores da atualidade no Brasil, em leitura agradável e provocadora. Monja Coen por Mario Sergio Cortella A Monja Coen é única (até no nome)! Isso desde 1947, quando tornada Claudia Dias Batista de Souza. Decidiu quase quatro décadas depois virar monja – dá para “virar” monja? Claro, especialmente se essa virada for feita com a esperança e a sinceridade de alguém, como ela, que, tendo vivenciado muitas das dores e delícias deste mundo, decidira que havia outros modos de também estar nele. Das dores e delícias guardou uma história pretérita de religiosidade católica; a profissão de jornalista; viagens para o exterior, deixando São Paulo onde nasceu, maternidade (agora já é bi-bisavó!); e, claro, uma imensa vontade de viajar também para dentro de si, fazendo melhor o entorno do lado de fora dela mesma. Quando, ainda na Los Angeles de 1983 (antes de ir viver um bom tempo na Ásia), fez os votos monásticos, é provável que não supusesse que teria tanta relevância para o zen-budismo no nosso país; afinal, desde que dela ouvi falar (e lá se vai nisso um quarto de século) e com ela passei a conviver mais em eventos, palestras, debates, vizinhanças, cafés etc., só encontrei pessoas que dela acolheram o encantamento que impregna sua missão (missão mesmo!) pela paz, pela harmonia e pela autenticidade. Mario Sergio Cortella por Monja Coen Atrás do sorriso, um olhar que atravessa a superfície: “Quem é você? Como pensa? O que realmente quer dizer com isso?”. Assim é o Professor Mario Sergio Cortella. Há anos o encontro, sem marcar encontro, em locais diferentes: PUC- SP, palestrando no mesmo evento em alguma cidade do Brasil, caminhando nas proximidades da avenida Paulista, em restaurantes de bairro, aeroportos... Cada encontro, uma troca breve de palavras, um desafio ao pensar. Não é um ser humano comum. Professor Cortella pensa rápido e suas conexões neurais são infinitas – de um tópico a outro constrói e desconstrói ideias e ideais.  Dialogar com ele não foi fácil e divertido; foi instigante e reflexivo. Somos de tradições diferentes. Não pensamos exatamente da mesma maneira, e aqui está um tanto dele, a nos ensinar a pensar. Reconheço o Professor e agradeço a ele pelas aulas que nos dá. Quer nas ruas, quer nas esquinas, no café do aeroporto de Porto Alegre onde me lembrou que é no Capítulo 34 que são Bento fala de não resmungar – exemplo que costumo dar em minhas palestras. Caminhando e aprendendo. Encontrando e reencontrando um grande homem sábio – diria até um ser iluminado. Sumário Vícios e virtudes Virtudes para a boa vida Convicção x dissimulação Adianta ser bom? Vida é escolha? Todo ser humano tem salvação? Perceber o outro Fazer por merecer “De cada um de acordo com a sua capacidade, para cada um de acordo com a sua necessidade” Ande reto por uma rua curva Apego ao desapego Vida partilhada, vida virtuosa Glossário Notas Sobre os autores Outros livros dos autores Redes sociais Créditos N.B. Na edição do texto foram incluídas notas explicativas. Além disso, as palavras em destaque remetem para um glossário ao final do livro, com dados complementares sobre as pessoas citadas. Vícios e virtudes Mario Sergio Cortella – Monja, é curioso que estejamos aqui, um homem e uma mulher do ponto de vista biológico, para falar sobre virtude, pois essa é uma palavra que, em sua origem latina, está ligada ao mundo masculino. Virtude vem de “vir”, de “viril”, portanto, já de partida, ela seria uma característica dos homens. “Vir”, no idioma latino, significa aquele que tem potência – para usar um termo de que o Clóvis de Barros Filho tanto gosta –, que tem energia, que é valente, bravo. Logo, uma pessoa virtuosa seria aquela que é marcada pela bravura do ato masculino. Na origem, a palavra “virtude” é masculina, como seu significado. Hoje isso seria absurdo, mas supunha-se que a virtude era uma qualidade masculina por excelência. Haja vista que o próprio mundo do século XX, especialmente no cinema, na literatura, coloca as mulheres como menos virtuosas. Se nos lembrarmos das narrativas sobre a introdução do mal no mundo, é sempre o feminino que o faz. Seja Pandora,[1] para os gregos, seja Eva, para os hebreus, sempre a introdução do vício, isto é, do contraponto da virtude, é feita pelo feminino. E o cinema, as novelas levam isso adiante. Quase toda maldade numa novela, mesmo nos tempos atuais da TV, acontece por causa de uma mulher. Por isso, penso que esse viés machista, que aparece no ponto de partida, é o primeiro movimento com o qual precisamos lidar neste livro. Isto é, a virtude precisa ser entendida como uma qualidade humana e não necessariamente masculina. Lembro do edital de um concurso para policial militar no meu estado, Paraná, que tinha como uma de suas exigências para aprovação a masculinidade. E era um concurso para homens e mulheres![2] Ora, além de ser um requisito estranho por si

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