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“navalha é afiada”, o povo não entra em cena: uma análise dos discursos proibidos no teatro de PDF

218 Pages·2013·4.9 MB·Portuguese
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QUANDO A “NAVALHA É AFIADA”, O POVO NÃO ENTRA EM CENA: UMA ANÁLISE DOS DISCURSOS PROIBIDOS NO TEATRO DE PLÍNIO MARCOS, NA CENSURA OFICIAL E NA IMPRENSA SÃO CARLOS 2017 Denise Aparecida de Paulo Ribeiro Leppos UNIVERSIDADE FEDE RAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA QUANDO A “NAVALHA É AFIADA”, O POVO NÃO ENTRA EM CENA: UMA ANÁLISE DOS DISCURSOS PROIBIDOS NO TEATRO DE PLÍNIO MARCOS, NA CENSURA O FICIAL E NA IMPRENSA DENISE APARECIDA DE PAULO RIBEIRO LEPPOS Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) – Processo 2015/23138-3. Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Linguística da Universidade Federal de São Carlos, como parte dos requisitos para a qualificação de doutorado. Orientador: Prof. Dr. Carlos Felix Piovezani Filho São Carlos - São Paulo - Brasil 2017 Aos meus Pais (Édina e Benedito) pelo apoio incondicional. Ao meu esposo e grande amigo Junior pelo companheirismo e a alegria de dividirmos uma vida. AGRADECIMENTOS Ao meu orientador e amigo, Prof. Dr. Carlos Piovezani, por quem tenho profunda admiração, agradeço por ser sempre tão paciente, disponível e dedicado, permitindo que meu percurso acadêmico fosse permeado com conteúdos até então anônimos, reconhecendo minhas dificuldades e propiciando meios para que eu as superasse. Agradeço pelo acolhimento na perspectiva mais nobre que um docente pode manifestar, pelas oportunidades por você atravessadas que permitiram o meu crescimento acadêmico e pessoal. À querida Profa. Dra. Luzmara Curcino, pela amizade e pela ternura estampada em seus gestos. Muito obrigada por agir com toda a sua “Luz” nos momentos difíceis que pude enfrentar na Universidade, inclusive pelo tempo em que se pôs disponível para afagar minhas angústias acadêmicas e muitas vezes até as de ordem pessoal. Ao Prof. Dr. e amigo Israel de Sá, pelo companheirismo, por ter me esclarecido dúvidas, por aceitar participar da minha banca de defesa e, sobretudo, por me ajudar a crescer na vida acadêmica. Ao Prof. Dr. e amigo Pedro Carvalho, pelo carinho de sempre. Obrigada por participar da minha banca de defesa e dividir comigo todo o seu conhecimento. Ao Prof. Dr. Antônio Fernandes Junior, por aceitar o convite para fazer parte mais uma vez desse meu percurso acadêmico. Agradeço o carinho de sempre e por todo conhecimento dividido comigo. Ao Prof. Dr. e amigo Carlos Turati, pelo carinho e companheirismo de sempre. Agradeço por aceitar fazer parte desse meu percurso acadêmico. À Profa. Dra. Claudia Poncioni, pelo acolhimento e orientação durante meu estágio de pesquisa realizado na França. Ao Prof. Dr. Fernando Cabrera (in memorian), pelo apoio, carinho, inspiração durante a graduação. ¡Gracias por todo! À Profa. Dra. Graça dos Santos, por suas colaborações que iluminaram algumas de minhas análises acadêmicas principalmente com suas aulas sempre inspiradoras. À Profa. Dra. Cristina Costa, por me acolher em seu grupo de pesquisa e possibilitar minha pesquisa no Arquivo Miroel Silveira. À Profa. Dra. Vanice Sargentini, que cotizou relevantes contribuições à minha pesquisa, partilhando inclusive uma parte da orientação durante o afastamento do Prof. Dr. Carlos Piovezani. Faço meus agradecimentos de forma duplicada por ter me admitido em seu círculo mais próximo de alunos. Aos amigos do LABOR: Nicole, Joseane, Geovana, Duilio, Nilson, Wilson, Israel, Thiago, Simone, Diane, Hulda, Monica, Maísa, Fabrícia, Michele, Lívia e Pedro Varoni que participaram em muitas oportunidades de nossos encontros “LABORiosos” agindo como verdadeiros facilitadores entre os livros e a vida. Aos amigos do “1e étage”, aos quais tenho muito carinho e admiração: Bertrand, Caio, Christiane, Elena, Fernanda, Manu, Marcela, Marina, Marisa, Mayela, Paulo e Rogério, que tornaram a jornada menos árdua, proporcionando momentos inesquecíveis. À Allice, que em suas maravilhas se desfez de muitas horas de sua vida para compartilhar comigo as minhas perturbações acadêmicas e pessoais na mesinha de sempre da biblioteca. Muito obrigada! À Juliane, que me amparou diante de inúmeras horas de exaustão e de desalento com sua paciência e dedicação. Obrigada por se fazer presente em minha vida mesmo quando estávamos distantes e por me permitir falar sem censuras e preconceitos. Você faz a diferença! À Diane, que se desdobrava em mil para me acalmar e me desanuviar em momentos de angústias. Obrigada pela sua amizade, grande presente que ganhei ao longo desses quatro anos de doutorado. À Lívia, pelo carinho de sempre desde a primeira vez que nos encontramos durante a entrevista do processo seletivo do mestrado. Obrigada sempre! À Hulda, mesmo nos conhecendo há tão pouco tempo já se mostrou uma grande amiga! À Maísa e Monica, pelo carinho latino, amizade e companheirismo. Amigas que mesmo longe estão sempre presentes! Pikos À Michele e Fabrícia, pela amizade e pelo companheirismo. Vocês tornaram minha vida mais doce! Aos meus companheiros de apartamento da Ourcq, Paula e Guilherme. Agradeço a vocês pelo carinho e companheirismo. Obrigada pela oportunidade de nos tornarmos amigos, sobretudo, em Paris. Paula, você com seu jeito doce, sempre prestativa e parceira. Guilherme, com seu jeito sincero me cativou. Je tope repetir nossas aventuras! Ao meu querido esposo e amigo Junior, pelo carinho e pela paciência durante esses anos de pesquisa. Agradeço por ser meu parceiro de vida, por dividirmos planos, angústias e alegrias. Obrigada meu bem! Aos funcionários do PPGL, pela ajuda de sempre. À CAPES, pela bolsa concedida para meu estágio na França. À FAPESP, pela concessão de bolsa no Brasil, propiciando crescimentos acadêmicos, frutos desse financiamento. X Uma letra bruxuuleia na noite xadrez. É preciso falar baixo chorar baixo pensar baixo pois aqui não há bis apenas um tris. Uma letra passa num pss e coloca-se lada a lado com a letra solidária unindo lábio ao lábio no cilício. E silêncio que a letra é perigosa periculosa não podendo ser vista ou entrevista. E psiu que a letra cumpre pena sob código pelo crime de unir-se a outras letras, compreensível. Este é o xis do problema solvido num sol uço Este é o xis da solução detida no ar cabouco. Mas a letra trateia no escuro em busca de sentido. Mas a letra se perde e encontra o ímã da letra irmã. Mas a letra se livra na palavra liverdade. (Otoniel Santos Pereira) RESUMO Nesta pesquisa, nos propomos a investigar as razões pelas quais a obra do dramaturgo Plínio Marcos foi censurada durante a Ditadura Civil-Militar brasileira. Para responder a essa nossa indagação, formulamos outras questões sobre os dizeres que nos permitiram compreender os motivos e as condições dos silenciamentos manifestados em certos discursos, como: quem diz?; como diz?; quando diz?; para quem diz?; onde diz?; por que diz?; etc. Trabalhamos com o pressuposto de que há direta e indiretamente uma incidência do contexto autoritário nas produções do dramaturgo brasileiro, sob a forma de censura das obras e nas próprias relações entre as personagens de suas peças, e, ainda, em sua repercussão na crítica publicada na mídia deste período. A partir do postulado discursivo segundo o qual não é qualquer um que pode dizer qualquer coisa em qualquer circunstância, analisamos neste trabalho três tipos de materialidades: i) os textos dramáticos do referido dramaturgo que foram produzidos no período ditatorial; ii) os documentos oficiais emitidos (pereceres e relatórios) pelas agências repressoras, a saber: DOPS, Sistema Nacional de Informações (SNI) e os processos de censura prévia presentes no Arquivo Miroel Silveira (AMS); iii) textos e críticas veiculados na mídia impressa que trataram da obra e/ou de sua censura. Fundamentados na Análise do Discurso de linha francesa, mediante uma abordagem das correspondências entre constituição, formulação e circulação, buscamos descrever e interpretar discursivamente as relações entre Teatro, Censura e Mídia, observando as propriedades e regularidades discursivas daqueles que eram então considerados dizeres subversivos no meio artístico. Vale ressaltar que delimitamos a nossa pesquisa aos momentos em que a relação teatro/política se sobressaiu. Com vistas a alcançar nosso objetivo, organizamos esta tese conforme os tipos de manifestação predominante da censura, quais sejam: ordem religiosa, ordem moral e ordem política. Assim, nossa pesquisa foi sustentada na compreensão da relação entre a produção dos efeitos de sentido na constituição do discurso artístico do teatro brasileiro contemporâneo, observando o discurso em suas diferentes materialidades num conjunto de transformações históricas e sociais em condições repressivas de produção. Palavras-chave: Discurso; Poder; Silenciamento; Teatro; Plínio Marcos. RESUMÉ Dans cette recherche, nous nous proposons d’investiguer les raisons pour lesquelles l’œuvre du dramaturge Plínio Marcos a été censuré durant la Dictature Civil-Militaire brésilienne. Pour répondre à cette question, nous en formulons d’autres à propos des dires qui nous permettent de comprendre les motifs et les conditions des silenciements manifestés dans certains discours, comme : qui le dit ? ; comment cela est dit ? ; quand cela est dit ? ; à qui cela est dit ? ; où cela est dit ? ; pour quoi cela est dit ? ; etc. Nous travaillons avec la présupposition d’avoir directement et indirectement une incidence du contexte autoritaire dans les productions du dramaturge brésilien sous la forme de censure des œuvres et même dans les propres relations entre les personnages de ses pièces, et encore dans sa répercussion dans la critique publiée dans la presse de cette période. A partir du postulé discursif selon lequel ce n’est pas tout le monde qui peut dire n’importe quoi dans n’importe quelle circonstance, nous avons analysé trois types de matérialité : i) ses textes dramatiques produits dans la période dictatoriale ; ii) les documents officiels émis (des avis et des rapports) par les agences répressives, à savoir : DOPS, Système National d’Information (SNI) et les procès de censure préalable présents dans l’Archive Miroel Silveira – AMS ; iii) des textes et des critiques véhiculés dans la presse écrite qui ont traité de l’œuvre et/ou de sa censure. Fondés dans l’Analyse du Discours française, face à une approche des correspondances entre constitution, formulation et circulation, nous cherchons à décrire et à interpréter discursivement les relations entre Théâtre, Censure et Presse en observant les propriétés et régularités discursives de ceux qui étaient considérés des dires subversifs dans le milieu artistique. Il est important de souligner que nous circonscrivons notre recherche aux moments où la relation théâtre/police est ressorti. Envisageant d’achever notre objectif, nous organisons cette thèse selon les types de manifestation prédominante de la censure : ordre religieux, ordre morale et ordre politique. Ainsi, notre recherche se soutient dans la compréhension de la relation entre la production des effets de sens dans la constitution du discours artistique du théâtre brésilien contemporain, en observant les discours dans ses différentes matérialités dans un groupe de transformations historique et sociales en conditions répressives de production. MOTS-CLE : Discours ; Pouvoir ; Silenciement ; Théâtre ; Plínio Marcos.

Description:
Figura 16 – Personagens de Navalha na carne. Figura 17a – Certificado de Censura da peça Navalha na Carne de Plínio Marcos – DDP O enunciador do texto ainda salienta a capacidade de Plínio Marcos em fazer dialogar.
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