© 2018 - Luiz Antonio Sacconi Direitos em língua portuguesa para o Brasil: Matrix Editora www.matrixeditora.com.br Diretor editorial Paulo Tadeu Capa, projeto gráfico e diagramação Allan Martini Colombo Revisão Adriana Wrege CIP-BRASIL - CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ Sacconi, Luiz Antonio Não erre mais!: com exercícios e respostas no final / Luiz Antonio Sacconi. - 1. ed. - São Paulo: Matrix 2018. ISBN 978-85-8230-424-2 1. Língua portuguesa. 2. Língua portuguesa - Problemas, questões, exercícios. I. Título. 17-43998 CDD: 469.5 CDU: 821.134.3’36 Apresentação desta edição Creio que, depois de tantas edições, sejam dispensáveis muitas palavras. A obra é um sucesso desde a sua primeira edição, em 1973, e continua a mais descontraída, a mais leve, a mais intimista (você saberá exatamente do que estou falando, ao longo da leitura) e sobretudo a mais plagiada. Sim, porque esta foi a primeira obra do gênero; atrás dela vieram muitas, algumas excelentes, outras nem tanto. A qualidade da impressão, o bom gosto da diagramação, a excelência do papel e o esmero do acabamento continuam os mesmos! Continua a série de perguntas com as dúvidas mais comuns, no final do livro, que também conta com uma bateria de exercícios, com as devidas respostas, a fim de que você teste seus conhecimentos e divirta-se um pouco mais. Tenha certeza você, caro leitor, de que esta será a derradeira edição reformulada do Não erre mais!, cuja primeira edição surgiu nos idos de 1973, na antiga Companhia Editora Nacional. Já se vão 45 anos, e o adiantado dos meus anos já não me permite pensar em uma nova edição totalmente reformulada futuramente. Para gáudio dos maus jornalistas e tristeza (assim espero) de professores, estudiosos e bons profissionais que têm o idioma como ferramenta de trabalho ou daqueles que a ele devotam o mais profundo respeito. A verdade é que, durante esses anos todos, depois de dezenas de edições, ainda me deparo com pessoas que continuam dizendo “houveram críticas”, “haviam crianças” e – mais grave – ainda me deparo com jornalistas, mormente repórteres, que continuam dizendo ou escrevendo “um milhão de pessoas morreram”, “as milhares de crianças”, “vitamina ê”, “Roráima”! Alguns devem ter conseguido assimilar alguma coisa; outros, infelizmente, não tiveram a mesma sorte e continuam cometendo as velhas e surradas tolices de sempre. Na vida, assim como na escola, há os que não aprendem nunca! O que me conforta ao menos um pouco é que, depois do surgimento desta obra, alguns jornalistas (apenas alguns), sobretudo repórteres sensatos, deixaram de usar “duas milhões de pessoas”. Já é uma conquista. Pequena, porém, mesmo assim, uma conquista. Depois de tudo e além disso, só me resta uma esperança: que esta edição sobreviva muitos e muitos anos depois de mim, para que os bons profissionais busquem aprimorar-se cada vez mais no exercício de sua profissão, mormente aquelas que exigem um maior cuidado com o idioma ou o uso da norma culta. Foi esse, aliás, o nosso verdadeiro objetivo, ao publicarmos esta obra em 1973. E seu sucesso tem sido tão grande desde então, que despertou a “ira” de alguns professores, ainda que sem nenhuma expressão ou importância. A bem da verdade, nunca me incomodaram, porque se trata de professores que, embora universitários, nunca produziram nada de útil, nada que despertasse o real interesse do grande público, ou seja, não conseguiram produzir nada que fizesse algum sucesso. E aos espíritos superficiais o sucesso alheio dói, dói muito! A esses, deixo o meu desprezo, quando não a minha repugnância, sobretudo pela falta de ética e de respeito, mácula do caráter que caracteriza os pobres de espírito, também conhecidos vulgarmente como espíritos de porco. Quero reiterar ainda minha profunda gratidão a dois editores meus, sem os quais tudo seria muito diferente: primeiro, a Luiz Herrmann, da Editora Atlas, saudoso editor e amigo e, segundo, a Arnaldo Saraiva, da extinta Editora Nova Geração, editor e amigo que honra com a maior dignidade a tradição livreira iniciada por seu pai, Joaquim, fundador da Livraria e Editora Saraiva. Agradeço a todos a paciência que tiveram comigo e o prestígio que me concederam durante todos esses anos. Espero que minha contribuição tenha sido justa, honesta, proveitosa e à altura das suas expectativas. Luiz Antonio Sacconi Apresentação de algumas das edições anteriores Um indivíduo só pode dizer-se inteiramente livre, no âmbito da comunicação linguística, quando conhece todas as modalidades de língua a seu dispor e escolhe aquela que melhor convém ao momento do discurso. É pouco, portanto, conhecer apenas uma língua funcional ou a sua variante sociolinguística. O ideal é que o indivíduo seja um poliglota dentro da sua própria língua. Conhecer a norma culta, assim, de certa forma, é sentir-se mais livre para comunicar-se. Norma culta, ou seja, a língua utilizada segundo os padrões estabelecidos pelos clássicos ou bons escritores do idioma, é assim como etiqueta social: não é preciso conhecê-la para viver, mas é absolutamente indispensável conhecê-la para conviver. Há os que, quase simploriamente, afirmam que o importante é se comunicar. Sim, senhor! Por fumaça também se comunica! A esses, no ato da alimentação, certamente o mais importante é a digestão, sendo de somenos importância os meios de como se leva o alimento à boca. Mas são justamente esses meios que diferenciam o ser humano educado, civilizado, dos demais de sua espécie. Cada qual vive e come à sua própria moda, é certo, mas todos têm o direito de conhecer caminhos, para poderem fazer a sua escolha. É justamente essa escolha que determina a posição e o papel que cada um de nós deve ocupar em nosso meio, na sociedade. Ademais, a norma culta é a única que garante a unidade linguística de uma nação. Esta obra, desde a sua primeira edição, em 1973, surgiu como uma opção aos que pretendem conhecer a norma culta, a fim de usá-la no momento que for ou que achar conveniente. Assim como não se aconselha o uso da língua popular num discurso, num veículo de comunicação de massa, também desaconselhável será o emprego da norma culta entre amigos que se divertem ou que tomam sol numa praia. Saber distinguir os vários momentos é fundamental (v. Nossa gramática completa). Por isso, esta obra não deve ser vista como um instrumento tirano, mas como um meio de levar você, caro leitor, a alcançar um pouco mais da tão sonhada liberdade. Mais livres somos quanto mais escolhas temos à disposição. As brincadeiras, ironias e às vezes até alguns sarcasmos encontrados aqui e ali ficam por conta de uma índole espirituosa, quando não de uma caturrice sem conta. Nada têm a ver com desprezo ou menosprezo aos ignorantes. Afinal, todos têm o direito se ser felizes à sua própria moda... Luiz Antonio Sacconi
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