ebook img

Mosaicos da Escravidão: identidades africanas e conexões atlânticas do Recôncavo da Guanabara PDF

226 Pages·2010·3.41 MB·Portuguese
Save to my drive
Quick download
Download
Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.

Preview Mosaicos da Escravidão: identidades africanas e conexões atlânticas do Recôncavo da Guanabara

1 Universidade Federal Fluminense – UFF Instituto de Ciências Humanas e Filosofia Programa de Pós-Graduação em História Mosaicos da Escravidão: identidades africanas e conexões atlânticas do Recôncavo da Guanabara (1780-1840) Nielson Rosa Bezerra Niterói 2010 2 Universidade Federal Fluminense – UFF Instituto de Ciências Humanas e Filosofia Programa de Pós-Graduação em História Mosaicos da Escravidão: identidades africanas e conexões atlânticas do Recôncavo da Guanabara (1780-1840) Nielson Rosa Bezerra Tese defendida no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fluminense, exigida como parte dos requisitos para a obtenção do título de Doutor em História. Orientadora: Profa. Dra. Mariza de Carvalho Soares. Niterói 2010 3 Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Central do Gragoatá B574 Bezerra, Nielson Rosa. “Mosaicos da escravidão: identidades africanas e conexões atlânticas do Recôncavo da Guanabara (1780-1840)” / Nielson Rosa Bezerra. – 2010. 215 f. Orientador: Mariza de Carvalho Soares. Tese (Doutorado) – Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de História, 2010. Bibliografia: f. 190-205. 1. Escravidão. 2. Negro – Identidade racial. 3. Tráfico de escravos. I. Soares, Mariza de Carvalho. II. Universidade Federal Fluminense. Instituto de Ciências Humanas e Filosofia. III. Título. CDD 306.362 4 Universidade Federal Fluminense – UFF Instituto de Ciências Humanas e Filosofia Programa de Pós-Graduação em História Mosaicos da Escravidão: identidades africanas e conexões atlânticas do Recôncavo da Guanabara (1780-1840) Nielson Rosa Bezerra BANCA EXAMINADORA ___________________________________________________ Profa. Dra. Mariza de Carvalho Soares – UFF (Orientadora) ___________________________________________________ Prof. Dr. João José Reis – UFBa ___________________________________________________ Prof. Dr. Carlos Eugênio L. Soares – UFBa ___________________________________________________ Prof. Dra. Hebe Castro de Mattos – UFF ___________________________________________________ Prof. Dr. Alexsander Gebara – UFF ___________________________________________________ Prof. Dr. Carlos Gabriel Guimarães – UFF (Suplente) 5 ABREVIATURAS ANRJ – Arquivo Nacional do Rio de Janeiro ACDNI – Arquivo da Cúria Diocesana de Nova Iguaçu APPH-CLIO – Associação do Professores e Pesquisadores de História da B. Fluminense BN – Biblioteca Nacional CRPH – Centro de Referência do Patrimônio e da História de Duque de Caxias STDB – Slave Trade Database 6 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Ofícios dos escravos do Recôncavo da Guanabara (1783-1837) Tabela 2 – Escravos do Recôncavo, por faixa etária (1783-1837) Tabela 3 – Ofícios dos escravos doentes do Recôncavo da Guanabara (1783-1837) Tabela 4 – Procedências dos escravos do Recôncavo da Guanabara (1783-1837) Tabela 5 – Grupos de Procedências dos escravos do Recôncavo do Rio de Janeiro Tabela 6 – Procedências africanas de Jacutinga (1790-1809) Tabela 7 – Denominações de cor dos escravos nascidos no Brasil. Jacutinga (1790-1809) Tabela 8 – Tipos de embarcações da Baía da Guanabara (1829-1832) Tabela 9 – Procedências dos arraes das embarcações da Guanabara (1829-1832) Tabela 10 – Procedências dos arraes africanos (1829-1832) Tabela 11 – Procedências dos arraes estrangeiros, segundo as áreas de concentração Tabela 12 – Arraes estrangeiros, não africanos (1829-1832) Tabela 13 – Arraes nascidos no Brasil (1829-1832) Tabela 14 – Idade dos arraes da Guanabara (1829-1832) Tabela 15 – Grupo de procedências dos remadores africanos (1829-1832) Tabela 16 – Grupo de procedências dos remadores não africanos (1829-1832) Tabela 17 – Destinos de africanos embarcados na Baía de Biafra (1626-1850) Tabela 18 – Viagens entre o Rio de Janeiro e a Costa Africana (1795-1811) 7 LISTA DE QUADROS Quadro 1 – Produção agrícola do Recôncavo da Guanabara (1769-1779) Quadro 2 – Despesas do Bergantim São José Diligente (1811) Quadro 3 – Receitas do Bergantim São José Diligente (1811) Quadro 4 – Viagens do Bergantim São José Diligente (1799-1811) 8 RESUMO O estudo da diáspora africana tomou um lugar de destaque na produção historiográfica sobre a formação da sociedade brasileira. Considerando os ressignificados que os africanos e os seus descendentes realizaram com as diversas expressões culturais que foram transportadas junto com os milhões de sobreviventes submetidos ao desterro através do tráfico atlântico, é possível problematizar sobre o passado colonial do Brasil com o objetivo de construir hipóteses explicativas para as contradições sociais que caracterizam o presente. Entretanto, já não existe lugar na historiografia para interpretações ensaístas ou isolacionistas. Desta forma, neste trabalho meu objetivo final é estudar uma parte da história do impacto provocado pela chegada desses africanos desterrados no Brasil, em especial no Recôncavo da Guanabara. Os limites dessa proposta estão por um lado nas fontes disponíveis, e por outro na habilidade de lidar com um volume tão amplo e ainda pouco explorado de informações. Quero destacar que o andamento do trabalho mostrou que os contatos entre portos atlânticos ou cidades portuárias (como Rio de Janeiro e Salvador) não são suficientes para a adequada compreensão do conjunto das relações do tráfico entre o Brasil e a África, entendida aí em sua diversidade. Assim, procurei construir o trabalho a partir de um estudo sistemático sobre a pluralidade das conexões identificadas nas relações entre o Recôncavo do Rio de Janeiro, e não apenas a cidade do Rio de Janeiro, e alguns portos atlânticos africanos, especialmente Bonny e Calabar, na Baía de Biafra. Palavras-chaves: Escravidão – Identidades africanas – Conexões atlânticas – Diáspora africana – Recôncavo da Guanabara 9 ABSTRACT The study of African diaspora has reached a prominent place in the historiographic production on the formation of brazilian society. Regarding to the “new meanings” that african people and their descendants have elaborated through Atlantic trade. This work intends to identify african influences about contraditions in brazilian society nowadays. However, there is not space to essays and isolated interpretations. My main purpose is to study some histories of social transformations in Brazil under african slavery, especifically in the hinterland of Guanabara Bay. Then, African identities and Atlantic connections are specific questions to this work. According to these perspectives, I have studied differents relations between the hinterland Guanabara Bay (not only the Rio de Janeiro City) and some African Atlantic ports, especifically Bonny and Calabar, in the Biafra Bay. Key-words: Slavery – African identities – Atlantic connections – African diaspora – the hinterland of Guanabara Bay 10 AGRADECIMENTOS Um trabalho como esse não poderia ser realizado individualmente. Simplesmente porque é impossível delimitar objeto; selecionar e tratar fontes; ler, fichar e citar bibliografia; escrever, revisar, digitar, formatar... É muito trabalho para ser realizado de forma isolada e individualista. Ainda bem, que assim como uma das principais inspirações desse trabalho, tenho aproveitado as conexões e a solidariedade das pessoas que tenho compartilhado a convivência desde muito tempo. Mas quando realmente comecei esse trabalho? Com certeza não foi quando eu fui selecionado no Programa de Pós-Graduação. Assim, minha lista de agradecimentos será extensa. Perdoem-me os leitores desinteressados, mas não poderei deixar de escrevê-la, pois muitas contribuições foram recebidas ao longo dos anos de pesquisa que resultaram neste trabalho. Os primeiros agradecimentos são para minha orientadora Profa. Dra. Mariza de Carvalho Soares. Esses não são agradecimentos formais dos que precisam ser feito por obrigação. Esses são agradecimentos sinceros e calorosos para um ser humano que me acolheu, acreditou no potencial de um aluno externo que não era conhecido pela instituição e sem nenhuma referência. A generosidade e o desprendimento que a Profa. Mariza me dispensou marcaram definitivamente minha vida e, consequentemente minha carreira acadêmica. Neste período outros professores da UFF também foram essenciais para minha bem sucedida formação. A Profa. Martha Abreu e o Prof. Theo Lombarinhas me argüíram com rigor e entusiasmo na banca de seleção, cujas indicações de leituras e fontes serviram como inspiração ao longo de todo o curso. A Profa. Hebe Mattos tem sido uma grande incentivadora. Além da banca de seleção, ela também participou da banca de qualificação e espero vê-la em minha defesa. Suas contribuições são consistentes e estão presentes em cada linha escrita. O Prof. Alexsander Gebara que também participou da qualificação apresentou idéias e perspectiva que oxigenaram minhas argumentações, possibilitando fôlego para chegar até o final. Ainda estendo os meus agradecimentos ao Prof. Carlos Gabriel Guimarães cuja generosidade e competência sempre estiveram à minha disposição nas “conversas rápidas”, mas extremamente proveitosas, sobretudo no que diz respeito à identificação de novas fontes que poderiam ser pesquisadas.

Description:
UFF e aos funcionários de administrativo, cujo apoio sempre foi 257 Mariza de Carvalho Soares, “From Gbe to Yoruba: Ethnic Changes within the
See more

The list of books you might like

Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.