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Monografia Alice Soares Alves PDF

100 Pages·2011·13.68 MB·Portuguese
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ARTIGO DE REVISÃO BIBLIOGRÁFICA MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA DENTÁRIA O contributo da imagiologia no diagnóstico dos distúrbios temporomandibulares ALICE SOARES ALVES Orientador Professor Doutor João Carlos Gonçalves Ferreira de Pinho Professor Associado com Agregação da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto Co-Orientador Mestre Miguel Carvalho Silva Pais Clemente Assistente convidado da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto PORTO 2011 Agradecimentos          Ao Professor Doutor João Carlos Pinho, manifesto a minha gratidão pelo seu apoio  incondicional. Foi para mim uma honra poder ter as suas orientações e colaboração  inexcedível, que me foi transmitida ao longo desta monografia. Transmitiu‐me o  exemplo  de  um  distinto  académico  com  grande  sentido  humanista  e  responsabilidade profissional.         A todos aqueles que directa ou indirectamente me ajudaram a alcançar mais uma  meta, na minha vida académica, o meu muito obrigado, com um cumprimento de  amizade ao Dr. Miguel Carvalho Silva Pais Clemente                              2 Resumo    Introdução  O  diagnóstico  e  plano  de  tratamento  de  doentes  com  distúrbios  temporomandibulares é uma área controversa.   Como meio auxiliar de diagnóstico dos distúrbios temporomandibulares, a  imagiologia é essencial para o diagnóstico e tratamento de doentes com distúrbios  temporomandibulares  sendo,  provavelmente,  o  mais  usado.  Neste  contexto,  é  fundamental que o médico dentista conheça a anatomia, fisiologia e biomecânica da  articulação  temporomandibular  para  estar  apto  a  interpretar  os  exames  imagiológicos da articulação temporomandibular.   Durante décadas as técnicas imagiológicas resumiam‐se a radiografias (plain  film)  que  mostram  apenas  as  partes  mineralizadas  da  articulação  temporomandibular e as lesões, quando evidentes, com sobreposição de estruturas.     Objectivos  O objectivo deste trabalho é descrever as técnicas imagiológicas mais usadas,  como  meios  auxiliares  de  diagnóstico  dos  DTM,  discutir  as  suas  vantagens  e  desvantagens e verificar quais, no estado actual do conhecimento destas matérias,  fornecem  mais  informação  e  podem  contribuir  para  melhorar  o  diagnóstico  e  tratamento dos doentes com distúrbios temporomandibulares.    Material e métodos  Foi  efectuada  uma  pesquisa  bibliográfica  na  base  electrónica  PubMed,  e  consulta de diversos livros e algumas revistas em suporte de papel. Obtiveram‐se  1859 publicações. Após a aplicação dos critérios de exclusão foram obtidos 189  artigos, para além de 26 livros e capítulos de livros de referência, que foram o  suporte científico para a elaboração deste trabalho de revisão      3 Desenvolvimento  Existe um grande número de técnicas imagiológicas utilizadas, ao longo dos  anos,  no  estudo  dos  distúrbios  temporomandibulares.  Dividem‐se  em  duas  categorias: avaliação de tecidos duros e tecidos moles, embora nem todas sejam  eficazes na visualização das estruturas da articulação temporomandibular.    Conclusões  As  conclusões  deste  estudo  sugerem  que,  actualmente,  as  técnicas  imagiológicas mais eficientes são:   ‐ Tomografia computadorizada e a tomografia computadorizada por feixe cónico  (tecidos duros);  ‐ Imagem por ressonância magnética (tecidos moles)  ‐ Imagiologia nuclear (alterações fisiológicas)     Palavras‐chave: imagiologia das ATM, radiografia panorâmica, tomografia da ATM,  tomografia computadorizada da ATM, tomografia computadorizada por feixe cónico  da ATM, ressonância magnética da ATM, ultrassonografia da ATM e imagiologia  nuclear.                            4 Abstract    Introduction  The diagnosis and treatment planning of a patient with temporomandibular  disorders is a controversial area, where imaging is an auxiliary means of diagnosis  essential for the treatment of these patients, being, probably, the most common  tool used in these situations. Therefore, dentists should understand the anatomy,  physiology  and  the  biomechanics  of  the  temporomandibular  joint,  in  order  to  interpret the imaging exams of the temporomandibular joint.  Throughout  decades  imaging  techniques  were  restricted  to  plainfilm  that  only  allowed the visualization of mineralized areas of the temporomandibular joint and  lesions, when patent, with overlapping structures.    Objectives  This study intends to describe the most common imaging techniques, used as  auxiliary  means  of  diagnoses  of  temporomandibular  disorders,  enumerate  their  advantages and disadvantages, and verify at this point, with the actual knowledge of  all  these  issues,  which  imaging  technique  can  actually  contribute  with  more  information to achieve a better diagnoses and treatment planning of a patient with  temporomandibular disorders.    Material and Methods  A  literature  review  was  realized  on  the  data  search  PubMed,  and  the  consultation of enumerous books and published printed papers. We obtained 1859  publications. After applying the criteria of exclusion, we remained with  total of 189  papers, as well as 26 reference books and book chapters, which were the scientific  scaffold to this review.    Discussion  There is a variety of imaging techniques in the study of temporomandibular  disorders,  which  can  be  divided  in  two  categories:  evaluation  of  soft  and  hard  5 tissues.  Nevertheless  not  all  of  them  are  efficient  in  the  visualization  of  the  structures of the temporomandibular joint.    Conclusions  The  conclusions  of  this  work  suggest  that,  currently,  the  most  efficient  imaging techniques are:  ‐  TMJ  computed  tomography;  TMJ  cone  beam  computed  tomography  (bone  structures);  ‐ TMJ magnetic resonance image (soft tissues)  ‐ TMJ nuclear image (physiological modifications)     Key‐words: TMJ plain film; TMJ panoramic radiography; TMJ tomography; TMJ ct  tomography;  TMJ  cone  beam  ct;  TMJ  magnetic  resonance  image;  TMJ  ultrasonography TMJ nuclear image      6 Índice  INTRODUÇÃO  8  Articulação temporomandibular  8  Imagiologia  10  OBJECTIVOS  12  MATERIAL E MÉTODOS  12  DESENVOLVIMENTO  13  Fontes de exposição à radiação  13  Considerações gerais sobre imagiologia da ATM  18  Técnicas imagiológicas usadas no diagnóstico dos DTM  21  Imagiologia dos tecidos duros da ATM  21  Telerradiografia da face de perfil  21  Telerradiografia póstero‐anterior  23  Radiografia transcraniana lateral oblíqua  25  Radiografia transmaxilar  29  Radiografia transfaríngea  30  Radiografia transorbital  31  Incidência de Towne reversa  32  Incidência submento‐vertex (Incidência de Hirtz)  32  Tomografia  34  Tomografia convencional  34  Ortopantomografia  36  Tomografia computadorizada  45  Tomografia computadorizada volumétrica com tecnologia por feixe cónico  (cone beam ct –  CBCT)  50  Imagiologia dos tecidos moles da ATM  55  Artrografia  55  Ultrassonografia  58  Imagem por ressonância magnética  63  Imagiologia nuclear  76  CONCLUSÕES  83  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS  85        7 Introdução    É  consensual  que  o  diagnóstico  e  plano  de  tratamento  de  doentes  com  distúrbios temporomandibulares (DTM) é uma área repleta de estudos controversos,  mesmo na área dos procedimentos e protocolos de diagnóstico (1‐15).   A imagiologia é essencial para o diagnóstico e tratamento de doentes com DTM (16),  sendo, como meio auxiliar de diagnóstico dos DTM, provavelmente, a mais usada,  não  é  uma  excepção.  Nesta  perspectiva,  é  fundamental  que  o  médico  dentista  conheça a anatomia, fisiologia e biomecânica da articulação temporomandibular  (ATM) para poder estar apto a interpretar os exames imagiológicos da ATM e, em  cada situação, escolher o que mais informação pode fornecer, para melhorar o  diagnóstico  e  o  plano  de  tratamento  (12,  17‐20).  Estas  considerações  são  importantes porque os objectivos das técnicas imagiológicas, como meios auxiliares  de diagnósticos dos DTM, visam analisar a integridade das estruturas articulares  quando existe suspeita de lesão e determinar a extensão da lesão ou monitorizá‐la  quando ela existe, bem como avaliar a eficácia do tratamento instituído (17, 19).      Articulação temporomandibular  A ATM tem sido considerada como a articulação mas complexa do organismo  humano e é a única que possui um músculo no seu interior, o pterigoideu lateral  superior  (12,  21‐27).  Existem  duas  ATM,  direita  e  esquerda,  que  não  podem  funcionar separadamente pelo que é conhecida como uma diartrose bicondília. Por  permitir a efectivação de movimentos de rotação e translacção também é conhecida  como uma articulação ginglemoartroidal (12, 28). Como é constituída por dois ossos  (mandíbula e temporal), com um disco fibroso interposto, considerado, por alguns  autores,  um  osso  não  ossificado,  também  é  classificada  como  uma  articulação  composta (12). As superfícies articulares da ATM são forradas por tecido fibroso que  diminuem o envelhecimento, diminuem o atrito entre as superfícies articulares e  permitem a absorção de forças de compressão (7, 12, 26‐28).   A estrutura mais importante da ATM é o disco articular (29) que é uma estrutura  densamente fibrosa, cujas fibras se orientam em várias direcções e que, de acordo  8 com  a  sua  composição  físico‐química  e  o  arranjo  geométrico  da  sua  matriz  extracelular, é um tecido micro‐heterogéneo com especializações regionais distintas  e avascular na sua fase central, o que lhe permite suportar melhor as forças de  pressão (12).  Morfologicamente, o disco é constituído por 3 zonas, posterior, intermédia e  anterior,  de  espessuras  diferentes,  sendo  a  zona  intermédia  a  mais  fina.  A  morfologia do disco, a membrana sinovial e o líquido sinovial, por ela produzido, são  fundamentais  para  a  biomecânica  muito  complexa  da  ATM,  que  depende  da  interacção harmoniosa durante o repouso e a função, de ossos, disco, ligamentos,  lubrificação, vascularização e inervação. Quando existe patologia da ATM, quer intra,  quer  extra‐articular,  esta  biomecânica  pode  ficar  comprometida.  As  situações  patológicas, que podem ter várias origens, são classificadas como DTM. Os DTM são  um termo genérico que incluem problemas clínicos  que abrangem os músculos  mastigatórios, a ATM e as estruturas que lhes estão associadas. Os doentes com  DTM,  por  norma,  apresentam,  frequentemente,  dor  muscular  e/ou  articular,  limitação  ou  alteração  da  amplitude  dos  movimentos  mandibulares  e  ruídos  articulares. Cefaleias de tensão, otalgias, obstrucção tubar, zumbidos, tonturas e  cervicalgias  são,  também,  sintomas  frequentemente  associados  aos  DTM.  Este  sintomas ocorrem em, aproximadamente 6% a 12% da população adulta, sendo mais  prevalentes entre os 20 e os 50 anos e no género feminino. A nível da ATM, os DTM  podem classificar‐se em intra e extra‐articulares. A nível intra‐articular, que são de  interesse neste trabalho, podem considerar‐se alterações morfológicas, distúrbios  de  interferência  de  disco,  distúrbios  de  incompatibilidade  estrutural,  distúrbios  inflamatórios  e  doença  degenerativa  articular  (5,  7,  12,  28,  30).  Por  norma,  atendendo à prevalência na população, a presença de estalidos a nível da ATM sem  qualquer outro sintoma, pode ser considerada como uma variação do normal e não  uma  verdadeira  anomalia  da  ATM,  razão  pela  qual  não  necessita  de  exames  complementares de diagnóstico a nível imagiológico (18).      9 Imagiologia  Quando existe a necessidade de utilização de técnicas imagiológicas, como meios  auxiliares de diagnóstico dos DTM, é fundamental que o médico dentista:  - Tenha conhecimento das técnicas imagiológicas existentes;  - Conheça as directrizes actualizadas sobre aos técnicas de diagnóstico por  imagem utilizadas nos DTM (31);  - Dentro dos parâmetros anteriores escolher os tipos de técnicas imagiológicas  mais  aconselhadas,  quanto  à  sensibilidade,  especificidade,  precisão  e  qualidade da imagem,  tendo por base a necessidades objectivas de cada  doente, no que respeita ao aperfeiçoamento do diagnóstico, bem como ao  desenvolvimento de planos de tratamento e resultados desse tratamento  (19).  As técnicas imagiológicas radiográficas (plain film), a tomografia convencional, a  ortopantomografia, a tomografia computadorizada (CT), a  imagem por ressonância  magnética (IRM) e a ultrassonografia são consideradas técnicas morfológicas ou  estruturais,  pois  detectam  diferenças  estruturais  específicas  ou  alterações  anatómicas. Do outro lado do espectro situa‐se a imagiologia nuclear, considerada  uma  técnica  funcional,  visto  que  avalia  alterações  fisiológicas  decorrentes  de  alterações bioquímicas a nível celular (32, 33).  Durante décadas as técnicas imagiológicas resumiam‐se apenas a radiografias  em que, tanto a fonte de RX, como o receptor de imagem se encontram fixos numa  determinada posição (19).  As  radiografias  mostram  apenas  as  partes  mineralizadas  da  ATM  e,  quase  sempre, só aparecem lesões ósseas quando a lesão e/ou alteração são evidentes;  isto é. lesões incipientes da ATM não são visíveis nas radiografias (19).  As radiografias apresentam também outro óbice que é a sobreposição de estruturas  adjacentes à ATM. No intuito de superar esta deficiência foram desenvolvidas  vários  protocolos  de  técnicas  imagiológicas,  baseadas  nas  radiografias,  de  modo  a  evidenciar a ATM a partir de ângulos diferentes (19).    10

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Neste contexto, é fundamental que o médico dentista conheça a anatomia, fisiologia e biomecânica da . Tomografia computadorizada volumétrica com tecnologia por feixe cónico (cone beam ct –. CBCT). 50 diagnóstico, a informação obtida pela PET deve ser complementada com a informação
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