M. F. Nardi, R. A. Pedrosa, M. A. Cunha Metodologia de tratamento de amostras para a determinação de compostos fenólicos com a utilização de conceitos da Química Verde Marcos Fernandez Nardi¹; Rafael Alves Pedrosa¹; Mauricio Ayres Cunha¹ ¹Docente da Faculdade de Ciências Administrativas, Comerciais, Contábeis e Econômicas (FACCE) da Universidade Metropolitana de Santos Autor para correspondência: [email protected] Resumo Esse artigo de revisão visa descrever os processos de tratamento de amostras que serão destinadas a analises de compostos fenólicos com a utilização de técnicas menos poluentes, com maior simplicidade de operacionalização, menos custos e menor geração e resíduos. A necessidade de analises dos corpos d’agua se faz presentes no dia a dia das pessoas, porem esse processo esbarra em métodos que por diversas situações se utilizam de compostos que poluem mais dos que os analitos que são foco dos estudos, portanto buscar alternativas tidas como renováveis é uma obrigação de todos que fazem parte do processo. Foram analisadas as técnicas de microextração em fase líquida (MEFL), microextração em fase sólida (MEFS), análise em fluxo, extração por ponto nuvem (EPN) e sistemas aquosos bifásicos (SABs), que se trata de técnicas consagradas como ambientalmente mais limpas em detrimento as tradicionais técnicas de tratamento de amostras que se utilizam de solventes orgânicos. Palavras chave: Analitos, química verde, fenóis, microextração, tratamento. Abstract This review article describing processes for treating samples that are intended for analysis of phenolic compounds using techniques cleaner, with greater ease of operation, lower costs and reduced waste generation and. The analysis of needs of the bodies of water are present in everyday life of people, however this process comes up against methods that are used for different situations compounds that pollute more of the analytes that are the focus of the studies therefore seek alternatives taken as renewable is a must for everyone who is part of the process. Were analyzed techniques of microextraction in liquid phase (MEFL), microextraction in solid phase (SPME), flow analysis, cloud point extraction (EPN) and aqueous two-phase systems (SABs), which deal with established techniques and environmentally the cleanest over traditional treatment techniques samples that use organic solvents. Keywords: Analytes, green chemistry, phenols, microextraction, treatment. UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 2 (2018) p. 133-142 Página 133 M. F. Nardi, R. A. Pedrosa, M. A. Cunha Introdução potencial de dispersão desses torna-se necessária devido à agua que estará servindo Utilizar-se das metodologias de análise de de meio a esses, poderá ser utilizado poluentes em agua se faz necessário devido à posteriormente para consumo, o que pode grande concentração de substancias lançadas trazer problemas a saúde humana ou animal. no meio por residências e indústrias que em (Ribeiro et al, 2011) seus processos diários utilizam-se delas. Diferentes técnicas são empregadas para se Paraíba e Saito (2005) alertam para o identificar as diversas substancias que podem crescimento de poluentes orgânicos ou não estar presentes nos meios aquáticos, depositados em lodo de esgoto devido à uma previa ideia do tipo do analito a ser produção, cada vez mais intensa, de verificado poupa tempo e recursos na sua substancias sintéticas pela indústria química e identificação. que podem trazer malefícios à vida humana. Porém Fan et al (2013) demonstra Não apenas as atividades produtivas dos preocupação na preparação das amostras para centros urbanos são responsáveis pela análise, haja vista, que normalmente essas contaminação das aguas, as atividades coletas são efetuadas em parcelas reduzidas humanas no geral são responsáveis por do meio aquático, dessa forma, pode não degradação ambiental, às atividades de cultivo corresponder ao todo, havendo assim a podem trazer consequências degradantes ao necessidade de se replicar os estudos ambiente, o uso de pesticidas e fertilizantes coletando-se amostras em outros corpos por esses, na produção de fumo, promove a d’agua com extensões maiores. Dessa forma contaminação hídrica com grau semelhante de seria possível desenvolver modelos para degradação. (Gonçalves et al, 2005) contensão e tratamento com maior exatidão, A produção de outros itens agrícolas como pois as análises efetivamente representariam arroz, por exemplo, podem também ser as bacias a serem tratadas. responsáveis pelo deposito nos meios hídricos Rodrigues et al (2010) descreve a de substancias potencialmente poluidores, preocupação em se utilizar a chamada principalmente pelo uso de agroquímicos “química verde”, que se trata da aplicação de presentes na fase de plantio. (Molozzi et al, produtos e processos químicos livres de 2006) substancias nocivas à saúde humana e ao Analisar as concentrações desses poluentes ambiente, em análises de aguas devido aos seja urbanos, rurais, oriundos de queimadas métodos tradicionais utilizar-se de diversos ou os efluentes de mineradoras, como o reagentes e produzirem resíduos tóxicos. UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 2 (2018) p. 133-142 Página 133 M. F. Nardi, R. A. Pedrosa, M. A. Cunha Dentre as substancias tidas como poluentes poder de bioacumulação em diversas cadeias prioritários, devido a sua toxicidade e tróficas. (Rodrigues et al, 2010) nocividade a saúde humana constantes em Esses compostos segundo Rodrigues et al listas das entidades de controle, estão os (2010) estão divididos em cinco grupos: metais pesados, agrotóxicos e o grupo dos Fenóis, Cloro-fenóis, Cresóis, Nitro-fenóis e fenóis, que se trata de substâncias com alto outros, descritos na tabela 1. grau de toxicidade e demonstram grande Tabela 1 – Fenóis inclusos na lista de poluentes prioritários, adaptado de Rodrigues et al, 2010 O presente artigo de revisão visa analisar as de diodo (DAD),33 eletroquímicos,34 amperométricos,35 fluorescência36 ou técnicas verdes de análise de fenóis em corpos espectrômetro de massas (EM);36-39 eletroforese capilar (EC), com diferentes d’agua visando à utilização de processos sistemas de detecção40-42 e, menos poluentes e ambientalmente mais espectrometria de absorção molecular na região do UV-Visível (UV/Vis).43-47 seguros, além da redução da energia gasta no (Rodrigues et al, 2010 – pag. 1371) processo de análise. Porém com o crescente apelo ambiental e a Materiais e métodos criação de opções da chamada “química verde” incorporada como alternativas analíticas limpas, Dentre os métodos tradicionais e amplamente dentre essas estão as microextrações em fase utilizados de analises de fenóis em corpos liquida, microextrações em fase solida, analise de aquosos destacam-se: fluxo extração por ponto nuvem e sistemas “...voltametria;24-26 amperometria;27-29 aquosos bifásicos, todos desenvolvidos com base cromatografia gasosa (CG), acoplada a detectores de ionização em chama nos preceitos da química ambientalmente segura, (DIC),30 captura de elétrons (DCE)31 ou como a cromatografia gasosa ultrarrápida e a espectrômetro de massas (EM);32 cromatografia líquida de alta eficiência cromatografia liquida de ultraeficiência. (CLAE); acoplada a detectores de arranjo (Rodrigues et al, 2010) UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 2 (2018) p. 133-142 Página 134 M. F. Nardi, R. A. Pedrosa, M. A. Cunha Tabela 2 – Teores máximos de fenóis permitidos em água Fonte: Rodrigues et al, 2010 – Pag. 1371 A microextração em fase liquida (MEFL) clorofórmio, hexano, entre outros. A técnica tem vem como uma alternativa ambientalmente por base a distribuição do analito em fase aquosa, que contenha o material de interesse utilizando-se correta à extração líquido-liquido tradicional e a de uma microgota de um solvente orgânico. extração em fase sólida, que para serem efetuadas (Rodrigues et al, 2010) utilizam-se do emprego de vários solventes como Figura 1 – Etapas básicas de um sistema de MEFL, adaptado de Rodrigues et al, 2010 Conforme descrito na figura a técnica consiste em vantagens em relação à velocidade de análise, manter a amostra sob agitação antes da exposição baixo custo e simplicidade do processo, além do ao solvente (A); expõe-se uma microgota de um fato de se utilizar quantidades muito pequenas de solvente extrator na ponta de uma agulha de solventes orgânicos (1 a 3 μL). precisão (B) e recolhe-se a microgota e a transfere Microextração em fase sólida (MEFS) é outra ao instrumento analítico (C). Ainda conforme proposta que vem, conforme os preceitos da Rodrigues et al (2010) essa técnica demonstra UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 2 (2018) p. 133-142 Página 135 M. F. Nardi, R. A. Pedrosa, M. A. Cunha química verde, superar as deficiências e Baseia-se na divisão do analito entre a limitações do ponto de vista ambiental, descrita amostra e uma fibra introduzida de sílica pela primeira vez no início da década de 90 por fundida revestida de material solvente e Arthur e Pawliszyn e atualmente utilizada em posteriormente efetuar-se a liberação do grande escala no preparo de amostras para analito que se encontrava concentrado na fase análise de vários compostos. (Rodrigues et al, solida em um instrumento analítico. 2010) Figura 2 – Etapas básicas de um sistema de MEFS, adaptado de Rodrigues et al, 2010 Utiliza-se nesse método a exposição da fibra ocorre através de extração, pré-concentração ao vapor acima da amostra, denominada de além de duas etapas de extração de amostras. headspace (HS) e imersão direta (ID) onde se Rodrigues et al (2010) ressalta que apesar da transfere matéria entre as fases e o analito será técnica ser amplamente utilizada ainda existe concentrado na fase solida e deverá ser aspectos a serem desenvolvidos e melhorados retirado do contato com a amostra para dentre eles os custos de algumas fibras que posteriormente o composto de interesse ser são utilizadas no processo, assim como o dessorvido para o instrumento de analise que curto tempo disponível do analito, mais eficientemente possa efetuar a leitura de principalmente quando usada à imersão direta seu sinal. (Rodrigues et al, 2010) e o não descarte de utilização de solventes Conforme ainda descreve o autor essa técnica orgânicos, que mesmo em concentrações facilita a automação e concentra alta muito baixas, impossibilitam a utilização da frequência de amostragens, haja vista que técnica no próprio local de coleta da amostra. UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 2 (2018) p. 133-142 Página 136 M. F. Nardi, R. A. Pedrosa, M. A. Cunha A tabela 3 apresenta o resultado de diversas ampla utilização da técnica no que tange a analises importantes que se utilizaram de verificação de fenóis em meios aquosos. microextração em fase solida, demonstrando a Tabela 3 – Sumários de resultados de trabalhos utilizando-se MEFS para determinação de fenóis em meios aquosos. Fonte: Rodrigues et al, 2010 – Pag. 1374 Geralmente os métodos para a determinação UV/Vis, conhecida vulgarmente por de problemas ambientais geram resíduos espectrofotometria. (Rodrigues et al, 2010) ambientalmente poluentes e em algumas Segundo ao autor a utilização dos métodos situações, são mais tóxicos que a própria tradicionais em análise de fluxo descritas no substancia analisada. A análise em fluxo vem Standard Methods for the Examination of como uma alternativa verde que permite Water and Wastewater não se encontram em velocidade nas medições, redução das conformidade com os preceitos da “química intervenções dos analistas e geração mínima verde” devido as amplas concentrações de de resíduos, onde na maioria dos casos a reagentes necessários para que as reações técnica utilizada para que sejam detectados os ocorram podendo chegar a 550mL, além da analitos, é a espectrometria de absorção deficiência do método quando as concentrações de fenóis abaixo de 0,1 mg L-1. UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 2 (2018) p. 133-142 Página 137 M. F. Nardi, R. A. Pedrosa, M. A. Cunha Rodrigues et al (2010) destaca o método utilização de um SFMC (sistema de fluxo proposto por Lupetti et al (2004) como uma baseado em multicomutação), conforme alternativa menos agressiva a utilização da descrito na figura 3. análise em fluxo, onde o método se baseia na Figura 3 -. Esquema do sistema utilizado para determinação de fenóis. BP: bomba peristáltica; V: válvulas solenoides de três vias; B: bobina de reação (80 cm); D: detector com cela em fluxo de longo caminho (100 cm); C: carreador (água); S: amostra; R1: 4AAP em tampão pH 10,0; R2: K3 [Fe(CN)6 ]; W: descarte. Fonte: Rodrigues et al 2010 – Pag. 1374 O autor ainda ressalta que devido à utilização sensibilidade sendo possível detectar no método de um dispositivo de fibra ótica quantidades de traço de fenol com caminho óptico de 100 cm, faz seu (LOD =1 μg L -1). sistema de detecção oferecer alta UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 2 (2018) p. 133-142 Página 138 M. F. Nardi, R. A. Pedrosa, M. A. Cunha Tabela 4 – Resultados encontrados em analises de fenóis em agua utilizando-se analise de fluxo. Fonte: Rodrigues et al 2010 – Pag. 1375 A tabela 4 descreve os resultados de diversas porém foi adaptada para diversos outros analises efetuadas para a verificação de analitos. (Rodrigues et al, 2010) compostos fenólicos em meio aquoso Essa técnica conforme descreve o autor, utilizando-se de analises de fluxo, possui muitas vantagens que vão desde a descrevendo as quantidades encontradas de utilização de solventes auxiliares ao invés dos traços de fenóis face aos volumes de resíduos orgânicos, concentração de vários analitos de cada método. com recuperação quase que em sua totalidade, A extração por ponto nuvem (EPN) é facilidade na aquisição dos reagentes e baixo alternativa a detecção mais limpa de fenóis custo desses e simplicidade na utilização do em agua, pois vem como alternativa ao uso de método. solventes orgânicos substituindo-os por Outra técnica descrita como interessante e substancias surfactantes que em condições ambientalmente alternativa ao uso de propicias de temperatura e pressão torna-se solventes orgânicos e a utilização de sistemas amplamente utilizáveis para a sua aquosos bifásicos (SAB) que se trata da determinação. Inicialmente essa técnica foi mistura de soluções aquosas a um eletrólito e utilizada para a pré-concentração de metais, a um polímero, ou de dois polímeros solúveis em agua, ou de dois tipos de sais, ambos UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 2 (2018) p. 133-142 Página 139 M. F. Nardi, R. A. Pedrosa, M. A. Cunha sobre condições termodinâmicas favoráveis. posteriormente para a determinação dos (Rodrigues et al, 2010) compostos fenólicos pela espectrofotometria. (Rodrigues et al, 2010) O resultante do processo serão duas fases que não se misturam, onde a fase superior será O autor ainda descreve outros benéficos da rica em polímero (ou em sal) e a fase inferior técnica como o baixo custo do processo, a da mistura será rica em sal (ou em outro velocidade em que a separação ocorre, a polímero, ou sal), deixando claro que o metodologia simplista e a possibilidade de se componente principal de um sistema aquoso utilizar novamente os componentes utilizados bifásico é a agua, eliminando assim o uso de no processo, salientando ainda que alguns são solventes orgânicos para extração, e cujo biodegradáveis. resultado seguro ao meio será utilizado Figura 4 - Sistema aquoso bifásico (PEO1500 + Li2 SO4 +água) utilizado para determinação de fenol em água. FI: fase inferior (rica em sal e água) contendo a amostra com fenol; FS: fase superior (rica em polímero e água) contendo o ânion [Fe2 (CN)10]10– (coloração verde) concentrado. Fonte: Rodrigues et al 2010 – Pag. 1376 Considerações finais desenvolvam processos que leve em consideração principalmente os resíduos As necessidades cada vez mais pujantes de se gerados no processo. desenvolver alternativas limpas para os processos analíticos de determinação de Os métodos tradicionais, em alguns casos, poluentes em corpos d’agua força que os mais poluentes são substituídos sem que haja analistas adotem novas técnicas, assim como, perda de qualidade na análise por UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 2 (2018) p. 133-142 Página 140 M. F. Nardi, R. A. Pedrosa, M. A. Cunha metodologias que substituam os solventes determinação de compostos fenólicos nelas orgânicos por outras substâncias, gerando contidos, através de metodologias mais assim uma quantidade menor de resíduos, simples, baratas e menos poluentes, que serão assim como, simplificar os processos. determinados por instrumentos de analise como a espectrofotometria. As técnicas aqui descritas servem amplamente como alternativas no trato de amostras para a http://dx.doi.org/10.1590/S1415- Referências 43662005000300015. CAVALLET, Luiz Ermindo; SELBACH, MOLOZZI, Joseline; PINHEIRO, Adilson; Pedro Alberto. Populações microbianas em SILVA, Marcos Rivail da. Qualidade da água solo agrícola sob aplicação de lodos de em diferentes estádios de desenvolvimento do curtume. Rev. Bras. Ciênc. Solo, Viçosa , v. arroz irrigado. Pesq. agropec. bras., Brasília , 32, n. spe, p. 2863-2869, Dec. 2008 . v. 41, n. 9, p. 1393-1398, Sept. 2006 . Available from Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_a <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_a rttext&pid=S0100- rttext&pid=S0100- 06832008000700033&lng=en&nrm=iso>. 204X2006000900007&lng=en&nrm=iso>. access on 20 Sept. 2015. access on 20 Sept. 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S0100- http://dx.doi.org/10.1590/S0100- 06832008000700033. 204X2006000900007. 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