DADOS DE COPYRIGHT Sobre a obra: A presente obra é disponibilizada pela equipe Le Livros e seus diversos parceiros, com o objetivo de oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem como o simples teste da qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura. É expressamente proibida e totalmente repudiável a venda, aluguel, ou quaisquer uso comercial do presente conteúdo Sobre nós: O Le Livros e seus parceiros disponibilizam conteúdo de dominio publico e propriedade intelectual de forma totalmente gratuita, por acreditar que o conhecimento e a educação devem ser acessíveis e livres a toda e qualquer pessoa. Você pode encontrar mais obras em nosso site: LeLivros.site ou em qualquer um dos sites parceiros apresentados neste link. "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível." Título original: Mémoires d’une jeune fille rangée Copyright © Éditions Gallimard 1958 Direitos de edição da obra em língua portuguesa no Brasil adquiridos pela Editora Nova Fronteira S.A. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser apropriada e estocada em sistema de banco de dados ou processo similar, em qualquer forma ou meio, seja eletrônico, de fotocópia, gravação etc., sem a permissão do detentor do copirraite. 2ª edição Editora Nova Fronteira S.A. Rua Bambina, 25 – Botafogo – 22251-050 Rio de Janeiro – RJ – Brasil Tel.: (21) 2131-1111 – Fax: (21) 2286-6755 http://www.novafronteira.com.br e-mail: [email protected] Tradução do texto da p. 5 de Alcida Brant Texto revisto pelo novo Acordo Ortográfico CIP-Brasil. Catalogação na fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ B352m 2.ed. Beauvoir, Simone de, 1908-1986 Memórias de uma moça bem-comportada / Simone de Beauvoir ; tradução Sérgio Milliet. - 2.ed. - Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 2009. Tradução de: Mémoires d’une jeune fille rangée ISBN 978-85-209-3673-3 1. Beauvoir, Simone de, 1908-1986. 2. Escritoras francesas - Biografia. I. Milliet, Sergio, 1898-1966. II. Título. CDD 848 CDU 821.133.1-94 Sumário Capa Folha de Rosto Créditos Nota do tradutor (1968) Primeira parte Segunda parte Terceira parte Quarta parte Créditos Simone de Beauvoir, em suas memórias, nos dá a conhecer sua vida e sua obra. Quatro volumes foram publicados entre 1958 e 1972: Memórias de uma moça bem-comportada, A força da idade, A força das coisas e Balanço final. A estes, se uniu a narrativa Uma morte muito suave, de 1964. A amplitude desse empreendimento autobiográfico encontra sua justificativa numa contradição essencial ao escritor: a impossibilidade de escolher entre a alegria de viver e a necessidade de escrever; de um lado, o esplendor do contingente, do outro, o rigor salvador. Fazer da própria existência o objeto de sua obra era, em parte, solucionar esse dilema. Simone de Beauvoir nasceu em Paris, a 9 de janeiro de 1908. Até terminar a educação básica, estudou no Curso Désir, de rigorosa orientação católica. Tendo conseguido o certificado de professora de filosofia em 1929, deu aulas em Marseille, Rouen e Paris até 1943. Quando o espiritual domina, finalizado bem antes da Segunda Guerra Mundial, só veio a ser publicado em 1979. A convidada, de 1943, deve ser considerado sua estreia literária. Seguiram-se então O sangue dos outros, de 1945, Todos os homens são mortais, de 1946, Os mandarins — romance que lhe valeu o Prêmio Goncourt em 1954 —, As belas imagens, de 1966, e A mulher desiludida, de 1968. Além do famoso O segundo sexo, publicado em 1949 e desde então obra de referência do movimento feminista mundial, a obra teórica de Simone de Beauvoir compreende numerosos ensaios filosóficos, e por vezes polêmicos, entre os quais se destaca A velhice, de 1970. Escreveu também para o teatro e relatou algumas de suas viagens ao exterior em dois livros. Depois da morte de Sartre, Simone de Beauvoir publicou A cerimônia do adeus, em 1981, e Cartas a Castor, em 1983, o qual reúne uma parte da abundante correspondência que ele lhe enviou. Até o dia de sua morte, em 14 de abril de 1986, colaborou ativamente para a revista fundada por ambos, Les Temps Modernes, e manifestou, de diferentes e incontáveis maneiras, sua solidariedade total ao feminismo. Nota do tradutor (1968) Embora se trate de uma autobiografia escrita com simplicidade e num estilo direto, o próprio pensamento da autora apresenta dificuldades que poderiam ser esclarecidas fugindo-se um pouco de sua maneira. Preferi permanecer o mais fiel possível à sua sintaxe, lembrando-me da frase de Cocteau em Potomak: “Se te deparares com uma frase que te irrite, coloque-a assim, não como um recife para que soçobres, e sim para que — como uma boia — por ela verifiques meu percurso.” O modo de dizer, por vezes obscuro, de Simone de Beauvoir comporta, parece-me, uma significação e tem um alcance exigente de grande humildade por parte do tradutor. Sérgio Milliet