Maus Samaritanos O mito do livre-comércio e a história secreta do capitalismo Ha-Joon Chang C ONTRACAPA "Um livro astuto, vivaz e provocativo que nos conduz a vislumbrar novas perspectivas sobre a globalização." JOSEPH E. STIGLITZ, autor de Livre-mercado para todos (CampusElsevíer) e ganhador do Prêmio Nobel de Economia, 2001 "Este livro é maravilhoso. Boa pesquisa, panorâmico em seu escopo e belamente redigido. Maus Samaritanos é a resposta perfeita aos que acreditam no modelo de crescimento e globalização do 'um único tamanho serve para todos'. Recomendo que você o leia." LARRY ELLIOTT, editor de Economia do Guardian "Toda ortodoxia requer críticas efetivas. Provavelmente, Ha-Joon Chang é o crítico mais efetivo da globalização. Ele não nega os benefícios da integração que os países em desenvolvimento têm na economia mundial. Mas ele se baseia nas lições da história para argumentar que esses países precisam ter a opção de se integrar em seus próprios termos." MARTIN WOLF, colunista chefe de Economia do Financial Times e autor de Why Globalization Works e de A reconstrução do sistema financeiro global (CampusElsevier) O RELHA É raro encontrar um livro que aborde, de uma perspectiva original, as questões mundiais, mas o renomado economista Ha-Joon Chang tem algumas inovações para contar sobre o futuro da globalização. Em tese, o autor argumenta que os países mais ricos do mundo e as instituições supranacionais como o FMI, o Banco Mundial e a OMC querem ver todos os países em desenvolvimento como sociedades industriais modernas. Mas, na prática, aqueles países do topo estão "chutando a escada" que eles mesmos subiram para atingir a riqueza. Por quê? Porque os governos e as instituições ricas e poderosas são "Maus Samaritanos": suas intenções são sempre para o bem, mas sua ideologia simplista do livre-mercado e a compreensão equivocada da história os levam a cometer equívocos políticos e econômicos sobre os demais países. Chang demonstra isso por meio da comparação entre a rota de sucesso tomada pelos países economicamente vibrantes e a rota completamente diferente ditada aos países mais pobres do mundo. Ao tratar o assunto, ele, além de mostrar o quanto é confuso o pensamento a respeito de questões chave como o comércio internacional e o investimento externo, também defende a adoção de novas estratégias que poderiam levar a um mundo mais próspero e até mesmo surpreender e convencer os "Maus Samaritanos". HA-JOON CHANG é um economista de Cambridge que, nas últimas duas décadas, tem pensado e pesquisado os temas relacionados ao desenvolvimento econômico e à globalização. Trabalhou como consultor do Banco Mundial, do Asian Development Bank, de várias agências da ONU, e com os governos do Brasil, Canadá, Japão, África do Sul, Inglaterra e Venezuela. Chang publicou vários artigos e livros, incluindo Chutando a Escada, que ganhou o Prêmio Myrdal de 2003 e foi traduzido para o português e para mais seis idiomas. Em 2005, ele e Richard Nelson, da Columbia University, receberam o Prêmio Leontief. Chang faz parte da equipe editorial do Cambridge Journal of Economics desde 1992. CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ C43m Chang, Ha-Joon Maus samaritanos: o mito do livre-comércio e a história secreta do capitalismo / Ha-Joon Chang; tradução Celina Martins Ramalho .— Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. Tradução de: Bad samaritans ISBN 978-85-352-3084-0 1. Protecionismo e livre câmbio 2. Capitalismo. I. Título. 08-4207. CDD: 382.71 CDU: 339.5.012.42 D EDICATÓRIA Para Hee-Jeong Sumário Capa Texto da Capa Contracapa Orelha Ficha catalográfica Dedicatória Apresentação à Edição Brasileira Prefácio à Edição Brasileira Agradecimentos Prólogo. O milagre econômico de Moçambique Notas de Rodapé — Prólogo Capítulo 1. O Lexus e a Oliveira revisitados A história oficial da globalização A verdadeira história da globalização Neoliberais versus "neo-idiotas"? Quem comanda a economia mundial? Os Maus Samaritanos estão vencendo? Notas de Rodapé — Capítulo 1 Capítulo 2. A vida dupla de Daniel Defoe A Inglaterra conquista o mundo A vida dupla da economia inglesa A América entra na briga Abraham Lincoln e a promoção da América à supremacia Outros países, segredos com culpa Aprendendo as lições certas da história Notas de Rodapé — Capítulo 2 Capítulo 3. Meu filho de 6 anos poderia arranjar um emprego O livre-comércio não está funcionando Teoria ruins, resultados ruins Sistema de comércio internacional e seus descontentes Indústria por agricultura? Mais comércio, menos ideologias Notas de Rodapé — Capítulo 3 Capítulo 4. Os finlandeses e o elefante O capital estrangeiro é essencial? A Madre Teresa do capital estrangeiro? "Mais perigoso que o poder militar" Um mundo sem fronteiras? "A única coisa pior que ser explorado pelo capital..." Notas de Rodapé — Capítulo 4 Capítulo 5. Homens explorando homens Propriedade estatal no banco dos réus Estatal versus privado Histórias de sucesso da propriedade estatal O caso da propriedade do Estado As armadilhas da privatização Tanto faz se o gato é preto ou branco Notas de Rodapé — Capítulo 5 Capítulo 6. Windows 98 em 1997 "O combustível do interesse para o fogo dos gênios" John Law e a primeira corrida tecnológica armamentista Os advogados são envolvidos Fazendo o Mickey Mouse viver mais Os sanduíches sem casca selados e a cúrcuma A tirania do encadeamento das patentes Regras duras e países em desenvolvimento Obtendo o equilíbrio adequado Notas de Rodapé — Capítulo 6 Capítulo 7. Windows 98 em 1997 "Ladrão, assaltante armado e matador profissional" Existe inflação e inflação O preço da estabilidade de preços Quando não é prudente usar a prudência Keynesianismo para os ricos, monetarismo para os pobres Notas de Rodapé — Capítulo 7 Capítulo 8. Zaire versus Indonésia A corrupção prejudica o desenvolvimento econômico? Prosperidade e honestidade Muitas forças de mercado Democracia e livre mercado Quando as democracias comprometem a democracia Democracia e desenvolvimento econômico Política e desenvolvimento econômico Notas de Rodapé — Capítulo 8 Capítulo 9. Japoneses preguiçosos e alemães ladrões A cultura influencia o desenvolvimento econômico? O que é uma cultura? Dr. Jekyll versus Mr. Hyde Japoneses preguiçosos e alemães bandidos Mudando a cultura Reinventando a cultura Notas de Rodapé — Capítulo 9 Epílogo. São Paulo, outubro de 2037 Desafiando o mercado Por que as manufaturas são importantes Não tente fazer isso em casa Inclinando o campo de jogo O que é certo e o que é fácil Notas de Rodapé — Epílogo A PRESENTAÇÃO À EDIÇÃO BRASILEIRA A Ordem dos Economistas do Brasil foi fundada em 1935, com as finalidades de disseminação da cultura econômica e de utilidade pública. Em sua trajetória histórica foi o primeiro referencial institucional da profissão de economia no Brasil tendo promovido a discussão do que viria a ser a legislação da profissão, bem como eventos que contemplam a promoção do debate econômico no país e a indicação dos economistas com trabalhos de destaque no mercado e no meio acadêmico. É a mentora da premiação do Economista do Ano desde 1959, tendo laureado os grandes nomes de economistas que tiveram trabalhos de destaque na construção e no desenvolvimento econômico brasileiro. A OEB vem apoiar a edição de Ha-Joon Chang em português com o título Maus Samaritanos. E também apóia o seminário Latin American Programme On Rethinking Development Economics (LAPORDE), a versão latino- americana do programa sobre desenvolvimento econômico que ocorre nos meses de julho em Cambridge. O LAPORDE ocorre no mês de janeiro de 2009 na Escola de Economia da FGV-SP. O livro Maus Samaritanos e o seminário LAPORDE compõem o ambiente de referências do atual cenário da economia mundial que permite a discussão e a definição de cenários de política econômica de desenvolvimento para o Brasil, bem como o âmbito microeconômico de funcionamento do meio empresarial brasileiro em todos os setores da economia. Os fatos da história econômica que Ha-Joon aponta em Maus Samaritanos permitem o entendimento das atuais tendências da economia mundial nos âmbitos financeiro e comercial, bem como as tendências de desenvolvimento dos países nos seus respectivos graus de desenvolvimento e referencial de emergência nos continentes. O destaque ao criticar o neoliberalismo adotado pelos países maus samaritanos fica para o posicionamento que os países do sul da Ásia tomaram e que, pelas conclusões de Ha-Joon, seria o fato gerador do sucesso recente dessas economias como a sul-coreana, a indiana, a chinesa e a de Taiwan e Hong Kong, diferentemente dos países da América Latina. Muito substancial também se faz a observação do que significou a política econômica desses países na sua postura antineoliberal ao âmbito microeconômico das empresas em seu desenvolvimento tecnológico e nas oportunidades de emprego à população dos países há 40 anos considerados
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