DADOS DE ODINRIGHT Sobre a obra: A presente obra é disponibilizada pela equipe eLivros e seus diversos parceiros, com o objetivo de oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem como o simples teste da qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura. É expressamente proibida e totalmente repudíavel a venda, aluguel, ou quaisquer uso comercial do presente conteúdo. Sobre nós: O eLivros e seus parceiros disponibilizam conteúdo de dominio publico e propriedade intelectual de forma totalmente gratuita, por acreditar que o conhecimento e a educação devem ser acessíveis e livres a toda e qualquer pessoa. Você pode encontrar mais obras em nosso site: eLivros. Como posso contribuir? 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CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ F798m Forestier, François Marilyn e JFK [recurso eletrônico] / François Forestier ; tradução Jorge Bastos. - 1. ed. - Rio de Janeiro : Objetiva, 2014. recurso digital Tradução de: Marilyn et JFK Formato: ePub Requisitos do sistema: Adobe Digital Editions Modo de acesso: World Wide Web 213p. ISBN 978-85-390-0640-3 (recurso eletrônico) 1. Monroe, Marilyn, 1926-1962 - Relações com homens. 2. Kennedy, John F. (John Fitzgerald), 1917-1963 - Relações com mulheres. 3. Atores e atrizes de cinema - Estados Unidos - Biografia. 4. Presidentes - Estados Unidos - Biografia. 5. Estados Unidos - Política e governo - Século XX. 6. Livros eletrônicos. I. Título. 14-16206 CDD: 927.9143028 CDU: 929:791 Sumário Capa Folha de Rosto Créditos Prólogo Primeira Parte | A ascensão de Marilyn Prelúdio. Dallas, 22 de novembro de 1963 1. Gloria e Joe 2. Norma Jeane se casa 3. Jack e Inga Binga 4. O encontro 5. O vestido esvoaçante 6. Hollywood confidencial 7. Poor Prince 8. Quanto mais gente melhor 9. A zona de perigo 10. Desajustada Segunda Parte | A ascensão de JFK 11. Perfume de mulher 12. Uma louca diferente 13. Tempestade em Washington 14. Mother se intromete 15. Marilyn foge 16. Presente de aniversário 17. A grande limpeza Epílogo. Washington, 12 de novembro de 1964 In memoriam Bibliografia Prólogo É uma história que todo mundo conhece, mas ninguém conhece. Ela aparece nos inúmeros livros, romances, narrativas, filmes, documentários, artigos, sonhos, teses, fantasmas e mitos sobre Marilyn ou sobre John Fitzgerald Kennedy, mas nunca foi contada. Nela se esbarram espiões, policiais, gângsteres, escroques, atores, amantes, psicanalistas, escritores, informantes e até um roteirista mexicano. Juro, há uma verdadeira multidão nessa love story. Marilyn foi filmada, JFK foi gravado. O FBI, a CIA, a Máfia e, quem sabe, até mesmo Deus seguiram com paixão os capítulos da novela encenada pela estrela e pelo Presidente. Eles nunca estão a sós. Microfones nos colchões, buracos nas paredes, lunetas à distância, tudo se passa como em um jogo de espelhos: cada um vê, enquanto está sendo visto. As casas têm olhos, os ouvidos têm paredes. E querem que se acredite que não sabem quem assassinou Kennedy? Que se trata de um mistério como o naufrágio do Titanic, a pedra de Roseta ou a fórmula secreta dos macarons Ladurée? Para iluminar um pouco tanta escuridão, foi preciso uma sólida documentação, um editor paciente e um defeito crucial. Uma má índole. Eu tenho. F.F. PRIMEIRA PARTE A ascensão de Marilyn “Os Federais haviam colocado escutas. Nas duas últimas semanas, ela tinha ‘traçado’ o disc-jóquei Allan Freed, Billy Eckstine, Fred Otash, Jon Ramar of the jungle Hall, o cara que limpava a piscina, dois entregadores de pizzas, o amestrador de Rin-Tin-Tin, o apresentador de talk-shows Tom Duggan e o marido da faxineira.” James Ellroy, American Tabloid PRELÚDIO Dallas, 22 de novembro de 1963 A bala penetra no crânio de John Fitzgerald Kennedy, abrindo uma cratera de 13 centímetros de diâmetro. O projetil Winchester Mannlicher-Carcano, calibre 6,5, dilacera a região parietal do cérebro, esmigalha a área somatomotora e explode, fraturando o osso e o frontal direito. Minúsculas lascas de metal se espalham. O lobo esquerdo pura e simplesmente desaparece. Pedaços do tecido e dos ossos se perdem, sob a pressão colossal provocada pela bala. Linhas de fratura como raios dardejando de um núcleo racham a caixa craniana. O sangue brota como um gêiser, atingindo todos que se encontram na limusine presidencial. O corpo de JFK, amolecido, é lançado contra o encosto do banco traseiro e desaba sobre o ombro de Jackie Kennedy. Ela está sentada à sua esquerda, a 15 centímetros, e grita: — Ah! não! Não, não, não! Atiraram em meu marido! Um pedaço de crânio com matéria cerebral voa para trás e cai sobre a tampa do porta-malas do automóvel. Jackie, de joelhos, sobe no capô e segue na direção do fragmento sanguinolento. Estranhamente, o agente William Greer, que está ao volante da limusine, diminui a velocidade, ficando a menos de 18 quilômetros por hora e contrariando, com isso, o regulamento. O agente Clint Hill, encarregado da segurança da primeira-dama, se aproxima às pressas. Ele segura Jackie, forçando-a a voltar para o interior do carro. Ela grita: — Meu Deus! Deram um tiro na cabeça! Teria sido a segunda, a terceira, a quinta bala? Ninguém sabe. Oito segundos e quatro décimos se passam entre o primeiro e o último tiro. Ao diminuir a velocidade, o chofer havia proporcionado um magnífico alvo. Em vez de partir a toda, Greer se vira para trás, incrédulo. Os motociclistas, que deviam escoltar o veículo e proteger os flancos, ficam para trás, sem nenhuma utilidade. Os demais agentes do Serviço Secreto — encarregado da segurança pessoal do Presidente — permanecem inertes. Na véspera, nove deles tinham saído para farrear na cidade e o último havia chegado às cinco horas da manhã. O governador do estado, John Connally, sentado com a esposa no banco dianteiro da limusine, desaba. Foi atingido. Sua mulher lhe segura a mão. — Mataram o Presidente, mataram o Presidente! Abraham Zapruder, um simples alfaiate judeu ucraniano, não se contém. Ele grita e grita cada vez mais. Sua câmera Bell & Howell 8mm grava tudo. E continua seguindo o veículo presidencial, com o zoom no máximo, filmando até ele desaparecer na escuridão de um túnel. Ao emergir do túnel, o agente Clint Hill ainda está estendido sobre o capô traseiro do veículo. Ele vê apenas uma massa vermelha no lugar da cabeça do Presidente e percebe um pedaço de cérebro no assento. Há sangue no encosto, nas portas, nas roupas de Jackie. Ela sussurra para o marido: — Jack, Jack, o que fizeram? Clint Hill grita: — Para o hospital, para o hospital! Na viatura de escolta, o agente Paul Landis, de pé no estribo, olha para o casal presidencial. Clint Hill acena com o polegar para baixo, em sinal de derrota. A velocidade aumenta e o caos se torna perceptível. De cada lado da rua as pessoas parecem paralisadas, enquanto