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Maria Marques de Almeida e Silva Chaves de Almeida Alfred Andersch PDF

654 Pages·2009·45.92 MB·Portuguese
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Preview Maria Marques de Almeida e Silva Chaves de Almeida Alfred Andersch

Maria Marques de Almeida e Silva Chaves de Almeida Assistente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto Ex-bolseira do Instituto Nacional de Investigação Científica Alfred Andersch: O devir de um escritor. Análise dos processos de estilização literária de vivências pessoais na construção de uma escrita autobiográfica específica Dissertação de Doutoramento em Literatura Alemã, apresentada à Faculdade de Letras da Universidade do Porto Porto 1992 A meu Pai. A minha Mãe. In memoriam "Schreiben ist ein lebensgefdhrlicher Beruf." (A. Andersch an Arno Schmidt, 1960. Briefwechsel, 1985, p. 209) "Das wahre Leben liegt nicht im Leben selbst, sondem im Nachdenken iiber das Leben." (A. Andersch, Aus einem rotnischen Winter, 1962, p. 26) 'Y..J weifi ja nicht einmal was ich bin und will's auch nicht so genau ivissen" (A. Andersch, "Andererseits", in empõrt euch der himmel ist blau, 1977, p. 101) índice Geral Nota prévia , ix Chave das siglas e abreviaturas usadas XI Introdução 1 1. Génese e razões de uma opção temática 1 2. Objectivos do trabalho 8 3. Delimitação do corpus 11 4. Situação actual dos estudos anderschianos 24 5. Razões de uma (não) opção metodológica 50 Capítulo I Pressupostos teóricos da literatura autobiográfica 59 1. Origem terminológica 61 2. Autobiografia é literatura? 62 3. Tentativa de definição de autobiografia 66 4. Evolução da escrita autobiográfica 69 5. Distinção entre as várias formas autobiográficas 88 6. O problema da identidade do EU 94 7. O uso do pronome pessoal na escrita autobiográfica 111 8. As noções de verdade & sinceridade na acto autobiográfico 116 9. As categorias espaço e tempo na obra autobiográfica 128 10. O papel da memória na autobiografia 137 Capítulo II Dados biobibliográficos de Alfred Andersch 145 Capítulo III Análise motívica dos textos autobiográficos 177 1. O mundo da infância e da adolescência 186 1.1 A influência do ambiente familiar 186 VIII 1.2 A vivência infantil da religião 191 1.3 A primeira visão da realidade política 194 1.4 A experiência escolar 195 1.5 O primeiro contacto com o mundo do trabalho 215 1.6 As primeiras vivências da sexualidade 225 2. O tempo de militância política 233 3. A experiência do nacional-socialismo e da guerra 245 4. A experiência-limite: a deserção 286 5. A vivência da América como prisioneiro de guerra 326 6. Um momento da vida profissional 374 7. A transposição do "alter ego" para diversos tempos e espaços 382 8. A revisão do passado em dois textos-fragmentos na primeira pessoa 412 Capítulo IV Posturas vitais 470 1. A vivência do espaço e a arte da descrição 471 2. A experiência do tempo e do espírito da época na consciência subjectiva ....491 3. A função da memória na reconstituição literária do passado 498 4. Os mitos da fuga e da liberdade 503 5. A arte como expressão estética da liberdade 510 5.1 As duas fases iniciais da vivência artística 511 5.2 O papel da personagem-artista e a função nuclear do objecto artístico 522 5.3 O binómio arte/ política 527 5.4 Reflexões metaliterárias através da ficção 531 5.5 Significado e intencionalidade do uso diverso das pessoas gramaticais 567 6. Concepções poetológicas 576 6.1 Modos de estruturação da prosa narrativa 576 6.2 A visão nominalista da realidade e seus reflexos na escrita 585 6.3 "O anti-simbolista" 595 Considerações finais 597 índice bibliográfico 605 Zusammenfassung 644 Nota Prévia O trabalho aqui apresentado, cuja génese e objectivos serão de seguida explicitados em pormenor, deve desde já considerar-se como o resultado da convergência de diversos factores que contribuíram para a concretização de uma ideia gerada em alguns momentos de leitura agradável, inicialmente vaga, inconsciente e não votada a qualquer finalidade de ordem prática. Com efeito, para além do interesse pessoal que sempre dedicámos à escrita literária de feição autobiográfica, interesse neste caso coadjuvado pelo elemento imprevisível do acaso que favoreceu a nossa descoberta do autor Alfred Andersch, devemos referir os inestimáveis estímulos e apoios exteriores com que contámos para a concepção deste estudo em bases científicas e para a sua realização definitiva. Sem estes, seria de todo impossível proceder não só à estruturação e desenvolvimento de um primeiro esboço de investigação, mas também à execução material dos trabalhos prévios de pesquisa bibliográfica. Finalmente — "last but not the least" — foi elemento determinante o clima de simpatia humana criado pelo permanente incentivo e a pronta disponibilidade de muitas presenças amigas, a quem ficamos a dever manifestações de compreensão e confiança que seria imperdoável esquecermos neste momento. Tais são os pressupostos que nos impõem registar aqui a expressão do maior reconhecimento a todas as pessoas e instituições que, de um ou de outro modo, contribuíram para que atingíssemos a meta final do percurso de um trabalho cujas lacunas e deficiências, porém, imputamos exclusivamente a limitações próprias. Primeiramente, toda a nossa gratidão vai para o Professor Doutor Olívio Caeiro que nos deu o impulso inicial para este género de estudo e que desde o primeiro momento, na qualidade de professor orientador, generosamente concedeu grande parte do seu tempo, experiência e interesse à leitura e debate de todos os pontos da dissertação. Em numerosas sessões recebemos sempre o seu conselho amigo, quer relativamente aos processos práticos de elaboração do trabalho quer sobre questões de ordem ideológica e metodológica. Muito especialmente evocamos as suas palavras de estímulo e confiança ao longo destes nem sempre fáceis anos de trabalho. À Professora Doutora Maria Manuela Gouveia Delille, temos a agradecer o seu contributo para o nosso melhor conhecimento da problemática da análise do texto literário, durante as sessões de trabalho realizadas no Instituto de Estudos Germanísticos da Faculdade de Letras do Porto, nos anos em que este departamento esteve sob a sua orientação. X Ao Professor Doutor Jochen Vogt da Universidade de Essen e, muito particularmente, ao especialista da obra anderschiana Professor Doutor Erhard Schutz da Universidade de Berlim, devemos agradecer o apoio que nos foi dado sobretudo através de informações bibliográficas e envio de material de consulta. Ao Instituto Nacional de Investigação Científica, agradecemos a concessão da equiparação a bolseira, entre 1982 e 1985, e de um subsídio para a execução gráfica deste trabalho. À Fundação Calouste Gulbenkian, temos a agradecer a concessão de subsídios de estadia na República Federal da Alemanha, na cidade de Marbach/Neckar, onde tivemos a oportunidade de proceder à leitura dos manuscritos de Alfred Andersch no Arquivo de Literatura Alemã, trabalho imprescindível para levar a bom termo este tipo de investigação. Igualmente agradecemos ao Director e aos responsáveis pela Biblioteca e Secção de Manuscritos do referido Deutsches Literaturarchiv em Marbach as facilidades e ajuda que nos foram concedidas no trabalho de consulta dos manuscritos. A Marina Pestana, a maior gratidão pela preciosa ajuda que me deu ao proceder à leitura cuidada e paciente de cada página deste trabalho. A Luís de Oliveira e Silva agradeço a leitura e sugestões dadas para a parte do Capítulo I respeitante ao problema da identidade do Eu. Muito particularmente à minha família e também aos meus amigos e colegas, a expressão do mais sentido reconhecimento pelo apoio incondicional que sempre me dispensaram em horas de crise e desânimo. Uma última evocação para a memória de Alfred Andersch, cuja escrita nos trouxe muitos momentos de prazer estético e uma mensagem de profundo significado humano. Chave das siglas e abreviaturas usadas A AL Das Alfred Andersch Lesebuch (hg. v. Gerd Haffmans)., Zurich, 1979 AP, in A AL Alte Peripherie BK, in AAL Die Blindheit des Kunstwerks BR, in AAL Bruder DLE, in AAL Deutsche Literatur in der Entscheidung DS, in AAL Der Seesack. Aus einer Autobiographie FCF, in AAL Festschrift fur Captain Fleischer IW, in AAL Die Inseln unter dem Winde LB, in AAL Lin aus den Baracken BS Amo Schmidt: Briefwechsel mit A. Andersch. Zurich, 1985. BT Bõse Traume. Zurich, 1981. DR Die Redakteur., 1952. DRo Die Rote. Roman. Zurich, 1974. EF Efraim. Roman. Zurich, 1976. EG Erinnerte Gestalten. Friihe Erzahlungen. Zurich, 1986. ET in EG Ein Techniker SA in EG Sechzehnjdhriger allein SM in EG Skizze zu einem jungen Mann EHB emport euch der himmel ist blau. Gedichte und Nachdichtungen 1946-1976. Zurich, 1977. EWL ...einmal wirklich leben. Ein Tagebuch in Briefen an Hedwig Andersch 1943 bis 1975, hg. v. Winfried Stephan, Zurich, 1986. EZ Einige Zeichnungen, Zurich, 1977. FC Fraiilein Christine, USA, 1945. FE Flucht in Etrurien. Zwei Erzahlungen und ein Bericht. Zurich, 1981. AE in FE Amerikaner — Erster Eindruck HF in FE Heimatfront FE in FE Flucht in Etrurien GL Geister und Leute. Zehn Geschichten. Zurich, 1974. CF in GL Cadenza Finale. HB Hohe Breitengrade oder Nachrichten von der Grenze. Zurich, 1984. HO Hõrspiele. Zurich, 1973. JZ Jahre in Zugen. Munchen, 1944. KF Die Kirschen der Freiheit. Ein Bericht. Zurich, 1971. LH Ein Liebhaber des Halbschattens. Drei Erzahlungen. Frankfurt/Main, 1968. XII ML Mein Lesebuch oder Lehrbuch der Beschreibungen. Frankfurt/Main, 1978. MVP Mein Verschwinden in Providence. Neun Erzdhlungen. Zurich, 1979. NH Neue Hõrspiele. Zurich, 1979. ÔB Offentlicher Brief an einen sowjetischen Schriftsteller, das Uberholte betreffend. Reportagen and Aufsdtze. Zurich, 1977. PSG Piazza San Gaetano. Neapolitanische Suite. Olten, 1957. RW Aus einem romischen Winter. Reisebilder. Zurich, 1979. SG Satisibar oder der letzte Grund. Roman. Zurich, 1979. SK Ein neuer Scheiterhaufen fiir alte Ketzer. Kritiken und Rezensionen. Zurich, 1979. TZ Texte mid Zeichen. Eine literarische Zeitschrift, Neuwied/Darmsdadt, 1955- -1957. ÚAA Uber Alfred Andersch. Essays. Aufsdtze, Briefe, Gesprdche (Hg. v. Gerd Haffmans). Zurich, 1980. VM Der Vater eines Mdrders. Eine Schulgeschichte. Zurich, 1981. WI Winterspelt. Roman. Zurich, 1977. WN Wanderungen im Norden. Reisebericht. Zurich, 1984. DLA Deutsches Literaturarchiv, Marbach/Neckar. "Anamnese..." Anamnese, déjà-vu, Erinnerung "Der gute Náhrboden..." Der gute Ndhrboden fiir Demokratie "Getty..." Getty oder die Umerziehung in der Retorte "Ein Auftrag..." Ein Auftrag fiir Lord Glouster "Papier..." Papier, das sich rot fdrbi "Terrassen-Morgen..." Terrassen-Morgen oder Variationen iiber eine zerbrochene Schallplatte "Ûber das Wohnen..." Uber das Wohnen der Kiinstler heute "Der Ruf (U.S.A.) Der Ruf. Zeitschrift deutscher Kriegsgefangener in den U.S.A. "Der Ruf..." Der Ruf. Unabhdngige Blatter der jungen Generation. Introdução 1. Génese e razões de uma opção temática O momento da decisão na escolha de um tema de dissertação sobre a obra literária de um determinado escritor é por vezes difícil de fixar rigorosamente e pode mesmo ser irrelevante; maior interesse terá, porventura, o desvendamento do processo de escolha, isto é, como foi decidido optar por este e não por outro autor ou tema, quais as circunstâncias que para isso concorreram e que razões profundas estão na base da decisão tomada. Conscientemente reconhecemos nestas primeiras palavras um humilde reflexo da leitura da obra que nos propomos estudar, concretamente uma certa influência subliminar, na aplicação ao nosso caso pessoal e à situação em causa, dos termos escolha e decisão, que exprimem conceitos fulcrais na problemática de Alfred Andersch. Por outro lado, embora tais palavras nos tenham surgido à mente, logo no início da escrita, dum modo directo e espontâneo, devemos deter-nos um pouco sobre a questão nelas contida: porquê, entre a multiplicidade de temas e autores passíveis de estudo aprofundado na literatura alemã contemporânea (esta delimitação prévia, feita por motivos de preferência epocal, simplificou a escolha), porquê seleccionar como objecto de investigação os escritos autobiográficos de Andersch? Recuando até um tempo distante e incerto — finais dos anos sessenta — julgamos poder responder: o primeiro momento, talvez decisivo, de que falávamos foi um momento inconsciente de atracção súbita por um título estranho, de ressonâncias poéticas, num pequeníssimo volume de capa amarela, que nos chamou particularmente a atenção: Die Kirschen der Freiheit *, da autoria de Alfred Andersch, nome que até então nos era totalmente desconhecido. Dado que para nós as palavras sempre valeram tanto pela sua harmonia acústica como pela carga semântica transmitida ao receptor, tal título provocou uma natural curiosidade logo satisfeita 1 Alfred Andersch, Die Kirschen der Freiheit. Ein Bericht. Stuttgart, 1967. Devemos observar que, para efeitos de localização das citações transcritas ao longo deste trabalho, a edição utilizada é, não esta, mas a que consta do índice bibliográfico.

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1. Origem terminológica. 61. 2. Autobiografia é literatura? 62. 3. Tentativa de definição este crítico a publicou em apêndice ao seu volume sobre Andersch. seiner Qual und Lust; er beschreibt, wie er sich selbst in seine Bilder
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