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maria cristina cristo parente a construção de práticas alternativas de avaliação na pedagogia da PDF

392 Pages·2005·1.36 MB·Portuguese
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View metadata, citation and similar papers at core.ac.uk brought to you by CORE provided by Universidade do Minho: RepositoriUM MARIA CRISTINA CRISTO PARENTE A CONSTRUÇÃO DE PRÁTICAS ALTERNATIVAS DE AVALIAÇÃO NA PEDAGOGIA DA INFÂNCIA: SETE JORNADAS DE APRENDIZAGEM Tese apresentada à Universidade do Minho para obtenção do grau de Doutor em Estudos da Criança Sob orientação da Professora Doutora Júlia Oliveira-Formosinho INSTITUTO DE ESTUDOS DA CRIANÇA UNIVERSIDADE DO MINHO BRAGA, 2004 i AGRADECIMENTOS O trabalho que se apresenta para apreciação constitui a objectivação de um processo de construção cooperada de práticas alternativas de avaliação no encontro com diferentes protagonistas que no seu conjunto contribuíram para a construção de uma jornada de aprendizagem no âmbito da avaliação alternativa na pedagogia da infância. Neste processo de construção cooperada quero agradecer a todos, e foram muitos, os que para ele contribuíram. Algumas pessoas tiveram um papel mais particular neste percurso e a essas quero dirigir um agradecimento especial. À Rute, à Rita, à Renata, à Catarina, à Inês, à Laura e à Joana por aceitarem encetar comigo estas jornadas de aprendizagem e tornarem possível construir, colaborativamente, algum saber sobre práticas de avaliação alternativa. À Professora Doutora Júlia Oliveira-Formosinho a oportunidade que um dia me ofereceu de poder participar no Projecto Infância, mas também a amizade, a partilha de saberes que comigo quis levar a cabo e, essencialmente, a orientação e o apoio que em momentos decisivos tornaram possível a continuidade deste percurso. Às minhas colegas Fátima e Dalila pela solidariedade e pela forma agradável que em diferentes momentos me prestaram o seu apoio. Ao Professor Doutor João Formosinho pela forma serena como aborda as diversas questões e pela confiança que sempre me manifestou. À Professora Doutora Maria de Lurdes Magalhães pela disponibilidade manifestada e concretizada em tantos momentos deste percurso. À Graça Rego por me acompanhar desde o início no interesse por este tema e, por muitas vezes, ter comigo partilhado os seus saberes de educadora de infância. Ao Júlio Viana por ter acorrido sempre com prontidão, apesar dos seus muitos afazeres, para me ajudar a resolver dificuldades informáticas. ii À minha mãe, minha primeira mestre na vida e na escola, por ter estado sempre carinhosamente presente e por me ter substituído em tantos momentos em tarefas que, também, eram minhas. À Cristiana pelos beijos e abraços que me dava quando eu, em frente ao computador, não respondia ou respondia de forma apressada às suas solicitações. Ao José Maria por ter construído comigo tantos momentos importantes neste percurso e, com a sua serenidade e confiança, me ter ajudado a acreditar que ele tinha fim. A todos muito obrigado. iii RESUMO Pretendeu-se com este trabalho compreender, descrever e interpretar as percepções e práticas de avaliação prévias e actuais de um pequeno número de educadoras de infância que participou num processo de formação em contexto no domínio da avaliação alternativa. A questão formulada revela interesse pelo desenvolvimento de uma compreensão intensa e detalhada dos percursos de transformação ao nível das concepções e práticas de avaliação e perspectiva uma investigação situada no âmbito de um estudo de caso participativo. A decisão de levar a cabo um processo de formação em contexto para a construção de práticas alternativas de avaliação localiza este trabalho no cruzamento da teoria da formação de professores com a pedagogia da infância. Mais especificamente, este trabalho situa-se no domínio da formação contínua em contexto para o desenvolvimento da competência numa das dimensões da pedagogia da infância – a avaliação – que se concretiza através da realização de portfolios de avaliação. Neste enquadramento, a formação em contexto perspectiva-se como formação para o desenvolvimento da competência de acção destas educadoras de infância e seu desenvolvimento profissional de forma a melhor responder às necessidades e interesses das crianças com as quais trabalha. A investigação realizada, através de um estudo de caso participativo, permitiu construir seis jornadas de aprendizagem no âmbito da construção de práticas alternativas de avaliação e da realização de portfolios, uma estratégia de avaliação que se inscreve na perspectiva da avaliação alternativa. A análise e interpretação das seis jornadas de aprendizagem permitiu conhecer as transformações ocorridas desde as percepções e práticas de avaliação próximas da perspectiva tradicional para as percepções e práticas de avaliação alternativa e os contributos da formação em contexto para essas mudanças; tornou possível identificar processos diferenciados de construção de portfolios ao nível do estilo de experimentação e ao nível da participação e dos papéis desempenhados pelos diferentes actores que se traduzem em portfolios distintos ao nível da apresentação, da estrutura, da organização, e da variedade e diversidade de conteúdos; permitiu conhecer as principais dificuldades e os suportes valorizados no processo de construção de portfolios; e, ainda, favoreceu a descoberta de diversas potencialidades do portfolio para as crianças, para as educadoras e para os pais. O portfolio revela-se uma estratégia promotora da aprendizagem da criança no respeito pela sua especificidade e identidade mas, também, capaz de respeitar a individualidade e a diversidade das famílias e suas culturas e das educadoras de infância. iv ÍNDICE RESUMO iv ÍNDICE v INTRODUÇÃO 1 Organização do estudo 6 CAPÍTULO 1 – UM ITINERÁRIO NA DELIMITAÇÃO DO CONCEITO 8 DE AVALIAÇÃO Introdução 8 1. Uma análise à avaliação no contexto do debate entre paradigmas 10 científicos 2. Modelos subjacentes à avaliação educacional 13 3. (Re) conceptualizando a avaliação educacional 21 3.1. A avaliação formativa 24 3.2. A avaliação alternativa ou autêntica 27 CAPÍTULO 2 – A AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO DE INFÂNCIA: UM 32 PERCURSO DE TRANSFORMAÇÕES Introdução 32 1. Compreendendo o processo de avaliação na educação de infância 33 1.1. A avaliação alternativa ou autêntica na educação de infância 35 1.2. Da perspectiva tradicional à perspectiva alternativa: 37 concepções e práticas 1.3. O processo de avaliação: uma jornada com algumas paragens 41 estratégicas 2. A valorização da avaliação na educação de infância: algumas 48 questões v CAPÍTULO 3 – O PORTFOLIO: UM ÁLBUM DO CRESCIMENTO, DA 52 APRENDIZAGEM E DO DESENVOLVIMENTO Introdução 52 1. O portfolio no domínio da educação: a construção partilhada de uma 53 noção 2. Contributos para a compreensão do portfolio de avaliação 55 2.1. Características específicas do portfolio de avaliação 60 3. Um processo de realização do portfolio de avaliação 62 3.1. Definir os objectivos do portfolio 64 3.2. Identificar as metas educacionais 65 3.3. Criar uma estrutura e estabelecer a rota do portfolio de avaliação 65 3.3.1. Os conteúdos do portfolio 68 3.3.2. Os processos de selecção dos conteúdos do portfolio 73 3.3.2.1. A “ linha do tempo” 75 3.3.2.2. As conferências 76 3.4. Interpretando os conteúdos do portfolio 77 CAPÍTULO 4 – FORMAÇÃO EM CONTEXTO PARA O 81 DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DAS EDUCADORAS DE INFÂNCIA Introdução 81 1. Para uma abordagem de formação de professores: uma análise das 84 tradições de práticas reflexivas 1.1. Tradição Académica 85 1.2. Tradição da Eficiência Social 87 1.3. Tradição Desenvolvimentista 89 1.4. Tradição da Reconstrução Social 91 2. A formação contínua das educadoras de infância e professores 93 3. Formação contínua e desenvolvimento profissional das educadoras de 97 infância e professores 4. Estádios de desenvolvimento profissional das educadoras de infância 101 e professores vi 5. O desenvolvimento profissional das educadoras de infância no âmbito 102 da formação em contexto 5.1. Práticas de formação em contexto no modelo curricular 107 High/Scope 5.2. Práticas de formação em contexto no modelo curricular 109 Reggio Emília 5.3. Práticas de formação em contexto no modelo curricular da 111 Escola Moderna Portuguesa 5.4. Práticas de formação em contexto no Projecto Pen Green 113 6. Formação em contexto das educadoras de infância para a realização 114 da avaliação 6.1. A formação para a avaliação no Projecto de Infância 115 6.2. A formação para a avaliação no Projecto IRA – Investigação, 119 Reflexão, Acção 6.3. A formação para a avaliação no Movimento da Escola Moderna 122 Portuguesa 6.4. A formação para a avaliação no Projecto Pen Green 124 6.5. A formação para a avaliação no Projecto Assessing Children’s 126 Experiences in Early Childhood Settings CAPÍTULO 5 – INVESTIGAÇÃO DE PRÁTICAS ALTERNATIVAS DE 131 AVALIAÇÃO ATRAVÉS DA REALIZAÇÃO DO PORTFOLIO: CAPÍTULO METODOLÓGICO 1. Estratégia de investigação: O estudo de caso 131 1.1. Estudo de caso: em busca de uma compreensão abrangente 132 1.2.Tipologias de estudos de caso 134 1.3. A questão da generalização 136 2. Abordagem do estudo: uma investigação qualitativa 138 3. Rota da investigação 140 3.1. Projecto de formação em contexto 141 vii 3.2. Os casos 144 3.3. Desenho da investigação 145 3.3.1. Objectivos de investigação 146 3.3.2. Procedimentos de recolha, análise e tratamento de dados 146 3.3.3. Triangulação: um contributo para aumentar a credibilidade das 155 interpretações 3.3.4. Estrutura do texto com base nas histórias do caso 156 CAPÍTULO 6 – CONCRETIZAÇÕES DO PORTFOLIO COMO 159 ESTRATÉGIA DE AVALIAÇÃO ALTERNATIVA 1. Apreendendo a avaliação alternativa e o portfolio como uma 159 estratégia de avaliação: seis jornadas de aprendizagem 1.1. A jornada de aprendizagem da Rute “ À procura dos 159 procedimentos para construir o portfolio de avaliação” 1.2. “Educadoras cooperando constroem o portfolio de avaliação 180 com os pais e com as crianças”: a jornada de aprendizagem da Rita e da Renata 1.3. “A jornada de aprendizagem da Catarina em torno da construção 218 de uma ‘espécie’ de portfolio” 1.4. “Educadoras, crianças e pais em colaboração constroem o 237 portfolio de avaliação”: a jornada de aprendizagem da Inês 1.5. “Da crença de que não é preciso avaliar a uma 276 aproximação às questões da avaliação na educação de infância”: a jornada de aprendizagem da Laura 1.6. “Da capa de trabalhos ao portfolio de avaliação”: a jornada de 290 aprendizagem da Joana 2. Compreendendo a avaliação alternativa e os processos de realização 308 do portfolio: uma síntese CAPÍTULO 7 – CONCLUSÕES 327 viii REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 334 ANEXO A – Planos das acções de formação propostos ao centro de 359 formação de professores ANEXO B – Guiões das entrevistas 364 ANEXO C – Transcrição de uma entrevista 369 ANEXO D – Exemplos de codificação de documentos, de entrevistas e 377 notas de campo ix Introdução INTRODUÇÃO - Podias fazer o favor de me dizer para onde devo ir a partir de agora? - Isso depende muito de para onde é que queres ir – disse o Gato. - Não me importa muito onde... – respondeu Alice. - Então também não importa para onde vás – disse o Gato. -... desde que chegue a algum lado – explicou Alice. - Oh, com certeza que chegas – disse o Gato – se andares o suficiente. (Lewis Carroll, 2000, p. 72) A realização de processos de avaliação, de forma sistemática, na educação de infância é uma prática relativamente recente. A avaliação não era bem compreendida neste nível de ensino (Saracho e Spodek, 1997; Zabalza, 2000). Contudo, não avaliar a criança, de uma forma compreensiva e sistemática significa limitar o potencial de desenvolvimento de cada criança (Hills, 1993), não valorizar o trabalho profissional da educadora de infância1, restringir o potencial de comunicação com os pais e com a comunidade educativa (Hills, 1993) e, deste modo, contribuir para uma menor valorização da educação pré-escolar. Nem sempre, em Portugal, se considerou a avaliação como uma dimensão pedagógica relevante na educação de infância. As educadoras não avaliavam de forma sistemática e, também, não havia a tradição de os pais ou entidades responsáveis solicitarem às educadoras os resultados desse processo. As conversas informais do quotidiano, quando os pais levam e vão buscar os filhos ao jardim-de-infância, muito frequentes no contexto da educação de infância (Davies et al., 1998), eram consideradas suficientes quer por parte das educadoras quer dos pais. Uma análise breve às orientações que ao longo do tempo foram providenciadas às educadoras de infância, através de alguns documentos oficiais2, normalmente, 1 Optou-se pela utilização da expressão no feminino dada a feminização da profissão. 2 MEC/SEEBS (1978). Educação pré-escolar (5-6) anos: Guia de trabalho. Lisboa: Autor. Decreto-Lei nº 542/79, de 31/12/1979, Estatuto dos Jardins-de-infância. MEU/DGEB (1982). Perspectivas de educação em jardins-de-infância. Lisboa: Autor. DGEBS/DEPE (1991). Orientações pedagógicas para a educação pré-escolar: Generalidades e Orientações pedagógicas para a educação pré-escolar: Documento A – Introdução, Planificação, Registo, Avaliação (Documentos policopiados). 1

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jornada de aprendizagem no âmbito da avaliação alternativa na pedagogia da infância. Cristina, eu acho que este trabalho vale a pena.
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