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marcos antonio de oliveira as bases filosóficas e epistemológicas de alguns projetos de educação ... PDF

481 Pages·2009·1.97 MB·Portuguese
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MARCOS ANTONIO DE OLIVEIRA AS BASES FILOSÓFICAS E EPISTEMOLÓGICAS DE ALGUNS PROJETOS DE EDUCAÇÃO DO CAMPO: DO PRETENDIDO MARXISMO À APROXIMAÇÃO AO ECLETISMO PÓS-MODERNO Tese defendida como requisito parcial à obtenção do grau de Doutor. Curso de Pós-Graduação em Educação, Linha de Pesquisa Mudanças no Mundo do Trabalho e Educação, Universidade Federal do Paraná. Orientadora: Profa. Dra. Acácia Zeneida Kuenzer CURITIBA 2008 MARCOS ANTONIO DE OLIVEIRA AS BASES FILOSÓFICAS E EPISTEMOLÓGICAS DE ALGUNS PROJETOS DE EDUCAÇÃO DO CAMPO: DO PRETENDIDO MARXISMO À APROXIMAÇÃO AO ECLETISMO PÓS-MODERNO Tese defendida como requisito parcial à obtenção do grau de Doutor. Curso de Pós-Graduação em Educação, Linha de Pesquisa Mudanças no Mundo do Trabalho e Educação, Universidade Federal do Paraná. Orientadora: Profa. Dra. Acácia Zeneida Kuenzer CURITIBA 2008 ii UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. SISTEMA DE BIBLIOTECAS. BIBLIOTECA CENTRAL. COORDENAÇÃO DE PROCESSOS TÉCNICOS Ficha catalográfica Oliveira, Marcos Antonio de O48 As bases filosóficas e epistemológicas de alguns Projetos de Educação do Campo: do pretendido Marxismo à aproximação ao Ecletismo Pós- Moderno/ Marcos Antonio de Oliveira.— Curitiba, 2008. xxi, 481f. : il. tabs. Orientadora: Acácia Zeneida Kuenzer Tese(doutorado)- Universidade Federal do Paraná, Setor de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação. Defesa: Curitiba, 12 de dezembro de 2008. Inclui bibliografia e notas Linha de Pesquisa: Mudanças no mundo do Trabalho e Edu- cação. 1. Educação do campo – Teses. 2. Comunismo. 3. Filoso- fia marxista. 4. Epistemologia – Filosofia. 5. Ecletismo Pós- Moderno. I. Kuenzer, Acácia Zeneida. II. Universidade Federal do Paraná. Setor de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação. III. Título. CDD 22.ed. 370.12 Samira Elias Simões CRB-9/ 755 iii iv Aos que sabem que pensar é necessário e, apesar de saberem que a hipócrita sociedade atual prefere os que não pensam, continuam pensando. À vida. À dona Etelvina que, com seus 81 anos, há treze adotou-me como neto e vive como ninguém! A João Augusto Sobrinho, o Tio João. Agricultor que, aos 64 anos, solteiro empedernido é guardião da mineira casa de meus avós. Obrigado por sua alegria e exemplo. A Altair Marchioro, o Taíco, por beber cachaça. A Lucas Klock (ou Klock, Lucas, em Santiago do Chile), por pular em cima de mim para me acordar. À Flávia Klock, por gostar de estudar. À Dafny e Júlia, sobrinhas. Filhas que minha mãe não teve. A Márcio, Marcelo, Mário e, mesmo que distante, Marciano. Irmãos e companheiros de esperanças e desesperanças. A Antônio e Florinda... Saudades. À Simone, por me agüentar. v AGRADECIMENTOS Escrever uma tese não é tarefa que se assuma sem conseqüências, ou sem razões. No caso desta, o pessimismo da inteligência dela decorrente, faz o autor ainda mais cético em relação às condições da sociedade atual, desvencilhar-se de suas contradições de maneira satisfatória àqueles que vivem do próprio trabalho. Pelo menos num futuro visível, as formas de alienação que a burguesia conseguiu impor aos trabalhadores, potencializadas por uma esquerda hipócrita e canhestra como a que atualmente tem hegemonia no Brasil, controlando sindicatos, partidos políticos e assumindo um caráter explicitamente colaboracionista com o projeto burguês de segurar a luta de classes, em algumas frações da gerência do Estado, não permite ao autor outra experiência que o amargo da certeza que muitos terão que continuar morrendo na moenda da mó de moer gente do capitalismo atual, moenda esta que pode levar, sim, a humanidade e o planeta para o espaço. Por isto, resta agradecer muito aos fatores e àqueles que permitiram a esta tese a sua concepção, gestação e nascimento. Esta, ao menos, não permite mais ao seu autor ingenuidades sobre a natureza da hipócrita sociedade em que vive! Por isso agradece. Às canhestras interpretações da realidade do agro feitas pelos movimentos sociais rurais no Brasil, desde pelo menos meados da década de 1990, e sua aposta num agricultor familiar, motivo de constante desconfiança por parte do autor. À história, que depois de 13 anos de criação do PRONAF, já desmente as teses pseudo-científicas dos teóricos da agricultura familiar, dando razão às desconfianças do autor. À sua orientadora, professora Acácia Zeneida Kuenzer, cuja elaboração teórica sempre serviu de bússola de orientação à pesquisa e, além de tudo, sempre confiou na capacidade de investigação do autor. Ao professor Claus Magno Germer, por sua firmeza intelectual e elaboração teórica que permitiram resistir a anos de enfadonhas teorias sobre a morte do marxismo para entender a agricultura. Ao professor José Luís Zanella, por sua clareza em relação ao papel libertador para a classe que vive do próprio trabalho que pode ter uma escola pautada na filosofia do materialismo histórico e no princípio educativo do ensino, que deu ao autor a chave para o entendimento da especificidade da educação do campo e seu antagonismo ao marxismo. À professora Maria Dativa de Salles Gonçalves, que, já tendo orientado o autor desta tese durante o curso de Mestrado, tendo, portanto, o iniciado na pesquisa acadêmica, muito contribuiu para a continuidade dos estudos deste, no nível de Doutorado, a partir da conversa franca e da perspicaz leitura e coerentes observações que muito contribuíram com sua tese. vi Aos amigos da Universidade feitos durante o curso de Doutorado. A Sebastião Rodrigues Gonçalves, ex-professor da rede pública estadual, atual professor da UNIOESTE, cujo convívio traz, além de alegrias e aprendizado de vida, aprendizado acadêmico. Sem este, o autor não teria ainda entendido a natureza da contradição entre o materialismo proclamado por alguns movimentos do campo, entre os quais alguns aqui estudados, e seu efetivo idealismo; entre sua fraseologia que remete a uma ideologia supostamente progressista e a sua prática norteada pela vontade do lucro capitalista. Grande Tião! Obrigado! Ao professor e amigo Gracialino da Silva Dias. Sem este, sem suas teses sobre o rumo que tomou a esquerda atualmente, sobre o caráter do capitalismo no Brasil, sobre as posições e projetos dos movimentos sociais no campo, bem como suas conseqüências para a conformação na vida no campo e a formação dos agricultores, e sobre a escola necessária a esta conformação e formação, bem como sem sua tese sobre a base “cristã-feudal” em que se alicerçam os ideários de muitos movimentos no campo na atualidade, esta tese simplesmente seria impossível. Obrigado! Ao DESER, pelo tempo que pôde dispor, mesmo que tenha sido em saguões de rodoviárias, aeroportos, em ônibus, em aviões ou em hotéis espalhados por diversas cidades do Brasil e países da América Latina que, nos intervalos de viagens, permitiam ao autor utilizar, nestes dois últimos anos, pedaços de dias, ou de noites, para estudar e escrever e, além disso, pela oportunidade de participar de inúmeras viagens, seminários e conferências, que permitiram ao autor entender melhor os movimentos proponentes dos projetos aqui estudados. Aos professores e alunos dos Projetos que se dispuseram a responder às questões durante as entrevistas de campo. Aos funcionários das organizações proponentes dos Projetos educativos aqui analisados, que sem saber, colaboraram, em muito, com esta tese, entregando os materiais escritos necessários à análise documental. Às funcionárias do PPGE, especialmente Darci, Dona Chiquinha e Dona Irene. Sempre presentes. À minha família, por agüentar um amante, irmão, tio, sobrinho, primo, cunhado e neto (se dona Etelvina me permitir) cada vez mais carcomido pelo tempo; Aos amigos, de velha e nova data, cada vez mais escassos. À Vera Regina Dias, amiga de nova data, que se dispôs ao tórrido trabalho de ler e corrigir as ignorâncias semânticas, acadêmicas e técnicas desta tese. vii “É preciso crer para ver. É preciso fazer para acontecer. Vemos muita gente falando de agricultura, mas não fazem agricultura. Vemos muitos representando os agricultores, mas não são agricultores. Vemos muita gente falando de agroecologia, mas não praticam agroecologia. Muita gente falando de produção de alimentos para o consumo próprio, mas não produzem. Muitos dão assessoria em produção agroecológica e consomem produtos convencionais. Muitos falam de distribuição de renda, mas não abrem mão de seu salário alto e de sua formação superior. Muitos falam de preservação da agrobiodiversidade, mas não conseguem fazer algo para isso. Estas e outras reflexões nos inspiram a fazer mais, na prática, os nossos discursos e permanentemente refletimos sobre o que mais podemos fazer para termos mais sustentabilidade no nosso pequeno espaço geográfico. As palavras convencem; as práticas efetivas comovem. Estamos convencidos pela nossa base religiosa de que a defesa da vida é diária e não esporádica”. Agricultor, cristão e ex-diretor de ONG ligada à agricultura familiar na Região Sul do Brasil viii "Eu realmente fui mais aberto considerando-se que não concordava totalmente com as categorias marxistas. Eu penso que em relação a isso, a Pedagogia do Oprimido tem algo a ver com a Perestróika. É exatamente a possibilidade de negar as descobertas fundamentais de Marx, ou pelo menos, algumas delas, que então permite que você não se torne um objeto delas. (...) Pedagogia do Oprimido, ao estabelecer suas premissas epistemológicas e metodológicas sobre a crítica do positivismo pedagógico e lógico, ao dar preferência a uma concepção hermenêutica do conhecimento humano (...) ao tentar estabelecer a validade do conhecimento dentro de um processo de discurso racional, capaz de chegar à sua intercomunicação, causou uma ruptura. Pedagogia do Oprimido dá ênfase ao dialógico, à reflexão mútua e à análise teórica baseada na experiência do dia-a-dia. Logo (...) postula os componentes, tanto reais quanto utópicos de uma Pedagogia emancipatória". PAULO FREIRE apud TORRES (2000). ix “Em geral, podemos dizer que a Igreja nunca achou que seria possível nem desejável abolir o capitalismo: seu objetivo sempre foi corrigir seus aspectos mais negativos através das ações caritativas e “sociais” do cristianismo. No entanto, profundamente enraizada na cultura católica, ainda persiste – algumas vezes escondida, outras manifesta – a aversão ética ao capitalismo, ou uma “afinidade negativa” com ele”. Michel Lowy, (2000, p. 41) x

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ao Ecletismo Pós- Moderno/ Marcos Antonio de Oliveira.—. Curitiba . tese sobre a base “cristã-feudal” em que se alicerçam os ideários de muitos.
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