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Marco civil da internet: construção e aplicação PDF

158 Pages·2016·0.751 MB·Portuguese
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Carlos Affonso Souza Ronaldo Lemos Marco Civil da Internet Construção e Aplicação Editar 2016 Copyright by  Carlos Affonso Souza e Ronaldo Lemos 2016 Capa Thiago Dias Márcia Geruza Projeto gráfico André Luiz Gama Editoração e impressão Editar Editora Associada (32) 3213-2529 / 3241-2670 Juiz de Fora – MG Dados internacionais de catalogação na publicação S719m Souza, Carlos Affonso D544m Lemos, Ronaldo Marco civil da internet: construção e aplicação / Carlos Affonso Souza e Ronaldo Lemos, Juiz de Fora: Editar Editora Associada Ltda, 2016. ISBN: 978-85-7851-156-2 1. Ciência da informação. 2. Internet do Brasil. I. Título CDD 004 CDU 004.7 Todos os direitos reservados ao autor Carlos Affonso Souza Doutor e Mestre em Direito Civil na Universidade do Es- tado do Rio de Janeiro (UERJ). Professor da Faculdade de Direi- to da UERJ e da PUC-Rio. Diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS Rio). Pesquisador Visitante do Information Society Project, da Faculdade de Direito da Univer- sidade de Yale. Ronaldo Lemos Doutor em Direito na Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Direito na Universidade de Harvard. Professor da Fa- culdade de Direito da UERJ. Diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS Rio). Professor visitante na Universidade de Columbia. Sumário Apresentação ................................................................................................7 A Construção do Marco Civil da Internet Introdução: os deuses da cidade de Isaura .....................................11 O processo de construção do Marco Civil da Internet .................13 Uma questão preliminar: regular ou não regular? ...................14 A consulta sobre o anteprojeto de lei .......................................17 O debate sobre o projeto de lei no Congresso Nacional ......22 Questionamentos sobre aplicação da lei ........................................29 A regulamentação do Marco Civil através do Decreto 8711/2016 ...........................................................................30 Do Brasil para o mundo ................................................................32 Uma CPI para a Internet ...............................................................37 Lições para o futuro ............................................................................42 Liberdade de Iniciativa e o Marco Civil da Internet Investigando o papel da liberdade de iniciativa no Marco Civil .......45 Um mercado de duas pontas: ............................................................53 Inadequação de medidas que proíbem aplicativos: .....................57 Responsabilidade Civil dos Provedores de Acesso e de Aplicações A figura do “provedor” .......................................................................67 A jurisprudência sobre responsabilidade dos provedores ..........69 O provedor como mero intermediário ......................................70 Por que nos Estados Unidos se processa mais o usuário do que o provedor? ..................................................................72 As teses pela responsabilidade objetiva do provedor ...........75 A responsabilidade subjetiva dos provedores .........................82 Os efeitos da responsabilidade pela não remoção do conteúdo depois da notificação ......................................84 O caso especial dos “provedores de pesquisa” ..................87 Lições de um precedente argentino ...............................92 A responsabilidade civil dos provedores no Marco Civil da Internet .................................................................................97 Provedores de conexão .....................................................98 Provedores de aplicações de Internet ............................99 Judicialização e seus efeitos ..........................................103 Duas exceções ao regime de responsabilização ........105 Responsabilidade no centro do Marco Civil .................................107 Neutralidade da Rede A Internet e sua natureza aberta ...................................................109 O conceito de neutralidade de rede ..............................................115 Direito ao Esquecimento Contornos do chamado “Direito ao Esquecimento” ...................123 A decisão do Tribunal de Justiça Europeu de 2014 ....................125 O cenário brasileiro ...........................................................................127 Os projetos de lei sobre direito esquecimento no Brasil ....129 Um passo em falso ............................................................................135 Cibercrimes, Acesso a Dados e o Marco Civil da Internet Acesso a dados e o papel do Poder Judiciário .............................138 O combate ao cibercrime e a legislação brasileira .....................142 Cibercrimes e o futuro da regulação da rede ..............................145 Conclusão ..................................................................................................149 Referências bibliográficas .....................................................................151 Apresentação O Marco Civil da Internet (Lei nº 12965/2014) foi a primeira iniciativa do Poder Executivo brasileiro que se valeu da rede para ampliar o debate que leva à propositura de um projeto de lei no Congresso Nacional. O objetivo deste livro é justamente entender os motivos que levaram à adoção dessa iniciativa, como se desenrolou o processo de criação colaborativa da lei e, finalmente, olhar para a sua aplicação. Passados mais de dois anos desde a aprovação do Marco Civil da Internet, não faltam controvérsias sobre a sua interpretação e o destino que os tribunais reservam para alguns dos mais inovadores dispositivos constantes da lei. Desvelar essa aplicação do Marco Civil seria um exercício menos interessante se ele não levasse em conta o processo que gerou o resultado legislativo. Muitas das controvérsias e das questões difíceis que o Marco Civil procura enfrentar podem ser melhor compreendidas se o passado da iniciativa for descoberto e analisado. É na decisão de se debater de forma multissetorial uma regulação para a Internet no Brasil, que tivesse o respeito aos direitos humanos como guia, que surge muito da identidade que acabou prevalecendo no texto final. O Congresso Nacional tratou de se debruçar sobre vários artigos do projeto de lei, transformando temas até então obscuros, como a neutralidade da rede, em pautas debatidas vivamente no meio especializado e até mesmo na imprensa em geral. Contudo, reduzir a análise apenas ao momento de sua consulta online ou tão somente ao debate no Congresso seria oferecer uma visão reduzida Trazendo os mais diversos atores para o debate, o resultado encontrado na lei procura apontar a direção para futuras Marco civil da internet: construção e aplicação demandas regulatórias. O intuito principiológico do texto, mantido em grande parte na redação final, projeta a relevância do Marco Civil para o futuro. E nesse futuro já se pôde encontrar iniciativas que se inspiraram na experiência brasileira. A primeira parte do livro passa em revista esse processo de criação da lei e começa a detalhar os seus impactos. Os capítulos a seguir vão procurar enfatizar algumas das mais vivas discussões decorrentes da aprovação do Marco Civil da Internet. O debate sobre livre iniciativa é o pano de fundo para que se possa aprofundar um dos temas mais controvertidos sobre a aplicação da lei: a proibição e a suspensão de aplicativos. Procurando enfatizar o caráter protetivo das liberdades existente na lei, o capítulo abre a discussão sobre os desafios que uma lei sobre um assunto em constante transformação – como é a Internet – pode enfrentar. O terceiro capítulo toma como tema principal a evolução da responsabilidade civil dos provedores por conteúdos criados e publicados por terceiros. Esse é o tópico que mais demandou o Poder Judiciário até então no que se refere à aplicação do Marco Civil e por isso ele é tratado no mais alongado dos capítulos. A empresa que explora uma rede social responde pelos textos, vídeos e fotos postados por seus usuários? Os tribunais nacionais precisaram transformar a forma pela qual se decidiam tais casos para se adaptar ao novo texto legal, que não apenas define um tipo de responsabilidade, bem como traz diversos elementos a serem levados em consideração para apreciar os casos de ilícitos cometidos na rede. Compreendendo o sistema de responsabilização dos provedores, é igualmente relevante entender como o denominado princípio da neutralidade da rede pode guiar a conduta de provedores e dos mais diversos agentes no acesso à rede. Entendida como um dos mais importantes temas sobre regulação da Internet, o capítulo busca definir com mais precisão os contornos da neutralidade, evitando que o tema seja abusado e que se tome por debates sobre neutralidade 8

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