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Marco Antonio Santos Povo de Deus, uma sociedade contrastante PDF

134 Pages·2013·1.33 MB·Portuguese
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Marco Antonio Santos Povo de Deus, uma sociedade contrastante: do movimento de Jesus à sociedade pós-moderna Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada ao Programa de Pós- graduação em Teologia da PUC-Rio como requisito parcial para obtenção do titulo de Mestre em Teologia. Orientadora: Profa. Ana Maria de Azeredo Lopes Tepedino Rio de Janeiro Setembro de 2013 Marco Antonio Santos Povo de Deus, uma sociedade contrastante: do movimento de Jesus à sociedade pós-moderna Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre pelo Programa de Pós- Graduagáo em Teología do Departamento de Teología do Centro de Teología e Ciencias Humanas da PUC-Rio. Aprovada pela Comissão Examinadora abaixo assinada. Profª. Ana Maria de Azeredo Lopes Tepedino Orientadora Departamento de Teólogia - PUC-Rio Prof. Cesar Augusto Kuzma Departamento de Teologia - PUC-Rio Prof. Alessandro Rodrigues Rocha UNIGRANRIO Profª. Denise Berruezo Portinari Coordenadora Setorial de Pós-Graduagao e Pesquisa do Centro de Teología e Ciencias Humanas – PUC-Rio Rio de Janeiro, 27 de Setembro de 2013 Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial do trabalho sem autorização da universidade, do autor e do orientador. Marco Antonio Santos Graduou-se em Teologia pela UMESP (Universidade Metodista de São Paulo). Cursou Teologia no SEBE (Seminário Teológico Boa Esperança. Filiado a Convenção Geral das Assembleias de Deus). Cursou Gestão e Elaboração de Projetos Sociais Participativos na CCE/PUC- RJ. É Pastor Senior da Igreja Evangélica Comunidade Vida. Ficha Catalográfica Santos, Marco Antonio Povo de Deus, uma sociedade contrastante : do movimento de Jesus à sociedade pós-moderna / Marco Antonio Santos ; orientador: Ana Maria de Azeredo Lopes Tepedino. – 2013. 134 f. ; 30 cm Dissertação(mestrado)–Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Departamento de Teologia, 2013. Inclui bibliografia 1. Teologia – Teses. 2. Movimento de Jesus. 3. Comunhão. 4. Igreja. 5. Sociedade contrastante. 6. Pós-modernidade. I. Tepedino, Ana Maria de Azevedo Lopes. II. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Departamento de Teologia. III. Título. CDD: 200 Agradecimentos A minha orientadora Professora Ana Maria de Azeredo Tepedino, por acreditar, demonstrar entusiasmo e interesse pelo meu projeto, suas aulas, palavras e orientação foram estímulos de grande importância para o desenvolvimento e realização deste trabalho. Ao CNPq e à PUC-Rio, pelos auxílios concedidos, sem os quais este trabalho não poderia ter sido realizado. A minha esposa Sandra pela compreensão, companheirismo, carinho e amor. Aos meus filhos pela compreensão em meus momentos de ausência. Aos meus pais por me fornecerem o ponto de partida para chegar até aqui. Aos professores Abimar, Alfonso Garcia Rubio e Maria Clara Bengimer, suas aulas me permitiram aprofundar o pensar teológico. Aos professores que participaram da Comissão examinadora. A todos os professores e funcionários do Departamento pelos ensinamentos e pela ajuda. Aos meus colegas da PUC-Rio. Resumo Santos, Marco Antonio; Tepedino, Ana Maria de Azeredo Lopes. Povo de Deus uma sociedade contrastante: do Movimento de Jesus à pós- modernidade. Rio de Janeiro, 2013. 134p. Dissertação de Mestrado - Departamento de Teologia, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. A Igreja para continuar fiel a sua vocação pretendida por Cristo, precisa ser capaz de estabelecer conexões com a cultura e com o mundo na qual esta inserida em atitude dialógica. Como Povo de Deus ela possui uma identidade definida, contrastante com a sociedade, é um organismo vivo e pulsante que através dos séculos, penetrou em uma gama diversificada de culturas, como mediadora e sinal do Reino porvir. Minhas reflexões acreditam que a pós- modernidade seja o contexto possível para a vivência da eclesiologia de comunhão, isto é alinhar-se ao projeto salvífico de Deus para o mundo, mantendo no tempo presente a Igreja como voz que se faça ouvir, vida geradora de vida e luz para os povos, cumprindo sua vocação em Cristo. Palavras-chave Movimento de Jesus; comunhão; igreja; sociedade contrastante; pós- modernidade. Abstract Santos, Marco Antonio; Tepedino, Ana Maria de Azeredo Lopes (Adivisor). The People of God as a constrasting society: since the Jesus movement until Post-modernity time. Rio de Janeiro, 2013, 134p. MSc. Dissertation - Departamento de Teologia, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. In order to the church maintain her faithfulness to her vocation, she must be able to establish dialogical connections to the world in which is inserted . The Church considered as the People of God has a precise identity, and is a living and contrasting organization which throughout the centuries has penetrated in different cultures as a mean and sign of the Kingdom to come . To say it’s a contrast society does not mean it’s a society outside the world, which makes segregations and discriminations. But, rather, it’s a contrasting society, because inserts itself into the world, interacting, loving and fighting for life. My reflections think about Post-modernity as a possible context, to live the Ecclesiology of communion, to follow the salvific project of God to the world maintaining in the present time the Church as a voice to be heard, life engendering life and light to the peoples, accomplishing her vocation in Christ. Keywords People of God; Church; Kingdom of God; Contrasting society. 7 Sumário 1 Introdução 9 2 Do surgimento de um movimento a Igreja de Cristo. 13 2.1. Contexto Sócio – Político – Econômico – Cultural e Religioso. 15 2.1.1. Cenário político-administrativo. 15 2.1.2. Cenário socioeconômico 18 2.1.3. Cenário Religioso - Cultural 21 2.1.4. Relação Judeus x Gentios 23 2.2. Do Movimento de Jesus ao Cristianismo Primitivo 25 2.2.1. O movimento batista 25 2.2.2. O movimento de Jesus 28 2.2.3. A mensagem de Jesus 31 2.2.4. O cristianismo primitivo 35 3 . Igreja como povo de Deus: Uma sociedade contrastante. 44 3.1. A origem do povo de Deus 44 3.1.1. A Eleição: Iniciativa de Deus para o estabelecimento de seu povo.46 3.1.2. A igreja: compreendida como povo eleito de Deus. 48 3.1.3. A Igreja: Povo de Deus em comunhão. 51 3.1.4. Povo de Deus: Corpo de Cristo em desenvolvimento. 53 3.2. Uma sociedade contrastante em suas origens 59 3.2.1. Origem do povo de Deus como sociedade contrastante. 60 3.2.2. O Êxodo: saída constitutiva de uma nova sociedade. 61 3.2.3. A Igreja como sociedade contrastante 63 3.2.4. Perseguição em razão de suas características distintivas. 67 3.3. Preservação de suas características identitárias. 69 3.3.1. O monasticismo. 70 3.3.2. Os místicos 75 3.3.3. Os movimentos reformadores (Séc. XVI) 78 3.3.4. Renascença e reforma. 82 8 4 Povo de Deus em uma sociedade pós-moderna 84 4.1. Para compreender a Pós-modernidade 84 4.1.1. Aproximação da realidade pós-moderna 85 4.1.2. Evolução e transição 88 4.1.3. Caracterizações Pós-modernas 94 4.2. Igreja e Pós-modernidade 101 4.2.1. Igreja: Povo de Deus em missão. 102 4.2.2. O Secularismo 104 4.2.3. Pós-modernidade e espiritualidade 108 4.3. Um Reino em fronteiras em um mundo sem fronteiras 113 4.3.1. A visão do Reino. 114 4.3.2. Libertação no contexto pós-moderno. 115 4.3.3. Reino de Deus, sociedade contrastante e pós-modernidade 121 5 . Conclusão 126 6. Referências Bibliográficas 129 9 1 Introdução No decorrer da história bíblica, a partir do livro de Gênesis, percebe-se a iniciativa de Deus em estabelecer relacionamento com sua criação, formando Adan como representante humano, Deus assume atitude dialógica, dando-se a conhecer e apresentando-lhe uma proposta de vida. Tal iniciativa clarifica desde os primórdios da humanidade, a manifestação do amor de Deus, não há retração ou isolamento, mas atitude aproximativa; não há silêncio, mas comunicação. É uma relação inclusiva em pleno amor, que cria vínculo e pertencimento, não como posse ou dominação, mas provendo liberdade e proporcionando sentido existencial. Por tratar-se de uma relação em amor, deve necessariamente incluir espaço para a livre resposta, que permite a construção de uma vida em plena harmonia. A rejeição humana, não frustra o propósito imutável de Deus, Ele esta disposto a novos começos. A partir de Abraão, nota-se uma progressão inclusiva, Deus expande seu relacionamento: Deus de Abraão, Deus de Isaque, Deus de Jacó, Deus das doze tribos de Israel. Individual, familiar, tribal e nacional. O Deus de Israel, que tem um povo, mas não restringe seu propósito a este povo, dá mostras da universalidade de seu amor, abrindo possibilidade relacional aos estrangeiros, não fazendo restrições. Seu povo possui características distintivas: a adoção de filhos, a glória, as alianças, a lei, o culto, e as promessas (cf. Rm. 9, 4). Com a vinda de Jesus toda a humanidade é chamada a fazer parte de seu povo, a uma vivência relacional, que se evidenciará em uma nova maneira de viver. Ao sermos alcançados pelo amor de Deus, somos movidos a amar, a valorizar pessoas, nos tornamos mais humanos. Esta nova cosmovisão, contrasta com os valores da sociedade pós-moderna, na qual a Igreja como povo de Deus esta inserida e para a qual deve possuir relevância. A possibilidade de que esta relevância aconteça, está inexoravelmente ligada à relação de pertencimento a Deus, pois entendemos que sem a ação do Espírito, 10 seriamos apenas mais uma associação filantrópica dentre muitas outras. Dessa relação decorre a visibilidade da igreja, não de seus templos mas de seu povo. A presente pesquisa, tem como objetivo identificar a Igreja como povo de Deus e sociedade contrastante, no mundo pós-moderno e globalizado. Cronologicamente, nossa pesquisa inicia-se a partir do I século, embora saibamos que a identificação de um povo pertencente a Deus, ocorra desde o Livro de Gênesis. Para formular meu objetivo, parti do pressuposto supracitado: desde o Antigo Testamento é perceptível tanto no relato da criação, como nas ações libertadoras de Deus, o estabelecimento de vínculo relacional e de pertencimento com o povo judeu, deste mesmo povo descende Jesus, o Cristo. Jesus vive esta relação de forma plena e durante seu ministério, convoca pessoas para unirem-se a Ele, constituindo um modelo de sociedade alternativa, e ao mesmo tempo contrastante na propagação e vivencia do que chamava Reino dos Céus ou Reino de Deus. A questão proposta é: como esta sociedade alternativa e contrastante, pode ser visibilizada e vivida na sociedade pós-moderna, viabilizando as pessoas a vivência de uma nova realidade existencial? Para alcançar este objetivo, a pesquisa é desenvolvida a partir de levantamentos históricos, na Idade Antiga (contexto em que Jesus viveu), em momentos pontuais na Idade Média, no período de transição para a idade moderna e da sociedade pós-moderna. Contextualizar a realidade vivida em períodos específicos da história da Igreja1, constitui grande desafio, pois não podemos afirmar, que os momentos históricos abordados, eram vividos pela igreja em sua totalidade. Também não é nosso propósito realizar detalhamento minucioso de cada período, esta tarefa tem sido realizada com maestria, por historiadores abalizados, consultados no decorrer da pesquisa. Relação de pertencimento e contraste, são temas que perpassam o conteúdo desta dissertação. Embora na pós-modernidade os metarrelatos sejam desacreditados, precisamos de lucidez, para perceber o quanto eles são 1 O termo Igreja será utilizado neste trabalho como povo de Deus, a partir da visão de J. M. Tillard em seu livro Iglesia de Iglesias. TILLARD, J.M., Iglesia de Iglesias: Eclesiología de comunión, Salamanca: Sígueme, 1999, p.97

Description:
Do Movimento de Jesus ao Cristianismo Primitivo. 25 .. religioso de pessoas ricas e altamente colocadas, os saduceus, de fato, tiveram 25 ALVAR, J. Cristianismo primitivo y religiones mistéricas, Madri, Catedra, 1995, p.30.
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