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Manual Instrutivo ANDI PDF

59 Pages·2013·0.97 MB·Portuguese
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Texto Final 2013 – aguardando ISBN e diagramação MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE Manual Instrutivo para Implementação da Agenda para Intensificação da Atenção Nutricional à Desnutrição Infantil PORTARIA Nº 2.387, DE 18 DE OUTUBRO DE 2012 Brasília 2013 Texto Final 2013 – aguardando ISBN e diagramação Elaboração, distribuição e informações: MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição SAF Sul, Quadra 2 Lote 5/6, Bloco II – Sala 8 - Auditório, Edifício Premium CEP: 70070 - 600, Brasília-DF Tel.: (61) 3315-9004 E-mail: [email protected] Home page: www.saude.gov.br/dab Coordenação Técnica Geral: Patrícia Constante Jaime Paulo Vicente Bonilha Almeida Colaboradores: Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição - Departamento de Atenção Básica Ana Carolina Lucena Pires Ana Maria Cavalvante de Lima Élida Amorim Valentim Gisele Bortolini Kelly Poliany de Souza Alves Kimielle Cristina Silva Maria da Penha Ferrer de Francesco Campos Mayara Kelly Pereira Ramos Renata Guimarães Mendonça de Santana Sara Araújo da Silva Simone Costa Guadagnin Vanessa Thomaz Franco Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno - Departamento de Ações Programáticas Estratégicas Carolina de Vasconcelos Gilvani Pereira Ivana Drummond Texto Final 2013 – aguardando ISBN e diagramação LISTA DE SIGLAS ACS Agente Comunitário de Saúde ANDI Atenção Nutricional à Desnutrição Infantil ATSCAM Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno BPC Benefício de Prestação Continuada CGAN Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição CMS Conselho Municipal de Saúde CONSEA Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional CRAS Centro de Referência em Assistência Social DAB Departamento de Atenção Básica DAPES Departamento de Ações Programáticas Estratégicas DVA Deficiência de Vitamina A ENPACS Estratégia Nacional para Alimentação Complementar Saudável ESF Estratégia Saúde da Família GM Gabinete do Ministro IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IMC Índice de Massa Corporal MS Ministério da Saúde NASF Núcleo de Apoio à Saúde da Família NIS Número de Identificação Social OMS Organização Mundial da Saúde ONG Organização não Governamental PBF Programa Bolsa Família PETI Programa de Erradicação do Trabalho Infantil PNAN Política Nacional de Alimentação e Nutrição PNDS Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde PNSF Programa Nacional de Suplementação de Ferro PNSN Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição PST Projeto de Saúde do Território PTS Projeto Terapêutico Singular SAN Segurança Alimentar e Nutricional SIAB Sistema de Informação da Atenção Básica SINAN Sistema de Informação de Agravos de Notificação Texto Final 2013 – aguardando ISBN e diagramação SISVAN Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional SUS Sistema Único de Saúde UBS Unidade Básica de Saúde VAN Vigilância Alimentar e Nutricional WEB Rede Texto Final 2013 – aguardando ISBN e diagramação LISTA DE ILUSTRAÇÕES QUADROS Quadro 1. Materiais recomendados para avaliação do estado nutricional e do consumo alimentar de crianças menores de cinco anos. .......................................................................................................... 12 Quadro 2. Periodicidade Recomendada de Registro no SISVAN Web .................................................. 13 Quadro 3. Recomendação sobre a textura e a quantidade de alimentos recomendadas de acordo com a idade. .......................................................................................................................................... 38 Quadro 4. Esquema alimentar para crianças amamentadas ................................................................ 39 Quadro 5. Grupos de alimentos que devem compor a refeição ........................................................... 39 Quadro 6. Esquema alimentar para crianças não amamentadas ......................................................... 41 Quadro 7. Planejamento municipal para Agenda de Intensificação da Atenção Nutricional à Desnutrição Infantil ............................................................................................................................... 54 Quadro 8. Monitoramento da Agenda de Intensificação da Atenção Nutricional à Desnutrição Infantil. ............................................................................................................................................................... 55 FIGURAS Figura 1. Linha de cuidado: atenção à criança de baixo peso e muito baixo peso ............................... 26 Figura 2. Principais determinantes de saúde da criança que devem ser investigados ......................... 31 Texto Final 2013 – aguardando ISBN e diagramação SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................... 8 1. VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL ................................................................................ 11 1.1 Como realizar a Vigilância Alimentar e Nutricional ...................................................................................11 2. ACOMPANHAMENTO DAS CONDICIONALIDADES DE SAÚDE DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA .............................................................................................................................................. 16 2.1 Como realizar o acompanhamento das condicionalidades de saúde do Programa Bolsa Família ..............16 3. INVESTIGAÇÃO DOS CASOS DE DESNUTRIÇÃO E ATRASO DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL ............................................................................................................................................. 19 3.1 Como realizar a investigação dos casos de desnutrição .............................................................................20 3.1.1 Anamnese ................................................................................................................................................. 20 3.1.2 Exame Físico ............................................................................................................................................. 21 3.1.3 Dados Antropométricos ........................................................................................................................... 21 3.1.4 Avaliação dos marcadores de consumo alimentar .................................................................................. 22 3.1.5 Exames Complementares ......................................................................................................................... 22 3.1.6 Avaliação de vulnerabilidade social ......................................................................................................... 23 4. ORGANIZAÇÃO DO CUIDADO À CRIANÇA DESNUTRIDA ....................................................... 25 4.1 Cuidados básicos para crianças com baixo peso ou muito baixo peso para a idade ...................................25 4.2 Projeto de Saúde do Território ..................................................................................................................27 4.3 Projeto Terapêutico Singular .....................................................................................................................29 5. PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL ................................................... 33 5.1 Como organizar as ações de promoção da alimentação adequada e saudável ..........................................34 5.2 Recomendações de Alimentação Saudável para crianças menores de dois anos .......................................36 5.2.1 Aleitamento Materno ............................................................................................................................... 36 5.2.2 Alimentação complementar saudável para crianças menores de dois anos ....................................... 37 5.2.3 Crianças não amamentadas ................................................................................................................ 40 5.3 Promoção da Alimentação Saudável para crianças maiores de 2 anos ...............................................42 6.1 Prevenção e controle da deficiência de vitamina A ...................................................................................44 6.2 Como deve ser realizada a SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA A ..................................................................45 6.3 Prevenção e controle da anemia por deficiência de ferro .........................................................................46 6.4 Como deve ser realizada a SUPLEMENTAÇÃO COM SULFATO FERROSO ....................................................47 Texto Final 2013 – aguardando ISBN e diagramação 7. PLANEJAMENTO MUNICIPAL PARA A AGENDA DE INTENSIFICAÇÃO DA ATENÇÃO NUTRICIONAL À DESNUTRIÇÃO INFANTIL .................................................................................... 49 7.1 Passos para o planejamento municipal .....................................................................................................50 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................................. 56 9. REFERÊNCIAS ................................................................................................................................. 57 8 Texto Final 2013 – aguardando ISBN e diagramação APRESENTAÇÃO Historicamente, a desnutrição em crianças menores de cinco anos tem se constituído em um grande desafio dos países em desenvolvimento devido à magnitude e às consequências desastrosas para o crescimento, desenvolvimento e sobrevivência infantil (MONTE, 2000). Esta condição aumenta o risco de uma série de doenças, dentre as quais se destacam o acometimento por doenças respiratórias e diarreicas. Pode afetar o crescimento e desenvolvimento cognitivo, destacando-se a ocorrência de baixa estatura, menor aproveitamento escolar e redução da capacidade de produtividade na vida adulta, podendo ser responsável por danos irreversíveis. No tocante à saúde de crianças brasileiras menores de cinco anos, observa-se que, entre 1989 e 2006 (Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição - PNSN e Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde - PNDS, respectivamente), a desnutrição (déficit de peso para idade) reduziu significativamente, passando de 7,1% para 1,7%. Entretanto, a tendência de redução não ocorreu de maneira uniforme em todos os grupos populacionais, visto que, em crianças menores de cinco anos beneficiárias do Programa Bolsa Família, a desnutrição é igual a 16,4%; em indígenas, chega a 26,0% (I Inquérito Nacional de Saúde e Nutrição de Populações Indígenas 2008-09); em quilombolas, 14,8% (Chamada Nutricional Quilombola, 2006). A desnutrição consiste em uma doença com forte determinação social, multifatorial, que tem grande correlação com a pobreza. Do ponto de vista clínico, pode ser definida como um estado de emagrecimento ou crescimento ponderal insuficiente. De modo geral, a desnutrição começa a se desenvolver quando a dieta do indivíduo não é capaz de atender às necessidades energéticas e/ou proteicas, e sua gravidade vai variar de acordo com o grau de deficiência, a idade ou a presença de outras doenças nutricionais ou infecciosas (SHILS, 2009). Dentre esses fatores considerados fundamentais, devem ser ressaltadas as características do nascimento (principalmente o peso), a alimentação em qualidade e quantidade suficientes, os cuidados de saúde e vacinação adequados que eliminam ou reduzem a ocorrência de doenças, a moradia, o saneamento básico, a estimulação psicomotora e as relações afetivas, que refletem as condições gerais de vida às quais a criança está submetida (BRASIL, 2002). Os principais fatores atribuíveis à redução da desnutrição no Brasil como um todo se devem ao aumento da escolaridade materna, ao crescimento do poder aquisitivo das famílias, à ampliação dos programas de transferência de renda, como o Programa Bolsa Família, à expansão da assistência à saúde, e à melhoria das condições de saneamento. Assim, o enfrentamento da desnutrição infantil 9 Texto Final 2013 – aguardando ISBN e diagramação deve ser realizado a partir do enfrentamento dos seus determinantes sociais e de suas políticas públicas promotoras da equidade. Atualmente, o SUS tem buscado ampliar sua capacidade de atendimento à população por meio da organização das Redes de Atenção à Saúde, tendo a Atenção Básica como coordenadora do cuidado e ordenadora da rede, desenvolvida na descentralização e na capilaridade no território, sendo a porta preferencial de entrada do usuário no SUS. Nesse contexto, destaca-se a prioridade de ações voltadas para a saúde da mulher e da criança por meio da estruturação da Rede Cegonha e das ações do SUS na Ação Brasil Carinhoso. A primeira constitui-se em uma estratégia com foco na saúde da criança e da mulher, no que tange ao planejamento reprodutivo, à atenção humanizada à gravidez, parto e puerpério, bem como garantindo o direito ao nascimento seguro, crescimento e desenvolvimento saudável da criança. Já a Ação Brasil Carinhoso, lançada em maio de 2012 como parte do Plano Brasil sem Miséria, objetiva combater a pobreza absoluta na primeira infância por meio de três eixos de atuação: Assistência Social, Saúde e Educação (Plano Brasil Sem Miséria, 2012; Portaria Nº 1.918, de 5 de Setembro de 2012). Diante deste cenário, o Ministério da Saúde, por meio da Portaria GM nº 2.387, de 18 de outubro de 2012, instituiu a Agenda para Intensificação da Atenção Nutricional à Desnutrição Infantil - ANDI, com vistas a impulsionar o enfrentamento da desnutrição em municípios brasileiros com maior prevalência deste agravo em crianças menores de cinco anos de idade, por meio da estruturação e qualificação de ações de atenção à saúde da criança e de organização da atenção nutricional na Rede de Atenção à Saúde, em especial no âmbito da Atenção Básica e em consonância com as agendas da Ação Brasil Carinhoso e da Rede Cegonha. Neste sentido, a instituição desta Agenda contribuirá para a concretização do propósito da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) de melhoria das condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira. A ANDI tem como foco os municípios brasileiros com menos de 150 mil habitantes que apresentam índices de desnutrição infantil (baixo peso e muito baixo peso/idade) em crianças menores de cinco anos de idade, iguais ou superiores a 10%, de acordo com dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) de 2011. A participação dos municípios nesta Agenda foi condicionada à adesão com pactuação de metas relacionadas à organização da atenção nutricional à criança desnutrida que serão avaliadas anualmente durante a vigência (24 meses) da ANDI. A atenção nutricional à criança desnutrida consiste nos cuidados relativos à alimentação e nutrição voltados à promoção e proteção da saúde, diagnóstico e tratamento da desnutrição e outros agravos nutricionais que possam existir associados às demais ações de atenção à saúde da criança menor de 5 (cinco) anos de idade. A desnutrição pode causar impactos negativos ao desenvolvimento infantil, por isso, no escopo desta agenda, devem também ser fortalecidas as ações 10 Texto Final 2013 – aguardando ISBN e diagramação de estímulo ao desenvolvimento infantil como parte dos investimentos para a redução das desigualdades e promoção de oportunidades para uma geração de brasileiros. Este Manual Instrutivo objetiva apoiar os gestores e profissionais de saúde dos municípios que aderiram à ANDI para estruturação e qualificação da atenção nutricional às crianças com desnutrição, abordando os seguintes aspectos: Vigilância Alimentar e Nutricional; acompanhamento das condicionalidades de saúde do Programa Bolsa Família; investigação dos casos de desnutrição e atraso do desenvolvimento infantil; organização do cuidado à criança desnutrida (elaboração do Projeto Terapêutico Singular e do Projeto de Saúde do Território); promoção da alimentação saudável; prevenção de carências de micronutrientes e planejamento municipal para implementação da ANDI. O Ministério da Saúde espera contribuir, por meio da Agenda de Intensificação da Atenção Nutricional à Desnutrição Infantil, para o processo de superação desta grave manifestação de insegurança alimentar e nutricional ainda presente entre populações vulneráveis em nosso país. Patricia Constante Jaime – Coordenadora-Geral de Alimentação e Nutrição/Departamento de Atenção Básica Paulo Vicente Bonilha Almeida - Coordenador da Área Técnica de Saúde da Criança/Departamento de Ações Programáticas Estratégicas

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que aderiram à ANDI para estruturação e qualificação da atenção nutricional às crianças com desnutrição, abordando os seguintes aspectos: Vigilância Alimentar e Nutricional; acompanhamento das condicionalidades de saúde do Programa Bolsa Família; investigação dos casos de desnutriç
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