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Manual do catequista popular PDF

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.MANUAL . . . -·. ·· DO . . . · C~tEOUISTA . . . ··POPULAR http://www.obrascatolicas.com/ SECRETARIADO NACIONAL DE D~FESA DA FÉ MANUAL do Catequ·ista Popular III EDiÇÃO 1959 EDITõRA VOZES LIMITADA ·PETRÓPOLIS RJ http://www.obrascatolicas.com/ TODOS OS DIREITOS RESERVADOS http://www.obrascatolicas.com/ A primeira edição dêste Manual serviu à ex periência de Catequese Popular, inaugurada oficial mente na Diocese de Barra do Piraí, na festa de Cristo-Rei em 1956. Esgotada em 6 meses a edição, em vista da solicitação do Manual em várias Dioceses e Pre lazias, e obtidos excelentes resultados pela prática da Catequese Popular, que só na Diocese de Barra do Piraí dispunha, então, de 475 núcleos, julgou o Secretariado Nacional de Defesa da Fé de bom alvitre editar o Manual do Catequista Popular para âmbito nacional. Não se quis, na segunda edição, acrescentar ou modificar algo, aguardando para tanto uma ex periência mais vasta e prolongada. Sem dúvida, a Catequese Popular é o mais prático, eficiente e providencial recurso de pre servação e de defesa da fé, principalmente na zona rural, destituída por completo de assistência sa cerdotal. A novidade da Catequese Popular em muitas Dioceses seria apenas fornecer material aos Cate quistas ou Capelães já existentes e agrupá-los numa organização diocesana. Tendo em vista a Defesa da Fé no Brasil, que é o âmbito de suas responsabilidades, o Secretaria do Nacional de Defesa da Fé espera com a lite ratura para a Catequese Popular, que pretende 5 http://www.obrascatolicas.com/ editar, contribuir com uma pequena parcela ao amplo trabalho catequético, de maior penetração e profundidade, que vem realizando o Secretaria do Nacional de Religião. Em poucos meses esgotou-se também a 2'-' edi ção do Manual, o que se explica pelo fato de ter a Catequese Popular sido aprovada unânimemente na Assembléia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, reunida em Goiânia, em julho de 1958. E' óbvio que o S. N. D. F. acolherá, de bom grado, tôdas as observações e sugestões que sacer dotes, religiosos e catequistas populares lhe fize rem para melhorar a publicação definitiva dêste Manual. Barra do Piraí, 2 de novembro de 1958 Pelo Secretariado Nacional de Defesa da Fé, f AGNELO, Bispo de Barra do Piraí. http://www.obrascatolicas.com/ ---- --- _____....__ A CATEQUESE POPULAR Nas contingências atuais, o Brasil tem 10% da população católica mundial e apenas 2% do seu clero. Basta esta simples verificação para se aquilatar a necessidade premente de clero para nossa Pátria. Uma conseqüência dolorosa dessa penúria de sacerdotes e que está influindo também como cau sa de escassez de vocações é a ignorância religio sa. E' ela a raiz, a fonte ou o aliado mais pode roso de todos os nossos males. A falta de espí rito apostólico dos leigos, a superstição, a heresia, as injustiças, a imoralidade campeiam, entre nós, graças à tremenda ignorância religiosa do nosso povo. De outro lado, o Recenseamento de 1950 apu rou que 70 % da população brasileira vive em zona rural, e digamos aqui entre nós, sem nenhuma as sistência religiosa organizada, senão nesta ou na quela rara Diocese. Como poderemos abandonar êste bom povo, espiritualmente sedento de Deus, inteiramente à mercê das insídias inimigas dos pregadores do êrro, sem nenhuma defesa, sem nenhum amparo? Chega o protestante ou o espírita a um dês ses lugares, e logo arrebanha um grupo de ouvin tes e de adeptos. Por quê? Porque se falou de Deus 7 http://www.obrascatolicas.com/ ao povo, porque se manifestou interêsse pela vida religiosa daquela pobre gente, abandonada à sua própria sorte. Aquele povo simples gosta de rezar, de can tar, de ouvir uma mensagem, uma palavra d.e ele vação, de conf ôrto, de ânimo. Aquele bom povo pede o pão espiritual, sente a necessidade de se reunir, à noitinha, num local mais iluminado, numa reumao para cantar e rezar, em conjunto, e ... muitas vêzes seus nobres desejos não são atendi dos por nós. Por quê? Porque o padre não está lá, não pode estar em tôda a parte. Mas o Santo Padre, de há muito, apontou a solução para êste problema: o apostolado dos leigos. Há, na Santa Igreja, um tesouro admirável de energias, que é a colaboração dos leigos no apostolado da Igreja, seguindo as normas dadas pelas Autoridades eclesiásticas: o S. Padre, o Bis po, o Pároco. Mas então, se o S. Padre já falou claramente, por que não se aproveitam os leigos para debelar a pavorosa ignorância religiosa de nossa gente? Freqüentemente se alega esta razão : o leigo não pode ensinar Religião porque não tem ciên cia nem formação necessar1as. Para resolver esta dificuldade, que é muito séria, empregamos a Catequese Popular. Evidente mente empregamos Catequistas Populares, que são pessoas morigeradas, de boa formação moral, mas que infelizmente não conhecem profundamente sua religião. Então, enquanto não pudermos melhorar o nível cultural dos Catequistas, êles irão ser Lei- 8 http://www.obrascatolicas.com/ tores : irão fazer a leitura catequética, anterior mente preparada para o Curso de Catequese Popular. A organi:;:;:r-ção da Catequese Popular oferece os livros de oração e de instrução e os Catequis tas Populares se limitam a transmitir aos seus ouvintes, pela leitura, o que o Bispo ou o Pároco lhes coloca nas mãos. Os Catequistas Populares não explicam a dou trina cristã, não tecem comentários, senão quan do explicitamente autorizados pela competente Au toridade eclesiástica, uma vez garantida a firme za doutrinária do Catequista. E', portanto, a Catequese Popular a mais rudimentar forma de Catequese ao povo, em ge ral, e de uma maneira especial aos adultos, prin cipalmente fora das grandes cidades. A propósito de Catequese Popular, julgamos oportuno transcrever alguns tópicos da Carta Pas toral sôbre "A Catequese Popular" de D. Agnelo Rossi, Bispo de Barra do Piraí, onde se tentou em maior escala a primeira experiência de Ca tequese Popular: OS LEIGOS E A CATEQUESE "Ide e ensinai a todos os povos" (Mt 28, 19) foi o mandato de Cristo diretamente aos Apósto los e seus sucessores: Papa e Bispos, os mestres e doutôres da verdade sagrada. Compete ao Bispo pregar a palavra de Deus (Cânon 1327, § 1), mas diante da impossibilidade prática de exercer pessoalmente, sempre e em tôda parte e para todos os diocesanos, o ministério da pregação e do ensino, sugere a Igreja aos Bispos 9 http://www.obrascatolicas.com/ a oportunidade de se fazerem auxiliar por pessoas idôneas (ib. § 2). Canônicamente idôneos são os clérigos, inves tidos do poder de pregar, como os diáconos e os sacerdotes. Como não basta, porém, a ajuda do clero para remediar as necessidades espirituais do povo cris tão, é preciso recorrer à colaboração dos leigos no âmbito de suas possibilidades. Sempre, na Igreja, prestaram os leigos valiosa colaboração no ensino da Religião. Quando o príncipe dos Apóstolos, S. Pedro, chegou a Roma encontrou um grupo de pes soas catequizadas, mercê do trabalho leigo dos primeiros seguidores de Cristo, provàvelmente ba tizados em Jerusalém no dia de Pentecostes. :t!:ste exemplo freqüentemente foi recordado pelo S. Pa dre o Papa Pio XI falando à Ação Católica. ' Em organizações diversas, conforme as épo cas e as necessidades, prestaram os leigos sua ') Nos Atos dos Apóstolos e nas Epístolas encon tramos, muitas vêzes, leigos ensinando, como é o caso de Apolo (At 18, 24-25), instruído por Aquila e Priscila (ib. 26). Nos primeiros séculos, formaram-se as escolas cristãs de Jerusalém, Éfeso, Cesaréia, Alexandria, Antioquia, Atenas e Roma, nas quais também lecionaram leigos, como Orígenes de Alexandria. São igualmente conhecidos os grandes apologistas cristãos dos primeiros séculos: Ar nóbio, Justino, Atenágoras, Minúcio Félix, Lactâncio etc., também êles leigos. Deram, desta forma, origem a uma tradição que perdurou brilhantemente até nossos dias. Basta recordar os ilustres nomes de De Maistre, De Bonald, Chateaubriand, Montalambert, Nicolas, Veuillot na França e de Manzoni na Itália no século passado e pen sar em todos aquêles que, com a pena ou a palavra, defendem o dogma e a moral católica. Leigos podiam ser os "didascali", aos quais eram confiados os catecúmenos para a necessária instrução em preparação para o batismo". Spiazzi, La Missione dei Laici" (Ed. di Presenza, Roma. 1951) pp. 205-206. 10 http://www.obrascatolicas.com/ ajuda inestimável ao clero. Aos pregadores am bulantes dos primeiros tempos, sucederam os mon ges e anacoretas, leigos em sua maioria, as ir mandades para amparar o culto ou fomentar a fé no seio das famílias, as ordens militares, as milícias de Cristo, as Ordens Terceiras, as Con frarias, as Pias Uniões, etc. O próprio Código de Direito Canônico solicita a colaboração dos seculares na instrução catequé tica paroquial ( Cân. 1333, § 1), no ensino da dou trina cristã na família ( cân. 1372, § 2), nas escolas primárias, nos cursos médios e superiores ( cân. 1373 §§ 1 e 2). Nos cânones 769 e 797 insta com os padrinhos de batismo e de crisma para que velem pela instrução religiosa de seus afilhados e, em caso de necessidade, supram o dever dos pais (cân 1335). Em nossos dias, a Ação Católica, organizada especialmente para colaborar com a Hierarquia no apostolado, é a providencial "longa manus" do clero e, entre suas primordiais atividades, como acentuam os Sumos Pontífices, está a difusão da doutrina cristã. · Nos territórios de missões, os catequistas lei gos, dez vêzes mais numerosos que os m1ss10ná rios estrangeiros, são o valoroso esteio da obra de Cristo naquelas plagas. E' verdade que a Igreja nunca aprovou a pre gação doutrinal dos leigos, feita oficialmente nas igrejas, e até mesmo a proibiu ( cân. 1342, § 2), porque, no dizer de Inocêncio III, "possui a Igreja um corpo de doutôres, especialmente preparados para êste ministério". Entretanto êsse mesmo Papa concedeu a S. Francisco de Assis e aos seus com- 11 http://www.obrascatolicas.com/

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