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Luiz Antonio Ranzeiro de Braganca PDF

279 Pages·2011·4.73 MB·Portuguese
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PLANTAS MEDICINAIS ANTIDIABÉTICAS Coordenador: Luiz Antonio Ranzeiro de Bragança Mestre em Endocrinologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professor assistente de Farmacologia do Departamento de Fisiologia da Universi- dade Federal Fluminense (UFF). Fundador do Laboratório de Etnofarmacologia e Produtos Naturais do Instituto Biomédico da UFF, onde vem desenvolvendo pesquisas sobre plantas medicinais úteis no tratamento de doenças endócrinas e metabólicas. Subchefe do Departamento de Fisiologia. Colaboradores: Marília Martins Guimarães, doutora em Endocrinologia, é professora e coor- denadora adjunta do curso de pós-graduação em Endocrinologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Fernando Cesar Ranzeiro de Bragança é médico sanitarista e professor assis- tente do Instituto de Saúde da Comunidade do Centro de Ciências Médicas da Universidade Federal Fluminense e mestre em Educação pela UFF. Especialista em Homeopatia pelo Instituto Hahnemanniano do Brasil e em Medicina Social e Preventiva pela UFF. Paulo Cesar Ayres Fevereiro é professor adjunto de Botânica Terrestre. Atual- mente chefia o Setor de Botânica do Departamento de Biologia Geral do Instituto de Biologia da UFF. Paulo José Sixel é mestre em Bioquímica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e professor adjunto de Farmacologia do Departamento de Fisiologia da Universidade Federal Fluminense. Fundador do Laboratório de Etnofarmacologia e Produtos Naturais do Instituto Biomédico da UFF. Endereço para o envio de contribuições (relato de casos, experiências pessoais etc.): PRoF. LUIz ANToNIo RANzEIRo DE BRAGANçA Instituto Biomédico da UFF (Departamento de Fisiologia) Rua Ernani Melo, 101 - Centro - Niterói - RJ CEP 24210-130 - Fax (021) 620-5966 E-mail: [email protected] Luiz Antonio Ranzeiro de Bragança (Coordenador) PLANTAS MEDICINAIS ANTIDIABÉTICAS uma abordagem multidisciplinar EDIToRA DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Niterói, RJ — 1996 Copyright © 1996 by Luiz Antonio Ranzeiro de Bragança Direitos desta edição reservados à EDUFF - Editora da Universidade Federal F luminense - Rua Miguel de Frias, 9 - anexo - sobreloja - Icaraí - CEP 24220-000 - Niterói, RJ - Brasil - Tel.: (021) 620-8080 ramais 200 e 353 - Fax: (021) 620-8080 ramal 356 É proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem autorização expressa da Editora. Edição de texto: Iza Quelhas Projeto gráfico e editoração eletrônica: José Luiz Stalleiken Martins Capa: Marcio André Baptista de oliveira Digitação: Khátia M. P. Macedo, Jussara M. Figueiredo e Juraciara Ribeiro Revisão: Sônia Peçanha Supervisão gráfica: Rosalvo Pereira Rosa Coordenação editorial: Damião Nascimento Ilustrações da capa (no sentido horário): Foto 1 - Pata-de-vaca (Bauhinia forficata): a planta antidiabética possivelmente mais usada e já estudada no Brasil. Foto 2 - Plantas medicinais expostas à venda: não apenas no interior, mas também nos centros urbanos, plantas são popularmente conhecidas como medicinais e comercializadas. É grande a procura. Foto 3 - Melão-de-são-caetano (Mormodica charantia): é apontada como a planta antidiabética mais usada no mundo todo. Diversos estudos já foram realizados, especialmente na Índia. Foto 4 - Cajueiro (Anacardium occidentale): a foto mostra sinais do risco da extinção de algumas espécies de plantas medicinais. É o extrativismo pela divulgação dos seus benefícios sem os cuidados de preservação. Catalogação-na-fonte P713 Plantas medicinais antidiabéticasi:iuma abordagem multidisciplinar. Luiz Antonio Ranzeiro de Bragança, coordenador. — Niterói : EDUFF, 1996. 300 p. ; 21 cm. Bibliografia : p. 285 ISBN 85-228-0168-1 1. Plantas medicinais. I. Bragança, Luiz Antonio Ranzeiro, coord. CDD 633.88 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Reitor Luiz Pedro Antunes Vice-Reitor Fabiano da Costa Carvalho Diretora da EDUFF Eliana da Silva e Souza Comissão Editorial Anamaria da Costa Cruz Gilberto Perez Cardoso Gilda Helena Rocha Batista Heraldo Silva da Costa Mattos Ivan Ramalho de Almeida Luzia de Maria Rodrigues Reis Maria Guadalupe C. Piragibe da Fonseca Paulo Azevedo Bezerra Roberto Kant de Lima Roberto dos Santos Almeida Vera Lucia dos Reis SUMÁRIO Prefácio .....................................................................................7 Apresentação ............................................................................9 Luiz Antonio Ranzeiro de Bragança 1 Plantas medicinais: conceitos e benefícios ....................15 Luiz Antonio Ranzeiro de Bragança 2 Considerações sobre o histórico dos medicamentos e plantas medicinais .......................................................27 Fernando Cesar Ranzeiro de Bragança 3 Aspectos botânicos ..........................................................53 Paulo Cesar Ayres Fevereiro 4 Diabetes mellitus: diagnóstico e recursos terapêuticos ...............................................69 Luiz Antonio Ranzeiro de Bragança e Marília Martins Guimarães 5 Aspectos gerais no preparo e controle de qualidade de plantas e fitoterápicos hipoglicemiantes ............103 Paulo José Sixel 6 Estudos etnofarmacológicos com plantas medicinais e antidiabéticas .......................................123 Fernando Cesar Ranzeiro de Bragança e Luiz Antonio Ranzeiro de Bragança 7 Plantas brasileiras usadas no tratamento do diabetes .................................................................143 Luiz Antonio Ranzeiro de Bragança 8 Plantas antidiabéticas no mundo .................................181 Luiz Antonio Ranzeiro de Bragança 9 Estudos farmacológicos de plantas antidiabéticas .....215 Luiz Antonio Ranzeiro de Bragança 10 Fitoquímica e mecanismo de ação das plantas antidiabéticas .............................................................241 Luiz Antonio Ranzeiro de Bragança 11 Considerações finais ......................................................261 Luiz Antonio Ranzeiro de Bragança Sumário de estudos científicos com plantas antidiabéticas ...........................................273 Referências bibliográficas ....................................................285 LISTA DE ABREVIATURAS UTILIzADAS ALAD - Associação Latino Americana de Diabetes DMID - Diabetes Mellitus Insulinodependente DMNID - Diabetes Mellitus Não-Insulinodepentende GJ - Glicemia de Jejum EV - Endovenosa HbA c - Hemoglobina Glicosilada A c 1 1 Ho - Hipoglicemiante oral IP - Intraperitoneal oMS - organização Mundial da Saúde SC - Subcutânea STz - Streptozotocina ToTG - Teste oral de Tolerância à Glicose UFF - Universidade Federal Fluminense UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro PREFÁCIO Diabetes mellitus é um desafio mundial à pesquisa. Durante mui- tos anos as investigações caíram sobre a célula beta pancreática. Se no tipo I isto é uma verdade, tal fato não pode ser extrapolado para o tipo II, onde a secreção de insulina é normal, tornando-se anormalmente elevada para superar a resistência periférica, seja em nível de receptor ou pós-receptor, na tentativa de sustentar uma normoglicemia. Com o avanço da biologia molecular, conseguiu-se avançar estes estudos e observar sob a ótica do pós-receptor, o que abre uma luz de conhecimentos na etiopatogenia desta moléstia e, conse- qüentemente, avanços na terapêutica. os efeitos medicamentosos em nível pós-receptores freqüentemente não são observados agudamente, já que envolvem uma série de reações em cadeia, até transcrições nucleares em nível de DNA, RNA, diferindo de uma secreção de insulina, onde o bloqueio de canal de potássio é suficiente para sua secreção. Por este motivo, os trabalhos realizados por pesquisadores na ten- tativa de obter normalização da glicose sangüínea na forma aguda, com as plantas medicinais, provavelmente fracassaram e fracas- sarão sempre que o princípio ativo seja em nível pós- receptor. Este trabalho traz uma valiosa contribuição científica, com um desafio para que todos os que lidam nesta área se engajem na luta para que possamos alcançar uma ou mais alternativas terapêuticas, utilizando plantas medicinais que tenham as confirmações tão bem estabelecidas no Capítulo 5, onde o professor Paulo José Sixel, com uma linguagem simples, elucida os aspectos gerais no preparo e controle de qualidade de plantas e fitoterápicos hipogli ce miantes. Tenho a convicção de que este objetivo será alcançado, porque o seu autor é um pesquisador obstinado pelos seus ideais e, con- seqüentemente, todos os diabéticos serão beneficiados, pois eles são, em última análise, os beneficiários finais. Prof. Honomar Ferreira de Souza Titular de Endocrinologia da UFF 7 Voltar para o sumário “O Senhor produziu da terra os medicamentos. O homem sensato não os desprezará.” Eclesiástico 38, 4 9 Voltar para o sumário APRESENTAÇÃO Há séculos as plantas vêm sendo usadas como fonte de medicamen- tos, muitos deles ainda obtidos de ervas. Atropina, cafeína, colchi- cina, digital, salicilatos, ópio, vincristina, quinina e biguanidas são apenas alguns entre tantos fármacos incorporados aos receituários médicos, mas inúmeros outros, de fonte vegetal inexplorada, estão à espera do interesse de quem os possa revelar (AKERELE, 1992). Até mesmo hormônios (como esteróides sexuais utilizados em preparações de contraceptivos orais) e antimaláricos para formas resistentes (como a artemisinina) podem ser extraídos de plantas. (KoRoLKoVAS, 1978 ; PEREIRA, 1986 ; SoEJARTo, 1978) A despeito do preconceito de muitos cientistas, o povo permanece utilizando-se de plantas medicinais com a mesma confiança com que aceita a prescrição do doutor. o diabetes mellitus (DM) é uma doença comum, cuja classificação atual inclui, segundo a organização Mundial da Saúde, tipos como: insulinodependente (DMID), não-insulinodependente (DMNID) e o que se associa com estados de desnutrição (LLANoS, 1995). Antes da descoberta da insulina, as preparações obtidas de plantas eram, praticamente, o único recurso no diabetes além da dieta. Se- gundo Profozic (1986), o primeiro princípio ativo com propriedade hipoglicemiante, descoberto por meio de pesquisas científicas foi a galegina, um derivado da guanidina, extraído da Galega officinalis. os resultados desta pesquisa motivaram estudos subseqüentes e a descoberta das primeiras biguanidas. Levantamentos bibliográficos, realizados em todo o mundo, destacam o uso de plantas no tratamento do diabetes, como os tra- balhos de Sharaf (Egito, 1963), Costa (Brasil, 1975-1977), Bever (África ocidental, 1980), Morrison (Jamaica, 1982), Al-Awadi (Kwait, 1985), Profozic (Iugoslávia, 1986), Yaniv (Israel, 1987), Ivorra (Espanha, 1989). Na medicina popular de diversos países são empregados um grande número de ervas e/ou seus extratos. Entretanto, apenas uma minoria, submetida à investigação farma- cológica padronizada, apresentou resultados reproduzíveis, devido às peculiaridades inerentes aos estudos de plantas medicinais que serão discutidas neste trabalho. Muitas plantas são popularmente relacionadas ao tratamento do 10 Voltar para o sumário

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