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Luis Henrique Junqueira de Almeida Rechdan PDF

275 Pages·2009·26.3 MB·Portuguese
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC/SP Luís Henrique Junqueira de Almeida Rechdan Moderno dentre modernos: a escolha do projeto do edifício-sede do Ministério da Educação e Saúde Pública (1935-1937) MESTRADO EM HISTÓRIA SÃO PAULO 2009 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC/SP Luís Henrique Junqueira de Almeida Rechdan Moderno dentre modernos: a escolha do projeto do edifício-sede do Ministério da Educação e Saúde Pública (1935-1937) MESTRADO EM HISTÓRIA Dissertação apresentada à Banca Examinadora como exigência parcial para obtenção do título de MESTRE em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, sob a orientação da Profª., Doutora Márcia Barbosa Mansor D’Aléssio. SÃO PAULO 2009 Banca Examinadora ________________________________ ________________________________ ________________________________ À memória de Salim Rechdan – meu pai. AGRADECIMENTOS A minha orientadora, Márcia Barbosa Mansor D’Aléssio, por ter me acolhido no Programa de Estudos Pós-graduados em História da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e acreditado na viabilidade e no desafio representado por um trabalho interdisciplinar, no qual o debate arquitetônico emerge enquanto fonte para a história. Aos professores do departamento de história social da PUC/SP e, em especial a Antonio Rago Filho, Estefânia Knotz Canguçu Fraga e Vera Lúcia Vieira pelo apoio e pelas sugestões dadas no decorrer da elaboração desse trabalho. À Betinha, secretária do Programa, sempre atenta às solicitações formuladas pelos alunos. Aos funcionários do Arquivo Geral do IPHAN e do CPDOC/FGV que, desde o primeiro contato, se dispuseram a disponibilizar os documentos necessários a essa pesquisa. Aos funcionários das bibliotecas Nacional, PUC/SP, FAU/USP, FFLCH/USP e Pereira Passos (IPP) pela atenção dada às minhas solicitações. Aos colegas do Programa e, em especial, aos integrantes do “Núcleo de Estudos: Diálogos sobre a historiografia da Era Vargas”: Juliana, Pedro Paulo, Rosana e Sidney. À minha mãe e ao Marcos, por me apoiarem nessa jornada dedicada à pesquisa, à redação e à revisão desse trabalho. À CAPES e ao CNPq pelas bolsas de estudos concedidas, respectivamente, nos anos de 2007 e 2008. Nada me resulta más desagradable, como historiador, que los juicios ‘a posteriori’ sobre este o aquel acontecimiento, sobre esta o aquella revolución. Si ha triunfado, es justificable; si ha fracassado, es condenable. El problema del historiador es otro: saber examinar las causas de un fenómeno, en la apreciación de sus circunstancias y en la observación de sus consecuencias. Pierre Vilar, Pensar históricamente, p.125 RESUMO Neste trabalho propomos uma reflexão sobre os meios materiais de produção cultural, dentre outros aspectos presentes nos processos sociais de produção cultural, que possibilitaram a um grupo de jovens arquitetos brasileiros, sob a coordenação de Lucio Costa e a ‘consultoria’ de Le Corbusier, projetarem e construírem um edifício ministerial de acordo com os preceitos da arquitetura moderna européia de inspiração corbusiana, tal como ela se apresentava nos anos 1930. Frente a uma historiografia da arquitetura voltada aos aspectos técnico-estéticos do debate arquitetônico travado naqueles anos, visamos historicizar esse debate mobilizador tanto do campo arquitetônico quanto do político, em um momento no qual o governo dispunha de um projeto de (re)construção do Estado-nação brasileiro. Para tecermos a trama político-arquitetônica desenrolada ao longo do processo de escolha do projeto do edifício-sede do Ministério da Educação e Saúde Pública (MESP), desde março de 1935 até abril de 1937, recuperamos não apenas a trajetória político-profissional dos diversos atores em cena, em meados dos anos 1930, como também as relações existentes entre eles e os acontecimentos políticos e os intelectuais ocorridos no Brasil desde a década anterior. A análise do concurso para a escolha do projeto do edifício-sede do MESP, bem como seus desdobramentos posteriores, emerge após refletirmos sobre o que era ser revolucionário, moderno e brasileiro num governo que se autodenominava revolucionário, mesmo após a promulgação de uma nova carta constitucional em 1934. Lúcio Costa e Gustavo Capanema, o arquiteto e o ministro clarividente, não agiram sozinhos, mas foram os hábeis articuladores de uma trama que envolveu políticos e intelectuais, brasileiros e estrangeiros. Os anos, ditos heróicos, foram anos nos quais houve um intenso debate entre a Arte e a Política no Brasil. Nessa perspectiva, o processo de escolha do projeto do edifício-sede do MESP representa um momento excepcional não apenas para reavaliarmos os marcos balizadores da arquitetura moderna no Brasil, como também para refletirmos sobre a política do governo constitucional do presidente Getúlio Vargas e, em especial, as articulações político-intelectuais que possibilitaram o golpe de 10 de novembro de 1937, dando início ao Estado-Novo. Palavras-chave: Era Vargas; Ministério da Educação e Saúde Pública; Arquitetura moderna brasileira. ABSTRACT In this work we propose to reflect on the material means of cultural production, among other aspects of the social process of cultural production, that enabled a group of young Brazilian architects, coordinated by Lucio Costa and with the “consultancy” of Le Corbusier, to plan and construct a ministerial building in accordance with the principles of modern European architecture inspired by Corbusier as they existed in the 1930s. Based on a historiography of architecture oriented toward the technical and aesthetic aspects of architectural debate during those years, we intend to historicize this stimulating debate in both its architectural and political dimensions at a moment in which the government was proposing a project for the (re)construction of the Brazilian nation-state. To reconstruct the political-architectural drama that unfolded during the selection process for the headquarters building of the Ministry of Education and Public Health (MESP) between March 1935 and April 1937, we have reconstituted not only the political and professional careers of the various actors in the mid-1930s but also the relations among them and the political and intellectual events that had taken place in Brazil since the preceding decade. Our analysis of the competition to select the project for MESP, as well its subsequent developments, emerges from a reflection on what was revolutionary, modern and Brazilian about a government that styled itself revolutionary, even after the promulgation of a new constitutional document in 1934. Lucio Costa and Gustavo Capanema, the architect and the visionary minister, did not act alone, but were the active proponents of a scheme that involved politicians and intellectuals both Brazilian and foreign. These years, called the heroic years, were years of intense debate between Art and Politics in Brazil. From this perspective, the process of selecting a project for MESP represent an exceptional moment not only for purpooses of reevaluating the landmarks of modern architecture in Brazil but also in order to reflect on the policies of the constitutional government of President Getulio Vargas, and more specifically on the political and intellectual maneuverings that made possible the coup of November 10, 1937, which gave birth to the Estado Novo. Key Words: Vargas era; Ministry of Education and Public Health; Modern architecture in Brazil. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 1 Capítulo 1 – Por um Estado-nação moderno 13 Vitoriosa a revolução: botas e esporas no Catete 14 O Ministério da Educação e Saúde Pública 27 Um novo ministro – Gustavo Capanema 37 Por uma racionalização do serviço público 46 Por uma revolução nas artes – o salão revolucionário de 1931 51 Capítulo 2 – Por uma reorganização administrativa e espacial do MESP 70 Três problemas fundamentais do Brasil: sanear, educar e povoar 73 A nova casa do MESP 77 Opção por um concurso 79 Ministérios na Esplanada: escolha do terreno 82 Recursos necessários à obra 84 O edital e a reorganização administrativa do MESP – aproximações 87 Novas práticas, novos hábitos e novos costumes 94 O campo arquitetônico em meados da década de 1930 99 Os arquitetos legalmente habilitados ao exercício da sua profissão no Brasil 107 A estrita observância das normas do edital, incluso a legislação municipal 111 Definição da comissão julgadora 115 Um concurso e alguns prêmios 117 Um vencedor ? 134 Argumentos iguais, conclusões diferentes 141 Capítulo 3 – Em defesa do moderno 143 No intuito de ver o assunto ainda examinado sob todos os seus ângulos e conveniências 146 Sob uma tal luz nascerá a arquitetura: Le Corbusier e o Brasil 155 Uma viagem providencial 168 Sejam ouvidos sobre o projeto os senhores ... 179 Julga o senhor que o projeto seja bom ? 185 Aprovo o projeto, com as seguintes observações 201 Uma ‘variante’ ao projeto anteriormente apresentado 209 Considerações finais 216 O duplo objetivo de se fazer uma obra de arte e uma casa de trabalho 224 Arquivos e Bibliotecas consultadas 233 Fontes 233 Bibliografia 235 Anexo 1 – Cronologia dos acontecimentos narrados nessa dissertação 249 Anexo 2 – Evolução populacional das maiores cidades do Brasil 1872-1940 257 Anexo 3 – Quadro comparativo: Edital publicado – Versão preliminar 258 Anexo 4 – Numeração dos invólucros apresentados – Processo 6870/35 263 Anexo 5 – Quadro comparativo dos projetos dos edifícios-sedes construídos na esplanada do Castelo 264

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reivindicavam aquela denominação o que nos leva a busca da compreensão dos diversos discursos justificadores da Conforme salienta Abud:.
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