UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Luciano Maciel Lampert dos Santos SISTEMA DE CERTIFICAÇÃO LIVING BUILDING CHALLENGE: ANÁLISE COMPARATIVA COM O SISTEMA LEED Porto Alegre julho 2015 LUCIANO MACIEL LAMPERT DOS SANTOS SISTEMA DE CERTIFICAÇÃO LIVING BUILDING CHALLENGE: ANÁLISE COMPARATIVA COM O SISTEMA LEED Trabalho de Diplomação apresentado ao Departamento de Engenharia Civil da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como parte dos requisitos para obtenção do título de Engenheiro Civil Orientador: Miguel Aloysio Sattler Porto Alegre julho 2015 LUCIANO MACIEL LAMPERT DOS SANTOS SISTEMA DE CERTIFICAÇÃO LIVING BUILDING CHALLENGE: ANÁLISE COMPARATIVA COM O SISTEMA LEED Este Trabalho de Diplomação foi julgado adequado como pré-requisito para a obtenção do título de ENGENHEIRO CIVIL e aprovado em sua forma final pelo Professor Orientador e pelos Coordenadores da disciplina Trabalho de Diplomação Engenharia Civil II (ENG01040) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, julho de 2015 Prof. Miguel Aloysio Sattler PhD. pela University of Sheffield Orientador Profa. Carin Maria Schmitt e Prof. Jean Marie Désir Coordenadores BANCA EXAMINADORA Profa. Ana Carolina Badalotti Passuello (UFRGS) Dra. pela Universitat Rovira i Virgili Profa. Eugenia Aumond Kuhn (UNIRITTER) Dra. pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul Prof. Miguel Aloysio Sattler (UFRGS) PhD. pela University of Sheffield Dedico este trabalho a meus pais, Sérgio e Eliana, que sempre me apoiaram e especialmente durante o período do meu Curso de Graduação estiveram ao meu lado. AGRADECIMENTOS Agradeço aos meus pais, Sérgio e Eliana, a meus irmãos, Guilherme e Paula, e às minhas avós, Eli e Suely, pela educação, confiança, segurança e apoio, desde sempre. Agradeço também aos demais membros da família, e especialmente à minha dinda Helena, que compartilhou seus conhecimentos para auxiliar durante este trabalho. Agradeço ao Prof. Miguel Aloysio Sattler, orientador deste trabalho, por toda ajuda, fundamentação e apoio na concepção desse trabalho, que caso contrário, jamais passaria de uma ideia. Agradeço à Prof. Carin Maria Schmitt, por todo conhecimento transmitido e auxílios prestados na disciplina de TCC I, que serviu como base do início ao final da execução do trabalho. Nós não herdamos a terra de nossos pais, nós a pegamos emprestada de nossos filhos. Provérbio nativo-americano RESUMO A saúde do planeta é pauta frequente nas discussões sobre o futuro da humanidade. A maneira como o homem se relaciona com a natureza se altera de acordo com a sua necessidade, mas em determinado momento do passado recente, essa relação passou a extrapolar a capacidade do planeta de se regenerar e absorver essas mudanças. A exploração do meio natural e o crescimento desenfreado do desenvolvimento, contribuem cada vez mais para o aumento do efeito estufa, redução da camada de ozônio, desmatamento de florestas, extinção de espécies animais e vegetais, e tantos outros problemas ambientais, que acabam, direta ou indiretamente, a curto ou longo prazo, prejudicando também ao próprio ser humano, em sua sobrevivência. Sobre os ombros da indústria da construção civil, como grande modificadora do ambiente natural que é, recai a responsabilidade de rever suas práticas e desenvolver novas tecnologias que permitam que a atividade da construção se adeque a esse novo cenário, de racionalização do uso de recursos, para poder contribuir de forma efetiva para o bem estar do planeta e, consequentemente, para o bem estar de toda a sociedade. Visando avaliar e certificar a eficácia dessas novas práticas na construção, surgiram, a partir da década de 90, sistemas de certificação de sustentabilidade em edificações. Com a globalização, sistemas que antes eram regionais ou nacionais, acabaram por se espalhar pelo mundo todo. O crescimento da indústria da construção civil, e o importante papel que ela desempenha economicamente, demandam comprometimento cada vez maior com políticas de sustentabilidade, e com isso, exigências maiores. Nesse contexto, um novo sistema de certificação, o Living Building Challenge, surge com o objetivo de elevar os conceitos de construção sustentável. Para verificar a que ponto esse sistema se difere dos demais, este trabalho empreendeu uma análise entre seus critérios de avaliação e os critérios encontrados no sistema de certificação de sustentabilidade mais difundido no mundo, o LEED. Foram efetuadas análises e comparações dos itens de avaliação do Living Building Challenge com equivalentes encontrados no LEED, e como resultado foi possível constatar que o Living Building Challenge realmente demonstra um maior rigorismo nos seus requisitos e exigências, enquanto o LEED é mais flexível na sua metodologia, possuindo um caráter mais comercial. Palavras-chave: Certificação de Sustentabilidade. Edificações Sustentáveis. Living Building Challenge. LEED. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Diagrama das etapas da pesquisa .................................................................... 17 Figura 2 – Evolução do número de artigos contendo o termo desenvolvimento 21 sustentável no título, resumo ou palavras-chave ................................................ Figura 3 – Mapa de projetos LBC certificados e registrados ........................................... 38 LISTA DE QUADROS Quadro 1 – Subdivisões do LEED v4 for Building Design and Construction ................. 33 Quadro 2 – Níveis de certificação LEED ......................................................................... 35 Quadro 3 – Estrutura de categorias, pré-requisitos e créditos do LEED v4 BD+C New Construction and Major Renovations ................................................................ 39 Quadro 4 – Estrutura de pétalas e imperativos do Living Building Challenge 3.0 .......... 42 Quadro 5 – Comparação entre números da estrutura dos sistemas LBC e LEED ........... 43 Quadro 6 – Correspondência entre o imperativo 01 e créditos do LEED ........................ 48 Quadro 7 – Correspondência entre o imperativo 02 e créditos do LEED ........................ 50 Quadro 8 – Correspondência entre o imperativo 03 e créditos do LEED ........................ 51 Quadro 9 – Correspondência entre o imperativo 04 e créditos do LEED ........................ 55 Quadro 10 – Correspondência entre o imperativo 05 e pré-requisitos e créditos LEED . 59 Quadro 11 – Correspondência entre o imperativo 06 e pré-requisitos e créditos LEED . 64 Quadro 12 – Correspondência entre o imperativo 07 e créditos do LEED ...................... 66 Quadro 13 – Correspondência entre o imperativo 08 e pré-requisitos e créditos LEED . 69 Quadro 14 – Correspondência entre o imperativo 09 e créditos do LEED ...................... 71 Quadro 15 – Correspondência entre o imperativo 10 e pré-requisito e créditos LEED ... 75 Quadro 16 – Correspondência entre o imperativo 11 e créditos do LEED ...................... 76 Quadro 17 – Correspondência entre o imperativo 12 e créditos do LEED ...................... 78 Quadro 18 – Correspondência entre o imperativo 13 e créditos do LEED ...................... 79 Quadro 19 – Desperdício aceitável por tipo de material .................................................. 80 Quadro 20 – Correspondência entre o imperativo 14 e pré-requisitos e créditos LEED . 83 Quadro 21 – Diretrizes de projeto para o imperativo 15 .................................................. 86 Quadro 22 – Correspondência entre o imperativo 15 e créditos do LEED ...................... 87 Quadro 23 – Correspondência entre o imperativo 16 e créditos do LEED ...................... 90 Quadro 24 – Correspondência entre o imperativo 17 e créditos do LEED ...................... 91 Quadro 25 – Correspondência entre o imperativo 18 e créditos do LEED ...................... 92 Quadro 26 – Correspondência entre o imperativo 19 e créditos do LEED ...................... 94 Quadro 27 – Correspondência entre o imperativo 20 e créditos do LEED ...................... 95 LISTA DE SIGLAS BRE – Building Research Establishment BREEAM – Building Research Establishment Environmental Assessment Method CASBEE – Comprehensive Assessment System for Built Environment Efficiency CGBC – Cascadia Green Building Council HK-BEAM – Hong Kong Building Environmental Assessment Method HQE – Haute Qualité Environnementale ILFI – International Living Future Institute ISO – International Organization for Standardization LBC – Living Building Challenge LEED – Leadership in Energy and Environmental Design ONU – Organização das Nações Unidas UNCED – United Nations Conference on Environment and Development USGBC – United States Green Building Council WCED – World Commission on Environment and Development